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O chefe do exército do Sudão pediu, ontem, ao Secretário-geral da ONU, que demita o representante especial das Nações Unidas no país. Abdel Fattah al-Burhan afirma que Volker Perthes não tem sido eficaz na promoção dos interesses do Sudão.

Durante uma conferência de imprensa em Cartum, capital do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan, chefe do exército sudanês, expressou a sua insatisfação em relação à actuação do actual representante da Organização das Nações Unidas no país e solicitou a sua demissão.O também presidente do Conselho Soberano de Transição do Sudão afirmou que o diplomata não tem sido eficaz na promoção dos interesses do Sudão.

Para o líder do exército sudanês, o representante especial da ONU tornou-se uma fonte de más influências.

O general Al Burhan detalha que Volker Perthes deu uma impressão negativa do papel e da imparcialidade da organização internacional e desinformou nos seus relatórios, ao alegar que havia um consenso sobre o acordo-quadro.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, diz-se chocado com o pedido de que devia substituir o representante especial das Nações Unidas no Sudão.

 

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O MDM e a Renamo mostraram-se, esta quarta-feira, preocupados pelo facto de o director do STAE da Beira continuar a exercer as suas funções, apesar de a CNE ter deliberado, há cerca de uma semana, a sua suspensão imediata na sequência de denúncias de liderar ilícitos eleitorais.

No passado dia 12 de Maio, o MDM, em conferência de imprensa, denunciou alegadas irregularidades protagonizadas pelo director do STAE na Beira e os supervisores das brigadas de recenseamento, através de um grupo de Whatsapp, no qual eram coordenados acções  para a prática de ilícitos eleitorais e submeteu uma queixa-crime à Procuradoria-Geral da República.

Na sequência disso, a CNE deliberou a suspensão preventiva e com efeitos imediatos do director do STAE. Entretanto, o MDM disse, esta quarta-feira, em conferência de imprensa, que não está satisfeito com a medida porque o que foi deliberado não foi executado.

A Renamo, por sua vez, igualmente em conferência de imprensa, mostrou-se espantada pelo facto de o director do STAE continuar a exercer as suas funções.

Em relação ao recenseamento em curso, a porta-voz do MDM afirmou que prevalecem irregularidades.

Para o MDM, só há uma saída para Beira inscrever os 385 mil eleitores previstos.

O STAE em Sofala, sem entrar em detalhes, confirmou que o director da cidade da Beira continua a exercer as suas funções normalmente.

A edilidade de Maputo quer criar uma empresa municipal de salubridade para resolver os problemas na recolha de lixo. Para o efeito, levou a proposta de criação da firma a debate na Assembleia Municipal.

Os problemas na recolha de lixo soam alto em muitos bairros da Cidade de Maputo. Face a este dilema que preocupa os munícipes da capital do país, a edilidade disse haver uma saída capaz de resolver os problemas.

Na sala de sessões da Assembleia Municipal, foi apreciada, hoje, a proposta que, segundo a edilidade, pode aliviar a deficiente recolha de resíduos sólidos.

O porta-voz da Assembleia Municipal de Maputo, Edgar Muchanga, disse que foi feito um estudo completo sobre as condições de trabalho, tendo-se concluído que seria viável a criação de uma empresa através da qual se poderia fazer a recolha dos resíduos sólidos, competindo ao executivo e a Assembleia Municipal aprovar as taxas a pagar.

Segundo o porta-voz da Assembleia Municipal, a medida não tira a legitimidade do Conselho Municipal em cobrar a taxa de lixo nem poderá ditar o encerramento das empresas privadas, actualmente existentes e que recolhem o lixo de forma deficiente.

Ainda na sessão desta quarta-feira, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneas Comiche, falou da reabilitação da rua Estácio Dias, localizada no bairro Alto Maé e que intercepta a Avenida da Tanzânia.

As intervenções visam resolver os problemas recorrentes de inundações naquela zona. “O empreiteiro já está contratado, prevendo o início das obras para breve”, revelou Eneas Comiche.

Sobre as vítimas do desabamento da lixeira de Hulene que ficaram sem casas, a edilidade diz que foram entregues mais 20 residências, somando, assim, 73 famílias contempladas. Mas há ainda 173 famílias sem tecto próprio.

 

Dezasseis processos-crime foram remetidos à Procuradoria-Geral da República referentes a igual número de pessoas que usavam documentos falsos para se identificarem como engenheiros.

Os estatutos da Ordem dos Engenheiros definem engenheiro como o titular de licenciatura ou equivalente legal, em curso de engenharia, inscrito na Ordem dos Engenheiros como membro efectivo.

Entretanto, de acordo com o bastonário da Ordem dos Engenheiros, há indivíduos que falsificam certificados de habilitações literárias, cédulas e declarações profissionais da Ordem para vários fins, um dos quais profissionais. Feliciano Dias diz que já foram identificados alguns desses indivíduos.

“Nós já entregamos à Procuradoria-Geral da República 16 processos referentes a falsos engenheiros, e a Procuradoria está a investigar. Há seis semanas, fomos chamados à Procuradoria e disse que está a encontrar as pessoas.”

De 09 a 13 de Julho próximo, Moçambique vai acolher o primeiro fórum dos engenheiros dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), onde será rubricado um memorando de entendimento entre as entidades congéneres, como forma de reconhecimento mútuo da engenheira nos países-membros.

“O que pretendemos é o reconhecimento mútuo da engenharia nos nossos países, porque, de uma forma geral, temos uma mesma base de estudos, que é a engenharia lusa. Então, queremos que o engenheiro cabo-verdiano possa trabalhar em Moçambique e moçambicano, em São-Tomé e Príncipe e ou em Cabo Verde ou na Guiné-Bissau. Havendo reconhecimento profissional, não termos que passar por várias fases de reconhecimento, o reconhecimento passa a ser tácito porque ele é membro da Ordem dos Engenheiros de Moçambique ou de uma outra ordem.”

Na conferência de imprensa, foram apresentados os documentos autênticos emitidos pela Ordem para engenheiros estagiários e os já enquadrados no mercado, que contém elementos de segurança como é o código QR.

O Bastonário da Ordem dos Engenheiros disse ao jornal O País apoiar a ideia de construção de edifícios nas barreiras da Polana Caniço para evitar erosão, como avançou, na semana passada, o Município de Maputo.

Por: Ungulani Ba Ka Khosa

 

Li, com manifesta estupefacção, o texto inserido na página de recreação do jornal notícias do dia 15 do corrente, no qual o escritor Jorge Oliveira se assume como meu biógrafo. Tal honraria, por mais merecida que fosse, está nos antípodas do que sou e almejo ser.

Em 2020, o Jorge, depois de uma breve conversa, fez-me chegar às mãos umas quinze páginas em folhas A4. Era o início do que intitulou ser seu projecto. Após a leitura, enviei-lhe um e-mail, do qual retiro algumas passagens:

20 de Março de 2020 – às 16.28

‘’… Li o teu bosquejo, compreendi a tua intenção (…), mas pessoalmente não me revejo no teu projecto. Infenso que sou a biografias em idade bem activa, a tua iria criar alguns constrangimentos às pessoas que me rodeiam. Aduzo algumas:

1 … Falar de bebedeiras e meretrizes e noitadas, é bastante inócuo na vida de um criador. A quem interessa hoje dizer, por exemplo, que Pablo Neruda teve, à portas de casa, uma amante a quem construiu uma moradia? E do François Mitterand? Isso é para a literatura cor-de-rosa.

  1. Falas da Charrua, desvalorizando, de certo modo, muitos dos meus confrades (…). A Charrua, revista, para mim, tem um valor que está acima de quem é mais ou menos na falível classificação de leitores e críticos. Tenho-os como amigos de hoje e sempre. Nunca, no universo da minha obra, irei permitir comentários que atentem contra a imagem deles. Aliás, uma geração é feita de pessoas, e, depois, de obras!

Agradeço a tua intenção, mas pessoalmente não estou na disposição de entrar em biografias e quejandos. Sou daqueles que ainda pensam como Roland Barthes: a biografia só está para os que não se preocupam com o presente e o amanhã …’’

Surpreende-me que passados três anos, o Jorge Oliveira venha a público afirmar que está para publicar uma biografia minha. Surpreende-me que Jorge Oliveira tenha conseguido, em tão pouco tempo, ir a Inhaminga, fazer o levantamento da minha linhagem materna, ver o cenário de Nova Sofala, em Búzi, deliciar-se com a imponente floresta da vila de Dombe, no distrito de Sussundenga, e dormir na missão franciscana de Amatongas, distrito de Gondola, espaços da minha infância, esse tempo que paira na memória. Espanta-me que em tempo recorde, Jorge Oliveira tenha embarcado no paquete império da Beira com destino a Lourenço Marques e, depois, por via terrestre, tenha chegado a Vila Trigo de Morais, hoje Chókué, onde o biografado passou a viver com o pai e o irmão, Elias Cossa. De Chókué, o biografado passa para Lourenço Marques, onde vive e estuda, consecutivamente, na escola primária João de Deus e na escola secundária Joaquim de Araújo. E nesse interim, passa as férias grandes em Banhine, onde é rebatizado com o nome de Ungulani Ba Ka Khosa, e em Panda, onde o pai trabalha como  funcionário administrativo, e no qual tentou comer carne de macaco. Quantas amizades se fizeram e desfizeram-se nessa pré-adolescência?

Depois veio Vila Junqueiro, hoje Gurué, onde se encanta com a sétima arte no emblemático cinema Gurué, na altura Manuel Rodrigues, dos passeios pela estonteante paisagem vestida de verde do chá, das amizades e namoradas, e do colégio que frequenta num ambiente claramente racista. A seguir, já adulto, assiste aos festejos da independência em Namapa, distrito de Eráti, em Nampula, e fixa-se em Quelimane. O fim do carnaval em Quelimane, as amizades no liceu, as noites de estórias no lar da Sagrada Família, os passeios de fim-de-semana pela colorida marginal, a beleza das mulheres chuabos, o encanto pelos livros da livraria ovedekula, a militância política, e os amigos que ficaram para a vida. Pasma-me que o Jorge tenha percorrido esse mundo tão diverso sem ao menos ter dialogado com o biografado. Será que a fonte foram as emotivas e esporádicas conversas de uma ou duas horas num bar?

Desassossega-me que em tempo recorde, o Jorge Oliveira me tenha acompanhado na viagem que fiz a Maputo aquando do 8 de Março de 1977, e a minha integração no grupo de jovens para o curso de formação de professores. Soube, por acaso, o que se terá passado no deslumbrante ano de 1977 no antigo seminário Pio X? Teve a detalhada informação de quando desembarquei em Lichinga, na soturna tarde de quinta feira, de 7 de Fevereiro, do ano da graça de 1978? E os dois anos (78/80) que lá passei, como professor de Geografia? Ó Jorge!..

Não me alongo mais, pois dos anos 80 aos dias de hoje muita água passou debaixo da ponte. Do que acima escrevi, o Jorge Oliveira nem deve saber da metade. Não sabe em que casa vivi no Gurué, em que camarata estive na Sagrada Família, em que zona de Lourenço Marques vivi, quem foi o meu encarregado de educação, a casa do meu pai em Nampula, o número do quarto da minha pensão em Lichinga, etc. E decorrente disso tudo, facilmente se depreende que o Jorge não tem estaleca em se adentrar na minha vida, procurando retratá-la. Trabalhos desta natureza exigem equipa, paciência, e estudo.

Mas há o outro lado da moeda: a minha vida pública, o meu mundo de escritor. Esse, iniciado com a publicação do conto Dirce, minha deusa, nossa deusa, na página cultural Diálogo, do Notícias da Beira. Terá o Jorge Oliveira, por acaso, em mãos, a primeira recensão crítica que recebi do conto? Gostaria que o republicasse.

O mundo literário é por todos devassado porque exposto nos meus livros, nas minhas entrevistas, nos estudos sem fim que fazem da minha obra em teses de licenciatura, mestrado e doutoramento. É o mundo aberto a todos que queiram investigar.

Chegados aqui, Jorge, creio ser desnecessário repetir o que já disse: não estou na disposição de entrar em biografias e quejandos. Aconselho-te a fazeres o que bem sabes fazer: escrever contos e romances.

Se teimas em enveredar por esse caminho de inverdades, nada me restará senão ancorar-me no que a modernidade nos proporciona: a justiça.

O abraço de sempre

 

Ungulani Ba Ka Khosa

 

P.S. Há mais de um semana que o Jornal Notícias não publica este texto/resposta.

 

 

 

O moçambicano Arsénio Maringule continua em alta no que a arbitragem diz respeito e continua a elevar bem alto a bandeira moçambicana. Depois das recentes nomeações para as fases finais dos Campeonatos do Mundo e das Nações Africanas, bem como para as provas das entre selecções e clubes, desta vez foi nomeado pelo Comité de Arbitragem da Confederação Africana de Futebol para integrar a equipa de árbitros da final da Taça da CAF.

Assim, o assistente moçambicano vai integrar o quarteto de arbitragem que vai dirigir o embate entre as equipas do USM da Argélia e Young Africans da Tanzânia, no dia 3 de Junho, para a segunda mão do jogo decisivo. Maringule será primeiro assistente na equipa que será chefiada por Beida Dahane, da Mauritânia, e Jerson Emiliano dos Santos, angolano indicado como segundo auxiliar.

Semana passada, Maringule fez parte da equipa de arbitragem que dirigiu o jogo das meias-finais da Liga dos Campeões Africanos entre o Al Ahly do Egipto e o Esperance da Tunísia, ganho pela equipa que ainda é do moçambicano Luís Miquissone, por uma bola sem resposta, garantindo presença na final da prova milionária africana.

Na presente época futebolística, Arsénio Maringule tem apitado mais jogos no estrangeiro do que internamente, por conta das constantes nomeações pela Confederação Africana de Futebol, dado que tem registado boas aparições.

O árbitro assistente moçambicano de 35 anos de idade (completa 36 anos a 30 de Junho próximo), já esteve envolvido em nove jogos internacionais desde o Mundial do Qatar, sendo que este será o 10º jogo oficial internacional.

Apesar do cessar-fogo decretado esta segunda-feira no fim do dia, a capital do Sudão, Cartum, continua a ser palco de guerra, com vários bombardeamentos e confrontos entre o exército e a Força de Apoio Rápido.

De acordo com o Notícias ao Minuto, que cita a agência espanhola de notícias, a EFE, a capital sudanesa está desde o início da semana a assistir a bombardeamentos aéreos no sul e no noroeste, havendo relatos de confrontos entre o exército e a Força de Apoio Rápido, em vários pontos da capital.

O exército sudanês levou a cabo vários bombardeamentos antes da entrada em vigor da trégua, na segunda-feira às 21h45 locais, acordada em Jeddah com a mediação da Arábia Saudita e dos Estados Unidos da América.

Pouco antes do início da trégua, o líder da Força de Apoio Rápido, Mohamed Hamdan Dagalo, publicou uma mensagem em que condenava os bombardeamentos e pedia às forças paramilitares para continuarem os combates até à derrota do exército, de acordo com o portal sudanês de notícias Sudan Tribune.

Desde o início dos combates, a 15 de Abril, mais de um milhão de pessoas foram deslocadas, mais de 840.000 procuraram abrigo em áreas rurais e outras localidades, enquanto 250.000 pessoas cruzaram as fronteiras sudanesas.

Na sexta-feira, sábado e domingo, a Cidade de Maputo foi, uma vez mais, palco da 10ª edição do Festival AZGO. Alguns anos depois de o evento ter sido adiado, por razões sanitárias, o regresso materializou-se com um espectáculo de abertura, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano. No local, coube a Fayazer, artista da Ilha da Reunião, levar o público a descobrir sons tradicionais da sua cultura, misturados com a música moderna. Trata-se da junção de Maloya e rap/trap, que o artista designa de Malotrap.

Depois da actuação de Fayazer, no Jardim do Franco houve a apresentação dos The Hood Brodz, duo composto pelos irmãos Helio Beatz e Dj Granda Beatz. A este grupo moçambicano juntaram-se Thobile Makhoyane (Eswatini) e Dona Saquia (Moçambique), do Tufo da Mafalala.

Conforme lembra uma nota de imprensa sobre o AZGO, The Hood Brodz ofereceu todos os seus sets de Afro house music, misturando batidas pulsantes e ritmos contagiantes. Thobile Makhoyane, através do Makhoya e outros instrumentos musicais tradicionais, mostrou sua musicalidade e influências, contribuindo para uma fusão emocionante de estilos.

No final da noite, coube ao artista haitiano, radicado no Canadá, Vox Sambou, encerrar a abertura do festival. O artista e activista investiu na mistura de ritmos, entre os tradicionais haitianos com elementos contemporâneos do hip-hop e reggae.

A 10ª edição do AZGO prosseguiu no dia seguinte, sábado, sob o lema “Diversidade cultural e paz. “Foi sem dúvidas uma edição de exaltação da arte na verdadeira acepção da palavra, notório em todos os momentos da sua programação. A partir da concepção visual da 10ª Edição do AZGO, Hugo Mendes ou simplesmente Psiconautah, mostra a profundidade da arte a partir da tradição, identidade e modernidade”, lê-se igualmente na nota de imprensa sobre o festival: “A curadoria encontra no ‘Afrofuturismo’ uma outra forma de inovar e gerar interesse dos festivaleiros, que foram viver uma experiência marcante trajados de roupas do futuro. A audiência foi desafiada a imaginar a África e os africanos do futuro através da indumentária”.

O melhor traje afrofuturista premiado pela organização do festival, com um valor de cinquenta mil meticais, foi do estilista Valter Mudanisse. “Tentei imaginar a mim mesmo e os africanos de modo geral nos próximos 50/90 anos. Contudo, criei a partir da tradição e da riqueza cultural que nos caracterizam como povo”, disse o vencedor.

No Campus da UEM, foram montados três palcos, a saber, 16 Neto, Zena Bacar e Fany Mpfumo.

O 16 Neto apresentou um alinhamento alternativo com a energia e o talento dos artistas: Pizzaw/Pineapples, Ckarina Miller, DJ Dub Rui, DJ Bob, Karen Ponto e Denilson LA.  Esta foi a primeira vez que o AZGO apresentou este palco, concebido para artistas emergentes na área da música e artes cénicas. E nesta edição, foi possível assistir neste palco a apresentação de uma peça teatral.

Nos palcos Zena Bacar e Fany Mpfumo, os grandes actos foram protagonizados por estrelas nacionais e internacionais que ofereceram uma verdadeira festa ao público que aderiu em massa ao AZGO 2023.

Os mais novos Mark Exodus, Helio Beatz, Radjha Ally, Dehermes e Yaba Buluku Boys se estreiam no AZGO com apresentações ricas e cheias de emoção. “Acho que acabo de realizar um sonho”, disse Mark Exodus logo a sua saído do palco.

Stewart Sukuma e Banda Nkuvu cantaram Moçambique com toda energia já conhecida. “O AZGO é um projecto consistente e hoje provou mais uma vez a sua relevância”, disse o músico.

Elvira Viegas, rosto da 10ª Edição do Festival AZGO, ofereceu uma áurea de nostalgia e despertou lembranças de um passado, apresentando os seus sucessos de sempre “Grito de Criança”, “Lizeze”, “Xikala Vitu” ou “Tiva Taku”.

Eduardo Paim matou “Saudades” de Maputo, cantando “Rosa Baila” com um suporte de uma banda composta por instrumentistas moçambicanos. “Sinto-me amado e orgulhoso de todo percurso que trilhei. Há um calor especial e diferente dos moçambicanos. A esperança é voltar para muito mais, porque hoje essa semente foi lançada e ganhou uma nova vida”.

Os sul-africanos K.O, Sdala B & Paige apresentaram o house music, amapiano, rap/trap, entre outros géneros. O público cantou os sucessos de K.O, desde “SETE”, “Run Jozi” entre outros. Sdala B & Paige com “Khanyisa”, “Ghanama” e “Forever”.

“O agrupamento Yaba Buluku Boys presenteou a audiência com uma das maiores apresentações da 10ª Edição do AZGO. O grupo com projecção internacional apresentou os seus hinos “Yaba Buluku”, “Madam De Madam”, entre outros êxitos”, lê-se na nota de imprensa, na qual se acrescenta: “Pela primeira vez em Moçambique, um evento de artes criou uma zona específica para pessoas com deficiência. Trata-se de uma área que ofereceu ao público uma visualização do palco principal do Festival de forma privilegiada e confortável, com presença de uma equipe de voluntários preparados para ajudar com questões de logística como comprar bebidas, comidas, acesso a sanitários, entre outras necessidades pontuais”.

Além de lazer, o AZGO reafirmou o seu compromisso com temas importantes da vida do país. O recinto do evento serviu de espaço para a passagem de mensagens sobre preservação do meio ambiente e importância do recenseamento eleitoral.

Integrado no programa de responsabilidade social, o Azgo Mafalala voltou ao campinho da Mafalala.  Fruto de uma parceria entre a Khuzula, a Associação IVERCA e Lithos Stage Sound and Design, a festa do campinho iniciou ao som da percussão e da coreografia de mulheres pintadas de mussiro. O Tufo da Mafalala esteve em palco, a fazer as honras da casa. Logo de Helio Beatz canta e encanta com o Pandza do futuro; Stewart Sukuma brindou o público com um acústico dos seus maiores sucessos; Júnior Boca com o seu reggae levou a energia do Brasil e de outros quadrantes do mundo ao AZGO Mafalala.

Assim foi a 10ª edição do Festival AZGO!

 

O futuro de Cristiano Ronaldo continua a estar rodeado de incertezas, pese embora o contrato com o Al Nassr ser válido até Junho de 2025. O Mundo Deportivo revelou, esta terça-feira, que o craque português está farto do Al Nassr e já se desespera por uma saída do clube ao qual chegou no fim do mês de Dezembro.

A mesma publicação espanhola explica que CR7 terá ficado desiludido com a realidade que encontrou na Arábia Saudita, país onde as infra-estruturas estão muito longe de uma sociedade moderna. Terá sido isso que Ronaldo partilhou com os amigos mais próximos e por isso mesmo vai tentar regressar ao futebol europeu já no próximo verão, altura em que o mercado de transferências volta a abrir.

O Mundo Deportivo explica, ainda, que caso Cristiano Ronaldo decida rescindir contrato sem justa causa poderá ser obrigado a pagar uma indemnização ao Al Nassr, segundo os regulamentos da FIFA.

Recorde-se que Cristiano Ronaldo acumula, até ao momento, um saldo de 13 golos em 17 jogos com a camisola do Al Nassr, clube que na noite desta terça-feira irá medir forças com o Al Shabab, em mais um jogo do campeonato cujo título continua por decidir.

 

MALDINI FALA DE RONALDO

Paolo Maldini, antigo defesa do AC Milan, concedeu uma entrevista ao podcast Muschio Selvaggio, divulgada esta segunda-feira, a falar de Cristiano Ronaldo e Messi, embora não considere nenhum dos dois como o melhor jogador da história do futebol.

“Diria que o Maradona e o Ronaldo Fenómeno são os mais fortes. Nunca joguei contra Messi, graças a Deus. E quanto ao Cristiano Ronaldo, bem, é ótimo, é um grande goleador, mas tem menos magia do que outros dois jogadores, neste caso o Maradona e o Ronaldo Fenómeno”, começou por dizer.

“Lembro-me que eu era rápido e forte fisicamente, mas eles eram ainda mais rápidos. O Diego [Maradona] era muito simpático, até fiquei com vergonha de ter lhe dado tantas surras e pedi desculpas”, acrescentou, entre sorrisos.

Recorde-se que a antiga lenda do AC Milan – equipa que representou toda a carreira – ocupa agora um lugar na direcção do emblema de Milão.

O  Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou os insultos racistas proferidos contra Vinícius Júnior durante o jogo do Real Madrid frente ao Valência, e apelou às autoridades para tomarem medidas. “Não é possível que quase no meio do século XXI o preconceito racial esteja a ganhar força em vários estádios da Europa. Espero que a FIFA e outras entidades tomem medidas para evitar que o racismo tome conta do futebol”, disse Lula.

Vínicius criticou a LaLiga e os adeptos do futebol espanhol pelo “racismo normal” na competição, depois de insultos racistas terem marcado o duelo contra o Valência, com o jogador brasileiro a recusar jogar a partida, em que o Real Madrid perdeu 1-0.

“Não foi a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira. O racismo é normal na LaLiga. A competição acha que é normal, a Federação acha que é normal e os adversários encorajam-no. Lamento-o. O campeonato que já pertenceu a Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi. Hoje pertence aos racistas”, escreveu o futebolista no Twitter.

“Uma nação linda, que me acolheu e que eu amo, mas que aceitou exportar para o mundo a imagem de um país racista. Lamento pelos espanhóis que discordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas”, acrescentou.

 

“PRETO E IMPONENTE”: A REACÇÃO DO CRISTO REDENTOR

O Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do Mundo e símbolo maior da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, ficou sem iluminação durante uma hora numa acção de solidariedade para com Vinícius Jr., internacional brasileiro do Real Madrid vítima de racismo na LaLiga (ver notícias relacionadas), escreve o jornal “A Bola”. Uma iniciativa conjunta do Núcleo de Desporto e Fé do Santuário, da Confederação Brasileira de Futebol e do Observatório da Discriminação Racial no Futebol que pretende ser “um símbolo da luta colectiva contra o racismo e em solidariedade com o jogador e com todos os que sofrem preconceito no mundo inteiro”. Um gesto que mereceu reacção de Vinícius Jr. “Preto e imponente. O Cristo Redentor ficou assim há pouco. Uma acção de solidariedade que me emociona. Mas quero, sobretudo, inspirar e trazer mais luz à nossa luta”, escreveu nas redes sociais. “Agradeço demais toda a corrente de carinho e apoio que recebi nos últimos meses. Tanto no Brasil quanto mundo afora. Sei exactamente quem é quem. Contem comigo porque os bons são a maioria e não vou desistir. Tenho um propósito na vida e, se eu tiver que sofrer mais e mais para que futuras gerações não passem por situações parecidas, estou pronto e preparado”, acrescentou.

 

GOVERNO “ENVERGONHADO”

O Governo espanhol assegurou, esta segunda-feira, que não haverá “qualquer cobertura” para casos de racismo como aquele de que foi alvo o jogador do Real Madrid, Vinícius Júnior. “Estes incidentes são intoleráveis e absolutamente condenáveis, não apenas no espaço desportivo como num país como Espanha, terra de acolhimento e que faz da diversidade a sua bandeira. A xenofobia demonstrada por alguns energúmenos envergonha-nos como sociedade”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, numa conferência de imprensa em Bruxelas. “Da parte do governo de Espanha não haverá qualquer dúvida nem qualquer cobertura para qualquer atitude de racismo, de intolerância ou de rejeição do pluralismo”, acrescentou Albares.

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