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O Governo continua a avaliar os contornos do acidente de viação fatal ocorrido no domingo, na Manhiça, província de Maputo, e diz que a suspensão da City Link pode prolongar-se por mais meses, dependendo dos resultados da segunda investigação.

Ainda não passa uma semana depois do fatídico acidente da Manhiça que ceifou a vida de sete pessoas e o Governo de Moçambique realiza investigações para averiguar as causas da mesma.

Primeiro foi tomada a decisão de suspender as actividades da transportadora City Link enquanto decorrem as investigações. Mas o Governo diz que muito ainda há por fazer e que a decisão pode não ser conhecida dentro de 15 dias, sendo que há uma previsão de prolongamento da suspensão de 90 a 180 dias.

A informação foi dada a conhecer pelo porta-voz do Ministério dos Transportes e Logística, Luís Chaúque, que falava durante uma conferência de imprensa esta quinta-feira.

“Este dispositivo preconiza que a licença pode ainda ser suspensa quando, em resultado da peritagem de acidente de viação, se concluir que a causa da origem do acidente deveu-se à culpa imputável ao condutor”, disse Luís Chaúque.

O Instituto Nacional de Transportes Rodoviários garante que o tratamento dado à City Link é similar ao aplicado a outras empresas envolvidas em acidentes graves.

“Então, podemos ficar com a impressão de que sim, é a Citi Link e as outras não, mas é preciso olharmos para o tipo de veículos envolvidos nestas operações. Como foi o caso de Gondola também, em Março, tanto é um miniautocarro, e houve responsabilização”, disse Cláudio Zunguze, Administrador Técnico do INATRO.

Zunguze acrescenta que “não queríamos deixar ficar esta impressão de que está-se a trazer um tratamento diferenciado para o caso da Citi Link”, frisando que em situações similares o tratamento é o mesmo.

A City Link, por seu turno, declarou que tem dado assistência às vítimas do sinistro, enquanto acompanha a investigação. “Destacámos uma equipa desde o primeiro dia, que é a equipa da segurança rodoviária, para aproximar de perto no sítio do sinistro e ajudar na investigação e colher os elementos essenciais”, disse Linique Ringler, Director Jurídico da City Link.

O gestor frisou ainda que a empresa está contesrnada com a situação, “mas ao mesmo tempo temos incitado alguns contactos com os familiares, no sentido de oferecer o nosso apoio logístico e financeiro nesta fase tão difícil. De certa forma, isto impacta a parte financeira e comercial”.

A empresa que prevê reforçar a educação cívica dos seus condutores, para além de que se vai ressentir da paralisação das actividades.

“Com isto, dependendo do tempo que esta suspensão vai levar, cada dia que passa aumentam incertezas. Fica aqui uma lição muito importante, de que devemos continuar a executar com muito mais vigor tudo o que tem a ver com a segurança rodoviária e com a condução defensiva”, disse Lonique Ringler, director Jurídico da City Link.

A transportadora garantiu ainda que está a reembolsar o valor dos bilhetes adquiridos para além de fazer a entrega dos produtos aos clientes afectados.

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O Director Provincial do Plano e Finanças de Nampula, Domingos Saimone Nacohi, participou na celebração alusiva ao Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção, realizado sob o lema: “Unidos com a Juventude Contra a Corrupção: Moldando a Integridade do Amanhã”.

Na sua intervenção, Domingos Nacohi destacou que esta data representa uma oportunidade ímpar para reafirmar um compromisso que deve ser permanente, transversal e inadiável: o compromisso com a integridade.

Sublinhou que o lema do evento reflecte de forma clara aquilo que deve orientar a actuação de cada servidor público, agente económico e cidadão e recordou que a corrupção mina a confiança colectiva, distorce a economia, fragiliza os serviços públicos e compromete o desenvolvimento das comunidades.

Outrossim,Nacohi chamou atenção para a importância de reconhecer com coragem a realidade dos factos. “A corrupção não é um fenómeno restrito às famílias de baixa renda, pelo contrário, é frequentemente praticada por indivíduos de classes média e alta e, em demasiadas ocasiões, é facilitada pela cumplicidade ou intervenção de servidores públicos. Desde o desaparecimento de um simples processo administrativo até ao pagamento de elevadas somas em numerário ou ainda luvas para benefício próprio ou bens ilícitos”, disse.

Na ocasião, ressaltou que este fenómeno não depende exclusivamente da condição económica de quem o pratica, lembrando que nenhum mecanismo de controlo substitui a ética individual, e nenhuma norma produzirá efeitos duradouros se as práticas quotidianas forem contrárias aos princípios de integridade.

No final, apelou a todos os presentes a demonstrarem a vontade de fortalecer os mecanismos internos, aperfeiçoar procedimentos e consolidar uma cultura de responsabilidade e transparência.

Sublinhou que este esforço exige o contributo conjunto de instituições públicas, empresas e cidadãos que diariamente interagem com a administração pública e afirmou que Nampula precisa de um ambiente íntegro, previsível e confiável, para que o seu potencial económico se traduza em benefícios reais para a população.

“O combate à corrupção é, por isso, inseparável da melhoria dos serviços públicos, da atracção de investimentos e da criação de oportunidades para todos”, concluiu.

A União Desportiva de Songo, campeão nacional de 2025, e a Black Bulls, campeão nacional de 2024, disputam, neste sábado, a final da Taça de Moçambique, edição 2025.

É o embate entre os dois últimos campeões nacionais, que serão, também, os representantes nacionais nas competições africanas da próxima edição, que vão decidir o título da segunda maior competição futebolística do país.

A União Desportiva de Songo passeou a sua classe na terça-feira, diante do Desportivo de Nacala, na primeira meia-final, com vitória por 2-0, golos apontados por Victor Malino, a fechar a primeira parte e a abrir a segunda parte, a mostrar a sua intenção de fazer dobradinha na competição.

Aliás, os “hidroeléctricos” têm estado a fazer uma época perfeita, onde estão perto de atingir a marca das 20 vitórias consecutivas, algo nunca antes visto no futebol moçambicano.

Por sua vez, a Black Bulls teve de suar as estopinhas para ultrapassar o Ferroviário de Maputo, que lutava pela revalidação do título, com Kadre a apontar o golo solitário ainda na primeira parte do jogo.

Os “touros” garantiram, com a passagem à final, um lugar nas competições africanas de clubes, desta feita na Taça CAF, em virtude de o seu adversário, na qualidade de campeão nacional, ter passaporte para disputar a Liga dos Campeões.

Enquanto a União Desportiva de Songo procura o seu terceiro troféu da Taça de Moçambique, depois das conquistas de 2016 e 2019, a Black Bulls persegue a sua segunda Taça de Moçambique, depois de a ter conquistado em 2023.

O embate deste sábado, no Campo Marien Ngouabi, em Xai-Xai, é também a reedição da final da Taça de Moçambique disputada em 2023, ganha pelos “touros” por 2-1, com Kadre e Melque a apontarem para a formação de Maputo e Dayo a marcar o tento de honra da formação de Songo.

O embate está marcado para as 14h30 de sábado.

Ferroviário de Maputo e Sporting de Luanda medem forças, nesta sexta-feira, a partir das 12h00, em partida a contar para os quartos-de-final da Liga Africana de Basquetebol. As “locomotivas” lutam pela revalidação do título, enquanto as “leoas” querem fazer história na sua estreia na competição.

Duelo das moçambicanas nos quartos-de-final da Liga Africana de Basquetebol Feminino em Cairo, nesta sexta-feira. Por um lado, o Ferroviário de Maputo, campeão nacional e africano em título, talhado à conquista na bola-ao-cesto feminino, contando com nove moçambicanas e três estrangeiras, e, por outro, o Sporting de Luanda de Angola, estreante na competição, que conta com três moçambicanas, numa equipa dominada por angolanas.

Trata-se de um embate que define a primeira semifinalista da competição, com as treinadas por Nasir Salé a serem, claramente, favoritas a vencer, mas a terem de provar dentro da quadra a sua superioridade e experiência.

Ferroviário de Maputo, que passou invicto na fase regular após vencer os três jogos disputados, nomeadamente diante do First Bank da Nigéria, por 85-48, FAP dos Camarões, por 62-43, e KPA do Quénia, por 91-76, tem a responsabilidade de fazer melhor neste jogo e em toda a competição, não fosse bicampeã africana da modalidade.

Já o Sporting de Luanda, que conta no seu plantel com três moçambicanas, nomeadamente Eleotéria Lhavanguana, Nilza Chiziane e Vilma Covane, estreou-se com pé esquerdo, ao perder diante do REG do Ruanda por três pontos de diferença, 67-64, antes de somar a primeira vitória de sempre na WBAL, diante do FBA da Costa do Marfim, por 65-40, a mostrar a sua capacidade de recuperação e compromisso com uma boa prestação na prova.

Na derradeira partida da fase regular, a equipa angolana voltou a vergar diante da poderosa formação egípcia, o Al Ahly, por 86-65, terminando em segundo no grupo A, o que deu direito a defrontar o primeiro do grupo B, o Ferroviário de Maputo.

Ingvild Mucauro é a atleta do Ferroviário de Maputo em destaque, com índice de eficiência de 17,3% por jogo, seguido da Destiny pitts, com 14,3, e Odélia Mafanela, com 13,7. A norte-americana Destiny Pitts tem a melhor média de pontos, com 13,7.

Do lado das angolanas, os destaques na primeira fase foram Nelma Cuna, Eleotéria Lhavanguana e Nilza Chiziane.

O segundo jogo do dia vai colocar frente-a -frente o REG do Ruanda ao ASC Ville de Dakar do Senegal, enquanto o terceiro jogo do dia será disputado pelo APR do Ruanda e o KPA do Quénia.

O último jogo dos quartos-de-final da Liga Africana de Basquetebol Feminino a ter lugar nesta sexta-feira vai colocar frente-a-frente o Al Ahly do Egipto e o CNS da República Democrática do Congo.

Os jogos das meias-finais disputam-se no sábado e a grande final terá lugar no domingo.

O Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) conta com um moderno sistema digital de monitorização de contravenções rodoviárias, entregue nesta quarta-feira, em Maputo, no âmbito da cooperação entre o país e a Coreia do Sul.

Instalado na área metropolitana de Maputo, o sistema permite a captação de infracções de trânsito na via pública, através de câmaras de monitorização de trânsito, processamento e envio das respectivas multas aos condutores infractores, por via de mensagens telefónicas.

Num investimento de cerca de sete milhões de dólares norte-americanos, desembolsados pelo Governo da República da Coreia do Sul, através da Agência Coreana de Cooperação Internacional (KOICA), o projecto compreende, além do sistema de monitorização das contravenções rodoviárias, a elaboração do Plano Director de Segurança Rodoviária; melhoria de infra-estruturas em pontos mapeados como críticos, nomeadamente a Rotunda da KaTembe, Praça Filipe Samuel Magaia (Rotunda da Junta), bairro do Benfica, Casa Jovem, na Circular de Maputo e Escola Primária 30 de Janeiro, na Cidade da Matola.

Falando no acto da entrega definitiva deste sistema pela KOICA, o administrador da área técnica do INATRO, Cláudio Zunguze, referiu que estes sistemas reforçam as ferramentas ao dispor das entidades fiscalizadoras, incluindo a Polícia de Trânsito para impor o cumprimento da lei com maior eficácia, induzindo os condutores para o uso responsável da via pública, ao mesmo tempo que desafia os agentes de fiscalização rodoviária a serem mais íntegros e transparentes.

Zunguza reconheceu ainda a complexidade do uso das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para a monitoria das contravenções rodoviárias, desde a própria funcionalidade, incluindo o ajustamento da legislação para a aplicação de multas no ambiente virtual, reiterando a determinação do INATRO de prosseguir com a digitalização que vai conferir maior eficiência e transparência na sua actuação.

A directora Nacional da KOICA em Moçambique, Jinjoo Hyun, manifestou a disponibilidade da agência que dirige para o suporte técnico que se mostrar necessário durante a implementação desta inovação no processo de fiscalização rodoviária em Moçambique. 

Uma avaliação poderá resultar na implementação da segunda fase do Projecto de Melhoria da Segurança Rodoviária e Capacitação Institucional, que poderá abranger mais locais fora da área metropolitana de Maputo, contemplada nesta fase piloto do projecto.

O grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda, diz que tomou o controle da cidade estratégica de Uvira, no leste do Congo, nesta  quarta-feira, após uma ofensiva rápida desde o início do mês.

O porta-voz do grupo rebelde M23 fez o anúncio numa publicação no X,  informando que o grupo tomou controlo da cidade estratégica de Uvira, no leste do Congo, e encorajou os cidadãos que tinham fugido a regressar às suas casas.

Localizada na fronteira com o Burundi, Uvira tinha-se tornado num espaço significativo em Kivu do Sul desde que o M23 tomou a capital da província, Bukavu, em Fevereiro.

Nesta quarta-feira, os residentes de Uvira relataram uma noite caótica, durante a qual tropas do exército congolês fugiram e ouviram-se tiros por toda a cidade.

O mais recente ataque do M23 acontece apesar de um acordo de paz mediado pelos Estados Unidos, assinado na semana passada pelos presidentes da República Democrática do Congo e do Ruanda em Washington. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, saudou o acordo como histórico. O acordo não incluía os rebeldes, que estão a negociar separadamente com a RDC, mas obriga o Ruanda a cessar o apoio a grupos armados e a trabalhar para pôr fim às hostilidades.

No seu discurso no parlamento nesta segunda-feira, o presidente congolês Félix Tshisekedi acusou Ruanda de violar o acordo de paz de Washington.

Parceiros locais das Nações Unidas relatam que mais de 200 mil pessoas foram deslocadas em todo o Kivu do Sul, desde 2 de Dezembro, com mais de 70 mortos.

O escritor Mia Couto lança a sua nova obra “As sementes do céu”, neste sábado, na Fundação Fernando Leite Couto, em Maputo. 

O conto ilustrado por Susa Monteiro explora a relação entre o homem e a natureza, a importância da infância e o diálogo intergeracional. A história é sobre um avô e neto que lamentam o desmatamento, refletindo sobre a vida que brota da terra e a necessidade de construir um mundo melhor, enraizado na memória e na esperança, pois a natureza é a própria vida.

«Um dia, o avô espreitou pela janela e contemplou as montanhas. Deu um passo atrás, com as mãos no peito, como se lhe faltasse o ar. Apontou para o topo dos montes, lá onde vivia uma imensa floresta. Agora, restava apenas areia e pedra. Tinham cortado as árvores todas.»

O evento será feito de leitura encenada do texto pelos actores Fernando Macamo e Nélia Gilberto, com posterior intervenção do autor e sessão de autógrafos.

A UNICEF divulgou que mais de 200 milhões de crianças vão precisar de ajuda humanitária no próximo ano, em 133 territórios. A organização pede 6 580 milhões de euros para apoiar 73 milhões de crianças.

Segundo o Relatório de Acção Humanitária para a Infância, apresentado em Madrid esta quarta-feira, o crescimento das necessidades humanitárias na infância é explicado pelo organismo com o agravamento das tensões e conflitos mundiais, bem como das situações de fome.

Os cortes no financiamento a nível mundial e o colapso dos serviços básicos também contribuem para a nova estimativa.

“As necessidades aumentaram, não apenas em número de milhões de crianças, mas também em gravidade”, acrescentou a coordenadora global de emergências da UNICEF, Inés Lezama, citada por Lusa.

Apesar do número estimado de crianças em risco, o pedido de 6 580 milhões de euros para 2026 representa um corte de cerca de 22% face ao ano anterior.

Em 2025, a UNICEF reduziu as intervenções do programa de nutrição em 20 países prioritários devido ao défice de financiamento de 72%.

Na educação, o défice de 640 milhões de euros colocou em risco o acesso ao ensino de milhões de crianças: “Há menos fundos e, por isso, temos de tomar decisões muito difíceis no dia a dia”, explicou Lezama.

Em conferência de imprensa, o director-executivo da UNICEF Espanha, José María Vera, apelou a que o sector privado e as administrações públicas mantenham o apoio prestado à organização, numa fase em que as necessidades crescem em sentido inverso aos recursos, que são cada vez menores.

O alerta surge numa altura em que os cortes de financiamento previstos por parte de governos doadores limitam a capacidade de resposta da UNICEF.

“Sem financiamento contínuo, as intervenções vitais de nutrição, água, saneamento e higiene para proteção de milhares de crianças serão interrompidas”, lê-se no comunicado da UNICEF citado pela agência Lusa.

O valor solicitado de 6 580 milhões de euros será distribuído entre as diferentes necessidades em cada região, nomeadamente no acesso à água, saneamento, higiene e nutrição (40%), educação (16%), saúde (14%) e proteção da infância (12%).

As maiores necessidades de financiamento para o próximo ano concentram-se no Sudão, Afeganistão e Palestina, devido ao risco de fome em Gaza e em Darfur e Cordofão (Sudão).

Entre as mudanças no apoio prestado pela UNICEF em 2026 estão a necessidade priorizar intervenções de maior impacto, reforçar alianças com governos e investir na preparação das ações de ajuda humanitária.

Há focos de lixo em vários pontos da cidade de Maputo. A edilidade diz não dispor de recursos, para garantir a recolha e gestão eficiente de resíduos, entretanto está a rever a Postura Municipal que vai permitir a redução da taxa de lixo.

A rua 9, no bairro Magoanine A, na cidade de Maputo, foi tomada por resíduos sólidos. O lixo é tanto, que ocupou quase toda a via, que deveria servir para os peões e viaturas, tal como relataram alguns munícipes.

“O que me preocupa é, até o ponto, também para a questão de higiene, porque prejudica, com certeza, os vizinhos. Esse lixo aqui, desde o tempo de manifestações, sempre fica assim mesmo. Tiram o lixo, vêm tirar metade do lixo, deixam outro lixo”, lamentou Sansão Manjate. Situação similar verifica-se no bairro das Mahotas, onde mesmo diante da existência de vários estabelecimentos de restauração e de venda de alimentos, convive-se com lixo. Por estes pontos, o cheiro é nauseabundo e já nem se contam os problemas trazidos à saúde.

“Esse lixo incomoda muito. Sofremos muito aqui com moscas e outros insectos também, que aparecem aqui por conta desse lixo aqui. Antes removiam, mas dizem que tinham uns caminhões que vinham de Chimoio. Só que esses caminhões foram os que voltaram Então, desde lá, que aqueles caminhões voltaram, estamos assim nessa situação”, disse um dos munícipes.

Os munícipes lamentam o surgimento das chamadas lixeiras informais, mesmo pagando taxas para que tal não aconteça. O município de Maputo assume que há focos de lixo, cuja eliminação depende de recursos.

“Nós, neste momento, temos uma situação em que precisamos de mobilizar recursos que não temos para poder responder ao desafio que está na rua. Ou seja, nós, neste momento, temos 1.200 toneladas de lixo por dia. Entretanto, o grande volume dessas toneladas é justamente de material reciclável”, explicou João Munguambe, Vereador de Salubridade no Município de Maputo.

Munguambe explica que a gestão destes resíduos é papel de todos. Esta quarta-feira, a Assembleia Municipal discutiu a revisão da postura Municipal sobre Resíduos Sólidos que prevê inovações.

“Quem consome ou paga energia de 5 mil meticais, vai pagar no máximo 250 meticais. Quem paga 6 mil, também vai pagar 250. Quem paga 10 mil, também vai pagar. Portanto, nós limitamos no máximo 250 meticais, portanto, da taxa de lixo.”

No evento aprovou-se também o Plano de actividades 2026.

O Presidente da República, Daniel Chapo, diz estar preocupado com o aumento de mortes decorrentes de acidentes de viação, nas estradas nacionais. Para Daniel Chapo esta é também uma forma da violação dos direitos humanos, em que os automobilistas violam a lei perante o olhar impávido das autoridades.

Na sua mensagem alusiva à celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, esta quarta-feira, dia 10 de Dezembro, o Presidente da República manifestou preocupação com o crescente número de acidentes de viação no país, que tem ceifado inúmeras vidas humanas.

Chapo, chamou o fenômeno de desvalorização da vida humana e apontou os condutores, principalmente de transporte semi-colectivo de passageiros e as autoridades que deviam fazer a fiscalização de violarem o Código de Estrada.

“As nossas estradas devem deixar de ser uma espécie de palco de leiloamento da vida humana, com a consequente destruição do futuro das nossas famílias, sobretudo em épocas como estas, de celebração das festas do Natal ou da Família e do Fim do Ano”, lê-se na mensagem de Daniel Chapo.

Ainda na sua mensagem, o Chefe de Estado, destacou que o Dia Internacional dos Direitos Humanos assinala-se num contexto em que decorre no país auscultações no âmbito do Diálogo Nacional Inclusivo, que segundo defende só está a ser possível porque os direitos dos cidadãos estão a ser respeitados e aplicados, nos termos da Constituição da República.

Falou também dos progressos que o país tem alcançado na promoção e protecção dos direitos humanos entre as quais a criação de instituições como a Comissão Nacional de Direitos Humanos e o Provedor de Justiça e reiterou o compromisso do Governo em continuar a defender esses direitos, sublinhando que o país é signatário de várias convenções internacionais e dispõe de uma carta robusta de direitos fundamentais na sua Constituição.

Chapo encorajou os cidadãos a continuarem a exercer os seus direitos através das tecnologias de informação, especialmente nas redes sociais, mas apelou a uma utilização responsável, que privilegie a verificação da informação e o respeito pela dignidade humana, afastando-se de insultos, maledicência e discursos de ódio.

O Dia Internacional dos Direitos Humanos celebra-se este ano sob o lema “Direitos Humanos: O Essencial de Cada Dia”.

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