O País – A verdade como notícia

A artista moçambicana Fauziya Fliege, radicada na Costa Rica, realiza, desde esta terça-feira, mais uma exposição de artes plásticas. Trata-se de “La selva africana en tu corazón”, em português, “A selva africana no teu coração”, uma mostra que exalta a natureza exuberante e selvagem de África.

Patente na Embaixada da Alemanha daquele país da América Central, a exposição destaca a natureza africana através de estampas, cores e texturas inspiradas na rica fauna e flora do continente. 

De acordo Fauziya Fliege, este é um convite para que o público se conecte com a essência vibrante e poderosa desse lugar único, trazendo um pedaço da selva para o seu guarda-roupa. 

“Prepare-se para se encantar com peças cheias de personalidade e estilo, que vão te transportar para uma aventura selvagem e inesquecível”, destaca Fliege, acrescentando que os visitantes têm tudo para se apaixonar pela magia da África em cada detalhe desta nova colecção.

Não é por acaso que a mostra acontece nesta embaixada, afinal a Alemanha desempenha um papel importante na conservação da selva africana. “Com o seu compromisso na protecção do meio ambiente e da biodiversidade, a Alemanha é uma aliada fundamental na luta pela preservação dos ecossistemas africanos”. 

Portanto, realça a artista, a embaixada da Alemanha seria um cenário perfeito para destacar a beleza e a importância da selva africana no coração de todos. 

Um homem, que aparentava ter 40 anos de idade, e que se dedicava ao câmbio informal de moeda estrangeira, foi morto a tiros na noite de segunda-feira, na Cidade da Matola. Em conexão com o caso, está detida uma mulher de 27 anos de idade. Os presumíveis criminosos estão ainda a monte.

O bairro Bunhiça, no Município da Matola, viveu momentos de terror na noite da última segunda-feira, devido ao tiroteio ocorrido naquela área residencial.

Testemunhas contam que entraram em pânico quando indivíduos desconhecidos começaram a disparar contra um cidadão, que viria a perder a vida no local do crime.

Os moradores dizem que  até tentaram ajudar, mas  foram intimidados pelos supostos criminosos, ameaçando-os de morte.

“Os bandidos vieram primeiro e estacionaram um pouco distante do carro da vítima. Ele recebeu uma ligação e atendeu, não sabemos se era ligação dos bandidos. E, de repente,  começamos a ouvir tiros”, contou um morador que não quis ser identificado.
“Ele conseguiu escapar e entrou numa casa que estava perto do carro onde havia estacionado. A moça estava a gritar muito e ele teve medo. Achou que estivessem a bater nela e foi quando voltou e veio apanhar a morte.”

Quando o crime ocorreu, o homem estava na companhia de uma mulher que diz ser amiga íntima da vítima.

À imprensa, contou que estava no interior do carro a conversar com o seu amigo e,  de repente, foram surpreendidos por dois homens empunhando armas de fogo, que  exigiram chaves do carro, telefones e dinheiro. Perante a resistência do homem, os supostos criminosos acabaram por matá-lo, sem levar nenhum dos seus pertences.

“Quando saiu, com aquelas pessoas,  encontrámo-lo já estatelado no chão após levar  tiros. Quando chegámos,  ele ainda estava a respirar.  Daí,  quando saí do carro dele, eu tinha a sua pasta e a minha. Saí e fui à minha casa deixar as duas pastas que eu trazia, e, quando voltei, começámos a ligar para a Polícia para aparecer”, contou a indiciada que se encontra detida na quinta esquadra da PRM, na Machava.

A Polícia, no entanto, rebate a versão da detida e considera que é uma das principais suspeitas. Aliás, as autoridades dizem ter recuperado o valor de 20 mil rands,  o equivalente a 60 mil Meticais e mais 20 mil em moeda nacional.

“Ela, no momento da execução do acto, apoderou-se dos bens da vítima e foi para a sua residência. Depois de a Polícia ter tomado conhecimento do crime,  fez  as diligências e, neste momento,  temos a cidadã de 27 anos de idade como a principal indiciada pela  autoria do crime”, avançou Juarce Marins, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Maputo.

O homem, segundo apurou o “O País”, era casado e morava no bairro de Khongolote, deixando viúva e dois filhos.

O escritor e ensaísta Lucílio Manjate é um dos quatro seleccionados para participar no primeiro Programa de apoio a Residências Literárias do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), na cidade de Lisboa, em Portugal.

Numa lista constituída por 35 candidaturas validadas, o projecto do autor de Rabhia ou A triste história de Barcolino, intitulado “O alfaiate de Lisboa”, foi seleccionado com base na originalidade e interesse cultural do projecto em termos de ligação que perspectiva entre os espaços sócio-culturais de Moçambique e Portugal. 

O projecto pretende recolher e cruzar informação sobre a alfaiataria lisboeta da década de 1970 e usá-la na construção de duas personagens de ficção narrativa a inserir na obra As Canções de Arbelo e Aimunda

Para o escritor e ensaísta, o programa de residências do IILP será importante porque “para além do contacto com o universo da alfaiataria lisboeta, vai permitir outro tipo de contactos, com escritores e entidades ligadas à promoção da língua, cultura e literatura na CPLP. Essa troca de experiências será, seguramente, enriquecedora para o meu projecto e para a minha carreira”.

Com a iniciativa, o IILP pretende contribuir para a circulação de escritores dos países e regiões de língua portuguesa e, assim, contribuir para aproximar a criação literária em língua portuguesa aos diversos contextos socioculturais da CPLP e contribuir ainda para um maior conhecimento das literaturas nacionais nos diferentes países.

Além de Lucílio Manjate, foram seleccionados outros três beneficiários, nomeadamente: lldo José Rocha (de Cabo Verde, vai participar numa residência literária em Portugal); Angélica Macedo Lozano Lima (do Brasil, vai participar em Portugal); e Rita de Eça Cabral Canas Mendes (de Portugal, vai participar numa residência em Moçambique).

A residência de criação Literária tem a duração de um mês. 

Intitulada “O Domador de Medos”, esta é mais uma obra dirigida ao público infanto-juvenil. Porém, embora seja uma fábula para crianças, a obra contém uma mensagem inspiradora para todos aqueles que sentem medo, independentemente da sua idade. 

A história decorre entre três inimigos fidalgais que, a dado momento das suas vidas, se questionam porque é que têm medo uns dos outros, e se perseguem irracionalmente desde há gerações: um rato, um gato e um cão.

Carlos dos Santos entende que esta é uma pergunta que “todos nós nos devemos fazer em relação aos medos que sentimos. Porque uma cabeça cheia de medos não tem espaço para sonhos”. O autor recorre a António Gedeão para recordar que “sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança”. 

O livro, com 64 páginas, é uma edição da Plural Editores e conta com ilustrações de Fernando Hugo Fernandes.

Carlos dos Santos é autor de várias outras obras destinadas ao público infanto-juvenil.

A coleção, que apresenta 7 pinturas e poemas, é um esforço deliberado para sensibilizar e suscitar debates sobre questões cruciais relacionadas com a igualdade de género e os direitos humanos.

A peça central apresenta a Malala Yousafzai, activista paquistanesa dos direitos das raparigas, acompanhada por 6 pinturas que apresentam outras figuras.

Minna Pietarinen é uma artista finlandesa, cujas obras hábeis e emotivas apresentam mulheres inspiradoras que quebraram limites e catalisaram a mudança global, representando diversas culturas e defendendo diferentes direitos humanos declarados pela ONU. 

Nos seus empreendimentos artísticos, Minna Pietarinen presta consistentemente homenagem aos campeões locais da igualdade de género, utilizando o seu talento para destacar indivíduos que deram passos significativos na promoção da igualdade de género. 

Em Moçambique, a artista captou habilmente a essência de duas formidáveis pugilistas, Alcinda Panguana e Rady Gramane, ambas vencedoras da medalha de ouro no Campeonato Africano de Boxe de 2022. 

Através da sua pintura vibrante e poderosa, a Pietarinen destaca o direito fundamental à igualdade de género no desporto, celebrando as realizações destas mulheres notáveis que quebraram barreiras e desafiaram estereótipos no mundo do boxe, dominado pelos homens.

A exposição “I was born a girl” teve um sucesso significativo pelos lugares que esteve patente. Durante cinco meses no México em 2023, a exposição atraiu 26 mil visitantes. Depois do México, a exposição estreou-se na Finlândia, com a participação de 7 mil líderes empresariais, incluindo a activista Malala Yousafzai, no Fórum Empresarial Nórdico. 

Posteriormente, a exposição esteve aberta ao público em geral na Finlândia durante 3 meses. A exposição está agora a viajar para a África Austral (Pretória, Lusaka e Maputo) para eventos relacionados com o Dia Internacional da Mulher em Março de 2024, organizados pelas respectivas embaixadas finlandesas. 

No futuro, a exposição será levada aos Estados Unidos e à América Latina, estando também a ser planeado que chegue a outros países da Europa e da Ásia.

A exposição “I was born a girl” estará patente na Fundação Fernando Leite Couto de 8 de Março a 7 de Abril.

Uma delegação de Moçambique, chefiada pela ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, encontra-se em Lisboa, onde participou na Bolsa de Turismo de Lisboa 2024-BTL, a maior feira de turismo de Portugal. 

No dia de abertura, o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma visita oficial à BTL, onde percorreu vários pavilhões, passando por dezenas de stands e marcando assim a abertura do evento que vai durar cinco dias.

A ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, acompanhou o presidente português no seu percurso, que passou pelo stand de Moçambique, onde foi recebido pela delegação composta por 12 empresas e instituições nacionais que representam o sector público e privado. 

Eldevina Materula disse que, com a participação, Moçambique pretende estender os seus contactos com o mundo, ao nível do turismo, estabelecer negócios e promover o Programa de Medidas de Aceleração Económica (PAE), que contempla a isenção de vistos para 29 países, incluindo Portugal. O país anfitrião do evento é o maior fornecedor de turistas europeus a Moçambique.

BTL é um evento anual que dedica os três primeiros dias aos profissionais e os restantes dois ao público em geral.

Para o público profissional, a Bolsa de Turismo de Lisboa, permite dinamizar a rede de parceiros de negócio na área do turismo e constitui uma oportunidade para encontrar compradores profissionais assim como conhecer a concorrência, analisar as tendências do mercado e posicionar a sua oferta de forma inovadora e competitiva. Para o público, constitui uma forma de conhecer novos destinos e soluções e comprar a preços altamente competitivos.  

Este pedido do público de Assa Matusse pode se concretizar dado que a cantora disse estar a estudar possíveis colaborações com seus colegas nacionais. A cantora uniu, assim, o útil ao agradável, pois brindou ontem à noite o seu público com um concerto intitulado Mutcangana.

Não podia ser menos do que foi. Mesmo depois de muito tempo longe da terra natal, a menina do bairro não perdeu a sua essência. Mutcangana de etnia, Assa Matusse  elevou todas as etnias do país no seu concerto, sexta-feira à noite.

Houve luzes, som alto, mas foi só ao som da contagiante energia de Assa que o público, de várias partes do país, vibrou muito.

“Vim da cidade da Beira, cheguei hoje mesmo. A Assa em palco é sempre espetacular, sempre traz novodades”, disse uma espectadora.

A casa, ou melhor, o Centro Cultural Moçambique-China esteve cheio e teve uma noite, como nenhuma outra.

No cair do pano, fim do espetáculo, o público só tinha um pedido para a cantora “ Que ela volte mais vezes”.

Depois da actuação, Assa Matusse, que considerava o concerto uma dívida, falou de dívida paga.

“Senti muita energia do público. Acho que foi um show que vai ficar na minha memória”, afirmou o artista.

Sobre o pedido dos seus fãs, a cantora diz que “Depende muito da vossa demanda aqui. É preciso que Moçambique me queira de volta, mas se depender de mim eu posso voltar solo, mais uma vez, mas é preciso que haja demanda dos outros produceres”, declarou.

Assa Matusse vive em Paris, França, e revela que está em Moçambique também para estudar novas colaborações.

“Há muito trabalho pela frente, coisas novas que vem. era preciso antes fazer esta pesquisa antes de começar a trabalhar e ficar trancada, no estúdio”, explicou.

No “menu” do concerto de Assa e Deltino Guerreiro contribuiu com participação na música, que tem em comum, “Rokotxi”.

Apesar de não ser a primeira vez que actuam juntos, Deltino considera que desta vez foi “ épico, incrível, o público… estou sem palavras”, disse o músico.

Por outro lado, a artista e o músico renomado Antonio Marcos dividiram o palco pela primeira vez, momento que considerou o espetáculo “Esplêndido” e acrescentou que “foi uma grande honra ser convidado pela Assa Matusse”.

O Centro Cultural Moçambique-China teve uma noite, como nenhuma outra. Mesmo depois de encerrar as portas, o público continuava a festejar o regresso da “Mutchanga” do lado de fora do edifício.

A Ilha de Zanzibar, na Tanzânia, acolheu de 9 a 11 de fevereiro, a 21.ª edição do Festival Sauti za Busara. O evento, um dos mais renomados do continente, reuniu mais de 400 artistas e 25 bandas africanas com performances ao vivo.

Stewart Sukuma e Banda NKhuvu tiveram a responsabilidade de encerrar a presente edição do festival, em meio a expectativas e curiosidades de uma audiência oriunda de diversos quadrantes do mundo. Aliás, já é uma tradição a mescla de público que todos os anos alia turismo e arte na umbrela do Sauti za Busara.

Stewart Sukuma & Banda NKhuvu protagonizaram uma das melhores performances do festival, fazendo uma resenha de sons tradicionais e modernos, com claras influências de Moçambique e do mundo.
“A fusão dos estilos tradicionais moçambicanos, Jazz e Afropop interpretada por Stewart Sukuma e Banda Nkuhvu elevou-nos a todos”, assim descreveu a direção do Festival Sauti za Busara em mensagem de reconhecimento e agradecimento a Sukuama e sua colectivo.

A energia, a abordagem musical e toda uma estética de palco conquistaram o coração da plateia que dançou e cantou as canções de Stewart Sukuma e Banda Nkuhvu desde o princípio ao fim do show.

A actuação de Stewart Sukuma no Sauti za Busara faz parte do conjunto de actividades que integram as celebrações dos 40 anos de carreira, que compreendem a presença em grandes palcos internacionais. E Sukuma confirmou, mais uma vez, a maturidade inquestionável, a maturidade e criatividade de um artista actual e atento aos sinais ou as tendências da arte em África.

Sukuma actuou no palco principal do Sauti za Busara, destinado aos maiores artistas africanos. Este facto confirma um lugar que já há anos Lusi Pereira, mais conhecido por Stewart Sukuma, alcançou com mérito e valência.

O Centro Cultural Português, em Maputo, volta a abrir as portas do seu acervo artístico. Uma nova exposição de colectânea de obras acontece 10 anos depois da última mostra e estará patente até 22 de Março.

“Sinais” é o título da exposição do acervo de arte do Centro Cultural Português em Maputo, que apresenta 33 obras, que se distribuem em núcleos, de acordo com técnicas utilizadas pelos artistas. Entre eles, Sónia Sultuane,Ídasse e Pekiwa.

A última mostra foi em 2014, por isso, 10 anos depois, os artistas falam de um regresso ao passado cheio de boas memórias.

A exposição junta artistas de diferentes meios de expressão, nomeadamente pintura, escultura, desenho, gravura, serigrafia, fotografia, cerâmica, audiovisual e instalação.

Fotografia para tornar o momento ainda mais memorável, um olhar atento pelas linhas do tempo, a noite foi nostálgica para os artistas que tiveram um encontro com as técnicas que marcaram, em muitos casos, o início de suas carreiras.

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