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Uma funcionária da saúde está detida, na província de Gaza, acusada de burla com promessas de emprego no Serviço Distrital de Saúde do distrito de Mandlakazi. A indiciada terá conseguido “encaixar” mais de 100 mil Meticais.

A funcionária de saúde detida em Mandlakazi é acusada de cobrar mais 100 mil Meticais em esquemas de facilitação para uma suposta vaga na secretaria do Serviço Distrital de Saúde do distrito de Mabalane.

A indiciada, de 42 anos, está afecta ao sector da saúde há mais de 15 anos e foi denunciada por uma das vítimas do suposto esquema. Entretanto, a detida nega o seu envolvimento no caso.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal, em Gaza, esclarece que o caso se arrasta há mais de oito meses e, para ludibriar a vítima, a indiciada, supostamente, forjou um contrato de trabalho.

Segundo o porta-voz do SERNIC, Zaqueu Mucambe, decorrem  trabalhos investigativos com vista a identificar e neutralizar outros envolvidos no caso.

As autoridades falam de uma “rede de burla” que promete emprego a pessoas que, estando desesperadas, entregam valores na esperança de poder trabalhar.

Nos últimos tempos, há registo de aumento de casos de falsas ofertas de emprego na província de Gaza.

As autoridades alertam para esquemas que, segundo dizem, já vitimaram mais de 10 pessoas, sendo que até ao momento houve sete detidos.

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Analistas do “Noite Informativa” afirmam que o apelo do chefe de Estado sobre evitar o uso excessivo da força por parte da Polícia e das Forças de Defesa, durante a contenção das manifestações, é acertado e poderá amainar os ânimos da população. Os mesmos avançam que as acções da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Venâncio Mondlane poderão dificultar o encontro entre os candidatos, a convite de Filipe Nyusi.  

Filipe Nyusi já se tinha referido sobre os danos provocados pelas manifestações, registadas após as eleições gerais, e, novamente, voltou a posicionar-se, nesta terça-feira.

Em comunicação à nação, Nyusi apelou à polícia e as forças de defesa a evitarem o uso excessivo da força, durante a contenção das manifestações, o que, para os analistas do Noite Informativa, poderá ser crucial para amainar os ânimos.

O convite formulado pelo Presidente da República aos quatro candidatos presidenciais é para já uma fórmula acertada, segundo os analistas, entretanto, as acções levadas a cabo pela PGR contra Venâncio Mondlane podem complicar a fórmula de Nyusi em busca do consenso.

Já na perspectiva económica, a comunicação do Presidente da República é um impulsionador dos indicadores macroeconómicos, que, neste momento, estão embaixo da linha  e severamente afectados.

Ademais,  os analistas são da opinião de que o encontro com os candidatos deve acontecer antes do pronunciamento do Conselho Constitucional, a fim de evitar outros contornos das manifestações.

Subiu para três o número de vítimas mortais em consequência de baleamentos perpetrados pela polícia, no Mercado 38 milímetros, em Chimoio. Há, ainda, o registo de 14 feridos, sendo que alguns lutam pela vida no leito hospitalar.

A família de Marlene Wilson, menor de 13 anos alvejada pela PRM na companhia da mãe, mostra-se indignada pelo sucedido. Exige que a haja justiça por esta acção policial que considera desproporcional.

A menor, de resto, entrou nas estatísticas do Hospital Provincial de Chimoio, que já fala de quatro óbitos por baleamento nas últimas 24 horas.

Pela primeira vez, a província de Sofala, no Centro do país, está há cerca de oito meses sem registar casos de cólera e diarreias. Acções coordenadas de medidas de prevenção, envolvendo os sectores de educação e obras públicas e as comunidades, são apontadas como estando na origem da redução destes casos.

Este cenário acontece depois de, no espaço de 2023 até medados deste ano, terem sido registados cerca de sete mil casos de cólera.

Apesar de não haver nenhum surto de cólera, actualmente, em Sofala, o sector de saúde apela à observância constante das medidas de higiene individual e colectiva.

Tendo em conta que se está na época chuvosa, o sector de saúde apelou, igualmente, a esforços redobrados nos cuidados a ter com a água e utensílios domésticos e garantiu que está a distribuir cloro e outro produto de purificação de água.

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reúne-se, hoje, 20 de Novembro, em Harare, no Zimbabwe, em Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo. O encontro vai analisar a situação de segurança na região, destacando-se a tensão pós-eleitoral em Moçambique.

A Cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) é responsável pela orientação política global e pelo controlo do funcionamento da Comunidade, sendo, em última análise, o órgão responsável pela formulação das políticas da SADC.

Um comunicado emitido na sede desta organização regional indica que a cimeira será presidida pelo Chefe de Estado zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, na sua qualidade de Presidente da SADC, “tendo em vista a actualização da situação política e de segurança na região”.

“A Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC será precedida pela Cimeira Extraordinária da Troika do Órgão da SADC, que será presidida por Sua Excelência a Dr.ª Samia Suluhu Hassan, Presidente da República Unida da Tanzânia e Presidente do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da SADC, e será igualmente antecedida pelas reuniões preparatórias, nomeadamente reunião dos Altos Funcionários da SADC, reunião do Comité Ministerial do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança e reunião do Conselho de Ministros da SADC”, explica o comunicado.

A África do Sul, maior economia da SADC, fechou a sua fronteira com Moçambique em diversas ocasiões, demonstrando a preocupação do Governo de Cyril Ramaphosa com a instabilidade no país vizinho de língua portuguesa.

Segundo a Associação de Transporte e Ferrovia da África do Sul, citada pela “DW”, o encerramento da fronteira custava à economia sul-africana pelo menos 10 milhões de rands por dia.

A crise em Moçambique também pode impactar significativamente os países vizinhos sem acesso ao mar, como a Zâmbia, o Malawi, o Congo e o Zimbabwe, que dependem fortemente dos portos moçambicanos para as suas importações e exportações.

Uma família residente no bairro de Matacuane, na cidade da Beira, acusa a polícia de ter baleado mortalmente um dos seus parentes, no passado domingo. A PRM diz, no entanto, que a vítima era um perigoso cadastrado procurado pelas autoridades e que resistiu à detenção tentando arrancar a arma de um dos agentes, situação que culminou com o incidente.

Na madrugada do passado domingo, um indivíduo que em vida respondia pelo nome de Samir, foi baleado pela polícia no bairro de Matacuane, na cidade da Beira. Antes do baleamento, o mesmo, segundo a esposa, estava a consumir bebidas alcoólicas na sua companhia e de dois amigos numa casa de pasto.

Cerca das 3h00, acrescentou a esposa da vítima, três agentes da PRM chegaram ao local, fazendo-se transportar num “txopela, tendo os mesmos chamado o malogrado.

Foram os próprios agentes que socorreram o baleado para o Hospital Central da Beira, unidade sanitária onde perdeu a vida minutos depois de ter dado entrada. A polícia, que lamentou a morte do mesmo, acrescentou que a vítima era um perigoso cadastrado que era procurado pelas autoridades devido ao seu envolvimento num homicídio e assaltos à residências.

Os vizinhos do Samir indicaram que o comportamento do mesmo não era saudável.

Samir, de 27 anos de idade, deixa viúva e dois filhos. A mãe da vítima exige justiça por parte das autoridades.

Os restos mortais de Samir foram enterrados ontem, uma cerimónia que contou com a presença de familiares e amigos.

A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) diz que a violência que se tem assistido nos últimos dias, no país, demonstra claramente que se está a perder a capacidade de diálogo na sociedade e que se está a normalizar a violência e ódio e se isso continuar o direito à manifestação pode ser proibido

Imagens de violência estão estão a virar moda nos últimos dias e, sobretudo, depois das 21 horas. É que quem se faz à estrada a esta hora, passa por cobranças ilícitas, é obrigado a cantar ou mostrar apoio a determinado candidato e se isso não for feito as viaturas são danificadas, pelos manifestantes, que também têm vandalizado e saqueado em diversos estabelecimentos comerciais.

A situação chegou à Ordem dos Advogados de Moçambique, que, na sua primeira avaliação, é que estas acções são criminosas e colocam em causa o direito às manifestações, por colocar em causa outros direitos também constitucionais, como se pode ler no seguinte excerto de um comunicado:

“Se a proibição de manifestações com recurso à força pública gera medo e insegurança na sociedade e nenhuma democracia deve inspirar o medo, não é menos verdade que esta violência protagonizada pelos manifestantes, com cobranças ilícitas, danificação e pilhagem de bens públicos e privados, também geram medo e insegurança.”

Ademais, os advogados que defendem uma manifestação pacífica, por entender que a reivindicação democrática da liberdade é um direito de todos, mas sublinha que não deve ser nesses moldes.

“A violência que estamos a assistir, com as condutas acima descritas, demonstra claramente que estamos a perder a capacidade de diálogo na sociedade, normalizando a violência e o ódio, constituindo, este tipo de actuações um alarme para o instinto da segurança do homem comum em sociedade”, lê-se no documento, que depois acrescenta que “Este escalar da violência que se tem vindo a assistir de forma crescente pode ser totalmente contraproducente para os manifestantes, pois estarão criadas todas as condições para o decretamento de medidas restritivas das liberdades para que seja assegurada a Ordem Pública.”

O documento termina com dois apelos, um para os manifestantes: que devem manifestar tendo em conta a saúde e bem-estar e segurança da comunidade e que evitem e se abstenham de praticarem actos de pilhagem, violência e vingança.

O outro apelo é para o Conselho Constitucional para que tome uma decisão o mais rapidamente possível sobre o processo eleitoral, para serenar e trazer a tão almejada paz social, mas fazendo isso de forma independente, equidistante e credível.

Os protestos contra os resultados das eleições de 9 de Outubro deixaram de ser simples manifestações, evoluindo para uma revolta popular contra as instituições do Estado. Quem assim o diz são os comentadores do Noite Informativa, Fernando Lima e Samuel Simango.

O dia-a-dia mostra que a situação tem sido de tumultos. Para o comentador do programa Noite Informativa, da STV Notícias, Samuel Simango, o que acontece tem outro nome.

”A elite que governa deve entender esta transição de manifestação para revolta. Exactamente porque a revolta não vem prescrita na Constituição, há uma necessidade de a elite política dominante encontrar soluções políticas para a revolta. Enquanto para as manifestações nós encontramos soluções a partir das leis, a revolta só tem soluções políticas. Deve-se entender que o que estamos a viver agora não é apenas manifestação, mas sim revolta”.

Já Fernando Lima, que secunda a posição de Simango, argumenta que há descrédito nas instituições, que é causado por elas próprias.

“Existe, de facto, uma revolta, uma oposição em relação às instituições, decorrentes da forma como as instituições estão a tratar os representados. Ora, os representados vão sistematicamente às eleições para escolher quem nos representa. Se os representados sentem que o seu voto foi roubado, que o seu voto não representa o seu querer. Então, estamos a criar uma subversão a este princípio que acordamos que a sociedade seria organizada”.

Os comentários surgem num contexto em que o país regista uma nova forma de manifestações, com recurso a “panelaço” e proibição de circulação de viaturas pelos manifestantes.

O Ministério da Saúde de Angola confirmou o registo do primeiro caso de Mpox no país. O caso foi confirmado na província de Luanda, em Angola. Trata-se de uma cidadã congolesa de 28 anos, que foi isolada juntamente com pessoas próximas, nas instalações do Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP).

Através de um comunicado, o Ministério da Saúde de Angola, avançou que, após a identificação do primeiro caso de Mpox em Angola, estão em curso, para a protecção da população, medidas de desinfecção de áreas contaminadas, identificação e rastreamento de contactos, bem como investigação epidemiológica aprofundada.

A Mpox, também conhecida como `Monkeypox`, manifesta-se através de febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, aumento dos gânglios linfáticos e erupções cutâneas generalizadas (manchas, lesões ou bolhas na pele) ou lesões nas mucosas.

As autoridades de saúde angolanas recomendam à população que adote e reforce as medidas de prevenção, para reduzir o risco de transmissão desta doença, reforçando as práticas de higiene, designadamente a lavagem frequente das mãos e o uso de desinfetantes em áreas públicas e residências.

“Em caso de se detectar algum dos sintomas (…) as pessoas devem dirigir-se imediatamente à unidade de saúde mais próxima”, apela o Ministério da Saúde, garantindo “o compromisso de informar sobre a situação epidemiológica desta doença” e apelando à sociedade “que mantenha a calma, a serenidade”.

Para já está descartada a possibilidade de o sistema tropical “Bheki”  atingir o país, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.  Entretanto, a depressão tropical continua a  evoluir a 1500 quilómetros do canal de Moçambique.

As projeções do INAM apontavam que o sistema tropical pudesse atingir o país no fim do dia deste domingo, mas para já a previsão mostra tendência contrária.

Com “Bheki” longe da costa moçambicana pelo menos nas próximas 48 horas, segundo o INAM, a semana poderá ser de altas temperaturas em quase todo o país.

Aparecimento de sistemas tropicais que chegam a evoluir até o nível de ciclones, têm sido frequentes na presente época de calor acompanhado de chuvas, daí que as autoridades advertem para a tomada de medidas de segurança.

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