O Governador da província de Inhambane, Francisco Pagula, inaugurou três sistemas de abastecimento de água potável que vão beneficiar mais de 9.700 habitantes dos distritos de Govuro e Vilanculos.
Na ocasião, Francisco Pagula apelou às comunidades beneficiárias para que “utilizem as infra-estruturas de forma sustentável, a fim de garantir a sua durabilidade”.
O governante acrescentou que o seu executivo continuará a investir na expansão de infra-estruturas sociais básicas, com vista a melhorar a qualidade de vida da população, exortando igualmente os residentes a manterem-se vigilantes para evitar o roubo de painéis solares.
Os sistemas de abastecimento ora inaugurados são os mesmos que tinham sido danificados, em 2023, pelo ciclone Freddy, que assolou a região sul do País, com particular incidência na província de Inhambane.
A Direcção Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento (DNAAS), através da componente de emergência do Projecto Água Segura para Vilas e Zonas Rurais, financiado pelo Banco Mundial, procedeu à reabilitação e ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da localidade de Luido, no Distrito de Govuro, que vai beneficiar 402 habitantes.
O sistema dispõe de um furo com capacidade média de produção de 4,5 metros cúbicos por hora, 69 metros de profundidade, uma torre de 9 metros de altura, um depósito elevado de 10 metros cúbicos e 900 metros de tubagem de ligação aos fontanários.
O tratamento da água é assegurado por dessalinizadores de pequena dimensão, com capacidade de 1.500 litros por dia.
Destaque vai igualmente para os sistemas de Quequer que vai beneficiar 4884 habitantes. O sistema conta com um furo cuja capacidade de produção média é de 5 metros cúbicos por hora, com uma profundidade de 60 metros. Neste sistema foi reabilitada a torre de metros de altura e depósito elevado com 10 metros cúbicos de capacidade, 450 metros de rede de distribuição e inclui dois fontanários.
O Sistema de Belane, também no Distrito de Vilankulos, vai abastecer a 3.818 habitantes, conta com 5 fontanários, 650 metros de tubagem de rede de distribuição, uma torre de 9 metros de altura e depósito elevado com capacidade de armazenamento de 10 metros cúbicos.
A entrada em funcionamento destes sistemas de abastecimento de água permitirá melhorar significativamente a vida das comunidades de Govuro e Vilanculos, garantindo o acesso à água potável e a saneamento seguro. Com os sistemas serão beneficiadas escolas e unidades sanitárias locais.
Um direito penal sem influências e baseado nas realidades sociais africanas é o apelo que a juíza Isabel Rupia faz com no seu livro “O Processo de Construção do Direito Penal Moçambicano”. Isabel Rupia convida África a refletir e dialogar sobre o desempenho penal.
A Cidade de Maputo foi palco, esta quarta-feira, do lançamento do livro “O Processo de Construção do Direito Penal Moçambicano”, da juíza Isabel Rupia. A autora defende que o país deve consolidar um direito penal que reflita as suas realidades sociais e proteja com firmeza os direitos e liberdades dos cidadãos.
“Pensemos num direito penal moçambicano. Independentemente das influências exteriores, da globalização, nós temos a responsabilidade de construir um direito nosso, um direito, porque não africano, tomando em consideração as nossas realidades sociais”, destacou Isabel Rupia.
Neste contexto, inspirada na causa da justiça, Isabel Rupia convida o continente africano a reflectir e dialogar sobre o desempenho penal.
“Um diálogo onde tenhamos a humildade e a grandeza de chamar para a mesa aqueles que são a reserva moral e histórica deste nosso processo colectivo. Aqueles que carregam na pele e na memória as chagas de um caminho sofrido, mas que, com a sua resiliência, nos ensinaram o verdadeiro significado da justiça”, frisou a autor do livro.
A classe dos juízes, que enalteceu a obra, espera um direito penal que fortaleça a soberania jurídica e a coesão social no país. Adelino Muchanga, Presidente do Tribunal Supremo, espera que a reflexão trazida pelo livro sirva para educar e promover transformações.
“Precisamos de construir um direito penal moçambicano que não apenas puna, mas restaure relações sociais e previna novas infracções. Não apenas reaja, mas eduque. Um direito penal que não reproduz as estruturas, mas promove as transformações. Um direito que harmoniza as tradições locais e as exigências do mundo globalizado”, sublinhou Adelino Muchanga.
Por seu turno, Esmeraldo Matavele, Presidente da Associação Moçambicana dos Juízes, diz que a obra vai ser muito importante para os juízes. “É uma obra de estudo obrigatório para nós como juízes, porque, efectivamente, precisamos de estar muito bem alinhados, quer com os valores constitucionais e culturais do nosso país, quer também com aquilo que é a realidade cultural das nossas populações, um pouco pelo país inteiro”, destacou Esmeraldo Matavele.
O veterano da luta armada de libertação de Moçambique, Hama Tai, referido por Isabel Rupia como uma grande inspiração, manifestou orgulho pelo reconhecimento e pela evolução do pensamento jurídico moçambicano.
“Sinto um orgulho muito grande ao verificar que há moçambicanos, neste caso uma moçambicana, que buscam inspiração em nós, neste caso em específico em mim, porque, de facto, desde o tempo da luta de libertação nacional, procurei dar sempre o meu melhor e nos distintos cargos onde desempenhei, funções públicas, sempre pautei por uma integridade, sinceridade, honestidade”, disse Hama Tai.
Com esta obra, Isabel Rupia reforça o apelo por um debate que leve à construção de um direito penal genuinamente moçambicano, centrado na justiça e na dignidade humana.
A capital do país é, desde a passada quarta-feira, o centro da Juventude moçambicana, que participa na III Jornada Nacional, evento liderado pela Igreja Católica e que junta jovens de todo país.
A Missa de Abertura da III Jornada Nacional da Juventude, presidida por Dom João Carlos, Arcebispo de Maputo e Presidente do Comité Organizador Local, marcou solenemente o início deste grande encontro juvenil.
Foi celebrado na Sé Catedral de Maputo, na festa de São Francisco Xavier, Padroeiro das Missões. Na sua homilia, o Prelado acolheu calorosamente os jovens de todas as dioceses do país, afirmando que Maputo se tornara, naquele dia, “um grande cenáculo”, lugar de reunião, oração e envio.
Dirigindo-se com particular carinho à juventude, Dom João Carlos recordou que o encontro com Cristo muda o coração e desperta o desejo de transformar o mundo. Sublinhou que este é o verdadeiro estilo missionário ao qual a Igreja convida: um estilo feito de proximidade, compaixão e escuta.
Reconhecendo os desafios que os jovens enfrentam, o Arcebispo encorajou-os a não se deixarem intimidar pela sensação de pequenez, pois, aos olhos de Deus, cada um deles é grande. “Somos grandes porque Ele confia em nós”, afirmou, chamando os jovens a assumirem o seu papel na missão evangelizadora.
Inspirando-se no testemunho de São Francisco Xavier, Dom João Carlos lembrou que a fé não é um peso, mas uma alegria; a missão não é um dever triste, mas uma festa; não é perder tempo, é ganhar a vida. Esta mensagem marcou profundamente o espírito da celebração, convidando os jovens a viverem a JNJ como um caminho de entusiasmo e entrega.
O Arcebispo destacou ainda que a Jornada Nacional da Juventude é um espaço privilegiado de encontro: com Deus, com a Igreja, com diferentes culturas e com a voz do Espírito Santo. Convidou todos a levarem, ao longo destes dias, “a alegria de Cristo onde houver tristeza”, e o perdão onde existirem feridas.
Dom João Carlos concluiu reafirmando a importância da juventude para a Igreja e para Moçambique, desejando que esta III Jornada Nacional da Juventude seja, para cada participante, um verdadeiro Pentecostes, capaz de renovar corações, inspirar decisões e fortalecer a missão.
Manasse diz que evento é momento importante para a igreja
Entre cores, sorrisos, danças, abraços, a cerimónia de abertura deu o tom para um encontro que promete marcar vidas, fortalecer a esperança e renovar o espírito missionário de cada participante.
A tão aguardada Jornada Nacional da Juventude pela Juventude Cristã de todo país, terá a duração de 5 dias, com o fim previsto para o dia 7 de Dezembro de 2025, a cerimónia de abertura foi marcada com o início de dias cheios de fé, alegria e comunhão.
Para Caifadine Manasse, que participou em representação do Presidente da República, a celebração da Jornada Nacional da Juventude é, sem dúvida, um evento importante na vida da Igreja em particular, um momento privilegiado de encontro com os jovens, um instrumento de evangelização do seu mundo e de diálogo com os mesmos.
“Não esqueçamos que a Igreja tem tantas coisas para dizer aos jovens e os jovens tem tantas coisas a dizer à Igreja, e estes jovens são também uma prioridade presidencial para o Governo, liderado por Sua Excelência Daniel Chapo, Presidente da República’’, disse Manasse.
A Jornada Nacional da Juventude (JNJ) é um evento religioso, que reúne católicos, sobretudo jovens, fruto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), instituído pelo Papa João Paulo II, a 20 de Dezembro de 1985.
A Primeira-Dama defende que deve haver maior inclusão da pessoa com deficiência nos diferentes sectores. Gueta Chapo explica que só assim haverá maior integração econômica e na esfera política deste grupo.
A Primeira-Dama dirigiu, esta quarta-feira, as cerimónias centrais do Dia Mundial da Pessoa com Deficiência, em Ressano Garcia, na província de Maputo.
No local, Gueta Chapo ofereceu cadeiras de rodas, moletas e produtos alimentares diversos a famílias carenciadas, de seguida explicou que a pessoa com deficiência não deve ser deixada para trás, pois tem o seu contributo no desenvolvimento do país.
“ Este ano celebramos o dia 3 de dezembro sobre o lema “Fortalecer a liderança das pessoas com deficiência ” na construção de um futuro inclusivo e sustentável. E chama a atenção para a necessidade das pessoas com deficiência assumirem a liderança e participar ativamente na construção de uma sociedade mais inclusiva em alinhamento com os objetivos do desenvolvimento sustentável e com a Agenda 2030, os quais exortam que ninguém seja deixado para trás no processo de desenvolvimento.”
A esposa do Presidente da República explicou que garantir a inclusão social da pessoa com deficiência e combater as desigualdades são prioridades.
“O governo de Moçambique está comprometido com a inclusão das pessoas com deficiência, tendo aprovado vários instrumentos de defesa dos direitos humanos a destacar a política de ação social, o regulamento sobre acessibilidade, a estratégia de educação inclusiva e a lei de proteção e o respeito dos direitos e liberdade fundamentais da pessoa com deficiência.”
A realização deste evento coincidiu com o início de uma visita de dois dias da Primeira-Dama à província de Maputo.
Naquele ponto do país, reuniu-se com líderes comunitários e visitou a Associação Agrícola de Mulheres, no Posto Administrativo da Moamba-Sede, onde prometeu apoiar os produtores.
“ Vamos apoiar, vamos produzir mais para nós garantirmos a compra desses produtos. As pessoas que nos ajudarmos irão também receber produtos frescos. Vamos trabalhar, vamos produzir mais (2:39) para nós também podermos ajudar”
A visita à província de Maputo termina esta quinta-feira.
O Município de Nampula vai adquirir máquinas para fazer obras nas estradas suburbanas. Está prevista ainda a aquisição de um camião de abertura de furos de água para minimizar o drama naquela cidade.
O facto é que a edilidade de Nampula levou um ano a reabilitar obras em quase toda a zona cimento, o que para o edil, Luís Giquira, não se tratou de priorização o centro urbano central, mas que era preciso começar de algum sítio.
Por isso, a partir do próximo ano, de acordo com o edil, o Município vai adquirir máquinas para que, a título próprio, possa intervir nas estradas.
Com cerca de um milhão de habitantes, o Município de Nampula debate-se com graves problemas de abastecimento de água potável. A empresa Águas da Região Norte garante um abastecimento de apenas 30%. A edilidade quer assumir protagonismo na provisão de água à população e, por isso mesmo, vai adquirir, também, um camião que vai garantir a abertura de furos em quase todos os bairros.
São investimentos que Luís Giquira garante estar a fazer com recursos colectados internamente, até porque dos 10 meses que tinha de atraso do Fundo de Compensação Autárquica, apenas esta terça-feira recebeu o valor correspondente a dois meses.
Entretanto, a situação dos vendedores ambulantes ainda afigura-se uma batalha longe do fim, mas Luís Giquira, edil de Nampula, garante que o Município vai continuar a dialogar e a trabalhar para que a situação esteja controlada e todos tenham um lugar dentro dos mercados.
Os quiosques, que foram removidos nas avenidas Paulo Samuel Kankhomba e na Av. Eduardo Mondlane, poderão ser colocados numa praça de alimentação que está a ser projectada.
A Malásia anunciou, ontem, que vai retomar as operações de busca pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines, há 11 anos, com 239 pessoas a bordo.
De acordo com a Lusa, que avança a informação, a missão com a duração prevista para 55 dias será conduzida pela empresa Ocean Infinity, especializada em exploração do fundo do mar.
O Boeing 777 perdeu contacto cerca de 40 minutos após descolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, a 8 de Março de 2014.
As investigações apontam que o aparelho terá desviado a rota para o sul do Índico, mas as causas continuam desconhecidas, explica a mesma fonte.
Entre os passageiros estavam a bordo cidadãos de várias nacionalidades, incluindo 153 chineses e 50 malaios.
As buscas conjuntas realizadas por Malásia, China e Austrália, entre 2014 e 2017, numa área de 120.000 km², não tiveram resultados.
Em 2018, a Ocean Infinity também procurou pelo avião em 100.000 km², sem sucesso.
A nova operação incidirá sobre uma zona específica com maior probabilidade de localização apoiada em informações consideradas “confiáveis” e não exploradas anteriormente, conclui a matéria reportada pela agência noticiosa portuguesa.
O Egipto negou, nesta quarta-feira, ter chegado a qualquer acordo com Israel para abrir a passagem fronteiriça de Rafah apenas para a saída de palestinianos de Gaza, insistindo que o movimento de pessoas deve ser bidireccional.
Num comunicado divulgado pelos meios de comunicação estatais, um responsável egípcio afirmou que a passagem “só será aberta nos dois sentidos, para entrada e saída da Faixa de Gaza”, afastando a possibilidade de um funcionamento limitado, de acordo com o que estava estabelecido no plano de paz do Presidente norte-americano, Donald Trump.
O impasse surge no contexto do cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos, que prevê a abertura de Rafah para evacuações médicas e deslocações essenciais. A Organização Mundial de Saúde estima que mais de 16 500 pessoas doentes ou feridas necessitam de sair de Gaza para receber cuidados. Israel tinha indicado que c omeçaria a permitir a saída de palestinianos pela passagem de Rafah, mas pretendia mantê-la fechada a entradas, condição que o Egipto rejeitou.
O ministro da Defesa da Nigéria, Badaru Abubakar, renunciou ao cargo no meio de uma crise de segurança no país, após uma série de sequestros em massa recentes, anunciou o gabinete presidencial.
Num comunicado divulgado na noite de segunda-feira à noite, Bayo Onanuga, porta-voz do Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, explicou que Abubakar “renunciou ao cargo com efeito imediato”.
“Em uma carta datada de 1 de Dezembro, enviada ao presidente Bola Tinubu, Abubakar informou que renunciava por motivos de saúde”, afirmou Onanuga, esclarecendo que o Presidente “aceitou a renúncia” e agradeceu “pelos serviços prestados à nação”.
O Presidente nigeriano deverá informar o Senado (a câmara alta do Parlamento) ainda esta semana sobre o sucessor de Badaru Abubakar, de 63 anos, que ocupava a pasta da Defesa desde Agosto de 2023. “A renúncia ocorre no meio da declaração de estado de emergência nacional pelo presidente Tinubu, cujo alcance será detalhado oportunamente”, acrescentou o porta-voz.
O Presidente declarou o estado de emergência em 26 de Novembro devido à onda de sequestros em massa que abalou o país, o mais populoso da África (quase 230 milhões de habitantes), nas últimas semanas.
O sequestro com mais impacte ocorreu no dia 21 de Novembro, quando 303 estudantes e 12 professores foram sequestrados por homens armados na Escola Secundária Católica de Santa Maria, no estado de Níger (região centro-oeste).
Cinquenta estudantes conseguiram escapar posteriormente.
Os pugilistas moçambicanos seleccionados para disputarem o Campeonato do Mundo de Boxe, em masculinos, já conhecem os seus adversários, depois da realização do sorteio, esta quarta-feira, em Liverpool, Inglaterra.
Assim, Manuel Paulo e Tiago Muxanga serão os primeiros moçambicanos a subirem ao ringue esta quinta-feira. Tiago Muxanga será o primeiro a subir ao ringue para enfrentar Yacouba Lauali Baro, da Nigéria, na sessão das 17 horas locais (15h de Maputo).
Por seu turno, Manuel Paulo, na categoria dos 54kg, vai enfrentar Fazilov A., de Tajikistão a partir das 21 horas locais (19 horas de Maputo). Estes serão dos dois moçambicanos a pisarem o tartan do ringue.
Já na sexta-feira será a vez de Bernardo Marime, no escalão de 67 kg, entrar em cena, defrontando, no Dubai Duty Free Tennis Stadium, Orozbekov A., do Quirguistão, sendo que Armando Sigauque será o último, no dia 7 de Dezembro, domingo, a subir no ringue para medir forças com Jamal A., da Austrália.
Este campeonato mundial é tido como histórico em todos os sentidos, principalmente porque vai contar com a participação de 480 atletas, representantes de 118 países.
Para chegar às medalhas, nomeadamente as meias-finais, os pugilistas moçambicanos terão de vencer, pelo menos, 4 combates, algo que não se afigura fácil numa prova onde cintilam os melhores do mundo.
Entretanto, os pugilistas nacionais partiram para Liverpool com ambições elevadas de chegar o mais longe possível na competição, para além de continuar a ganhar mais experiências que os permitam ter brilhantes exibições nas provas que se seguem, com destaque para os regionais e continentais.
A Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), acabou por ceder a pressão da Associação Europeia de Clubes (ECA), para que os jogadores africanos não sejam dispensados a 8 de Dezembro, como estava inicialmente previsto. A FIFA definiu agora o dia 15 de Dezembro como data limite para que os clubes europeus dispensem os jogadores africanos para o CAN-2025.
Houve pressão dos dois lados, nomeadamente da Confederação Africana de Futebol, para que os clubes europeus dispensassem jogadores africanos mais cedo para juntarem-se às respectivas selecções, por forma a prepararem a participação no CAN, mas também por parte da Associação Europeia dos Clubes, para que a dispensa fosse mais tarde, pro forma que os clubes fiquem com os jogadores até a realização da sexta jornada da fase da liga da Liga dos campeões e outras competições europeias de clubes.
No meio dessa pressão estava a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), procurava agradar os dois lados. Entretanto, a primeira decisão não terá agradado a parte europeia nesta disputa.
É que a FIFA tinha definido o dia 8 de Dezembro para que os clubes europeus dispensassem jogadores africanos para juntarem-se às 24 selecções apuradas ao CAN de Marrocos, algo que a Associação Europeia dos Clubes não concordou.
A FIFA voltou a se reunir e recentemente definiu uma outra data para que os clubes da Europa dispensem jogadores para o CAN. Foi a 29 de Novembro que a FIFA definiu o dia 15 de Dezembro como data limite para que os jogadores africanos convocados possam se juntar às respectivas selecções, uma decisão que sobrepõe-se à decisão inicial de dispensar os jogadores para a prova continental antes do dia 08 de Dezembro.
Segundo o jornal francês L’Equipe, a FIFA cedeu à pressão sem informar as federações envolvidas, numa atitude que não agrada ao continente africano, visto que o acordo inicial era dispensar os futebolistas no final de semana de até ao dia 08 de Dezembro.
Assim, os jogadores terão mais duas jornadas nos respectivos clubes para provas internas e mais uma jornada das competições europeias, antes de serem dispensados para as seleções nacionais.
Caso para dizer que os jogadores moçambicanos convocados por Chiquinho Conde e que actuam em clubes europeus só ficam livres para se juntarem aos Mambas a partir do dia 15, ou seja, dentro de 11 dias.
Com esta decisão, os actuais “habitués” nas convocatórias de Chiquinho Conde, casos de Reinildo Mandava, Bruno Langa e Geny Catamo, terão mais três a quatro jogos ao serviço das respectivas equipas antes de integrarem os Mambas.
Outrossim, os jogadores que actuam internamente ainda não tem data para o fecho das provas nacionais, nomeadamente o Moçambola e a Taça de Moçambique, uma vez que as datas iniciais foram ultrapassadas devido à paragem que o campeonato nacional teve a meio do ano devido a problemas financeiros.
Por exemplo, o Moçambola 2025 estava previsto que terminasse a 7 de Dezembro, entretanto ainda está a disputar a 23ª jornada, faltando ainda três jornadas para o fim, para permitir que tenha lugar a “final four” da Taça de Moçambique, inicialmente prevista para decorrer de 10 a 14 de dezembro.
Com estas dúvidas da chegada dos jogadores que actuam fora de portas, bem como dos que actuam internamente, aumentam as incertezas em relação à realização do estágio pré-competitivo em Algarve, Portugal, nas datas inicialmente agendadas, nomeadamente de 8 a 21 de Dezembro, tendo em conta que as selecções nacionais devem se apresentar com cinco dias de antecedência ao palco de jogos.
Recordar que o Campeonato Africano das Nações de Marrocos está marcado para ser disputado de 21 de Dezembro de 2025 a 18 de Janeiro de 2026, depois de ter sido adiado de Junho de 2025, devido à realização do Mundial de Clubes, que teve um novo formato implementado pela agremiação que gere o futebol Mundial e que decorreu nos Estados Unidos da América.

| Cookie | Duração | Descrição |
|---|---|---|
| cookielawinfo-checbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
| cookielawinfo-checbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
| cookielawinfo-checbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
| cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
| cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
| viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |