Vários doentes, em particular gestantes, crianças e idosos impedidos, desde as primeiras desta quinta-feira, de entrar no hospital provincial de Xai-Xai, por um grupo de Agentes de segurança privada que contesta a falta de salários há mais de um ano. A administradora do hospital, Elisa Fuel, reconhece a dívida e atira culpas ao Ministério das Finanças.
Lizarda Novela de 25 anos de idade que luta contra diabetes há 5 anos conta que chegou ao local por volta das 5 horas, no entanto ficou retida na porta por quase duas horas e com seu estado a agravar não teve outra saída senão regressar abandonar a unidade hospitalar.
“Não é fácil, na verdade eu entrei lá, só que parei uma hora de tempo na aceitação. Só para perguntar o que você quer, foi um problema, acabei cansando porque não estou bem. Saí dali, voltei e vim ficar no carro.Eu sou diabética, então vim aqui para fazer um exame de oftalmologia. Estou aqui fora a uma hora e meia “, lamentou.
A “segurança fechou as portas porque disse que não estão a receber e fecharam as porta às seis horas”, indicou, uma acompanhante.
Em causa está uma dívida de mais de um milhão de meticais.
Por conta da agitação que se instalou, as autoridades do hospital accionaram a polícia para repor a ordem, no entanto, sem sucesso.
Os pacientes descrevem momentos de apreensão e fazem duras críticas à direcção do hospital pela insegurança instalada por motivos financeiros.
“Não é fácil, porque se for o caso de uma pessoa muito grave, talvez poderia morrer. Outros não conseguiam andar, mas tiveram que parar um tempo para poder entrar. Então, isso se torna complicado. Por mim, deveriam mudar a estratégia”, apelou.
O grupo alega ter accionado todas linhas para dirimir o problema, mas porque não encontrou soluções, agiu para pressionar. “Se se bloqueou a cancela, era muito mais para criar uma pressão. Para podermos apanhar uma resposta”, justificaram.
Confrontada com a situação, a administradora do Hospital Provincial de Xai-Xai, Elisa Fuel, confirma a dívida, mas diz que para já não há dinheiro e pede calma.
“Desde Abril até então, são cerca de um milhão que estamos a dever. Mas já solicitamos apoio para o pagamento desta dívida. Aguardamos essa disponibilidade financeira, dependemos do Ministério das Finanças para o pagamento de qualquer despesa”, explicou.
Enquanto isso, o grupo de 30 homens permanece no recinto hospitalar e exige das autoridades do hospital a regularização da dívida até final de Outubro em curso.
O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, adverte ao Hamas, que não teria outra opção senão entrar e matar os membros, se o derramamento de sangue persistir na Faixa de Gaza. Trump aumenta as críticas contra o Hamas, numa altura em tenta manter o seu acordo de paz em Gaza.
Foi através de uma publicação nas redes sociais, que o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou tomar medidas severas se o Hamas não avançar com o desarmamento em Gaza.
“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não estava no acordo, não teremos outra escolha senão entrar e matá-los”, escreveu numa rede social.
A advertência de Trump veio depois dele ter minimizado a violência interna no território desde que um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o Hamas entrou em vigor na semana passada, após dois anos de guerra.
A Casa Branca não prestou qualquer esclarecimento e o líder norte-americano não explicou como é que iria levar a cabo o seu aviso, mas Trump esclareceu mais tarde que não iria enviar tropas norte-americanas para Gaza.
Na terça-feira, Trump disse que o Hamas tinha eliminado um par de gangues que eram maus e tinha matado vários membros de gangues.
Mas também deixou claro que tinha pouca paciência para os assassinatos que o Hamas estava a levar a cabo contra facções rivais no interior do território devastado.
A Cidade de Maputo deu mais um passo firme na consolidação da sua visão de desenvolvimento inclusivo e sustentável, com a assinatura do convénio entre o Conselho Municipal de Maputo, a Área Metropolitana de Barcelona (AMB) e a Arquitectura Sem Fronteiras de Espanha (ASFE), que visa implementar o projecto “Promoção da Equidade de Género na Mobilidade Metropolitana”.
O acordo, assinado pelo Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, pelo Vice-presidente da Área Internacional e Metrópole Digital de Barcelona, Jord Castellana i Gamisans, e pela Presidente da Arquitetura Sem Fronteiras de Espanha, Lúcia Garcia Cernuda Ruiz de Alda, representa o reforço da confiança da AMB na governação da capital moçambicana e na sua capacidade de liderar políticas públicas inovadoras centradas nas pessoas.
O projecto, que dá continuidade ao trabalho desenvolvido em torno do Hospital Central de Maputo, tem como objectivo tornar o espaço público mais seguro, acessível e humano, servindo de modelo metropolitano de requalificação urbana orientado pelos princípios da inclusão, sustentabilidade e igualdade de género.
Segundo o edil Rasaque Manhique, a iniciativa “vai além das infra-estruturas, pois pretende transformar mentalidades e abrir caminhos para que as mulheres tenham um papel activo na gestão do transporte público”. Através de formação técnica, capacitação e integração profissional, o projecto promoverá o empoderamento feminino no sector dos transportes, incentivando que as mulheres conduzam autocarros, gerem empresas e inspirem outras a romper barreiras históricas de exclusão.
Avaliado em 110 mil dólares norte americanos por ano, o acordo contempla ainda acções de prevenção e combate à violência baseada no género (VBG) nos transportes urbanos, reforçando campanhas municipais como “Assédio não é Passageiro” e o Protocolo STOP VBG, que traduzem a política de tolerância zero à violência adoptada pelo Município.
Para o edil Manhique, esta parceria “é um pacto de esperança genuína, que reafirma a adesão de Maputo aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, em particular ao ODS 5 – Igualdade de Género e ao ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, traduzindo compromissos globais em resultados locais”.
A assinatura do convénio insere-se no quadro da cooperação internacional entre Maputo e Barcelona e simboliza a confiança crescente da comunidade internacional na visão metropolitana liderada por Rasaque Manhique, centrada na criação de uma cidade mais humana, segura e inclusiva.
Os economistas Edgar Chuze e Gift Essinalo consideram que a recente decisão da companhia aérea Fly Emirates de suspender a emissão de bilhetes em Moçambique é um reflexo da grave escassez de divisas que o país enfrenta, contrariando o discurso oficial de estabilidade cambial.
Para os analistas, os sinais deste problema já vinham sendo observados há meses, nomeadamente nas dificuldades de importação de combustíveis e noutras operações que exigem pagamentos externos, daí a urgência em o Governo encontrar meios para a sua solução.
Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), publicados em Junho passado, mostravam que 1,3 mil milhões de dólares em fundos de companhias aéreas estão bloqueados de repatriação pelos governos desde Abril de deste ano, e Moçambique é destaque e o primeiro na lista, com 205 milhões de dólares.
O economista Edgar Chuze sublinha que o Banco de Moçambique, enquanto regulador, possui poderes suficientes para fiscalizar os bancos comerciais e identificar as causas reais da falta de moeda estrangeira no mercado, mas questiona a aparente falta de acção das autoridades.
“Tais práticas contribuem para alimentar o mercado negro e agravam a escassez de dólares no sistema formal. Se nada for feito, o caso da Fly Emirates poderá repetir-se com outras companhias ou empresas estrangeiras, afastando potenciais investidores e reduzindo a confiança na economia nacional. “Nenhum agente económico quererá investir num país onde não há garantias de repatriamento dos lucros”, afirma.
Para Chuze, a situação cambial tem efeitos directos sobre os preços e a oferta de bens e serviços. A saída de operadores internacionais cria espaço para oligopólios e monopólios que, inevitavelmente, encarecem os produtos.
“A falta de divisas limita também a importação de mercadorias essenciais, o que gera escassez e especulação interna”, diz o economista, ao mesmo tempo que adverte que esta conjuntura poderá afectar as receitas fiscais do Estado, uma vez que a redução das transacções comerciais implica menor arrecadação de impostos e, consequentemente, maior dificuldade na execução orçamental.
Por sua vez, o economista Gift Essinalo considera que a crise de escassez de divisas em Moçambique é real e antiga, apesar das garantias do Banco de Moçambique em sentido contrário. Segundo o analista, o problema reside no mercado formal, onde os agentes económicos enfrentam dificuldades para aceder às moedas estrangeiras. Esta limitação tem levado à migração das operações para o mercado informal, que hoje movimenta a maior parte das divisas no país.
A situação, acrescenta, está a afectar directamente o funcionamento de sectores estratégicos como a aviação e o turismo, exemplificada pela recente decisão da Emirates de suspender a emissão de bilhetes em Moçambique, devido à impossibilidade das agências de viagem transferirem receitas para o exterior.
“O desalinhamento entre a taxa de câmbio oficial e a praticada no mercado paralelo é a principal causa do problema. Enquanto o banco central fixa o dólar em torno de 63 meticais, no mercado informal o valor chega a 74 ou 77 meticais, criando um incentivo especulativo. Este diferencial encoraja bancos comerciais e outros agentes a direccionarem as divisas para o circuito informal, onde obtêm margens de lucro superiores”, explica.
O economista entende que, sem um realinhamento gradual da taxa de câmbio, continuará a haver fuga de divisas e fragilidade no sistema financeiro, com consequências directas sobre a actividade económica e a previsibilidade dos sectores produtivos.
“O Banco de Moçambique deve liberalizar a taxa de câmbio, permitindo que esta reflicta mais fielmente a realidade do mercado. Embora reconheça que essa medida possa provocar uma subida da inflação e do serviço da dívida externa. A escassez de divisas reduz a capacidade de importação, cria carência de bens e serviços e, inevitavelmente, leva ao aumento dos preços”, sublinha o economista.
PERDÃO DE JUROS DA DÍVIDA COM A CHINA PODE AMAINAR A SITUAÇÃO
Apesar do cenário preocupante, Edgar Chuze reconhece como positiva a decisão da China de perdoar os juros da dívida moçambicana e financiar parte do Orçamento do Estado, por aliviar temporariamente a pressão sobre as reservas cambiais. Contudo, deixa um aviso: “Nada é dado de graça nas relações bilaterais.” Para o economista, o país deve assegurar que o perdão da dívida não acarrete custos políticos ou económicos superiores ao benefício imediato.
Chuze defende ainda medidas urgentes e transparentes para restaurar a confiança no sistema financeiro e travar a degradação da economia moçambicana.
Chamado a reagir ao assunto, o economista Gift Essinalo alerta que o alívio que poderá sair deste perdão de dívida deve ser usado para a recuperação económica.
“O perdão de juros da dívida concedido pela China deve servir para criar espaço fiscal e estimular a economia, e não para contrair novas dívidas. Caso contrário, o país arrisca-se a ver a sua classificação financeira degradada e perder a confiança dos investidores internacionais”, advertiu.
Os representantes moçambicanos nas competições africanas, nomeadamente Black Bulls, na Liga dos Campeões, e Ferroviário de Maputo, na Taça CAF, disputam a primeira mão da última eliminatória de acesso à fase de grupos, iniciando em casa, diante dos adversários da República do Congo e da Nigéria, respectivamente.
A Associação Black Bulls, campeã nacional, é a primeira a entrar em acção nas Afrotaças, neste fim-de-semana, quando defrontar, no sábado, o Rivers United da Nigéria, em partida da primeira mão de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões africanos.
Os “touros”, que não realizam nenhum jogo oficial desde 5 de Outubro, data em que receberam e derrotaram o Desportivo da Matola para o Moçambola, aproveitaram o período da paragem das provas para aprimorarem ainda mais os aspectos técnicos-tácticos que precisavam de ser limados para a eliminatória com os nigerianos.
Ainda que com poucos anos de profissionalismo, a Black Bulls começa a talhar-se nestas competições africanas, estando a disputar a sua terceira participação, sendo a segunda na Liga dos Campeões e uma na Taça CAF.
Depois de terem feito história na época passada, em que chegaram à fase de grupos da Taça CAF, os “touros” apostam as suas fichas em ultrapassar o seu adversário para continuarem na trilha africana de clubes.
Recentemente, a Black Bulls perdeu uma das principais figuras do seu plantel, Nené, que se transferiu para Líbia, mas continua a manter a sua união e espírito guerreiro dentro do balneário.
Nas últimas partidas disputadas, os “touros” somaram cinco vitórias e dois empates, sendo que a última derrota data de 28 de Agosto, quando sofreu uma goleada de 4-0 na deslocação a Songo. As cinco vitórias foram conseguidas diante de equipas do Moçambola, enquanto os dois empates foram diante do AC Leopárds da República Democrática do Congo, na eliminatória passada da Liga dos Campeões, ambos sem abertura de contagem.
Nessa eliminatória, decidida na Arena Lalgy, em Tchumene, a Black Bulls conseguiu a passagem na marca das grandes penalidades, por 5-4, num jogo em que Ernan foi o herói dos “touros”.
RIVER UNITED COM NOVE ANOS DE EXISTÊNCIA
Para já, o seu adversário, o Rivers United da Nigéria, é uma equipa com pouco histórico no futebol do seu país, até porque só tem nove anos de existência, conquistando apenas um título de campeão, em 2021/22, para além do terceiro lugar na época 2022/23, que faz com que dispute a prova continental nesta época.
Ao nível africano, onde começou a disputar provas em 2017, tem apenas uma campanha digna de realce, na época passada, onde chegou aos quartos-de-final da Taça CAF.
No campeonato nigeriano, o Rivers United ocupa a quarta posição com 12 pontos em sete jogos disputados, menos um em relação às restantes equipas, e a três pontos da liderança.
Enquanto a Black Bulls estava parada, o Rivers United esteve em actividade, tendo disputado três jogos neste mês de Outubro, onde somou os três resultados possíveis num jogo de futebol, nomeadamente uma vitória, um empate e uma derrota, na sua última partida.
Black Bulls e Rivers United da Nigéria é jogo que terá lugar no sábado, na Arena Lalgy, a partir das 15h00, e a equipa moçambicana é obrigada a fazer um bom resultado para poder fazer uma deslocação segura à Nigéria, para o jogo da segunda mão.
Uma equipa multissectorial escalou a região de Chadzuka para aferir a alegada existência de túneis de exploração de ouro. Entretanto, da diligência constatou-se tratar-se de uma mina da era colonial e que pertencia à Companhia de Moçambique, que usava para suas actividades. O Governo diz que a mina foi desactivada há bastante tempo e não há ouro no local.
Há sim túneis na província de Manica, concretamente na linha da fronteira com o vizinho Zimbabwe, que eram usados na exploração do ouro e que estão desactivados. Os mesmos encontram-se nas imediações das mineradoras que exercem as suas actividades.
É uma situação que levou uma equipa multissectorial a escalar a região de Chadzuka, no distrito de Manica, para aferir a alegada existência de túneis de exploração de ouro, alegadamente usados por zimbabweanos, malawianos e tanzanianos.
De acordo com Lurdes Mabunda, Comandante provincial de Manica, que integra a comitiva, o objectivo é “procurar esses locais de modo a aferirmos e caberá o juízo de cada um de vós sobre se de facto aquilo que foi dito constitui ou não verdade”.
Chegados ao local foram encontradas algumas minas usadas na era colonial pela Companhia de Moçambique. O governo diz que estão todas desactivadas, mas no terreno foi possível encontrar indícios de haver alguma exploração por parte dos artesanais ainda que de forma tímida.
Um dos cidadãos encontrados no local confirmou a existência de alguma actividade, destacando que as pedras encontradas são levadas aos chineses que tem estado a fazer escavações no local.
O Inspector-geral de Minas, Grácio Cune, diz que apesar de haver sinais de reaproveitamento das minas por parte dos artesanais, já não há ouro nos túneis.
“Os túneis não representam um grande potencial para a mineração, porque nos túneis nós temos a rocha dura, enquanto que a mineração actual focaliza-se na parte superficial por causa da economicidade do processo. Portanto aqueles túneis não representam nenhum potencial para a mineração neste momento, por causa dos processos de extração, que são extremamente complicados a esta altura da economia”, esclareceu Grácio Cune.
Questionado das razões da existência de alguma actividade num lugar onde se sugere não existir ouro, o Inspector-geral de Minas teve dificuldades para responder e no fim disse que “nós vimos escavações para meter adubagem para captação da água, é o que nós confirmamos”.
Mas a polícia prefere não se meter na estória de que os artesanais estão a aproveitar apenas água dos túneis para lavar ouro. Diz que em Chadzuca os artesanais estão a explorar ouro, até porque não há comando algum para lhes proibir.
“Esses túneis já encontram-se desactivados, são túneis da era colonial. Existem sim algumas actividades de mineração, mas falamos de mineração artesanal. Estas actividades não foram proibidas no decreto ministerial”, disse Mouzinho Manasse, porta-voz da PRM em Manica.
A polícia diz que os túneis estão apenas do lado moçambicano e não atravessam para o vizinho Zimbabwe.
Os representantes moçambicanos nas competições africanas, nomeadamente Black Bulls, na Liga dos Campeões, e Ferroviário de Maputo, na Taça CAF, disputam a primeira mão da última eliminatória de acesso à fase de grupos, iniciando em casa, diante dos adversários da República do Congo e da Nigéria. respectivamente.
A Associação Black Bulls, campeã nacional, é a primeira a entrar em acção nas afrotaças, este fim-de-semana, quando sábado defrontar o Rivers United da Nigéria, em partida da primeira mão de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões africanos.
Os “touros”, que não realizam nenhum jogo oficial desde 5 de Outubro, data em que receberam e derrotaram o Desportivo da Matola para o Moçambola, aproveitaram o período da paragem das provas para aprimorarem ainda mais os aspectos técnicos-tácticos que precisavam ser limados para a eliminatória com os nigerianos.
Ainda que com poucos anos de profissionalismo, a Black Bulls começa a talhar-se nestas competições africanas, estando a disputar a sua terceira participação, sendo a segunda na Liga dos Campeões e uma na Taça CAF.
Depois de terem feito história na época passada, em que chegaram à fase de grupos da Taça CAF, os “touros” apostam suas fichas em ultrapassar o seu adversário para continuarem na trilha africana de clubes.
Recentemente a Black Bulls perdeu uma das principais figuras do seu plantel, Nené, que se transferiu para Líbia, mas continua a manter a sua união e espírito guerreiro dentro do balneário.
Nas últimas partidas disputadas, os “touros” somaram cinco vitórias e dois empates, sendo que a última derrota data de 28 de Agosto, quando sofreu uma goleada de 4-0 na deslocação a Songo. As cinco vitórias foram conseguidas diante de equipas do Moçambola, enquanto os dois empates foram diante do AC Leopárds da República Democrática do Congo, na eliminatória passada da Liga dos Campeões, ambos sem abertura de contagem.
Nessa eliminatória, decidida na Arena Lalgy, em Tchumene, a Black Bulls conseguiu a passagem na marca das grandes penalidades, por 5-4, num jogo em que Ernan foi o herói dos “touros”.
O Município de Nampula perde cerca de um milhão de meticais por mês devido à venda informal, com bancas vazias nos mercados municipais e ruas transformadas em centros de comércio desordenado. A autarquia aponta perdas significativas de receita e anuncia medidas para inverter o cenário, numa altura em que a Procuradoria provincial intensifica a pressão e a ameaça com sanções caso o município não actue com urgência.
O comércio informal na cidade de Nampula tornou-se num dos maiores desafios da governação local, com impactos directos na economia municipal, na segurança e na imagem urbana. De acordo com o vereador da Salubridade e Gestão Funerária, Assane Ussene, o a edilidade perde cerca de um milhão de meticais por mês, resultado da existência de bancas vazias e da resistência de muitos vendedores em ocupar os mercados formais. Esta perda de receita tem consequências imediatas: compromete o pagamento de salários, a recolha de resíduos, a reabilitação de vias de acesso e o funcionamento regular dos serviços municipais.
O vereador admite, ainda, que a escassez de receita limita investimentos em sectores como saúde, saneamento, educação e infra-estruturas. “Se tivéssemos mais receitas, poderíamos construir mais maternidades, adquirir mais equipamentos para manutenção de estradas e intervir simultaneamente em vários bairros”, destacou o vereador, alertando que a actual situação compromete o desenvolvimento previsto no plano quinquenal do município.
Estima-se que mais de dois mil vendedores ambulantes ocupem diariamente as principais avenidas da cidade, como a Paulo Samuel Kankhomba, a zona dos bombeiros e as imediações do Mercado Central, preferindo os locais de maior movimento. O centro urbano tornou-se o ponto de concentração de quem procura vender, de quem compra e também de quem sobrevive do improviso, mas o preço é alto. As ruas estão congestionadas, o ambiente é caótico e aumentam os relatos de furtos e agressões.
“A nossa estimativa aponta para uma perda na ordem de um milhão de meticais por mês só por causa do mercado de Namicopo”, afirmou o vereador, explicando que esta receita perdida “acaba por afectar directamente o funcionamento da autarquia e atrasar projectos essenciais”, refere o vereador que falava no programa Manhã Informativa da STV.
O município reconhece que o desemprego é um dos principais factores que empurram os jovens para o comércio informal, mas sublinha que o problema está na desorganização e na ocupação indevida das vias públicas. “Precisamos de espaços próprios, ordenados e seguros, que garantam dignidade tanto para os vendedores como para os cidadãos”, afirmou Ussene.
Entre as medidas anunciadas, destacam-se o reforço do uso dos mercados existentes, como o de Namicopo, com capacidade para cerca de 300 vendedores, e a requalificação do mercado do Matadouro, preparado para acolher novos comerciantes. O mercado grossista do Waresta, apontado como um dos pontos mais críticos da cidade, também será alvo de um estudo com vista à sua reestruturação, tornando-o num espaço digno e funcional que sirva não apenas Nampula, mas também as províncias de Cabo Delgado, Niassa e Zambézia.
Enquanto o município tenta organizar o comércio, a Procuradoria Provincial apertou o cerco. Pela terceira vez, intimou a edilidade a retirar os vendedores das ruas, sob pena de incorrer em sanções por desobediência. A edilidade reconhece a legitimidade da intervenção e diz estar também preocupada, mas defende uma abordagem negociada. “Encaramos a acção da Procuradoria como um esforço conjunto para resolver um problema que também é nosso. Estamos a trabalhar com base na sensibilização e na criação de comissões que vão calendarizar as actividades para resolver esta questão (…) sem violência”, disse o vereador.
Ussene sublinha que a actual gestão quer romper com práticas do passado, em que a força foi usada para retirar vendedores, gerando tumultos e destruição. “Não queremos violência; queremos que a população compreenda os seus direitos e deveres de viver numa cidade organizada”, frisou, acrescentando que o processo envolverá líderes comunitários, religiosos, a Polícia da República de Moçambique e os próprios encarregados de educação. “Quem é pai ou encarregado de um jovem vendedor deve encorajá-lo a procurar um espaço adequado, porque a via pública é perigosa tanto para ele como para a cidade.”
A edilidade aposta ainda no Fundo de Desenvolvimento Local, criado para financiar projectos de empreendedorismo juvenil. O objectivo é oferecer alternativas reais à economia informal e reduzir o número de vendedores nas ruas. “Queremos que os jovens apresentem projectos, recebam financiamento e criem os seus próprios postos de trabalho, empregando outros no processo”, explicou Ussene.
O desordenamento do comércio informal, segundo o vereador, é mais do que um problema económico: é uma ameaça à segurança, à mobilidade e ao futuro da cidade. “Algumas pessoas já evitam o centro com medo de serem roubadas ou agredidas”, lamentou. Por isso, o município quer devolver a ordem e a confiança à cidade, apostando numa transição gradual e inclusiva. “A violência destrói, cria ódio e inimizade. A via da sensibilização é mais sustentável, porque quando as pessoas compreendem as razões, agem de forma consciente”, concluiu Ussene. O desafio que se impõe à edilidade é equilibrar a urgência imposta pela Procuradoria com a necessidade de planear uma solução justa e sustentável.
O Presidente da República, Daniel Chapo, recebeu, esta quinta-feira, o núncio apostólico em Moçambique, Dom Luís Miguel Munoz Cardaba, num encontro que reforça a cooperação diplomática com a Santa Sé e sublinha a importância do diálogo nacional inclusivo, em especial no contexto das comemorações dos 50 anos da independência de Moçambique e do aniversário das relações diplomáticas com o Vaticano.
Em declarações à imprensa, Dom Luís Miguel Munoz Cardaba destacou a importância do momento: “Hoje tive a honra de ser recebido pelo Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo. Este encontro do núncio apostólico, Embaixador da Santa Sé, com o Presidente da República de Moçambique ocorre no ambiente dos 50 anos da independência do país e […] das celebrações do aniversário das relações diplomáticas entre a Santa Sé, o Vaticano, e a República de Moçambique”.
O núncio apostólico sublinhou que a conversa abordou tanto os desafios globais quanto a esperança compartilhada em soluções conjuntas: “Falámos da situação geral política do mundo, tantas dificuldades, tantas guerras, tantos problemas, mas também tanta esperança, partilhando tanto uma visão comum”.
A visita reforçou a atenção da Santa Sé às vítimas do terrorismo em Cabo Delgado, destacando a importância de apoiar o povo moçambicano.
“Para a Santa Sé, é muito importante manifestar a proximidade do Santo Padre, a Santa Sé e a Sede Apostólica de Roma pelas vítimas, pelo sofrimento do povo de Cabo Delgado vítima do terrorismo, e também apoiar o diálogo de todos os moçambicanos para facilitar as reformas necessárias do país para o futuro do desenvolvimento, de paz, de progresso mais bonito para todos”.
Segundo Dom Luís Miguel Munoz Cardaba, a iniciativa de diálogo nacional inclusivo em curso é fundamental para a estabilidade e o progresso do país. “Apoiamos esta iniciativa de diálogo nacional inclusivo, o diálogo de moçambicanos, como moçambicanos todos importantes para melhorar o país, para progredir na paz”.
O representante da Santa Sé destacou que reformas profundas só podem ser alcançadas por meio do diálogo e da comunhão entre os
moçambicanos, sublinhando que a experiência da Igreja Católica demonstra a necessidade de reformas que nascem da comunhão, do diálogo e do encontro de todos, para evitar revoluções e problemas graves.
O núncio apostólico reforçou a visão de futuro da Igreja, não apenas para Moçambique, mas para África e o mundo: “Queremos um futuro melhor para Moçambique, para África e para todo o mundo”.
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), com o apoio da Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique (EUMAM MOZ), realizaram recentemente, na baía da Katembe, intensos exercícios de Operações Ribeirinhas no âmbito do Programa Train-the-Trainers.
A iniciativa, voltada para a formação de futuros instrutores das Forças de Reação Rápida (QRF), visa fortalecer as capacidades técnicas e pedagógicas das tropas, promovendo maior autonomia e eficácia no contexto operacional moçambicano, sobretudo nas regiões norte do país.
As actividades incluíram embarque e desembarque com remos, exercícios de capotamento de embarcações e natação utilitária, competências consideradas essenciais para garantir a mobilidade, segurança e eficácia operacional das forças militares em ambientes aquáticos.
O Programa Train-the-Trainers tem como principal objectivo desenvolver as competências pedagógicas dos participantes, capacitando-os para ministrarem, de forma autónoma, cursos semelhantes no futuro. A iniciativa contribui assim para uma maior sustentabilidade e autossuficiência do sistema de formação militar de Moçambique.
A prática de Operações Ribeirinhas reflete o compromisso partilhado entre a EUMAM MOZ e as FADM no reforço das capacidades operacionais. Este trabalho conjunto, que combina a experiência internacional com o conhecimento local, representa um investimento na excelência operacional e no desenvolvimento dos recursos humanos ao serviço da defesa e segurança do país.
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