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As autoridades da região ucraniana de Chernihiv (norte) ordenaram, nesta terça-feira, a evacuação de 14 aldeias junto à fronteira com a Rússia e a Bielorrússia, devido aos bombardeamentos diários das forças russas.

“O Conselho de Defesa decidiu evacuar 14 aldeias fronteiriças”, onde “ainda vivem cerca de 300 pessoas”, afirmou, em comunicado, o chefe da administração militar regional, Vyacheslav Chaus, sublinhando que “a zona fronteiriça está a ser bombardeada todos os dias”.

A decisão abrange comunidades dos distritos de Novgorod-Siverskyi, Semenivka e Snovsk, situadas entre 10 e 40 quilómetros da fronteira russa, bem como Gorodnya, a cerca de 20 quilómetros da Rússia e da Bielorrússia, acrescentou o responsável.

“As evacuações devem estar concluídas em 30 dias”, indicou Chaus, referindo que, só este ano, mais de 1400 residentes já abandonaram a zona fronteiriça da região.

A região de Chernihiv não registou combates terrestres desde a contra-ofensiva ucraniana de 2022 e a retirada das tropas russas, mas continua ao alcance de artilharia, drones e mísseis de Moscovo.

Em Outubro, um ataque com um drone russo a Novgorod-Siverskyi causou quatro mortos.

Com a chegada do Inverno, a Rússia intensificou os ataques com drones e mísseis, sobretudo contra infraestruturas energéticas ucranianas, provocando cortes frequentes de electricidade e aquecimento.

A Ucrânia tem ordenado a saída obrigatória de civis em várias regiões, sobretudo no leste do país, onde as forças russas avançam e as tropas ucranianas enfrentam escassez de efectivos e munições.

Ao mesmo tempo, estão em curso esforços diplomáticos, liderados por Washington, para tentar pôr fim ao conflito iniciado em Fevereiro de 2022.

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Confrontos entre a polícia e supostos Naparamas resultaram na morte de oito pessoas, entre os quais um agente da polícia, no distrito de Mogovolas, em Nampula. As autoridades provinciais afirmam que os tumultos foram provocados pelos Naparamas, com apoio de alguns membros do partido Anamola.

A localidade de Maca, no Posto administrativo de Yuluti, em Mogovolas, província de Nampula, voltou a ser palco de confrontos entre a polícia e um suposto grupo de Naparamas, nesta segunda-feira, tendo resultado na morte de oito pessoas, sendo  sete membros dos Naparamas e um agente da Polícia da República de Moçambique.

O secretário de Estado na província de Nampula, Plácido Pereira, disse que o grupo era composto também por alguns membros de partidos políticos, mas não especificou a organização política a que pertencem.

“Não são garimpeiros, como eu dizia, são Naparamas, porque, depois, pode-se constatar que até estavam vacinados, estavam encapuzados, ligados com fitas vermelhas, mas entre estes, os Naparamas, havia simpatizantes de alguns partidos políticos, como se pode ter constatado depois, que tinham camisetas e tinham até cartões de algum partido político”, denunciou Plácido Pereira.

O dirigente provincial confirmou, posteriormente, que este confronto resultou na morte de oito pessoas. “Foram oito óbitos que temos a lamentar, dentre eles sete do lado dos insurgentes, e um foi um membro da força da polícia. A polícia entrou em acção e manteve a paz. Neste momento, está sem paz e há circulação de bens e de pessoas normalmente”, confirmou o secretário de Estado de Nampula.

Entretanto, a Polícia da República de Moçambique convocou uma conferência de imprensa na manhã desta terça-feira para esclarecer como tudo aconteceu. Para a PRM, tudo começou quando o grupo, que também era composto por alguns elementos do partido Anamola, queria invadir algumas infra-estruturas guarnecidas por agentes da polícia. E, na sequência, cinco indivíduos foram detidos.

“Neste momento, os processos decorrem para a responsabilização criminal dos indivíduos. Importa salientar que esta acção se alia ao caso de desordem pública registado no passado dia 19, onde estes membros se fizeram ao Tribunal Distrital, tendo exigido a soltura de oito indivíduos acusados nos tipos legais de crime de invasão, desordem pública e associação criminosa. Destas acções, foi possível a neutralização de alguns cidadãos, dentre eles o coordenador do distrito”, explicou a porta-voz da PRM em Nampula.

Rosa Chaúque esclareceu ainda que neste momento continuam acções para que possam neutralizar todos os indivíduos envolvidos nos casos de desordem pública. “Queremos também adiantar que a polícia não irá tolerar qualquer situação que venha a perigar aquilo que é a ordem pública. Nossas actividades continuam no sentido de neutralizar todos aqueles que atentam contra a ordem e segurança públicas”, disse Rosa Chaúque, porta-voz da PRM em Nampula.

Já o coordenador provincial do partido ANAMOLA, Castro Niquinha, considera a detenção dos seus membros como uma perseguição política e desmente que os mesmos estariam a provocar desordem naquela região.

“Eles mentem que os mesmos estariam a provocar desordem naquela região. É claro que fomos informados, a partir de ontem, que de facto foram baleadas quatro pessoas, entre elas duas pessoas mortalmente, para além de duas pessoas feridas. Isso, segundo a informação que tivemos, aconteceu no posto de Ilute, na zona de Maca”, disse Niquinha, explicando que Maca é uma zona onde estão a ser explorados minérios.

Castro Niquinha esclareceu ainda que o relacionamento existente entre a polícia e a população em toda a província não é saudável. “Não é só aqui, porque nós sabemos que a polícia não está a funcionar adequadamente. Ela faz uma repressão. É uma polícia que muitas vezes aparece a fazer um trabalho que favorece um partido. Temos muita polícia muito politizada. Uma polícia que muitas vezes cumpre algumas situações anormais, inaceitáveis”, disse o coordenador provincial da ANAMOLA.

Por outro lado, segundo disse Castro Niquinha, “a saúde, entre as partes não é das melhores, porque nós nos sentimos ameaçados. Não aparece cá uma resposta que justifica muitas vezes as detenções que têm ocorrido”, disse.

Importa destacar que o distrito de Mogovolas tem sido palco de frequentes confrontos entre as autoridades e as comunidades locais, principalmente devido à exploração ilegal de recursos minerais.

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a continuação de chuvas locais fortes a muito fortes nas regiões Centro e Norte do país, nos próximos dias.

Segundo o INAM, poderão ocorrer precipitações em regime forte, superiores a 50 milímetros em 24 horas, e muito forte, acima de 75 milímetros no mesmo período, acompanhadas de trovoadas e ventos com rajadas, em vários distritos das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, incluindo as respetivas capitais provinciais.

A previsão aponta igualmente para a continuação de chuvas localizadas nas províncias de Tete, Zambézia, Manica e Sofala.

Face ao cenário meteorológico, as autoridades apelam à população para a adopção de medidas de precaução e segurança, sobretudo nas zonas propensas a cheias, inundações e descargas atmosféricas.

Pelo menos sete pessoas perderam a vida e mais de 500 famílias foram afectadas pelas chuvas intensas que caíram nos últimos dias nas províncias de Manica e Tete, no centro do país.

Na província de Manica, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) confirmou que 342 famílias foram afectadas, tendo-se registado sete óbitos, todos provocados por descargas atmosféricas. As chuvas causaram ainda a destruição de cerca de 100 casas, na sua maioria de construção precária, além de 28 escolas, correspondentes a aproximadamente 50 salas de aula parcialmente danificadas.

Já na província de Tete, no distrito de Mutarara, cerca de 200 famílias ficaram desalojadas devido às chuvas fortes. Segundo a administração distrital, os casos mais críticos foram registados nas localidades de Sinjal, Nhamaiabo e Vila Nova da Fronteira, onde várias residências ficaram parcialmente destruídas.

As autoridades locais apelam à população que vive em zonas de risco, sobretudo nas margens dos rios Zambeze, Ngoma e Chire, para que abandone as áreas vulneráveis e se dirija para locais seguros, face à subida dos níveis de água.

Entretanto, o INGD ativou ações de antecipação às cheias, na sequência das previsões de continuação de chuvas fortes acompanhadas de trovoadas e ventos em várias províncias do centro e norte do país. As medidas incluem a ativação dos centros operativos de emergência e a disseminação de avisos à população através de rádios comunitárias e outros meios locais.

Os Estados Unidos prometeram dois mil milhões de dólares para financiar acções humanitárias da ONU, em 2026. O valor, no entanto, é considerado baixo pela organização em comparação com anos anteriores e ocorre em meio a cortes significativos na ajuda externa americana.

A confirmação do apoio de 2 mil milhões de dólares foi feita esta segunda-feira, por um representante dos Estados Unidos da América, e o anúncio oficial deve ocorrer em Genebra, com a presença do chefe das operações humanitárias da ONU, Tom Fletcher. 

Em 2025, o apelo global da organização superou 45 mil milhões de dólares, mas recebeu pouco mais de 12  mil milhões de dólares, o menor financiamento da última década.

Segundo a ONU, a falta de recursos reduziu o alcance da ajuda humanitária, que atendeu 98 milhões de pessoas no último ano, 25 milhões a menos em 2024. 

A organização voltou a criticar a falta de mobilização internacional diante do sofrimento causado por guerras, desastres naturais e crises climáticas.

Para o próximo ano, a ONU estima que cerca de 240 milhões de pessoas vão precisar de assistência urgente em países como Gaza, Sudão, Haiti e Ucrânia.

Mais de 10 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas no Sudão nos últimos dias, em consequência do agravamento da violência nas regiões de Darfur do Norte e Kordofan do Sul. 

O alerta foi feito, esta segunda-feira, pela Organização Internacional para as Migrações, agência da ONU, que acompanha o avanço do conflito no país.

No norte de Darfur, mais de 7 mil moradores deixaram as cidades de Kernoi e Umm Baru entre quinta e sexta-feira da semana passada. A região fica próxima à fronteira com o Chade e tem sido alvo frequente de confrontos armados, o que aumenta o risco humanitário e a pressão sobre áreas de refúgio.

No sul de Kordofan, cerca de 3 mil e 100 pessoas fugiram da cidade de Kadugli, capital do estado, que está sitiada pelas Forças de Apoio Rápido.

 O grupo paramilitar enfrenta o exército sudanês desde Abril de 2023, em uma guerra que se espalha por várias partes do país.

A guerra no Sudão provocou pelo menos 150 mil mortos e mais de 13 milhões de deslocados e refugiados, além de colocar metade da população em situação grave de insegurança alimentar.

A imundície e o lixo tomaram de assalto o mercado grossista de Warresta, na cidade de Nampula. Vendedores dizem estar agastados com a situação e exigem soluções urgentes.

Com o arranque da época chuvosa, os vendedores do mercado grossista de Warresta dizem viver momentos difíceis, devido ao fraco saneamento do local. A situação tem obrigado os vendedores e clientes a conviverem com lixo acumulado e águas turvas, mesmo sabendo dos riscos a que estão expostos.

A situação torna-se ainda mais crítica num momento em que o edil de Nampula, Luís Giquira, tem feito várias promessas relacionadas com a limpeza dos mercados. Porém, no terreno, a realidade é diferente, por isso os vendedores de Warresta exigem soluções urgentes.

Entretanto, os responsáveis do mercado reconhecem as deficiências na recolha do lixo e asseguram que estão a trabalhar em coordenação com a empresa municipal EMUSANA, com vista a assegurar uma limpeza.

Refira-se que o mercado grossista de Warresta abastece toda a província de Nampula e parte da província de Cabo Delgado.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) assistiu mais de 600 mil pessoas entre Outubro e Novembro últimos em Moçambique, distribuindo 2365 toneladas de alimentos e 2,3 milhões de dólares (perto de 15 milhões de meticais) em apoio monetário.

De acordo com um relatório do Programa Alimentar Mundial (PAM), uma agência das Nações Unidas que zela pela qualidade de alimentação das populações, em Moçambique foram assistidas mais de 600 mil pessoas, o que fez com que se distribuísse alimentos e valores monetários para suprir as necessidades dos moçambicanos.

“O PAM chegou a mais de 600 mil pessoas em Moçambique, distribuindo 2365 toneladas de alimentos e 2,3 milhões de dólares através de transferências monetárias”, lê-se num relatório daquela agência das Nações Unidas (ONU), citado pela Lusa.

De acordo com o PAM, a resposta de emergência ocorre face à crise de deslocação no Norte de Moçambique, causada pela escalada de violência, devido às incursões terroristas, que continua a perturbar vidas e pela recente expansão dos ataques à província vizinha de Nampula, que desencadeou deslocações em massa, agravando o conflito em curso na província de Cabo Delgado, epicentro do conflito armado no país há oito anos.

“Em resposta às novas deslocações em Nampula, o PAM prestou também assistência alimentar de emergência a 10 220 pessoas no âmbito do Programa de Resposta Conjunta com parceiros da ONU. Estão em curso preparativos para apoiar outras populações deslocadas”, refere-se na nota.

O documento avança ainda que, em Cabo Delgado, o ciclo de assistência alimentar de Novembro/Dezembro foi concluído no dia 18, tendo atingido 87 328 agregados familiares, aproximadamente 436 640 beneficiários.

“Nas zonas afectadas por conflitos, como Mocímboa da Praia, as autoridades distritais coordenaram-se com o PAM e parceiros para alinhar a distribuição de sementes e a formação em agricultura de conservação. Em Ancuabe e Macomia, o PAM apoiou a distribuição de sementes, organizou a formação de agricultores e promoveu soluções baseadas na natureza para impulsionar a educação e a resiliência”, é referido.

A ajuda humanitária, segundo aquela agência, também incluiu a “nutrição em situações de emergência”, com o PAM a continuar a apoiar o Governo através do Programa Nacional de Reabilitação Nutricional para combater a malnutrição aguda entre os grupos vulneráveis e mais de 8300 crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas ou em período de amamentação em Cabo Delgado e Nampula receberam assistência.

No mesmo mês, o Governo liderou os esforços para reforçar a segurança alimentar, a resiliência climática e os meios de subsistência, tendo o PAM prestado apoio técnico em várias províncias, incluindo Nampula em que a liderança governamental foi reforçada através da Formação de Formadores em Serviços Climáticos Integrados e Participativos para a Agricultura (PICSA).

No âmbito da protecção, o PAM apoiou a campanha dos 16 Dias de Activismo contra a Violência Baseada no Género (VBG), cujo objectivo foi promover a igualdade de género e, no mesmo período, foram alcançados progressos notáveis no sentido de aumentar a resiliência climática das comunidades e promover a inclusão financeira das mulheres e dos jovens.

“Em Novembro, mais de 14 mil agricultores receberam previsões meteorológicas, 1700 foram formados (…), 300 famílias receberam sementes, 500 agricultores beneficiaram de armazenamento refrigerado e foram entregues 200 ‘kits’ de processamento de alimentos. As mulheres representaram 45% do total de beneficiários”, acrescenta o PAM.

De acordo com comunicado, PAM apoiou também a alimentação escolar nas províncias de Tete, Nampula e Cabo Delgado, atingindo aproximadamente 95 mil alunos, “para melhorar a assiduidade e a permanência na escola” e para manter os alunos nas escolas em zonas afectadas pela seca, o PAM distribuiu com 14 mil toneladas métricas de alimentos para pais e encarregados de educação de crianças inscritas no programa de emergência de alimentação escolar em Caia, província de Sofala, “concluindo a resposta à seca provocada pelo El Niño”.

Segundo aquela agência, actualmente, são necessários cerca de 115 milhões de dólares (7,3 mil milhões de meticais) em financiamento líquido para a assistência humanitária até 26 de Maio de 2026.

A primeira escola de DJ em Moçambique quer profissionalizar o sector, capacitar os fazedores da música, formar novos talentos e reduzir barreiras sociais e de género. Por isso, a escola será criada e o projecto será liderado pelo DJ Faya, que junta duas décadas de experiência.

A escola de DJs foi fundada em Maputo há menos de seis meses, e é denominada BPM, que significa Batidas por Minuto, que já formou 16 DJs.

O projecto, liderado por Fayaz Abdul Hamide, artisticamente conhecido como DJ Faya, pretende formar novos talentos e reduzir barreiras sociais e de género.

“É um projecto onde deixo um legado para os jovens daquilo que é toda a minha experiência, que aprendi durante anos (…), sendo também uma iniciativa empreendedora na qual podemos também crescer e desenvolver mais projectos para os jovens”, explica à Lusa Fayaz Abdul Hamide, ou DJ Faya, no mundo artístico.

A BPM – Batidas por Minuto – já formou 16 DJs moçambicanos e “quatro a cinco formandos já começaram a tocar no mercado”, num esforço para tentar apoiar a profissionalização e travar o estigma e tabu relacionado com a actividade. Entretanto, uma nova turma de seis candidatos a DJ já está a iniciar a formação na BPM.

“A ideia é fazer turmas pequenas para que melhor possamos estar com elas e dar toda a atenção possível, porque senão acabamos tendo 30 alunos e não conseguimos estar com todos eles”, diz.

A formação inclui ‘DJing’, produção musical, ‘branding’ e ‘marketing’ artístico, distribuídos em nove módulos que combinam teoria e prática.

“Em 45 dias, conseguem aprender a parte teórica e depois a parte prática. Sempre de mãos dadas para que eles não possam esquecer dos conceitos DJ, da questão da música, dos botões”, acrescenta o fundador.

Fayaz nasceu a 10 de Agosto de 1986 e é um dos DJs mais populares de Moçambique, com carreira iniciada em 2000 e consolidada a partir de 2004. Vencedor do concurso de DJ do Blue Xurras em 2010 e autor de sucessos como “Fala” e “Bondoro”, destacou-se também como fundador do festival Nostalgia, que promove música africana dos anos 1990 e 2000.

Recebeu o prémio de Melhor DJ 2012, lançou o álbum “Tá Comprovado vol. 1” e foi nomeado cinco vezes nos Mozambique Music Awards. Paralelamente, desenvolve acções filantrópicas ligadas à Associação Moçambicana de Autismo e representou a lusofonia no festival African In Color, no Ruanda, em 2023.

Segundo o DJ Faya, a formação decorre três vezes por semana, até duas horas por dia.

A escola tem procurado integrar diferentes perfis e disponibilizou “quatro bolsas a jovens com autismo”.

“Um deles foi o DJ que fechou o baile da escola dele”, detalhou Faya, que é também ‘embaixador’ das pessoas com autismo no país.

“Temos aqui alunos que já começaram a entrar para o mercado. Nós estamos a auxiliá-los com material novo e material para alugar”, afirma, destacando o apoio a iniciativas sociais: “Semanas atrás, lancei a minha nova música para o mercado, que é uma de socialização contra a violência das mulheres”.

Apesar do crescimento da procura, persiste desigualdade de género no acesso à formação, nas várias áreas.

“Ainda existe um tabu nas mulheres, muitas vezes imposto pelo ambiente familiar. É preciso desmistificar isso”, defende Faya, revelando que a nova turma na BPM conta com uma aluna e tem mais três mulheres inscritas para Janeiro.

Clapton, DJ há mais de uma década, apostou na formação para reforçar competências nos ‘pratos’ e pistas de dança.

“É uma honra estar ao lado do Faya, é um prazer, e também vim cá porque, não só sendo DJ, é sempre bom vir fazer um ‘upgrade’, vir inovar as técnicas, vir inovar a sabedoria de ser um bom DJ (…). É muito bom ser DJ e ter o diploma, ser reconhecido. E melhorar também mais ainda as minhas performances”, diz Clapton, que é também promotor de eventos.

A BPM acolhe igualmente alunos sem experiência prévia, como Deise Chirindza, vendedora, que decidiu explorar a área por interesse pessoal: “Nunca fui DJ. Simplesmente sou alguém que gosta de música. Então, essa experiência aqui é para me trazer um novo ‘know-how’ (…) às vezes é necessário que a gente tenha alguma coisa a que se segure, que possa distrair e por aí em diante”, conta à Lusa.

Deise explica que esta formação representa também um desafio pessoal: “Por ser mulher, às vezes gostamos de desafiar aquilo que são as nossas capacidades”.

Com alunos com idades entre os 8 e os 60 anos, a escola quer consolidar-se como referência na formação de DJ no país e com essa ideia do fundador que é também o tutor na escola de que é de “pequenino é que se torce o pepino”.

“Um DJ não se forma em 10, 15, 20 dias. É todos os dias ser DJ, aprender novas técnicas sobre música, a história da música e muito mais”, afirmou Faia.

“O que se ensina aqui é a minha experiência. Se a minha carreira serve como exemplo para muitos DJ, acredito que sem dúvida vão servir para os alunos que estão a entrar, porque é dali que a gente sai em novas experiências, daquilo que eu aprendi durante anos em Moçambique e fora e que eles vão aprender”, conclui.

A Autoridade Tributária prevê arrecadar, em 2026, cerca de 15 mil milhões de meticais a mais nas receitas, em resultado das reformas das leis fiscais recentemente aprovadas pela Assembleia da República. A tributação das operações digitais é apontada como o principal motor da subida.

A Autoridade Tributária de Moçambique chamou, nesta segunda-feira, a imprensa para fazer o balanço das actividades de 2025, mas começou por perspectivar o 2026, com o impacto da revisão do pacote fiscal.  

“O resultado expectável deste pacote todo extenso de reforma tributária é de cerca de 15 mil milhões que o Estado vai passar a cobrar, a coletar para os seus cofres a partir de 2026.  Portanto, seria mais ou menos a cereja por cima do bolo deste grande exercício que foi  feito durante o ano de 2025. Dentro da Autoridade Tributária nós temos o que se chama o E-Tributação, por exemplo”, explicou Fernando Tinga, Porta-voz da AT.

A Tributação das plataformas e operações digitais é apresentada como o principal meio de coleta.

“E fora da Autoridade Tributária, por exemplo, há uma infraestrutura criada pelas próprias  operadoras. Vou dar um exemplo. Um segmento específico das operadoras tem uma estrutura própria que tem que se comunicar com a infraestrutura da Autoridade Tributária.

Num e noutro caso há de ser necessário criar outros mecanismos, mas tudo no sentido de  garantir que todo o comércio que é feito a nível digital possa ser do conhecimento da Autoridade e onde houver espaço para a tributação, essa tributação seja feita”, esclareceu. 

A AT apresentou ainda um camião com bebidas alcoólicas apreendido, resultantes de contrabando.

“Graças ao trabalho de inteligência foi possível identificar e imobilizar a viatura que trazia várias bebidas alcoólicas, avaliadas a cerca de 700 mil meticais. Depois foi possível chegar a um esconderijo onde constatamos a presença de outras materiais do género, no local onde eram acondicionadas”.

Fernando Tinga referiu-se ainda à apreensão de 382 viaturas que violaram o regime de importação e exportação.

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