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Pelo menos 38 pessoas foram mortas após os protestos violentos da última segunda-feira no Quénia, segundo novo balanço divulgado ontem  pela Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia.

Um relatório anterior, divulgado na terça-feira, indicava 31 mortes. Este é o maior número de mortos desde que os protestos contra o Presidente, William Ruto, começaram, há mais de um ano, e abalaram o país do leste de África.

Na segunda-feira, a polícia, mobilizada em grande número, cortou as principais vias de acesso a Nairobi, capital do país, cujas ruas estavam vazias. Confrontos entre a polícia e manifestantes ocorreram nos arredores da cidade.

Segundo a comissão de direitos humanos, as três cidades com mais vítimas são Kiambu, oito, Nairobi, seis, e Kaijado, seis. A ONU declarou, há dias, estar  muito perturbada com os primeiros números publicados, referindo-se a “assassínios”.

O Quénia vive uma vaga de manifestações, desencadeada em Junho de 2024, por um controverso projeto de lei orçamental, criticado em especial pelos jovens.

O movimento tem sido severamente reprimido pela polícia e, com este último número de mortos, já fez mais de uma centena de vítimas mortais.

O presidente brasileiro, Lula da Silva, exige que Donald Trump respeite o seu país e diz que vai recorrer à Lei de Reciprocidade, para também cobrar 50% de tarifas  às exportações dos Estados Unidos da América.  Da Silva diz que o Brasil sobrevive sem os EUA.

Lula da Silva subiu o tom e respondeu a carta de Donald Trump, na qual anuncia a aplicação de 50% de tarifas às exportações brasileiras e exige o fim do julgamanto de Jair Bolsonaro. Em entrevista a um jornal brasileiro, Da Silva acusou o presidente dos Estados Unidos da América de desrespeitar o seu país. 

O chefe da junta militar do Mali, general Assimi Goïta, promulgou uma nova lei que lhe concede um mandato de cinco anos, renovável indefinidamente, tornando-se assim Presidente de facto da República.

Na semana passada, o regime militar já havia atribuído a Goïta um mandato presidencial de cinco anos, renovável “tantas vezes quantas as necessárias”, sem necessidade de realização de eleições. Com a promulgação da nova legislação, o general permanecerá no poder pelo menos até 2030.

De acordo com a Carta de Transição agora oficializada, “o Presidente assegura o cumprimento da Constituição e da Carta de Transição. Exerce as funções de chefe de Estado por um período de cinco anos, renovável tantas vezes quantas as necessárias, até à pacificação do país, a contar da promulgação da presente Carta”.

O texto também prevê que o mandato poderá ser encurtado caso estejam reunidas as condições para a realização de eleições presidenciais transparentes e pacíficas. Além disso, tanto o Presidente da transição como os membros do governo e do órgão legislativo instalado pelos militares são considerados elegíveis para futuras eleições presidenciais e gerais.

A promulgação da lei representa mais um passo na consolidação do poder militar no Mali, num contexto marcado por severas restrições às liberdades. Os militares assumiram o poder após dois golpes de Estado consecutivos, em 2020 e 2021, e haviam prometido devolver o poder aos civis até março de 2024, compromisso que não foi cumprido.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que as tarifas de 50% sobre as importações de cobre entrarão em vigor a 01 de Agosto.

“Estou a anunciar uma tarifa de 50% sobre o cobre, a partir de 01 de Agosto de 2025, após ter passado por uma rigorosa revisão de segurança nacional”, disse na quarta-feira o republicano, na rede social que detém, a Truth Social, cita Lusa.

Na terça-feira, Trump tinha anunciado a imposição de uma tarifa de 50% sobre o cobre, depois de já ter aplicado taxas semelhantes ao aço e ao alumínio.

No mesmo dia, o Presidente norte-americano divulgou planos para uma taxa até 200% para os produtos farmacêuticos, caso os fabricantes não estabeleçam fábricas nos Estados Unidos.

Trump sublinhou que o cobre  é o “segundo mais utilizado” pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

“O cobre é necessário para semicondutores, aviões, navios, munições, centros de dados, baterias de iões de lítio, sistemas de radar, sistemas de defesa antimíssil e até armas hipersónicas, das quais estamos a construir muitas”, acrescentou.

Em Fevereiro, Trump ordenou ao Departamento do Comércio que abrisse uma investigação sobre potenciais tarifas sobre o cobre e apresentasse um relatório no prazo de 270 dias.

Na altura, o Presidente norte-americano ameaçou impor uma taxa de até 25% sobre as importações de cobre, uma medida que poderia vir a perturbar o mercado global de um dos metais mais omnipresentes do mundo, usado em tubos e cabos elétricos.

A maior empresa de comércio de cobre do mundo, a Trafigura, estimou que o preço poderia subir de 10 mil dólares (9.270 euros) para 12 mil dólares (11.126 euros) por tonelada.

Em Maio, Trump impôs uma sobretaxa mínima de 10% sobre todas as importações, mas com isenções, nomeadamente para o ouro, cobre, petróleo e produtos farmacêuticos.

Em 2024, os Estados Unidos importaram quase metade do cobre que consumiram, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA, sendo que a maioria das remessas vieram do Chile e do Canadá.

O presidente do Quénia quebrou o silêncio sobre os recentes protestos antigovernamentais  no seu país. William Ruto disse que não permitiria “anarquia” no país disfarçada de manifestações pacíficas. 

Segundo o noticiário African News, Ruto ordenou que a Polícia “baleassem a perna” de qualquer pessoa que tentasse saquear ou vandalizar algum estabelecimento comercial. 

Este foi o primeiro pronunciamento do Presidente queniano após manifestações que resultaram, segundo a imprensa internacional, em 31 mortos. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu, esta quarta-feira, os líderes da Libéria, Senegal, Gabão, Mauritânia  e  Guiné-Bissau, para discutir oportunidades de negócios. 

Segundo a Al Jazeera, durante o almoço, Trump elogiou o potencial dos países africanos e “suas terras valiosas, com grandes minerais e grandes depósitos de petróleo”. 

“Há muita raiva no seu continente. Conseguimos resolver boa parte dela”, disse Trump, apontando para um acordo de paz recente assinado por líderes da  República Democrática do Congo e Ruanda na Casa Branca.

Os líderes devem discutir áreas-chave de cooperação, incluindo desenvolvimento económico, segurança, infraestrutura e democracia, de acordo com declarações da Casa Branca e da Libéria. Trump afirmou que é improvável que os cinco países enfrentem tarifas americanas.

Espera-se que Trump anuncie em breve as datas para uma cúpula mais ampla com líderes africanos, possivelmente em setembro, na época da Assembleia Geral das Nações Unidas, escreve Al Jazeera.

A Rússia lançou, na madrugada desta quarta-feira, o maior ataque com drones desde o início da ofensiva contra a Ucrânia. Segundo a Força Aérea ucraniana, a maioria dos 728 drones e 13 mísseis acabou por ser interceptada. Volodymyr Zelensky já pediu que sejam aplicadas sanções “severas” contra Moscovo.

De acordo com Kiev, os sistemas de defesa aérea destruíram 718 dos drones e sete dos mísseis.

Citado por RTP, o presidente da Ucrânia disse que o mais recente ataque demonstra a necessidade de aplicar sanções “severas” contra a Rússia e medidas punitivas secundárias contra o petróleo russo, que “alimenta a máquina de guerra”.

“Um novo ataque massivo da Rússia às nossas cidades. Foi o maior número de alvos aéreos num só dia: 741 alvos, usando 728 drones de vários tipos, incluindo mais de 300 Shaheds, e 13 mísseis – Kinzhals e Iskanders”, descreveu Zelensky na rede social X.

“A maioria dos alvos foi abatida. Os nossos drones interceptores foram utilizados. Dezenas de alvos inimigos foram abatidos e estamos a aumentar esta tecnologia”, revelou. “Agradeço a todos os nossos guerreiros pela sua precisão”.

 

A União Europeia (UE) aprovou, hoje, uma medida de assistência às Forças Armadas de Cabo Verde com um valor de 12 milhões de euros para um período de dois anos, para reforço da capacidade militar do país.

Segundo um comunicado do Conselho da UE, citado pela RTP, a primeira medida de assistência ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz para Cabo Verde tem ainda como meta a proteção da soberania do arquipélago no mar e melhorar a segurança marítima regional.

A medida de assistência reforçará igualmente a cooperação de Cabo Verde com as marinhas dos Estados-Membros da UE, nomeadamente no âmbito da iniciativa Presença Marítima Coordenada.

A decisão de hoje insere-se no quadro da Parceria Especial UE – Cabo Verde e no apoio ao seu pilar de estabilidade e segurança.

O Mecanismo Europeu de Apoio à Paz fornecerá às Forças Armadas de Cabo Verde equipamento e serviços relacionados com o patrulhamento e a vigilância, incluindo a entrega de um navio de patrulha oceânica e atividades de formação.

A polícia no Quénia entrou em confronto com manifestantes na segunda-feira, durante protestos antigovernamentais. As autoridades bloquearam as principais estradas que levam à capital, Nairóbi, e a maioria das empresas manteve as empresas fechadas, segundo escreve o African News.

De acordo com a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quénia, órgão de vigilância nacional financiado pelo governo, pelo menos 10 pessoas morreram na segunda-feira, e outras 29 ficaram feridas em todo o país.

Um comunicado da Polícia publicado na noite de segunda-feira, citado pela Reuters, contabilizou 11 mortes e mencionou que vários policiais ficaram feridos, embora tenha contabilizado muito menos civis feridos do que o órgão de defesa dos direitos humanos.

Os manifestantes atiraram pedras contra a Polícia nos bloqueios de estrada, e a polícia atirou e lançou bombas de gás lacrimogéneo.

Os quenianos haviam planejado manifestações para 7 de Julho para protestar contra a brutalidade policial, a má governação e exigir a renúncia do presidente William Ruto devido a suposta corrupção e ao alto custo de vida.

O dia 7 de Julho, conhecido como Saba Saba, é uma data significativa na história recente do Quénia, marcando os primeiros grandes protestos há 35 anos, que pediam uma transição de um Estado de partido único para uma democracia multipartidária, o que foi concretizado nas eleições de 1992.

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