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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que o encontro com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a Ucrânia pode acontecer “muito em breve”, mas que não há data definida

Donald Trump, questionado por um jornalista sobre o momento para uma reunião com o Presidente russo, respondeu que “nenhuma data foi definida, mas pode ser muito em breve”, embora Moscovo tenha adiantado, na quinta-feira, que poderia demorar “vários meses” a ser organizada.

As declarações do Presidente norte-americano antecedem as conversações, na Arábia Saudita, entre uma delegação liderada pelo seu chefe de diplomacia, Marco Rubio, então em digressão pelo Médio Oriente, e negociadores russos.

A presença de representantes ucranianos na reunião permanece incerta, com o secretário de Estado norte-americano a dizer que desconhecia também detalhes da equipa de negociadores enviada por Moscovo. “Nada foi finalizado ainda”, disse Marco Rubio sobre as negociações com a Ucrânia, acrescentando, numa entrevista à CBS, que estas negociações seriam uma oportunidade para iniciar “uma conversa mais ampla que envolveria a Ucrânia e a questão do fim da guerra”.

“Acho que ele quer parar de lutar”, disse também Donald Trump sobre Putin, recordando a sua conversa telefónica na quarta-feira com o Presidente russo, que surpreendeu os aliados europeus de Washington.

O Presidente norte-americano revelou ainda que Steve Witkoff, um dos seus principais conselheiros para os assuntos internacionais, se encontrou com Vladimir Putin durante “cerca de três horas”, sem especificar a data.

O Kremlin (presidência russa) afirmou na quinta-feira que ainda não havia “nenhuma decisão” sobre a data do encontro entre os líderes russo e norte-americano, e que poderia demorar “vários meses” a ser organizada.

“Até ao momento, não foi tomada qualquer decisão. Será necessário tempo para preparar este encontro. Pode levar semanas, ou um mês, ou vários meses”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, numa entrevista ao canal russo Pervy Kanal.

O Estado-Maior das Forças Armadas sul-africanas, segundo a Rádio Moçambique, reitera que vai manter o efectivo militar estacionado em Goma, até que a paz seja alcançada no leste do Congo Democrático.

Segundo uma publicação da Rádio Moçambique desta segunda-feira, depois da morte de 14 soldados sul-africanos, em Janeiro passado, têm sido muitas as vozes que exigem a retirada dos militares, que integram a missão de paz da SADC naquele país africano.

No domingo, o líder do Partido dos Combatentes da Liberdade Económica, Julius Malema, na África do Sul, voltou a fazer eco a esse posicionamento, numa cerimónia religiosa, para a qual foi convidado.

Julius Malema, escreve a Rádio Moçambique, alega que os militares sul-africanos não estão devidamente equipados para integrar missões como as do leste do Congo Democrático: “Não nos opomos ao envio de soldados para o Congo Democrático, simplesmente estamos a dizer para retirá-los porque não estamos preparados para ir a lado algum. Uma vez suficientemente preparados podemos ir a República Democrática do Congo. Nossos soldados não estão equipados”, disse.

Ainda no domingo, foi a enterrar um dos 14 militares sul-africanos mortos nas confrontações com os rebeldes do M23, em Goma.
Foi nessa cerimónia, realizada na província de Limpopo, que o chefe do Estado Maior das Forças Armadas sul-africanas, o general Rudzani Mapwanya, deu garantias de que os militares que se encontram no leste do Congo Democratico estão em segurança.

Maphwanya reiterou que os soldados sul-africanos foram enviados no quadro dos esforços de pacificação da região, e não para fins particulares.

“Nós, nas forças armadas sul-africanas, vamos continuar com os esforços para o silenciar das armas no nosso continente. A nossa nação foi verdadeiramente abençoada por ter um heroico soldado como ele. Estamos no Congo Democratico não para ganhos pessoais, para promover nosso interesse nacional, então o atirador Derrick Maluleke estava lá na República Democrática do Congo para promover isso e garantir que todos nós tenhamos uma vida melhor e prosperidade económica”, afirmou, segundo a publicação da Radio Moçambique, o General Rudzani Mapwanya, no elogio fúnebre, de um dos 14 soldados sul-africanos mortos em combate, no leste do Congo Democratico.

O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, diz que o grupo palestiniano Hamas deve ser eliminado para haver paz no Médio Oriente. Já o Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alinha-se à estratégia de Donald Trump para o futuro da Faixa de Gaza

Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos da América, visitou Israel no domingo. Trata-se da primeira visita do dirigente norte-americano àquele país, desde que assumiu o cargo.

O também chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América esteve em conversações com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a proposta dos EUA para o futuro da Faixa de Gaza foi um dos temas do encontro.

“Em relação a isto, o Presidente foi muito claro. O Hamas não pode continuar como uma força militar ou governamental. E, francamente, enquanto se mantiver como uma força que pode governar, ou como uma força que pode administrar, ou como uma força que pode ameaçar pelo uso da violência, a paz tornar-se-á impossível”, disse Marco Rubio .

Diante de tal impossibilidade no alcance da paz, o chefe da diplomacia norte-americana defende: “Eles devem ser eliminados, devem ser erradicados”, disse.

Já o primeiro-ministro Israelita, Benjamin Netanyahu disse estar alinhado à estratégia dos Estados Unidos e reiterou a necessidade da libertação total dos reféns israelitas. “Temos uma estratégia comum e nem sempre podemos compartilhar os detalhes dessa estratégia com o público, incluindo quando os portões do inferno são abertos, como certamente acontecerá se todos os nossos reféns não forem libertados até o último deles”.

Enquanto isso, os Estados Unidos continuam firmes na estratégia de Donald Trump, que consiste na evacuação da população palestiniana da Faixa de Gaza para os países vizinhos.

O gabinete de segurança de Israel reúne-se esta segunda-feira para analisar a segunda fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Trata-se de uma fase considerada complicada, que prevê a devolução de todos os reféns capturados desde 7 de Outubro de 2023 e uma prorrogação indefinida do cessar-fogo.

Na sequência do desabamento de um edifício situado no sul da região metropolitana do Cairo, a capital egípcia, pelo menos 10 pessoas morreram e oito ficaram feridas, esta segunda-feira.

O edifício residencial tinha três andares, e ruiu na localidade de Kirdasa, por razões desconhecidas, de acordo com fontes médicas e policiais, adianta o Notícias ao Minuto.

No local, várias ambulâncias acorreram e transferiram os feridos para hospitais próximos, enquanto as equipas da protecção civil continuam a procurar sobreviventes.

As forças de segurança montaram um cordão de isolamento no local, enquanto especialistas iniciaram uma investigação para determinar as causas do colapso, acrescentaram as mesmas fontes, indicando que as autoridades retiraram os residentes de dois outros edifícios adjacentes.

O desmoronamento de casas é frequente no Egipto, especialmente nas zonas populares, onde, segundo os meios de comunicação locais, os construtores não tomam medidas suficientes para garantir a segurança dos edifícios e falta rigor às inspecções oficiais.

O Governo da República Democrática do Congo (RDC) acusou o exército ruandês de ter entrado na cidade de Bukavu, no leste do país, que foi tomada durante o fim de semana pelo grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23).

“O Governo está a acompanhar, hora a hora, a situação em Bukavu, marcada pela entrada do exército ruandês e dos seus auxiliares esta manhã”, declarou o Governo congolês, em comunicado, apesar de o Ruanda negar a presença das suas tropas em território congolês.

O comunicado referiu ainda que apesar dos apelos da comunidade internacional a um cessar-fogo, o Ruanda “persiste no seu projecto de ocupação, pilhagem e prática de crimes e violações graves dos direitos humanos no nosso território”. 

O Governo garantiu estar a fazer “tudo o que está ao seu alcance para restabelecer a ordem, a segurança e a integridade territorial” e instou a população de Bukavu a permanecer em casa e a não se expor, de forma a evitar ser alvo das forças de ocupação.

“Bukavu, Goma e todos os outros cantos ocupados do Kivu Norte e do Kivu Sul são o símbolo da nossa resistência. Permaneçamos todos de pé, vigilantes, resistentes e unidos perante esta provação, atrás das nossas forças armadas e do Presidente da República”, acrescentou.

O comunicado foi emitido depois de a União Africana (UA) ter alertado, ontem, à “balcanização” do leste da RDC, onde o conflito se intensificou nas últimas semanas, devido à ofensiva do M23 que conquistou vários territórios.

Refira-se que o M23 controla, agora, as duas capitais das províncias vizinhas do Kivu Norte e do Kivu Sul, que fazem fronteira com o Ruanda e são ricas em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.

O conflito entre a RDC e os rebeldes do M23 intensificou-se nos últimos meses e o movimento armado ocupou, em finais de Janeiro, a capital da província congolesa do Kivu Norte, Goma.

Mais de 40 pessoas, a maioria mulheres, foram mortas depois que uma mina de ouro ilegal desabou no Mali, no sábado. O incidente ocorreu perto de Kéniéba, na região de Kayes, rica em ouro, no oeste do Mali.

As vítimas subiram em áreas a céu aberto, deixadas por mineradores industriais, para procurar restos de ouro quando a terra ao redor delas cedeu, segundo avançou um líder sindical de mineradores de ouro à Reuters.

Este é o segundo acidente mortal em uma mina no Mali, em três semanas , depois que pelo menos 10 pessoas morreram quando um túnel de mineração inundou no final de Janeiro. Há relatos conflitantes sobre o número de pessoas que morreram no acidente de sábado.

Uma fonte policial local disse à agência de notícias AFP que 48 pessoas morreram no desabamento, enquanto o chefe de um sindicato da indústria disse à Reuters que houve 43 vítimas.

Equipes de resgate conseguiram recuperar os corpos, disseram fontes locais à BBC.

Refira-se que o Mali é um dos maiores produtores de ouro do mundo e acidentes em minas de ouro são comuns no país, pois muitas atividades de mineração não são regulamentadas e os mineradores usam métodos inseguros para extrair ouro.

 

António Guterres diz que deve ser evitada, a todo custo, uma escalada regional do conflito na República Democrática do Congo (RDC). O Secretário-Geral das Nações Unidas, falava, sábado, na cúpula da União Africana (UA).

Os 55 membros da UA reúnem-se, enquanto os combatentes do M23 continuam seu avanço no leste da RDC, alegando na sexta-feira ter entrado na segunda maior cidade da região, Bukavu.

“Os combates que ocorrem no Kivu do Sul, como resultado da continuação da ofensiva do M23, ameaçam empurrar toda a região para o precipício”, disse Guterres aos líderes na cúpula, acrescentando que “O impasse deve terminar, o diálogo deve começar, e a soberania e a integridade territorial da RDC devem ser respeitadas”.

Nas últimas semanas, os rebeldes do M23 capturaram áreas da região oriental da RDC, rica em minerais, incluindo a importante cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte.

Com a pressão internacional aumentando sobre Ruanda para conter os combates no leste da RDC, o conflito estava pronto para dominar a cúpula na sede da UA, na capital etíope, Adis Abeba.

O presidente da RDC, Félix Tshisekedi, continua a apelar à comunidade internacional para intervir, de forma a conter os rebeldes e colocar o  Ruanda na lista negra por os apoiar.

Ruanda não admitiu apoiar o M23, mas acusou grupos extremistas hutus no leste da RDC de ameaçarem sua segurança.

No sábado, um grupo de sul-africanos brancos reuniu-se do lado de fora da Embaixada dos EUA, em Pretória, em apoio ao ex-presidente Donald Trump. Os manifestantes, que somavam centenas, carregavam cartazes que diziam “Graças a Deus pelo presidente Trump” e expressavam suas preocupações sobre o que eles vêem como políticas racistas do Governo sul-africano, que eles alegam discriminar a minoria branca.

Willem Petzer, um organizador do protesto, dirigiu-se à multidão, dizendo: “Queremos apenas dizer à América e ao Ocidente que, apesar das decisões de política externa que o Governo sul-africano tomou nas últimas duas décadas, o ocidente ainda tem um amigo aqui na África do Sul”, cita o African News.

Muitos dos manifestantes eram da comunidade africâner, que Trump destacou recentemente em uma ordem executiva que visa cortar a ajuda ao Governo sul-africano liderado por negros.

Heinrich Steinhausen, também manifestante, falou sobre o estado actual do país, afirmando que:  “Infelizmente, a verdade dos últimos 30 anos é que temos um país dividido, onde as políticas governamentais posicionaram a África do Sul como uma nação fragmentada, corrompendo o conceito de paz e reconciliação.”

Em resposta, o Governo sul-africano rejeitou as alegações de que suas novas leis têm motivação racial, acusando Trump de espalhar desinformação e distorção sobre as mudanças legais do país.

O Papa Francisco nomeou a freira Raffaella Petrini como governadora do Estado da Cidade do Vaticano, tornando-a, desta forma, a primeira mulher a ocupar o cargo, segundo anunciou, este sábado, o Vaticano, que acrescentou que a freira vai iniciar as suas actividades no dia 1 de Março.

A freira franciscana de 56 anos vai substituir no cargo o cardeal espanhol Fernando Vérgez Alzaga, que faz 80 anos no dia 01 de Março, cessando funções.

Raffaella Petrini será a nova presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, o mais alto cargo da administração civil do Vaticano, depois de ter sido o “braço direito” do cardeal Vérgez durante anos.

O Papa já tinha anunciado numa entrevista, há algumas semanas, a nomeação de Raffaella Petrini, que será também presidente da Comissão Pontifícia para o Estado da Cidade do Vaticano.

Francisco procura uma maior igualdade dentro da Igreja com esta escolha, depois de, no início de Janeiro, ter nomeado também uma mulher, Simona Brambilla, como a primeira prefeita à frente do Dicastério para a Vida Consagrada.

Raffaella Petrini, licenciada em ciências políticas pela Universidade Livre Internacional Guido Carli e doutorada pela Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, ocupava o cargo de secretária-geral do Governatorato desde 2022 e sucederá agora ao Cardeal Vergéz Alzaga.

Numa audiência em Janeiro passado, o Papa disse que a mentalidade “clerical e machista” na Cúria, o governo da Igreja Católica, deve ser eliminada, e que “as freiras estão à frente e sabem fazê-lo melhor do que os homens”.

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