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Foram, ontem, empossados 72 membros da Assembleia Provincial de Maputo e 83 de Sofala, eleitos no pleito de 9 de Outubro. Os empossados dizem estar prontos para dar a sua contribuição para o desenvolvimento das províncias.

Tomaram posse, esta segunda-feira, 72 dos 86 membros da Assembleia Provincial de Maputo, saídos das eleições de 9 de Outubro de 2024.

A quarta assembleia provincial de Maputo é composta por 48 membros da Frelimo, 31 do estreante PODEMOS, quatro da Renamo e três do MDM.

A cerimónia, que contou com a presença de alguns deputados da Assembleia da República, com edil de Maputo e o elenco provincial cessante, esteve, ao mais alto nível esteve o ministro dos Transportes e Logística, em representação de Daniel Chapo, que fez apelos de justeza, comprometimento e cumprimento escrupuloso da lei na fiscalização do executivo provincial.

Face às responsabilidades do órgão que está à frente dos desafios desta província, que é parte integrante de Moçambique, atrevemos-nos a recomendar responsabilidade e empatia ao analisar os documentos que lhe serão submetidos, buscando sempre aprovar instrumentos com a qualidade necessária para o desenvolvimento local e satisfação das necessidades da população. Recordar também que é expectativa da população da província testemunhar o novo estágio de desenvolvimento da província em 2029”.

O que se seguiu, depois da investidura, foi a realização da primeira sessão extraordinária do órgão, cujo ponto único de agenda era a eleição do presidente da Assembleia Provincial de Maputo. 

Com 44 votos, foi eleito António Pascoal para o cargo de presidente da Assembleia Provincial, Idalina Chirinda para primeiro vice e Pierce Félix para segundo vice – presidente. 

Pascoal garante presidir o órgão, sem olhar para cores partidárias.

Com espírito aberto, estarei sempre disponível para receber e tratar todos os grupos políticos,  bancadas, comissões de trabalho e membros em todas as matérias que se mostram pertinentes”, disse António Pascoal.

Manuel Tule, que encabeça a lista da Frelimo, suspendeu o mandato de membro da Assembleia Provincial, para  exercer o mandato de Governador da Província de Maputo.

Em Sofala, 83 membros foram conferidos posse, sendo 64 da Frelimo, 15 do MDM e 4 da Renamo, numa cerimónia onde foi reeleita Antónia Charre Presidente da Assembleia Provincial, Aurélio Andrade primeiro vice e para segunda vice-presidente Rosalita Macate.

Os empossados, conhecem a missão.

É responsabilidade e fomos eleitos e temos que representar o povo. (1:17) Somos a voz do povo da província de Sofala e vamos fazê-lo com todo o prazer”, disse Rosalita Macate, segunda vice-presidente do órgão, em Sofala.

Quem concorria para entrar na Assembleia da República e não conseguiu, tomou posse como membro da Assembleia Municipal e diz que “apesar de ter a maioria na Assembleia Provincial, hoje chamaria essa maioria de Assembleia de Quantidade. E nós, como Renato, queremos ser a Assembleia de Qualidade. Isso significa que nós teremos que ser proactivos na fiscalização da actividade governativa, assim como andar nos distritos para percebermos as reais dificuldades da nossa população”, Andre Magibire, renamo.

Os desafios são trabalhar com o Executivo, fiscalizar as acções do Executivo para a  melhoria da qualidade de vida da população desta província”, disse Helena Transval, membro da AP, pela Frelimo.

Em Sofala, Lourenço Bulha, cabeça de lista da Frelimo, vai dirigir a província.

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O presidente russo, Vladimir Putin, saúda o desejo do presidente eleito dos EUA de restaurar o diálogo direto com a Rússia e, desta forma, evitar a terceira guerra mundial. Putin, reunido com os ministros do Governo russo, garantiu que Moscovo está aberto para dialogar com a nova administração norte-americana.

Falando durante uma videochamada com membros do Conselho de Segurança da Rússia pouco antes da posse de Trump, Putin disse: “ouvimos as declarações de Trump e membros de sua equipe sobre seu desejo de restaurar contactos directos com a Rússia, que foram interrompidos sem culpa nossa pela administração cessante”.

Sobre a guerra na Ucrânia, o líder russo quer uma paz duradoura, mas assegura que vai lutar pelos interesses da Rússia.

“Quanto à solução da situação, gostaria de sublinhar que seu objetivo não deve ser uma trégua curta, nem algum tipo de trégua para reagrupamento de forças e rearmamento com o objetivo de posteriormente continuar o conflito, mas uma paz de longo prazo baseada no respeito aos interesses legítimos de todas as pessoas, todas as nações que vivem nesta região”, disse putin, citado por African News. 

Além da guerra na Ucrânia, Putin falou ainda sobre o controlo de armas nucleares e garantiu que Moscovo está disponível para discutir o tema com Trump. Em causa está o Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (ou Novo START) que expira em Fevereiro de 2026.

O número de mortos na explosão de um camião-tanque de gasolina no centro-norte da Nigéria subiu para 98. A informação foi avançada pela agência de resposta a emergências do país, na segunda-feira.

A explosão aconteceu nas primeiras horas de sábado, perto da área de Suleja, no estado de Níger, depois que indivíduos tentaram transferir gasolina de um camião-tanque acidentado para outro camião,  usando um gerador.

A transferência de combustível provocou a explosão, que resultou na morte de quem transferia a gasolina e de pessoas que estavam nas proximidades.

Hussaini Isah, chefe de operações da Agência Nacional de Gestão de Emergências do estado de Níger, disse à Associated Press, na segunda-feira, que há uma possibilidade de que o número de mortos venha a aumentar.

Um jovem espancou até à morte sua própria esposa e colocou-se em fuga, levando consigo a filha de apenas um ano de idade.

De acordo com relatos de vizinhos, o casal vinha enfrentando conflitos constantes nos últimos dias. O que antes eram promessas de amor e companheirismo nos bons e maus momentos, deu lugar a episódios de violência doméstica.

Na madrugada desta segunda-feira o pior veio a acontecer. A mulher morreu após ser espancada pelo marido.

Testemunhas afirmam que após cometer o homicídio, o suspeito teria dado banho no corpo da esposa, vestiu-a e a colocou na cama, numa tentativa de encobrir o crime. Em seguida, fugiu levando a filha menor, cujo paradeiro ainda é desconhecido.

 

O Presidente da República, Daniel Chapo, recebeu, hoje, em audiência a comunidade Sant´Egídio de Moçambique. Depois do encontro, a organização católica mostrou-se disponível para trabalhar pela pacificação do país e apoio a pessoas carenciadas. 

O Presidente da República recebeu, em audiência, esta segunda-feira, no seu local de trabalho, a Comunidade Sant´Egídio. No encontrou, a  organização católica saudou o novo Chefe do Estado e falou das acções de caridade que tem desenvolvido em Moçambique. 

“Nós, a comunidade Sant´Egidio, fomos, esta tarde, cumprimentar o novo Presidente para, também, apresentar o trabalho que a comunidade está a fazer desde há muitos que leva à frente aqui em Moçambique. A comunidade de Sant´Egidio sempre trabalhou pela paz em prol da população. Então, nós queremos continuar”, disse  Maria Turrini, em representação da  Comunidade Sant´Egidio em Moçambique

E é este tipo de trabalho que a Comunidade Sant´Egidio garantiu ao Presidente da 

“Apesar de, às vezes, os tempos ficaram melhores e difíceis, mas a comunidade vai continuar a trabalhar em prol da população e, sobretudo, das pessoas mais vulneráveis. Então, fomos apresentar o trabalho que a comunidade faz um pouco por todo o país”

Um grupo de enfermeiros do Hospital Central de Maputo (HCM) paralisou as suas actividades em reivindicação do pagamento do décimo terceiro salário. Os grevistas dizem que só vão retomar as actividades quando receberem o que lhes é devido.

“Devíamos estar a trabalhar, mas não podemos ficar de fora do que está a acontecer com os funcionários públicos. Nós também fazemos parte da função pública. Então, é o nosso dever e direito acompanhá-los”, disse Calminosa, uma das enfermeiras, acrescentando que apenas os chefes dos sectores e alguns médicos é que estão a trabalhar.

A fonte diz ainda que estão a decorrer negociações com o director do hospital e se aguarda resposta para decidir sobre os próximos passos.

“Neste momento, em todas as unidades sanitárias, não estão a trabalhar, mas o hospital central está, pelo menos, ainda a receber os doentes. Não trancámos as portas. Os primeiros cuidados, nós vamos ter, só não vamos ter os cuidados integrais para todos”, acrescentou a enfermeira.

Rui Muniz, também grevista, explicou que a sua reivindicação se deve ao facto de o décimo terceiro ser um direito e não ter sido dado um aviso prévio sobre o não pagamento.

“Nós fizemos dívidas à espera do dinheiro do décimo terceiro”, acrescentou.

A Associação Black Bulls encerrou, no domingo, a sua participação na Taça CAF com uma derrota, em Alexandria, diante do Al Masry do Egipto. Em seis jogos, o representante moçambicano somou uma vitória, um empate, quatro derrotas e foi a equipa que mais golos sofreu no Grupo D: 13. É uma experiência que serve para preparar a próxima participação, na edição 2025/26.

Um fim inglório de uma participação que esteve perto de ser perfeita, não fosse a derrota na última jornada, num jogo em que dependia de si para se qualificar para os quartos-de-final da Taça CAF, também conhecida como Taça Nelson Mandela.

A Black Bulls esteve perto de fazer história na sua primeira aventura na fase de grupos, ainda que tenha sido a segunda viagem africana na sua bagagem. É que, à entrada para a última jornada, os “touros” ainda estavam na luta pela qualificação, tal como outras duas equipas, o Al Masry do Egipto, seu adversário, e o Enyimba da Nigéria, que jogava também no Egipto, com o já apurado Zamalek.

Uma vitória do campeão nacional e um empate ou derrota do Enyimba colocavam a equipa moçambicana na fase do “mata-mata”, mas debalde. Três golos de Ben Youssef na primeira parte (22, 42 e 45 minutos) ditaram um resultado que não tinha nada de proveito, ainda que Rume tenha reduzido aos 57 minutos.

Vale dizer que o Zamalek ainda tentou ajudar, vencendo o Enyimba da Nigéria, mas em nada a valer para as contas da Black Bulls, que termina a fase de grupos na última posição, com quatro pontos, a um ponto do Enyimba da Nigéria, que terminou na terceira posição.

As duas equipas do Egipto (Zamalek, líder com 14 pontos e invicto, e Al Masry, segundo com nove pontos) garantiram presença nos quartos-de-final da prova.

Participação quase perfeita, mas inglória

Foi a segunda aventura da Associação Black Bulls nas competições africanas num intervalo de dois anos. Se na primeira terminou na primeira eliminatória, nesta o representante moçambicano pelo menos conseguiu chegar à fase de grupos da prova, em que conseguiu amealhar uma vitória e um empate.  

Porém a participação dos “touros” na prova não foi de todo positiva, tendo em conta que a equipa liderada por Hélder Duarte não conseguiu garantir o apuramento para os quartos-de-final. 

As quatro derrotas sofridas, duas diante do Zamalek, uma diante do Al Masry, ambas equipas do Egipto, e mais uma diante do Enyimba da Nigéria, condicionaram a presença do clube moçambicano noutra fase da competição.

A Black Bulls foi a equipa que mais golos sofreu no Grupo D, com um total 13, contra sete marcados. Só nos últimos três jogos os “touros” sofreram 10 golos e marcaram três.

Foram marcadores dos sete golos da Black Bulls: Ejaita (nas derrotas diante do Enyimba e Zamalek), Rume (um na vitória sobre o Enyimba e outro na derrota diante do Al Masry), Nené (no empate diante do Al Masry), Fidel, Ayuba (ambos na vitória sobre o Enyimba).

Vale dizer que os “touros” marcaram em cinco dos seis jogos disputados, falhando apenas no jogo inaugural, diante do Zamalek, em que perderam por duas bolas sem resposta.

Durante a participação na prova, a Black Bulls foi obrigada a realizar um dos três jogos caseiros fora de casa, ainda que na condição de anfitriã, devido à interdição do Estádio Nacional do Zimpeto.

Recorde-se que os “touros” voltarão a representar o país nas competições africanas, desta feita na Liga do Campeões, a partir de Agosto de 2025, para a edição 2025/26.

A experiência desta edição vai colocar alguns desafios aos “touros”, mas também as equipas moçambicanas nas afrotaças, agora também o Ferroviário de Maputo, na Taça CAF, entre eles a gestão do plantel, tendo em conta as épocas diferentes, do Moçambola e da CAF, e a questão do campo em condições para jogos internacionais.

Stellenbosch e Simba salvam região austral

Na Taça CAF, duas equipas salvaram a honra da região, nomeadamente o Stellenbosch da África do Sul e o Simba da Tanzânia.

Os tanzanianos lideraram o grupo A da fase de grupos com 13 pontos, somados graças a quatro vitórias, um empate e uma derrota, tendo marcado oito golos e sofrido quatro.

A antiga equipa de Luís Miquissone continua a mostrar-se grande ao nível do continente, chegando a várias fases do “mata-mata” ao longo dos últimos anos.

CS Constantine da Argélia terminou na segunda posição do grupo A, com 12 pontos, relegando o Bravos de Maquis de Angola, equipa treinada pelo moçambicano Almiro Lobo, na terceira posição com sete pontos.

Já o Stellenbosch da África do Sul terminou em segundo lugar no grupo B, com nove pontos, fruto de três vitórias e igual número de derrotas, tendo marcado seis golos e sofrido 10.

Os sul-africanos ficaram atrás do RS Berkane do Marrocos, líder com 16 pontos, a maior pontuação da fase de grupos.

Pelo grupo C, qualificaram-se o USM Argel da Argélia, líder com 14 pontos, e o ASEC Mimosas da Costa do Marfim, em segundo com oito pontos, ainda que os mesmos do ASC Diaraf do Senegal, mas vantagem no confronto directo.

Já no grupo D, em que estava inserida a Black Bulls, Zamalek e Al Masry, ambos do Egipto, foram as equipas qualificadas.

Vale dizer que vão ao sorteio dos quartos-de-final da Taça CAF, duas equipas do Egipto (Zamalek e Al Masry), duas da Argélia (USM Argel e CS Constantine), uma do Marrocos (RS Berkane), uma da Costa do Marfim (ASEC Mimosas), uma da Tanzânia (Simba SC) e outra da África do Sul (Stellembosch).

 

PRESTAÇÃO DA BLACK BULLS NA TAÇA CAF

RESULTADOS 

Zamalek 2-0 Black Bulls

Black Bulls 1-1 Al Masry

Black Bulls 3-0 Enyimba

Enyimba 4-1 Black Bulls

Black Bulls 1-3 Zamalek

Al Masry 3-1 Black Bulls

 

CLASSIFICAÇÃO

EQUIPA J P

Zamalek Egipto 6 14

Al Masry Egipto 6 9

Enyimba Nigéria 6 5

BLACK BULLS 6 4

O Papa Francisco diz ter esperanca que o novo Presidente norte-americano, Donald Trump, contribua para uma sociedade sem ódio, discriminação ou exclusão.

“Inspirado pelos ideais da nação, uma terra de oportunidades e de acolhimento para todos, espero que, sob a sua liderança, o povo norte-americano prospere e se empenhe na construção de uma sociedade mais justa, na qual não haja lugar para o ódio, a discriminação ou a exclusão”, escreveu Francisco numa mensagem divulgada a poucas horas da posse de Trump.

A mensagem do chefe da Igreja Católica dirigida a Trump foi divulgada pelo Vaticano, segundo a agência francesa AFP.

No domingo, numa crítica velada, o Papa disse que seria lamentável se Trump prosseguisse com o plano de deportação em larga escala de imigrantes sem documentos.

Trump, que inicia hoje um segundo mandato depois de ter sido Presidente entre 2017 e 2021, comprometeu-se a adoptar uma posição intransigente em relação aos cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos.

Prometeu levar a cabo “a maior operação de deportação da história americana”, embora qualquer programa de deportação tenha de enfrentar possíveis desafios legais e a recusa potencial de alguns países em aceitar os deportados.

Francisco, que recebeu Trump no Vaticano em 2017 para um encontro de meia hora, já o tinha criticado pelas posições contra os migrantes e por querer construir um muro na fronteira com o México.

Um grupo de homens munidos de catana está a bloquear a Estrada Nacional Número Um (EN1), no troço Ligonha a Alto-Molocué, na província de Zambézia. Os automobilistas são obrigados a pagar para poderem passar pelo local.

Até quinta-feira, em 50 km de estrada, havia três barricadas. Automobilistas partilharam com “O País”, os momentos de terror que viveram.   Vídeos publicados nas redes sociais ilustram um dos pontos da EN1, com barricadas, especificamente, no troço Ligonha a Alto-Molocué. Nas mesmas imagens são visíveis homens com catanas nas mãos, enquanto exigiam valores monetários, para permitir que a viagem continue. 

“Quando a gente sai de Alto-Molocué, logo antes da subida da cerimónia, encontramos barricadas. Então, descemos todos, porque era uma bicha de camiões, descemos e removemos as barricadas. O segundo sítio, foi em Alto Ligonha, em Alto Ligonha, estavam jovens que arremessaram pedras contra o camião. Os polícias estavam a nossa trás, então eu buzinei e os polícias chegaram alí e dispararam”, contou um condutor. 

E só com os disparos da polícia é que se conseguiu conter os jovens que arremessavam pedras. O condutor conta ainda que depois do episódio, a polícia propôs que o camião seguisse a viatura da PRM, por questões de segurança. 

“Encontramos mais barricadas, mas no primeiro sítio em que encontramos barricadas, tinha um camião queimado (…) é assustador, eu agora carreguei, mas não posso sair porque o caminho está mal”. 

A polícia na Zambézia confirma a ocorrência de casos e assegura que está a trabalhar no terreno, para repor a transitabilidade. “Após a tomada de conhecimento, por parte da Polícia da República de Moçambique, tomamos medidas profiláticas, no sentido de repelir aqueles comportamentos. Agora que me refiro, há em toda a Estrada Nacional Número Um e outras subjacentes à livre circulação de pessoas e bens (…) a polícia está a intensificar medidas para a ressarcir todo o comportamento que tende a perturbar a ordem pública”, avançou Miguel Caetano do Comando Provincial da Zambézia.

Já em Nampula, a Associação dos Transportadores manifesta preocupação à volta do assunto. Além de cobrar valores monetários, os manifestantes exigem bens, aterrorizando deste modo os que usam aquela a única via por terra que liga o país. 

O fotógrafo Mário Macilau será um dos participantes da aclamada exposição colectiva “Of Africa”, que será inaugurada na C/O Berlin, no próximo dia 01 de Fevereiro. 

A exposição, que ficará aberta até 7 de Maio deste ano, segundo uma nota de imprensa, reúne uma selecção de fotógrafos e cineastas contemporâneos e oferece uma visão profunda e multifacetada da África, desafiando as representações estereotipadas e destacando as diversas realidades e os potenciais do continente no contexto global.

Com seu trabalho profundamente sensível e crítico, Macilau se junta a um grupo de artistas

internacionais cujas obras abrem novas perspectivas sobre a África, explorando questões de identidade, memória, tradição e transformação. A exposição está estruturada em três secções temáticas: “Identidade e Tradição”, “Contrahistórias” e “Futuros Imaginados”, permitindo uma imersão no passado, presente e futuro especulativo do continente.

A participação de Mário Macilau, na exposição, não só reforça sua trajectória como um dos principais nomes da fotografia contemporânea africana, mas também amplia a compreensão sobre a complexidade da África, longe das narrativas simplistas e coloniais. 

As suas obras, que revelam histórias de vidas, paisagens e mudanças sociais, convidam o espectador a um olhar mais atento e empático sobre o continente.

Segundo o artista, “Participar nesta exposição colectiva vai além de simplesmente mostrar o

meu trabalho; é um gesto de ampliação do diálogo. Cada obra se insere numa conversa mais ampla, onde diferentes perspectivas se entrelaçam, criando uma rede de significados que se reforçam mutuamente. Nesse espaço, a arte torna-se um veículo de troca, não apenas de ideias, mas também de experiências e reflexões que transcendem o individual e abrem caminho para o colectivo”.

“Esta participação também é um acto de resistência”, continua Macilau. “Ao dar visibilidade a histórias marginalizadas, oferecemos uma plataforma para narrativas frequentemente silenciadas, revelando as realidades daqueles que foram esquecidos pela história. Representar os sem voz é um compromisso ético e político, um esforço para reescrever as histórias que a sociedade escolheu ignorar”.

O artista ainda destaca que “Tenho a honra de expor ao lado de artistas que considero irmãos, amigos e colegas, com os quais compartilho não apenas o ofício da arte, mas também a missão de afirmar em Berlim que a arte tem o poder transformador de iluminar aqueles que costumam viver à sombra. A arte, neste momento, se torna uma força colectiva de mudança, capaz de amplificar as vozes invisíveis e redefinir as narrativas sociais e culturais de maneira profunda e impactante”.

O trabalho de Mário Macilau se caracteriza por sua intensidade emocional e por uma profunda conexão com as questões sociais e culturais que moldam a realidade moçambicana e africana. As suas imagens evocam um sentido de urgência e contemplação, transformando o cotidiano em algo monumental e, ao mesmo tempo, íntimo. 

Com uma abordagem única, Macilau utiliza a fotografia não apenas como um meio de documentar, mas como uma ferramenta para promover a reflexão sobre identidade, memória e transformação social. A sua arte vai além da superfície, tocando as camadas mais profundas da experiência humana, enquanto desmantela os estigmas e desafios frequentemente impostos à África.

Ainda segundo a nota de imprensa, a exposição “Of Africa” oferece uma oportunidade única de reimaginar o continente africano e as suas múltiplas histórias. Com a participação de artistas renomados como Kelani Abass, Atong Atem, Malala Andrialavidrazana, Edson Chagas, Kudzanai Chiurai, Hassan Hajjaj, Aïda Muluneh, entre outros, a mostra explora como a arte africana contemporânea pode redefinir as narrativas globais, quebrando estereótipos e destacando o dinamismo e a diversidade das realidades africanas.

A exposição ficará em cartaz num dos mais prestigiados espaços dedicados à fotografia e à arte contemporânea na Europa.

SOBRE MÁRIO MACILAU

Mário Macilau é um dos fotógrafos mais proeminentes de Moçambique, reconhecido por sua sensibilidade única e abordagem crítica às questões sociais e culturais de seu país e do

continente africano. A sua fotografia, muitas vezes poética e imersiva, vai além da simples

documentação, criando uma narrativa visual que desafia o espectador a repensar as histórias e representações convencionais da África. Com obras que têm sido exibidas

internacionalmente, Macilau é uma voz vital na arte contemporânea africana, explorando a

complexidade da identidade e da transformação social no contexto africano.

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