O País – A verdade como notícia

O Presidente do Irão avisou que o ataque lançado no sábado contra Israel foi uma lição contra o inimigo sionista e alerta que qualquer “nova aventura” de Israel irá contar com uma resposta ainda mais dura de Teerão.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou este domingo o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado como uma “medida defensiva” e de “legítima defesa”, numa resposta “às acções agressivas do regime sionista [Israel] contra os objectivos e interesses do Irão”, nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.

Segundo escreve a DW , o presidente do Irão deixou ainda um recado a Israel, alertando que, caso Telavive ou os que apoiam aquele país “mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta”.

“Durante os últimos seis meses, e especialmente durante os últimos 10 dias, o Irão usou todas as ferramentas regionais e internacionais para chamar a atenção da comunidade internacional sobre os perigos mortais face à inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas [ONU], diante das contínuas violações do regime sionista”, referiu.

O Irão “considera a paz e a estabilidade na região como algo necessário para a sua segurança nacional” e, nesse sentido, “não poupa esforços para restaurá-la”, referiu.

O exército israelita anunciou, hoje, a reabertura de escolas que tinham sido fechadas no sábado, por razões de segurança face às ameaças do Irão.

Depois de avaliar a situação, “foi decidido retomar as actividades educativas em todo o país” a partir de segunda-feira, sujeitas. Anunciaram as autoridades, alertando, entretanto, para a existência de restrições na zona fronteiriça com o Líbano e em localidades próximas da Faixa de Gaza.

Israel anunciou no sábado o encerramento, por dois dias, de estabelecimentos de ensino, o cancelamento de centros recreativos e excursões, bem como restrições a reuniões, perante as ameaças do Irão de retaliar após um ataque ao seu consulado em Damasco.

O Irão realizou um ataque sem precedentes com drones e mísseis contra Israel durante a noite de sábado.

O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, em 01 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

O analista de Política Internacional, Alberto Ferreira, caracteriza o ataque do Irão a Israel como uma atitude perigosa e que pode acelerar a ida a uma guerra mundial. Ferreira acredita que a continuidade dos ataques pode levar os EUA, a França e a Alemanha, aliados de Israel, a reagirem.

Abriu-se, este domingo, uma nova página na tensão política e militar entre Israel e Irão, arrastada desde 1979, e que elevou os níveis com o suposto ataque israelita a uma embaixada iraniana em Damasco.

O Irão decidiu avançar com um ataque militar, com recurso a centenas de mísseis e drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, danificando, pelo menos de acordo com a última atualização, uma base militar israelita localizada no Sul do país.

“Esta situação pode despoletar a terceira guerra mundial, se não houver controlo das emoções com relação a tudo isto. O Irão já é um inimigo antigo dos Estados Unidos da América, e este, sendo um aliado de Israel, pode associar-se” ao país, causando “uma guerra maior. Esta atitude é perigosa para todo o mundo,” avança Alberto Ferreira, analista de Política Internacional.

Caso decida reagir militarmente, Israel poderá ser obrigado a lutar em duas frentes, tendo em conta a guerra contra o grupo palestianino Hamas, uma situação para a qual, segundo Alberto Ferreira, o país demonstra estar preparado.

“Não há modo algum de enfraquecer o Israel tanto que ele vai-se organizando e vai, naturalmente, retaliar sem dúvidas, mas como não sabemos. Acredito que nos próximos dias, muito provavelmente poderão ditar o estado normal, dados os níveis da retaliação.” prevê.

O ataque estava previsto há vários dias, e Israel decidiu fechar as escolas e o espaço aéreo, a partir deste domingo.

Israel ainda não respondeu aos ataques, mas o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, dirigindo-se à nação, expressou esperança no apoio dos EUA, Reino Unido, França e outros países.

Os Estados Unidos da América e a França também já reagiram, condenando fortemente a atitude do Irão, que a caracterizam como imprudente e ameaça à estabilidade regional.

“Estou profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região. Tenho enfatizado, repetidamente, que nem a região nem o mundo podem suportar outra guerra.” le-se numa publicação feita na página oficial do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na rede social X.

Israel bombardeou, hoje, o Vale de Bekaa, um reduto do grupo xiita Hezbollah no leste do Líbano, longe da fronteira comum, num contexto de crescente tensão regional depois do ataque do Irão contra o Estado judaico.

Segundo escreve o Notícias ao Minuto, o bombardeamento teve como alvo a aldeia de Nabi Chit, no distrito de Baalbek, uma zona que já tinha sido alvo de vários ataques durante os últimos dois meses de combates.

De acordo com a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa, os projéteis atingiram um edifício na localidade, que ficou destruído com o impacto, enquanto as forças de segurança isolaram a área, sem que tenham sido registadas vítimas até ao momento.

A acção ocorre depois de o Irão ter lançado um grande número de mísseis e drones contra Israel na noite passada, em resposta ao bombardeamento de há duas semanas que destruiu o consulado iraniano em Damasco e matou sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais proeminentes.

O Líbano lidera a lista dos países com maior risco de serem arrastados para uma potencial escalada regional decorrente deste ataque sem precedentes, uma vez que o Hezbollah – um aliado próximo do Irão – tem estado envolvido em intensos confrontos com Israel há mais de meio ano.

O ex-Presidente dos Estados Unidos da América e candidato às eleições deste ano, Donald Trump, manifestou no sábado o apoio a Israel, e considerou que o ataque do Irão não teria ocorrido se estivesse na Casa Branca.

Os Estados Unidos apoiam Israel!”, escreveu Trump, na sua rede social, Truth Social.

Estes comentários contrastam com as críticas recentemente expressas sobre Telavive, nas quais considerava que Israel estava a perder a guerra da comunicação pública e disse não ter a certeza se gostava da forma como o país estava a agir contra o movimento islâmico Hamas.

Os seus últimos comentários vão ao encontro do que foi expresso no sábado pelo colega conservador Mike Johnson, líder da Câmara Baixa dos Estados Unidos da América (EUA), considerando que o actual Governo contribuiu para a ofensiva iraniana.

O ataque iraniano surge como resposta a Israel pelo ataque ao consulado iraniano em Damasco, em 01 de Abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana e seis sírios, além de ter destruído o edifício anexo à embaixada de Teerão, que era residência do embaixador iraniano.

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se, hoje, de emergência, a pedido de Israel, após o Irão ter lançado mais de 200 drones e mísseis contra território israelita.

Tencionamos realizar a reunião amanhã [hoje] às 16h00″ (22h00 em Maputo), disse aos jornalistas um porta-voz da missão diplomática maltesa, que detém a presidência do Conselho de Segurança em Abril.

O Irão lançou na noite de sábado um ataque com drones contra Israel a partir do seu território.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, “de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista” contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de Abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

É destaque na imprensa internacional o ataque do Irão a Israel, com centenas de drones e mísseis balísticos e de cruzeiro.

Segundo o Observador, a Guarda Revolucionária iraniana confirmou o lançamento de drones contra Israel e garantiu tratar-se de uma retaliação após o recente ataque israelita que destruiu o consulado do Irão em Damasco, na Síria. O ataque foi coordenado pela cúpula das forças armadas iranianas, seguindo ordens do Conselho Supremo de Segurança Nacional.

O Observador avança que os israelitas, com a ajuda dos norte-americanos na região, intercetaram alguns drones no espaço aéreo da Síria.

Os mísseis balísticos e drones entraram no espaço aéreo israelita por volta das 2h (uma hora em Maputo) e foram direccionados a várias regiões do país, incluindo Jerusalém. O sistema de defesa aérea de Israel conseguiu interceptar quase todos os dispositivos. No entanto, uma criança de 10 anos ficou ferida e em “estado grave” depois de ter sido atingida pelos detritos de um míssil interceptado pela defesa aérea.

Para o Hamas, que segundo Observador reagiu através de um comunicado, citado pela Reuters, o grupo islâmico que está em guerra contra Israel desde Outubro de 2023 defendeu que o ataque iraniano é um “direito natural” e uma “resposta merecida”.

O Hamas argumenta que o ataque israelita contra o “consulado iraniano em Damasco” e o “assassínio de vários líderes da Guarda Revolucionária” levaram a esta resposta do Irão.

A China manifestou-se “profundamente preocupada” com o ataque do Irão contra Israel. Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citado pela Reuters, avança Observador, Pequim pediu às “partes” em conflito para “manter a calma” e “evitarem uma escalada”

“A China apela à comunidade internacional, especialmente aos países influente, para desempenhar um papel em manter a paz regional e a estabilidade”, lê-se no comunicado.

No Irão, nas ruas de Teerão e no Parlamento celebrou-se o ataque contra o Israel. O ambiente foi de festa nas ruas de Teerão durante a madrugada. Várias pessoas saíram às ruas para celebrar os ataques contra Israel.

Autoridades ucranianas reconheceram, hoje, que a situação na guerra está a deteriorar-se consideravelmente, com a intensificação dos ataques russos. O exército russo reivindicou a tomada de uma localidade perto de Avdiivka, a este da Ucrânia,

O comandante das Forças Armadas ucranianas revelou que a Rússia avança em ChasivYar, cidade onde a situação é considerada tensa e difícil, estando sujeita a constantes ataques. 

O Ministério da Defesa russo, por seu turno,  avançou que os seus soldados “libertaram” Pervomaiske da Ucrânia.

Mais de 3.000 trabalhadores mineiros na indústria do ouro na África do Sul estão em risco de ficar em pobreza extrema na sequência da nova reestruturação da mineradora Sibanye-Stillwater.

A mineradora sul-africana Sibanye-Stillwater, anunciou a redução das suas operações e serviços de mineração de ouro na África do Sul, facto que poderá afectar 3.107 funcionários e 915 empreiteiros. A decisão de  redução das suas operações surge na sequência da incapacidade de gestão da empresa, o que está a causar uma grave instabilidade no sector do ouro.

Em março, a mineradora sul-africana reportou um prejuízo anual de dois mil milhões de dólares, em 2023 por não ter conseguido atingir a produção planeada nas minas de ouro Beatrix 1, e a fábrica Kloof 2 que, após o encerramento do poço Kloof 4 durante 2023 teve material de processamento insuficiente disponível para colmatar despesas gerais.

Com esta medida a empresa visa colmatar perdas de produção registadas nas minas de ouro Beatrix 1 e a fábrica Kloof 2, situadas nas províncias sul-africanas de Estado Livre e Gauteng, que empregam mais de 18 mil trabalhadores.

Para o sindicato dos metalúrgicos da África do Sul a reestruturação da sul-africana Sibanye-Stillwater, um dos principais produtores de ouro e minério do mundo, mergulhará vários trabalhadores mineiros na pobreza.

+ LIDAS

Siga nos