Desconhecidos colocaram veneno numa lagoa no Niassa e milhares de peixes morreram. Há um risco de envenenamento de outros animais que bebem da mesma água.
Uma camada branca em águas paradas, formada por milhares de peixes que morreram envenenados, numa área de conservação conhecida por Coutada Oficial Marangira, que fica no interior da província do Niassa, Norte de Moçambique. Trata-se de uma área de conservação que faz limite com a Reserva Especial do Niassa, que tem sido alvo de caçadores furtivos que usam todo o tipo de meios à sua disposição para conseguirem animais de pequeno, médio e grande porte.
Desta vez, a acção dos furtivos foi muito longe, ao recorrerem à perigosa tática de envenenamento da água para conseguirem os seus objectivos. Um dos sócios da empresa concessionária da coutada em causa é o luso-moçambicano Carlos Queiroz, que falou em exclusivo à nossa reportagem a partir de Portugal.
“No passado dia 5, detectamos umas queimadas e movimentações estranhas, e, de imediato, enviamos as nossas equipas de vigilância, que, infelizmente, na madrugada do dia 6, confirmaram o envenenamento de uma lagoa enorme, que confina com um rio muito importante da coutada e, infelizmente, quando chegamos, era devastador aquilo que víamos pela frente – estavam centenas e centenas, para não dizer milhares de peixes mortos, envenenados. A concessionária, de imediato, lançou uma operação de vigilância e controlo para conseguirmos controlar o peixe para que não fosse recolhido e em consequência chegasse às populações, às comunidades”, disse Carlos Queiroz.
Na manhã desta terça-feira, uma equipa do Serviço Provincial de Terra e Ambiente do Niassa deslocou-se ao terreno e esta quarta-feira poderá falar à nossa reportagem sobre as constatações feitas e medidas para reduzir o risco de envenenamento de pessoas e outros animais que compõem a fauna bravia envolvente nesta área.
A selecção nacional de futebol, os Mambas, já está em campo, para o embate da segunda jornada do Grupo I de qualificação ao CAN de Marrocos em Dezembro de 2025, no Estádio Nacional do Zimpeto.
Para o jogo diante da Guiné-Bissau, Chiquinho Conde resgatou Dominguez e Witi para o onze inicial, dois jogadores que estiveram ausentes no jogo da passada sexta-feira, frente a Mali, em Bamako. Recorde-se que Witi não viajou para a capital maliana devido a problemas administrativos, enquanto Dominguez foi por lesão.
Assim, os Mambas entram com Ernan na baliza, um quarteto defensivo composto por Bruno Langa a esquerda, Renildo e Mexer Sitoe no centro, Mexer Macandza na direita, enquanto Nené vai ser o primeiro pivot da zona central, auxiliado por Ricardo Guina.
Witi, Dominguez e Geny Catamo são os homens com as sextas viradas para a baliza guineense, sendo Ratifo o mais adiantado.
Ou seja, da equipa que defrontou o Mali, Chiquinho Conde tirou Gildo e Pepo Santos e fez entrar Witi e Dominguez.
As expectativas dos adeptos, que estão em número considerável, apesar das baixas temperaturas e da chuva miúda que cai na cidade de Maputo, são de um resultado positivo, a apontarem para uma vitória dos Mambas neste jogo diante dos Djurtus.
Em caso de vitória, os Mambas assumem a liderança do grupo, enquanto aguardam pelo resultado do outro jogo do grupo, entre Eswatini e Mali, que se disputam na África do Sul.
Cerca de 39 mil habitantes estão com escassez de água e de uma ponte para fazer a travessia da localidade de Madal para a cidade de Quelimane. Actualmente, leva-se mais de uma hora para fazer um trajecto que não levava mais de 10 minutos.
Casas cobertas de folhas de palmeiras e outros sinais constituem alguns sinais de pobreza extrema, na localidade de Madal, distrito de Quelimane, na província da Zambézia.
Devido à escassez de água, várias mulheres percorrem longas distâncias com bacias à cabeça, a saírem das suas ‘machambas’.
Por falta de desenvolvimento, está em curso com financiamento do Banco Mundial para a construção de um sistema de água potável orçado em 39 milhões de Meticais.
Entretanto, enquanto o sistema não termina, as comunidades estão a viver um verdadeiro drama para ter acesso à água.
Através de poços tradicionais, sem o mínimo de condições, as famílias consomem o líquido que devia ser precioso.
Num dos poços a que o O País teve acesso, viu-se que, além de a água ser imprópria para o consumo, começa a escassear, o que aumenta a preocupação das famílias da localidade de Madal.
Outro problema desta região é a ponte que liga Quelimane a Madal, que está a fazer muita falta. As famílias são sujeitas a embarcações tradicionais sem o mínimo de dignidade.
Era expectável que tivéssemos explicações de nível governamental. O jornal O País contactou o administrador de Quelimane, Amostra Sobrinho, para explicar aquilo que está a correr à volta da infra-estrutura. Mostrou-se disponível, mas, quando voltámos a contactar telefonicamente, simplesmente fomos ignorados.
Quase todos os municípios do país não conseguiram cumprir com os seus planos de amortização de dívidas entre os anos 2019 e 2022. No período em análise, a dívida, principalmente com fornecedores, aumentou em 10%.
Com a excepção da Matola, todos os outros 18 municípios que contraíram empréstimos plurianuais não conseguiram cumprir com os seus planos de amortização, revela o Relatório de Riscos Fiscais do Ministério das Finanças.
De acordo com a direcção de Gestão de Riscos da instituição, o não pagamento de tais dívidas conforme planeado torna arriscada a sustentabilidade financeira dos municípios, em quase 1,3 mil milhões de Meticais entre 2019 e 2022.
“No período em análise, a dívida total aumentou em 10%, influenciado pelo aumento da dívida com fornecedores em 159,8%. Contudo, a dívida comercial, com um peso médio de 62,5%, constitui preocupação”.
De acordo com o relatório produzido por especialistas do Ministério da Economia e Finanças, apesar do crescimento das receitas próprias dos municípios em 53%, a dependência destes em relação ao Governo é de 44%.
“Estes resultados foram fortemente influenciados pela receita própria do Município Maputo que, no período analisado, em média, representa 40% da receita própria dos 18 municípios analisados.”
Os riscos associados aos municípios podem impactar a sustentabilidade fiscal e a estabilidade económica, que se manifestam em despesas elevadas, fraca arrecadação de receitas, podendo levar a défices e endividamento excessivo.
O posto administrativo de Namanhumbir, no distrito de Montepuez, Sul de Cabo Delgado, não está a receber os 2.75% das receitas resultantes da exploração de rubis para implementação dos projectos de desenvolvimento comunitário. O facto foi confirmado pela Administradora do Distrito, Isaura Máquina.
A alocação de uma parte da receita, resultante da exploração de rubis de Namanhumbir, para o desenvolvimento das comunidades locais, começou a falhar em 2023.
Em 2023, a comunidade de Namanhumbir recebeu cerca de 19 milhões de Meticais resultantes da exploração de rubis e, para este ano, prevê-se cerca de 20 milhões de meticais, que serão aplicados em diferentes projectos concebidos pelo conselho consultivo da aldeia.
Os Serviços Provinciais de Economia e Finanças de Cabo Delgado prometeram se pronunciar oportunamente sobre as falhas na alocação dos 2.75% das receitas do Estado resultantes da exploração de rubis de Namanhumbir.
A fim de promover a cooperação, Moçambique e Vietname assinaram dois memorandos de entendimento nas áreas de recursos minerais, energia e aquacultura. Os acordos foram fechados esta segunda-feira, no âmbito da primeira visita oficial que o Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, efectua àquele país asiático.
Durante as conversações mantidas entre Filipe Nyusi e o seu homólogo, To Lam, o estadista moçambicano lamentou e manifestou solidariedade para com o povo vietnamita pelas mortes e destruição de infra-estruturas causadas pela mais recente passagem do tufão Yagi.
A visita de Nyusi ao Vietname começou este domingo, devendo terminar esta terça-feira, tendo, imediatamente à chegada, mantido um encontro de trabalho com a direcção da Vietnam National Coal & Mineral Industries (Vinacomin) com o objectivo de falar de investimentos para Moçambique.
Segundo se lê numa nota de imprensa, o encontro de audiência concedida pelo Presidente Nyusi, o grupo empresarial vietnamita tinha uma agenda sobre minérios industriais e carvão, matéria sobre a qual apresentou as perspectivas de investimentos em Moçambique.
A Vinacomin é um conglomerado industrial vietnamita que foca as suas operações na mineração de carvão e exploração de outros minerais, tendo a sua sede na cidade de Há Long, província de Quang Nunh.
O grupo tem algumas intervenções em Moçambique, mas mais na componente de exportação do carvão para o Vietname através das concessionárias que exploram e vendem o minério no país.
O Vietneme é um dos principais mercados do carvão moçambicano, pois o produto é usado no país asiático para a indústria de electricidade. Sabe-se que pelo menos 65 por cento da geração de electricidade naquele país é baseado em combustíveis fósseis, sendo o carvão um determinante na indústria.
No encontro com o Presidente da República, o grupo empresarial vietnamita reafirmou o interesse de avançar numa cooperação com Moçambique que permita fazer os investimentos directamente, sem necessariamente ser por via das concessionárias.
Em resposta, o Chefe do Estado mostrou a abertura de Moçambique a esta possibilidade de alargar os investimentos passíveis de gerar cada vez mais o desenvolvimento económico e social do país através da exploração dos diversos recursos naturais disponíveis, neste caso concreto o carvão mineral.
O Presidente Nyusi não só mostrou esta abertura, como também convidou a Vinacomin a visitar Moçambique para prospectar outras possibilidades de investimento e, com isso, alargar as dimensões da cooperação económica entre os dois países também como resultado das relações históricas que se prolongam desde 1975.
As projecções do Ministério dos Recursos Minerais e Energia revelam reservas de carvão a rondar os cerca de 30 biliões de toneladas em diferentes localizações, sendo Tete a província de destaque, onde se pode encontrar um grande percentual do carvão térmico e metalúrgico. Entretanto, há também reservas nas províncias de Niassa, Zambézia, Manica, entre outras regiões.
Há expectativas de que este potencial pode ser capitalizado para as operações que os parceiros de Moçambique procuram para os investimentos baseados em ganhos mútuos.
Esta é a primeira visita oficial que Nyusi efectua ao Vietname e sucede, em resposta ao convite formulado pelo homólogo, To Lam, para trocar impressões sobre o reforço e aprofundamento das relações históricas de amizade, solidariedade e cooperação entre Moçambique e Vietname.
Cabo Verde e Mauritânia defrontam-se, esta terça-feira, às 21h00 de Moçambique, no Estádio Nacional de Cabo Verde, na cidade da Praia, em jogo da segunda jornada da fase de qualificação para a próxima edição do Campeonato Africano das Nações, CAN 2025.
Na primeira jornada, os Tubarões Azuis foram goleados no Egipto, por uns inequívocos 3-0, enquanto a selecção da Mauritânia “bateu” o Botswana, no Stade Cheikha Ould Boidiya, em Nouakchott, por 1-0.
Cabo Verde registava somente duas derrotas nos seus últimos dez jogos e tinha chegado aos quartos-de-final na última edição da CAN, o que reforça o quão surpreendente foi a derrota por 3-0 no Cairo.
A equipa comandada por Bubista terá agora de se impor à Mauritânia, sob pena de se afastar dos dois lugares de apuramento. Já o conjunto magrebino sabe que um ponto na Praia será um resultado de acordo com os seus interesses.
As duas equipas encontraram-se pela última vez precisamente na mais recente edição da CAN, em Janeiro deste ano, nos oitavos-de-final. Os Tubarões Azuis foram mais fortes, impondo-se à Mauritânia por 1-0, com um golo de Ryan Mendes, de penálti, aos 88 minutos.
O Egipto, por seu turno, desloca-se a Gaborone, no Francistown Stadium, também a contar para a segunda jornada do grupo C de qualificação para o CAN 2025, que terá lugar em Marrocos.
O grupo da União Europeia (UE) para observação das eleições de 9 Outubro já começou a chegar ao país. Serão, no total, 150 membros que, segundo a chefe da missão, Laura Cereza, não vão interferir nas eleições e serão totalmente imparciais.
Os observadores eleitorais da União Europeia já começaram a chegar ao país. Esta segunda-feira, a chefe da missão foi recebida pelo vice-ministro de Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Laura Cereza diz que o grupo não vai interferir nas eleições e garante total imparcialidade.
“Queremos sublinhar os nossos princípios de trabalho, que são sempre a neutralidade e imparcialidade para observar este processo eleitoral. Não interferimos de nenhuma maneira e temos uma metodologia definida e testada por longos anos para fazer essa observação. Seguimos os padrões internacionais do resto das organizações”, disse Laura Cereza, eurodeputada chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Moçambique.
Aliás, a União Europeia levará mais de dois meses para divulgar o seu relatório ou deixar recomendações para o país.
“Não vamos fazer nenhuma declaração pública até 48 horas depois das eleições, porque queremos respeitar o máximo o processo eleitoral e não interferir, deixando que tudo se desenvolva como é devido. Depois de dois ou dois meses e meio, voltarei com uma equipa para apresentar as conclusões e o relatório de observação eleitoral, assim como possíveis recomendações”, explicou Cereza.
A missão será composta por 150 observadores e poderá actuar em todo o país.
“É uma missão muito grande, composta por observadores de curto e longo prazo. Nós vamos ter, igualmente, uma missão do Parlamento Europeu (eurodeputados), que vai chegar na semana de 9 de Outubro, e também de diplomatas de diferentes estados-membros”, concluiu a responsável.
Em Maio último, a União Europeia lançou um apelo para que o escrutínio deste ano fosse transparente e sem fraudes, considerando o nível de contestação e as supostas fraudes referidas pela sociedade civil e pelos partidos da oposição nas sextas eleições autárquicas.
O Centro Cultural Franco-Moçambicano, na Cidade de Maputo, vai acolher, o evento de estreia de “Résonances”, uma leitura encenada plurilingue dirigida por Lucrécia Paco.
O espectáculo apresenta a compilação de textos intitulada “10 SUR 10”, com tradução do francês para o português pelos alunos do Curso de Tradução da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
O Franco-Moçambicano avança que o projecto é fruto de uma proposta de Jean Nowak, professor, tradutor e encenador, fundador do Drameducation – Centro Internacional de Teatro Francófonona Polónia, e uma figura central na criação de histórias francófonas voltadas para o processo de ensino e aprendizagem da língua francesa.
Em palco, os actores Adelino Branquinho, Sufaida Moiane, Paulo Jamine, Nélia Gilberto e Joana Mbalango interpretam personagens que exploram temas como conflitos geracionais, amizade, amor, sonhos e inclusão, numa narrativa envolvente e diversificada.
Depois da estreia no Franco-Moçambicano, o espectáculo será levado a outros locais em Maputo, com apresentações previstas para Escola Secundária Zedequias Manganhela (18 Setembro, às 09h), Escola Secundária Noroeste 2 ( 20 Setembro, às 11h), Ntsindya – Centro Cultural Municipal do Xipamanine ( 24 Setembro, às 14h), Museu Mafalala (28 Setembro, 15h) e Escola Secundária Gwaza Mutini (02 Outubro, 10h).
O exspectáculo conta com o apoio do Institut Français de Paris.
Na quinta-feira, às 17h30, terá lugar, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo, o lançamento do livro Teatro de Marionetes (ou Ensaio sobre a Mecânica Descritiva da Desertificação dos Homens), de Jofredino Faife, com a chancela da Imprensa Nacional (Portugal), como resultado da distinção na sexta edição do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa (2022).
No Camões, Teatro de Marionetes será apresentado por Duarte Azinheira, vogal executivo do Conselho de Administração da Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
“Com um vasto leque de personagens inesquecíveis, Teatro de Marionetas é uma rara proposta literária, uma narrativa distópica com tendência para a ficção científica, na qual se esbatem os limites entre ordem e desnorte, loucura e sanidade e, até, realidade e fantasia”, lê-se na nota de imprensa Camões – Centro Cultural Português em Maputo.
Jofredino Faife vive e trabalha em Maputo. É pedagogo de formação. Trabalhou como pesquisador, docente e chefe do departamento de Ciências da Educação e Psicologia na Universidade Pedagógica. É especialista em educação, trabalhando no sector não-governamental. É vencedor do Prémio Fundação Rui de Noronha — 2009 (Memórias de um carteiro, inédito) e Prémio TDM de Literatura — 2012 (Filha de um deus menor, AEMO). Em 2022 venceu o Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, com o seu trabalho Teatro de Marionetes (ou Ensaio sobre a Mecânica Descritiva da Desertificação dos Homens).
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