O País – A verdade como notícia

As autoridades do Quénia aumentaram hoje o dispositivo de segurança e proibiram manifestações, após mais um apelo da oposição à participação nos protestos semanais contra o alto custo de vida.

Segundo escreve o Notícias ao Minuto, os efectivos estão posicionados em pontos estratégicos da cidade de Nairobi, a patrulhar as ruas da capital do Quénia onde a maior parte dos estabelecimentos comerciais se mantêm encerrados. As ligações ferroviárias entre a periferia e o centro financeiro da cidade encontram-se suspensas.

No domingo, o líder da oposição, Raila Odinga, reiterou o apelo às manifestações contra os efeitos da inflação e que devem realizar-se duas vezes por semana: segundas-feiras e quintas-feiras.

Odinga, derrotado por William Ruto nas últimas presidenciais, em Agosto de 2022, disse que hoje se vai realizar a “mãe de todas as manifestações”.

Há oito dias, os protestos terminaram em confrontos entre manifestantes e a polícia em várias zonas de Nairobi. Na última manifestação, um estudante foi morto a tiro pela polícia e 31 agentes ficaram feridos nos confrontos registados na capital e outras cidades do Quénia.

Mais de 200 pessoas foram detidas, entre as quais altos responsáveis políticos da oposição, tendo a marcha onde se encontrava Odinga sido alvo das granadas de gás lacrimogéneo e dos canhões de água da polícia.

Além de proibir a mendicidade de crianças, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló afirmou, esta sexta-feira, que quer fim de casamentos prematuros, que têm sido uma prática em várias comunidades islâmicas do país.

“Não aceitem o casamento de ninguém. Nenhuma criança do sexo feminino deve ser dada em casamento. Quem vos der em casamento não aceitem, podem vir falar com o Presidente”, declarou Umaro Embaló aos fiéis muçulmanos que rezaram com o Chefe do Estado na Presidência da República, naquela que foi a primeira reza de sexta-feira do mês de Ramadão.

Após perguntar pessoalmente a cada uma das crianças o seu nome, idade e se anda na escola oficial, Embaló convidou-as a negarem qualquer intenção de casamento.

“Quem vos falar em casamento digam-lhe que não querem porque querem ir à escola”, afirmou Embaló a um grupo de crianças do sexo feminino que rezaram pela primeira vez no quintal do Palácio da República e avisou que quem o fizer será responsabilizado pelo Estado.

O Presidente guineense disse que a partir de agora “acabou essa coisa do casamento de crianças com 14, 15, 17 ou 20 anos”.

“As crianças têm de ir para a escola. Na Guiné-Bissau a escola oficial é em português, mas não impedimos ninguém de mandar a sua criança para a escola corânica”, observou Sissoco Embalo, que quer ver as crianças a formarem-se como médicas, engenheiras ou advogadas.

“Olhem-me para estas crianças, bonitas como são, e alguém pensa em dá-las em casamento. Não podemos continuar a aceitar isso”, referiu o Presidente guineense.

Quanto à questão dos talibés, crianças em processo de aprendizagem do Corão, mas que acabam na mendicidade nas ruas de Bissau ou de Dacar, no Senegal, Umaro Sissoco Embaló voltou a assinalar que o fenómeno “tem de acabar” na Guiné-Bissau.

O Presidente guineense avisou que o mestre corânico que mandar qualquer criança para mendigar nas ruas de Bissau “vai ter problemas com o Estado” e que a ordem que deu ao ministro do Interior “é mesmo para cumprir”.

Mais de 300 rebeldes da Frente para a Alternância e Concórdia no Chade (FACT), condenados à prisão perpétua por envolvimento na morte do ex-presidente Idriss Déby Itno, foram indultados hoje por decreto presidencial.

Na terça-feira, mais de 400 rebeldes foram condenados a prisão perpétua no Chade por vários crimes, incluindo a morte do ex-presidente Idriss Déby Itno, ferido mortalmente na frente de combate em 2021.

Segundo o Notícias ao Minuto, os rebeldes foram também considerados culpados por “actos de terrorismo, actividade mercenária e de atentar contra a segurança do território nacional”.

Em Abril de 2021, o então mais poderoso grupo rebelde lançou uma ofensiva a partir das suas bases de retaguarda na Líbia em direcção à capital do Chade, N’Djamena.

O exército anunciou que Idriss Déby Itno, que governava o Chade há mais de 30 anos após um golpe de Estado, tinha sido morto na frente pelos rebeldes, tendo nomeado Presidente um dos seus filhos, o jovem Mahamat Idriss Déby Itno, por um período transitório, à frente de uma junta militar de 15 generais.

No final do período de transição, que acabou por durar mais do que 18 meses previstos, Mahamat Idriss Déby Itno foi reconduzido como Chefe de Estado, após um diálogo de “reconciliação nacional” boicotado pela oposição e pelos rebeldes mais activos.

O presidente dos Estados Unidos garantiu que a China não deu, ainda, uma quantidade significativa de armas à Rússia para combater na Ucrânia.

“Tenho ouvido nos últimos três meses que a China fornecerá uma quantidade significativa de armas à Rússia”, disse Joe Biden numa conferência de imprensa, ao lado do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. “Ainda não o fizeram, não significa que não o farão, mas ainda não o fizeram”, disse Biden, citado pela agência Reuters.

A Organização Mundial de Saúde confirmou a existência de dois surtos graves de Marburg, uma febre hemorrágica de grande letalidade, na Guiné Equatorial e na Tanzânia. Em ambos os países foram registados perto de 20 mortes e dezenas de infecções.

Os surtos do mesmo vírus em dois países cria, segundo a OMS, um contexto de maior facilidade de propagação da doença, tendo já lançado um alerta para uma mais alargada transmissão da infecção.

Na Guiné Equatorial, em comunicado divulgado esta quinta-feira, a OMS confirma que já estão registados oficialmente oito casos da infecção por Marburg, havendo sérias suspeitas em pelo menos mais duas dezenas de situações.

Entretanto, também esta semana, a organização das Nações Unidas que vigia a saúde global, anuncia a confirmação de um surto desta doença na Tanzânia, depois de as autoridades locais terem confirmado laboratorialmente que cinco das oito pessoas com mortes suspeitas estavam efectivamente contaminadas com este vírus.

O vírus de Marburg provoca uma febre hemorrágica grave, com forte índice de letalidade, é considerado pela OMS como sendo de extrema perigosidade e infecta primatas e humanos, sendo transmitido como o Ébola, sendo ambos da mesma família de vírus, de fluídos corporais, relações sexuais desprotegidas e contacto estreito entre indivíduos.

Mas, ao contrário do Ébola, não existem actualmente vacinas aprovadas para debelar esta doença, nem qualquer tratamento antiviral, aconselhando, no entanto, a OMS a um tratamento profissional nas fases iniciais da infecção, especialmente no que diz respeito à hidratação, aumenta de forma substantiva as probabilidades de sobrevivência.

Uma forte turbulência registada durante um voo da TAAG, que fazia a rota Luanda-Lisboa deixou, pelo menos, 10 pessoas feridas. O momento aconteceu durante o período de refeições e provocou o pânico dentro do avião.

De acordo com a imprensa internacional, apenas duas horas depois de o voo sair da capital de Angola, o comandante fez o aviso de turbulência.

À chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, os passageiros foram assistidos ainda dentro do avião.

De acordo com a site da SIC, os ferimentos foram ligeiros e a tripulação prestou rapidamente os primeiros cuidados aos passageiros durante um voo com uma duração superior a sete horas.

Os chefes de Governo da União Europeia aprovaram, esta quinta-feira, um plano que irá permitir enviar milhares de munições de artilharia, incluindo mísseis, para a Ucrânia, nos próximos 12 meses.

Reunidos em Bruxelas para uma sessão de trabalho dedicada à guerra na Ucrânia, os responsáveis dos 27 países deram o seu aval ao pacote de dois mil milhões de euros, aprovado pelos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros no dia 20 de Março.

Segundo um comunicado divulgado recentemente, a entrega vai ocorrer por meio de “aquisições conjuntas e da mobilização de financiamento adequado” e, igualmente, através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, com o objectivo de fornecer um milhão de munições de artilharia num esforço conjunto nos próximos 12 meses, segundo escreve a RTP Notícias.

Falando sobre o acordo, no início da semana, o responsável pela diplomacia da UE, Josep Borrell, apelou os Estados-membros a consagrar a estas aquisições os dois mil milhões de euros alocados em Dezembro ao Mecanismo, um fundo intergovernamental utilizado desde o início da guerra para fornecer armamento à Ucrânia.

De acordo com a mesma fonte, o acordo prevê que mil milhões de euros venham a reembolsar os Estados-membros que recorram aos seus arsenais para enviar as munições necessárias.

As forças ucranianas irão receber também mísseis para a sua defesa antiaérea com entregas previstas até 31 de Maio.

Outros mil milhões de euros vão ser destinados a acelerar novas encomendas e a encorajar os países a unirem esforços para fazer as compras, através da Agência Europeia de Defesa ou em grupos de pelo menos três Estados-membros.

Por videoconferência, o Presidente ucraniano agradeceu aos líderes europeus pela iniciativa. Sabe-se que Zelensky pediu, ainda, aos líderes europeus aviões de guerra modernos e mísseis de longo alcance para auxiliar a resistência ucraniana.

Moçambique, Angola e Guiné-Bissau cometeram execuções extrajudiciais, prisão arbitrária de cidadãos e tratamento desumano protagonizado por agentes de segurança em 2022. A conclusão é do relatório anual do Departamento de Estado Americano sobre os direitos humanos.

A avaliação divulgada esta semana relata violações graves de liberdades fundamentais nos países africanos de língua portuguesa.

O relatório fala de detenção de presos políticos, ameaças e violência contra jornalistas, bem como condições cruéis e degradantes nas prisões, pondo em risco a vida dos reclusos.

Segundo o relatório, Moçambique registou, em 2022, decapitações, desaparecimento forçado de pessoas, violação, escravidão sexual e uso de crianças-soldados.

Neste caso, estas violações são atribuídas aos terroristas que actuam, sobretudo em Cabo Delgado.

O relatório aponta problemas graves de corrupção nos governos moçambicano, de Angola e Guiné-Bissau e, apesar de notar a criação de mecanismos para os combater, diz que a impunidade continua.

Cabo Verde é o único país africano de língua portuguesa que sai quase que imaculado no relatório, notando-se alguns abusos da polícia, mas sem a gravidade dos outros países.

No contexto mais vasto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Portugal tem uma avaliação semelhante à de Cabo Verde, mas Brasil e Timor-Leste são alvos de uma apreciação mais crítica, onde, de acordo com o documento, houve assassínios, tortura, tratamento cruel e degradante por parte do Governo.

Este relatório é elaborado anualmente, por exigência legal do Congresso norte-americano, e abrangeu 198 países.

 

 

Onze pessoas morreram na sequência do sismo que atingiu, na terça-feira, o Paquistão e o Afeganistão, informaram as autoridades dos dois países, citados pelo Notícias ao Minuto.

De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), o terramoto teve uma magnitude de 6,5 na escala de Richter.

O epicentro do sismo, registado às 22h17 (hora local), situou-se a 40 quilómetros a sudeste de Jurm, no nordeste afegão, referiu o USGS.

O porta-voz dos serviços de emergência do Paquistão, Bilal Faizi, informou que mais de 100 pessoas foram levadas para hospitais na região do vale de Swat, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do Paquistão, em estado de choque.

Faizi acrescentou que a maioria teve alta mais tarde do hospital. Nove pessoas morreram quando os telhados ruíram em várias partes do noroeste do Paquistão.

Dezenas de pessoas ficaram feridas no terramoto, também sentido junto à fronteira com o Tajiquistão. O sismo desencadeou aluimentos de terra em algumas das zonas montanhosas.

No Afeganistão, o porta-voz do Ministério da Saúde Pública nomeado pelos talibãs, Sharafat Zaman Amar, disse que pelo menos duas pessoas morreram e cerca de 20 ficaram feridas.

 

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