O país é rico em recursos minerais, mas o sector mineiro contribui com menos de 20% no Produto Interno Bruto. O Governo quer controlar cada vez mais os recursos explorados e comercializados fora do país, por isso está a expandir entrepostos comerciais de gemas.
São corredores de um dos hotéis da praça, na cidade de Nampula, transformados em locais de exposição de pedras preciosas e semi-preciosas exploradas em várias províncias do país. Esta é a 5ª edição da Feira Anual de Gemas.
A diversidade de minérios revela a riqueza do país. Em quase todas as províncias ocorrem produtos que, se fossem devidamente explorados, processados e controlados a sua comercialização, a contribuição para a economia seria maior. Mas muitos destes produtos são vendidos em bruto no estrangeiro.
Nampula conta com um centro de lapidação de gemas onde se faz o processamento, dando maior valor antes da venda para a indústria internacional de joalharia, mas pouco procurado. E para maior controlo das gemas que saem do país, dentro em breve, Nampula terá em funcionamento um entreposto comercial de gemas e metais pesados.
Em 2021, o Governo fez o senso mineiro onde concluiu que 800 mil pessoas estão na mineração ilegal. A seguir, procura-se legalizar este subsector.
Os Estados Unidos asseguraram hoje que vão intensificar o apoio à Moçambique no combate ao terrorismo, através do treino de tropas militares. A garantia foi dada pelo Secretário de Estado norte-americano da Defesa num encontro com o Presidente da República.
O chefe de Estado foi recebido pelo Secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, cargo equivalente ao de ministro da Defesa em Moçambique.
As delegações dos dois países sentaram-se à mesa esta sexta-feira no local onde converge toda a estrutura de defesa e segurança dos norte- americanos.
O Secretário de Estado da Defesa garantiu o reforço do apoio no combate ao terrorismo, através do treino às tropas nacionais.
Filipe Nyusi agradeceu o apoio norte- americano para questões de defesa e destacou a abertura do país em continuar a cooperar com este país.
Depois destas declarações abertas à imprensa, as duas delegações reuniram-se à porta fechada por cerca de meia hora.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aterrou na noite desta quinta-feira no aeroporto de Otava, no Canadá, onde foi recebido pelo primeiro-Ministro, Justin Trudeau. É a primeira visita ao país desde o início da guerra.
A chegada de Zelensky à capital do Canadá tinha sido anunciada pelo primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, numa mensagem que divulgou através da conta oficial na rede social X (antigo Twitter).
Segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro canadiano, citado pela imprensa internacional, Zelensky vai discursar no parlamento de Otava e desloca-se a Toronto onde vai reunir-se com representantes do sector privado para promover o investimento na reconstrução da Ucrânia, país invadido pela Rússia.
Zelensky vai também participar num encontro com a comunidade ucraniana no Canadá.
Nos Estados Unidos, onde decorre a 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Zelensky reuniu-se com o presidente Joe Biden e líderes do Congresso.
No verso da cicatriz, de Bento Baloi, e Pétalas negras ou a sombra do inanimado, de Belmiro Mouzinho, são os livros laureados na primeira edição do Prémio Literário Mia Couto. O primeiro livro distingiu-se no género romance e o segundo no género poesia. O anúncio foi feito esta quinta-feira à noite, na Cidade da Beira.
A cerimónia do anúncio dos vencedores da primeira edição do Prémio Literário Mia Couto foi marcada para 17 horas desta quinta-feira, na Casa do Artista, na Cidade da Beira. Por motivos profissionais, Bento Baloi não pôde viajar de Tete, onde vive e trabalha, para Beira, local onde a Associação Kulemaba e a Cornelder de Moçambique organizaram a iniciativa que pretende estimular a produção literária.
Assim, para não pensar na cerimónia ou algo assim, o escritor foi jogar voleibol com amigos, na Escola Secundária de Tete. Depois de umas horas de entrega ao desporto, sim, chegou a casa, pegou no telemóvel e reparou que tinha perdido muitas chamadas. Também reparou que tinha muitas mensagens por ler. Abriu a primeira e ficou a saber que era o grande vencedor do género romance, na primeira edição do Prémio Literário Mia Couto.
Entre o momento que leu a mensagem e a expectativa entre o que se iria seguir, Bento Baloi pensou em todos aqueles que, com edição, conversas, conselhos e ideias, contribuiram para que o seu No verso da cicatriz se tornasse uma boa ficção. “A todos os que contribuiram para que o livro fosse possível, eu agradeço com muito apreço”.
Segundo confessou Bento Baloi, sente-se muito satisfeito por ter conquistado um prémio prestigiante. “Este é o meu terceiro livro e, pela primeira vez, ganho um prémio literário. Nós, como autores, nunca pensamos nos prémios, mas, claramente, este reconhecimento nos dá força para continuarmos a trabalhar mais”.
Dito isso, Bento Baloi acrescentou que, com a distinção, espera que o seu terceiro livro (segundo romance) possa atrair o interesse de mais leitores.
“No verso da cicatriz, de Bento Baloi, é um romance que desafia não só as crenças e o horizonte de expectativas do leitor, mas a sua sensibilidade e a sua estabilidade emocional. O efeito catártico da narração se impõe de forma inapelável, convocando a dor, o sofrimento, o drama humano, a desilusão e a degeneração dos valores sociais”, refere uma nota de imprensa do Prémio Literário Mia Couto.
Ao contrário de Bento Baloi, Belmiro Mouzinho conseguiu viajar de Nacala, onde vive, até à Cidade da Beira. Chegou na manhã desta quinta-feira e participou na cerimónia do anúncio dos vencedores da primeira edição do Prémio Literário Mia Couto.
Pétalas negras ou a sombra do inanimado é o seu primeiro livro. Escreveu em 2021, em menos de 12 meses. Também por isso, Belmiro Mouzinho sente-se privilegiado por conquistar um prémio na sua estreia em livro. “Claro que isto traz uma grande motivação, já que comecei a escrever há muito tempo. Sinto-me feliz por ter sido abençoado por esta oportunidade”.
Com o prémio, “A expectativa está alta e sinto que tenho de trabalhar muito mais. Mas hoje recebi um conselho sábio, sobre trabalhar sem pressa. Tenho muitos trabalhos, mas não vou publicar tão já. Vou aprimorar para que sejam ainda melhores do que este que foi premiado”.
“Pétalas negras ou a sombra do inanimado, de Belmiro Mouzinho, é um livro de poesia que reflecte o encanto que a arte do verso exerce na vida do poeta, pois, para si, tudo o que as pessoas vêem e tocam, tem poesia. Nesta sua estreia em livro, Belmiro Mouzinho assume-se como um poeta rebelde e inconformado. Em parte, isso corresponde à sua maneira de ver as coisas à sua volta”, avança uma nota de imprensa sobre o prémio.
Com a distinção, Bento Baloi e Belmiro Mouzinho recebem, cada 400 mil meticais.
A DECISÃO DO JÚRI
A primeira edição do Prémio Literário Mia Couto teve como membros do júri Francisco Noa (Presidente), Fátima Mendonça, Teresa Manjate, Tânia Macedo e Daniel da Costa, que, para a avaliação das obras concorrentes, estabeleceram os seguintes critérios: Criatividade, Domínio técnico, Correcção linguística e Densidade.
Assim, segundo o júri, o romance No verso da cicatriz destaca-se por ser um livro corajoso e muito bem escrito, apresentando a estruturação do enredo premissas bem delineadas, conflitos definidos de maneira que a História e as estórias se entrelaçam perfeitamente. Destaca-se o facto de esta corajosa narrativa se inspirar em sombrios acontecimentos ocorridos em Moçambique, logo após a Independência (encarceramento das Testemunhas de Jeová, Operação Produção e Guerra dos 16 anos), alguns dos quais remetidos ao esquecimento ou rasurados. Ao fazê-lo, acrescenta o júri, o autor, através de procedimentos narrativos bem conseguidos, transformou essa realidade empírica numa odisseia densa e dramática, de poderoso efeito catártico.
Quanto a Pétalas negras ou a sombra do inanimado, seguno a acta do júri, destaca-se por apresentar-se em termos de singularidade criativa, herdeiro da modernidade literária, com versos longos a desenharem um mundo muitas vezes desencantado, onde a concretização do desejo nem sempre é sinónimo de encontros. Trata-se de uma poesia com uma marcada profundidade temática bem como a nível da construção poética, em que se reconhece uma escrita cuidada, densidade interpelativa, dados os questionamentos existenciais aliados a uma crítica sociopolítica e dos costumes muito subtil, mas corrosiva, maturidade na articulação entre palavra e pensamento e um investimento estético assinalável traduzido em imagens de belo efeito.
SOBRE OS AUTORES
Bento Baloi nasceu em 1968 no Vieira, bairro de Maxaquene, cidade de Maputo. Fez iniciação literária escrevendo contos e poemas publicados em páginas de especialidade de revistas e jornais moçambicanos. Dedicou parte significativa da sua carreira ao teatro escrevendo, dirigindo e interpretando papéis em peças, tanto de palco como de rádio. São da sua autoria as peças de teatro «Lágrimas»; «Grito Humano»; «Adão e Eva, Ámen»; «Alarme»; «Katina P, o Flagelo». Escreveu os bailados «O Filho do Povo» e «Raízes e Percursos», encenados por Pérola Jaime. Recados da Alma é o seu romance de estreia e foi publicado em 2016. Publicou pela Índico Editores em 2021, o livro de crónicas Arca de Não É, com relatos do drama vivido a quando do ciclone Idai, na cidade da Beira.
Belmiro Mouzinho nasceu a 07 de Maio de 1994, na Cidade de Quelimane, Província da Zambézia. É um dos membros fundadores do Círculo Académico de Letras e Arte de Moçambique. É estudante de Engenharia Eléctrica no Instituto Superior Politécnico e Universitário de Nacala. Tem participação em diversas antologias internacionais publicadas no Brasil. Inspira-se na poesia de Florbela Espanca.
Na quarta-feira da próxima semana, às 18 horas, no Átrio dos Paços do Município de Maputo, a Cavalo do Mar Edições vai realizar uma sessão de apresentação pública do livro A minha história, um livro autobiográfico da autoria de Virgínia Tembe.
A minha história será apresentado pelo escritor e professor universitário Lucílio Manjate, numa sessão que vai contar com leituras na voz da actriz Joana Mbalango e com proposta musical da cantora Mingas.
Para além de narrar o percurso pessoal da autora como nacionalista e o seu engajamento em diferentes etapas da luta clandestina, no Sul de Moçambique, A minha história é um olhar sobre diversos eventos críticos da história contemporânea do país.
Conforme sugere o poeta Mbate Pedro, autor do prefácio, o livro A minha história é importante porque ajuda a perceber o papel da mulher moçambicana na luta clandestina contra a opressão colonial portuguesa. Avança o poeta e editor: “A autora deste livro, minha mãe, tal como outras mulheres suas contemporâneas, teve um papel activo no duplo anseio da independência e emancipação, travando essas duas batalhas em paralelo. Poucos livros publicados até agora fazem uma clara menção ao importante papel da mulher na frente clandestina no Sul do nosso país, não obstante a mulher ter vivido intensamente os vários momentos da confrontação anticolonial”.
Além de Virgínia Tembe descrever a sua trajectória de vida e o seu papel na luta de libertação nacional, no seu livro vem demonstrar que a participação da mulher na rede clandestina no Sul de Moçambique vai para além de um papel inferior, circunscrito ao espaço doméstico. Ela, a mulher, tal como o seu companheiro, o homem, foi protagonista da proeza nacionalista e operou nos grandes palcos da luta pela independência nacional.
Em A minha história, livro de memórias, a autora narra o seu percurso pessoal como nacionalista e o seu engajamento em diferentes etapas da luta clandestina, incluindo a sua participação em várias discussões políticas, lado a lado com outros militantes homens. Portanto, trata-se de um livro que recupera parte importante do passado de Moçambique, mergulhado na longa noite colonial, numa viagem anacrónica que incide em vivência de um tempo difícil, mas que não se deve esquecer.
Virgínia Tembe foi militante na clandestinidade contra o regime colonial português, antiga presa política, enfermeira e humanista. Nasceu em 1938, na localidade de Denguene, na Província de Gaza. Foi refugiada política na Suazilândia e, integrada no chamado “Grupo dos 75”, foi raptada e detida na África do Sul, a caminho do Tanganyika, pela BOSS, polícia secreta sul-africana. Entregue à PIDE, permaneceu em reclusão cerca de quatro anos, primeiro no Campo de Concentração de Mabalane e, mais tarde, na Cadeia da Sommerschield, em Lourenço Marques.
Após a independência de Moçambique, retirou-se da vida política activa. Na qualidade de profissional de saúde, trabalhou em vários hospitais e serviços de saúde dispersos pelo país, oferecendo os seus cuidados de enfermagem aos mais vulneráveis, com destaque para mulheres grávidas e crianças.
A Comissão Nacional de Eleições exige tolerância entre os partidos políticos para evitar violência durante a campanha eleitoral. Dom Carlos Matsinhe apela também aos Órgãos de Administração Eleitoral e a PRM que pautem pela imparcialidade.
A campanha eleitoral para as sextas eleições autárquicas arranca já na terça-feira e a sociedade civil denuncia sinais de violência que poderão manchar o processo.
Os partidos políticos são apontados como os maiores promotores da violência. E é por isso que a Polícia da República de Moçambique garantiu, esta quinta-feira, que estará no terreno e vai cobrir todos os eventos para garantir a ordem e a tranquilidade pública.
“Um dos princípios fundamentais é o da imparcialidade e do apartidarismo. É com base neste que a polícia protege qualquer evento promovido pelos partidos políticos e o importante é que estes colaborem com a polícia para que o trabalho de garantia de ordem e segurança seja facilitado e todos se sintam protegidos em igualdade de circunstâncias ” , disse António Pelembe, representante do Comando Geral da PRM.
Pelembe falava na Cidade de Maputo, à margem de uma mesa redonda organizada pelos órgãos eleitorais e a PRM com o objectivo de rever o Código de Conduta. Com o instrumento, pretende-se reduzir os actos de violência no período eleitoral.
“Devemos trabalhar de modo a prevenir actos de violência política no decurso da campanha eleitoral, transformando este período em espaço de circulação de mensagens de paz, harmonia, concórdia, inclusão, tolerância e exaltação da democracia ”, disse Carlos Matsinhe, presidente da Comissão Nacional de Eleições.
O órgão eleitoral garante que está tudo aposto para que a votação decorra sem sobressaltos a 11 de Outubro.
Participaram do encontro órgãos de administração eleitoral, partidos políticos e organizações da sociedade civil.
O pavilhão do Ferroviário da Beira, uma das mais emblemáticas salas de visita para modalidades de salão, volta a acolher jogos da Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal. A infra-estrutura desportiva, afectada pelo Ciclone IDAI em Março de 2019, sofreu recentemente obras de melhoria no piso e no sistema de iluminação.
A passagem do ciclone Idai, em Março de 2019, deixou um rasto de destruição em várias infra-estruras, afectado, sobremaneira, o pavilhão do Ferroviário da Beira, recinto que anos antes havia beneficiado de uma profunda reabilitação e modernização.
O piso ficou seriamente danificado, a cobertura não escapou à força dos ventos e o sistema de iluminação deixou de funcionar em pleno.
Três anos depois, fez-se uma intervenção no piso que se apresentava escorregadio assim como melhorou-se o sistema de iluminação. Estão de volta, desta forma, as grandes jornadas de basquetebol no sempre vibrante Chiveve.
“Fez-se aqui um trabalho, o piso está todo ele pintado e a iluminação foi reforçada. O Idai deixou marcas muito fortes aqui. O piso não era este, mas sim em madeira e tivemos que remover. Para fazermos algo tem que ser com tempo e precisão para que se mantenha por muitos e longos anos. Fizemos uma pintura em parceria com a Liga Moçambicana de Basquetebol, CFM e os nossos parceiros. Está aqui um trabalho de excelência. A iluminação foi melhorada para transmissão televisiva”, começou por explicar Artur Faria, Director Desportivo do Ferroviário da Beira.
Serão seis equipas a desfilarem nesta prova, com destaque para os Ferroviário da Beira e de Maputo, duas equipas cuja rivalidade arrasta muitos amantes do basquetebol aos pavilhões. A jogar em casa, e perante os seus adeptos, o Ferroviário da Beira quer mostrar serviço. Serviço, esse, que passa por terminar em primeiro lugar nesta fase de apuramento e começar a marcha rumo à revalidação do titulo de campeão nacional.
“A equipa está a preparar a prova num bom ritmo. Temos um departamento de basquetebol extremamente forte. A equipa está bem comandada pelo ‘coach’ Luiz Hernandez. O Ferroviário da Beira parte para esta prova com o objectivo de vencer” , reforçou Artur Faria.
A fase de apuramento para a Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal disputa-se de 17 a 22 de Outubro, sendo que a mesma irá movimentar ainda o Maxaquene, Academia New Vision de Nampula, Academia New Vision de Pemba, Academia de Basquetebol de Sofala, e CD Expansão de Pemba.
O Governo do Marrocos anunciou ontem um orçamento de cerca de 11 mil milhões de euros destinados à reconstrução, realojamento e desenvolvimento socioeconómico das zonas afectadas pelo terramoto, que atingiu o país no início de Setembro.
De acordo com um comunicado de imprensa, citado pelo Notícias ao Minuto, a quantia prevista pelas autoridades deverá beneficiar 4,2 milhões de habitantes num período de cinco anos.
“O programa diz respeito em particular ao realojamento das pessoas afectadas, à reconstrução de habitações e à reabilitação de infraestruturas”, especificou a nota, publicada no final de uma reunião presidida pelo monarca Mohammed VI.
Além disso, o programa também vai permitir a “abertura e modernização dos territórios” e pretende encorajar a “actividade económica” nestas regiões largamente desfavorecidas.Desde o sismo, os sobreviventes foram colocados em acampamentos, onde vivem com a ajuda das autoridades e de voluntários.
O número de desalojados resultantes do terramoto ainda é desconhecido. Segundo o mais recente balanço oficial, quase 3.000 pessoas morreram e mais de 5.600 ficaram feridas no terramoto que atingiu a província, loca
As seguradoras dizem-se excluídas nos projectos de petróleo e gás por suposta falta de capacidade para assumir grandes riscos. Na conferência anual de seguros, defenderam a necessidade de rever o regime jurídico do sector para adequá-lo à realidade actual.
Na exploração de petróleo e gás, as seguradoras queixam-se de exclusão e desmentem não ter capacidade para assumir grandes riscos.
“Existe capacidade local, a associação tem estado a promover uma interacção cada vez maior entre as seguradoras para, ainda que não haja legislação, os riscos sejam retidos no país e só depois de esgotar a capacidade. Ainda não estamos neste nível, já estamos no nível de partilha de grandes riscos a nível local. Portanto, a indústria de seguros, como mercado, está preparada para responder a estes desafios”, afirmou Isaías Chembeze, orador do painel sobre o conteúdo local nos projectos de petróleo e gás: o caso das seguradoras moçambicanas.
No mesmo pensamento, alinhou Simoni Santi. “É verdade. Neste momento, há empresas com grandes dificuldades de trabalhar no sector de petróleo e gás porque é um sector onde há padrões complicados, sobretudo porque temos competitividade empresarial em Moçambique”.
Só que há considera o problema é que as empresas não definem com clareza o que precisam. “Para mim, o grande desafio é, primeiro, a falta de política de conteúdo local sobre o que realmente queremos porque, muitas vezes, as próprias empresas não sabem o que as multinacionais podem fazer por elas”, observou Afonso Machaca.
Só que o problema não é só esse. É preciso incorporar no regime jurídico de seguros a obrigatoriedade de as multinacionais priorizarem as seguradoras nacionais.
“O que é que nós ainda podemos salvar. Podemos considerar que a Bacia de Rovuma é um assunto perdido, mas temos aqui uma oportunidade nobre de fixar, se margem, para possível contorno na nova era que os riscos, seja qual for, tem que ser colocado aqui em Moçambique. A questão da capacidade vai-se discutir depois”, sugeriu Ruben Chivale.
Ainda sobre a lei, fundamenta Matias Guente, “o mais importante neste momento é que, olhando o actual contexto, temos de fazer uma assembleia de moçambicanos para moçambicanos e perguntar: o que nós queremos para o novo regime?”.
Para o Instituto Nacional de Petróleos, as seguradoras não devem, apenas, prender-se nos negócios de petróleo e gás. “Nós temos muitas outras disciplinas, muitas outras áreas aqui, no nosso país, que se podem tomar em consideração, mas as operações petrolíferas adicionam um grande valor no desenvolvimento do país”, fundamentou Inocência Maculuve, do Instituto Nacional de Petróleos.
Na revisão do regime jurídico dos seguros, os oradores defendem que se tenha em conta a questão da separação de capitais por danos corporais e materiais.
“Três milhões de meticais é manifestamente pouco. Todos os dias, vemos no jornal acidentes com 10 ou 15 vítimas e eu pergunto se três milhões de meticais servem para indemnizar 10 vítimas ou temos uma noção do valor da vida em Moçambique da vida muito baixa e eu acho que temos que alterar isto e isso passa por os próprios capitais acompanharem a evolução”, defendeu Carlos Leitão.
Todas as preocupações levantadas pelos oradores vão ser acomodadas no regime jurídico ainda em revisão.
Num contexto em que o país é assolado por eventos extremos da natureza, as seguradoras mostraram-se dispostas e capazes de cobrir os riscos.
As cidades de Inhambane, Beira e Pemba foram seleccionadas para sediar as fases de qualificação para a Liga Sasol de basquetebol feminino, prova cuja fase final irá decorrer de 29 de Outubro a 14 de Novembro na capital do país.
Novo modelo, novos pólos de disputa da competição e novas perspectivas (por se aprofundar, claro, com o contributo de todos os fazedores da modalidade da bola ao cesto) para melhorar o quadro competitivo do basquetebol feminino.
A corrida à edição 2023 da Liga Sasol de basquetebol feminino, prova que se pretende que venha a ser muito mais atractiva e competitiva no futuro, arranca já no dia 28 de Outubro na cidade de Inhambane, palco da fase de qualificação da zona Sul.
Quatro equipas estão alinhadas para a competição, nomeadamente Maxaquene e Desportivo (em representação da Cidade de Maputo); Clube Traquejadas e Clube de Desportos Eagles da Maxixe (província de Inhambane).
Os jogos realizam-se no Pavilhão do Instituto de Formação de Saúde, sendo que o vencedor se qualifica para a fase regular da Liga Sasol.
Com Lourenço Buque ao leme (“coach” com experiência ao nível das camadas de formação, tendo trabalhado no Ferroviário de Maputo e nas selecções de iniciação, e igualmente na alta competição com passagens por vários clubes), o Desportivo de Maputo vai procurar, decerto, fazer um bom papel nesta prova.
Sexto classificado da edição passada da Liga Sasol com três triunfos (derrotou por duas vezes Mucopelinhas de Nacala, por 57-13 e 52-47, e Ferroviário da Beira, por 55-52), o Maxaquene tem, agora, no seu comando Deolinda Carmen Ngulela e “coach Paito”, duas figuras que pretendem montar uma equipa competitiva.
E, fazer regressar o clube mais titulado do basquetebol moçambicano à Liga Sasol, deve, seguramente, ser um dos desafios de Deolinda Ngulela, ex-capitã da selecção nacional e “coach” adjunta nalgumas campanhas.
A Escola Superior de Hotelaria e Turismo devia representar Inhambane neste certame, na qualidade de vencedora do Campeonato Provincial do ano passado, mas desistiu por problemas internos.
Actualmente, Clube Traquejadas e Clube de Desportos Eagles da Maxixe ocupam a primeira e segunda posições, respectivamente, no Campeonato Provincial de Basquetebol de Inhambane.
CIDADES DA BEIRA E PEMBA IGUALMENTE SELECCIONADAS
A cidade da Beira será palco, de 22 a 24 de Setembro, da fase de qualificação da zona Centro para a Liga Sasol de Basquetebol feminino. Para já, estão confirmadas as presenças da Liga Desportiva de Chimoio (Manica) e C.D. Municipal da Beira, faltando por indicar os representantes da Zambézia e Tete.
No outro extremo do país, ou seja, em Pemba, realiza-se, nas mesmas datas, a fase de qualificação da zona Norte para a Liga Sasol.
O certame vai contar com a participação da A.D Mucopelinhas de Nampula, SDEJT de Lichinga, New Vision de Pemba e U.J Napipine de Nampula.
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