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A presidente do parlamento da África do Sul, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, foi detida, depois de se dirigir à polícia no âmbito de uma investigação de corrupção sobre factos que remontam ao tempo em que era ministra da Defesa.

Ela deve ser apresentada a um tribunal em Pretória durante o dia, segundo Henry Mamothame, porta-voz do Ministério Público sul-africano, citado pela Agência France-Presse.

A presidente do parlamento sul-africano demitiu-se do cargo na quarta-feira, na sequência de acusações de corrupção pública de mais de 2,3 milhões de rands em supostos subornos em contratos da Força de Defesa Nacional da África do Sul, quando desempenhou o cargo de ministra da Defesa, entre 2012 e 2021.

A demissão ocorreu depois de, na terça-feira, o Tribunal Superior de Gauteng, na capital sul-africana, Pretória, ter rejeitado um recurso urgente da líder do parlamento, para impedir a sua detenção.

A Palestina retomou oficialmente, esta terça-feira, os procedimentos para se tornar um Estado-membro de pleno direito das Nações Unidas, apesar da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Palestina decidiu retomar um processo antigo para se tornar Estado-membro das Nações Unidas. Riyad Mansur, embaixador palestiniano junto das Nações Unidas, dirigiu uma carta a António Guterres, secretário-geral da ONU, pedindo ao Conselho de Segurança, do qual Moçambique faz parte, que analise, dentro deste mês, o pedido de adesão que foi apresentado em 2011. Disse, ainda, que foi a comunidade internacional que decidiu criar dois Estados na Palestina em 1947, e que, por isso, é seu dever, juntamente com o povo palestiniano, completar este processo, admitindo a Palestina como Estado-membro. Segundo a Agência France Press, a carta foi recebida pela presidência do Conselho de Segurança e estão a ser feitas consultas bilaterais para decidir o caminho a seguir.

Dos 193 Estados-membros da organização, 139 já reconhecem o estatuto da Palestina como observador nas Nações Unidas. Na semana passada, Espanha, Malta, Eslovénia e Irlanda anunciaram estar prontos para reconhecer o Estado da Palestina e insistiram num cessar-fogo imediato.

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, revelou que o seu país prevê reconhecer o Estado palestiniano até Julho, antes de iniciar uma visita a três países do Médio Oriente para abordar a situação em Gaza e o conflito israelo-palestiniano.

O Presidente do Senegal, Bassirou Faye, nomeou Ousmane Sonko, opositor excluído das presidenciais, para o cargo de primeiro-ministro do país.

Ousmane Sonko é nomeado primeiro-ministro, de acordo com o decreto lido pelo secretário-geral da Presidência da República senegalesa, Oumar Samba Bâ, na televisão estatal RTS na terça-feira.

“Aprecio a importância da confiança depositada em mim”, disse Sonko citado pelo Notícias ao Minuto.

Sonko, de 49 anos, que propôs a candidatura de Faye depois de a sua ter sido invalidada, anunciou que um novo governo será formado nas próximas horas.

Horas antes, Faye tinha sido empossado como Presidente, numa cerimónia que contou com a presença de outros líderes da região, e na qual jurou cumprir fielmente as funções e observar escrupulosamente as disposições da Constituição e das leis, bem como defender as instituições, a integridade do território e a independência do país.

Bassirou Diomaye Faye é o quinto Presidente do Senegal desde que o país se tornou independente de França em 1960, substituindo no cargo Macky Sall, que completou o segundo e último mandato permitido pela Constituição.

Donald Trump conseguiu evitar que o Estado lhe confiscasse os bens para cobrar uma dívida. Para tal, o ex-Presidente dos Estados Unidos pagou, esta segunda-feira, uma caução de 175 milhões de dólares num processo de fraude civil em Nova Iorque.

O antigo presidente norte-americano foi condenado pelo Tribunal de Nova Iorque a pagar 454 milhões de dólares, mas recorreu da sentença e alegou que não conseguia pagar um valor tão elevado de caução.

Para evitar que o Estado lhe confiscasse os bens, Donald Trump pagou, esta segunda-feira, uma caução de 175 milhões de dólares.

Com esta caução, a cobrança da dívida de Donald Trump, de 454 milhões de dólares, fica suspensa e o Estado já não pode ficar com seus bens enquanto decorre o recurso que interpôs, nos termos do processo judicial.

A decisão foi emitida pelo tribunal de recurso estadual onde Trump procura anular a decisão de um juiz de primeira instância, que a 16 de Fevereiro determinou que o empresário cometeu fraude financeira ao mentir sobre a sua riqueza para obter favorecimento em negócios.

Trump considerou este julgamento uma conspiração politicamente motivada pelos democratas, a quem acusa de tentar esvaziar os cofres da campanha presidencial republicana para enfrentar o Presidente em exercício, Joe Biden.

 

Ao tomar esta decisão, o país vizinho Malawi, passa a ser o terceiro país africano a introduzir a PrEP injectável, depois da África do Sul e Zimbabwe. A primeira fase experimental vai abranger as cidades de Blantyre e Lilongwe, onde as infecções por HIV são em elevado número, de acordo com o Ministério da Saúde local.

Segundo escreve a imprensa malawiana, para o arranque do exercício, o país recebeu uma doação de nove mil doses do Governo dos Estados Unidos da América, que será tomada em intervalos de dois em dois meses, o recomendável, uma vez que se estima que o organismo vá permanecer protegido por um período mais longo.

A directora do Departamento de VIH, SIDA e Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Malawi, Rose Nyirenda, disse aos jornalistas que, após a administração da vacina nas zonas mais críticas, o próximo passo compreenderá a distribuição da vacina em 41 unidades hospitalares do país.

“Antes de serem vacinadas, as pessoas passarão por uma entrevista para se perceber se pertencem a um grupo de alto risco de infecção pelo HIV”, explicou Rose Nyirenda, afirmando ainda que é a vacina é crucial para garantir que o país reduza o índice de HIV/SIDA, que é uma ameaça à saúde até 2030.

De acordo com o Inquérito de Avaliação do HIV com base na população do Malawi, o país reduziu a incidência da doença de quatro por mil pessoas em 2016 para duas por mil pessoas actualmente.

A Organização das Nações Unidas alertou, este domingo, que a segurança no leste da República Democrática do Congo, RDC, deteriorou-se ainda mais desde as eleições gerais de Dezembro passado, com o Movimento 23 de Março, M23, a expandir-se no território congolês para níveis “sem precedentes”.

Segundo a imprensa internacional, que cita os meios de comunicação da RDC, a expansão do M23 está a agravar, ainda mais, a crise humanitária do país e, substancialmente, o número de deslocados.

Os rebeldes tomaram o controlo das estradas que ligam o resto do país a esta cidade estratégica com mais de um milhão de habitantes e onde se encontram numerosas organizações não governamentais internacionais e instituições da ONU.

A ONU apela à retirada de “todas as forças estrangeiras que operam ilegalmente” em território congolês e ao desarmamento dos grupos rebeldes.

O Movimento de 23 de Março também conhecido como Exército Revolucionário Congolês é um grupo militar rebelde baseado em áreas orientais da República Democrática do Congo (RDC). O M23, predominantemente de etnia tutsi, tem vindo a assumir territórios ricos em minerais.

A guerra e a falta de alimentos na Faixa de Gaza continuam, mesmo com a celebração da Páscoa.

O Egipto recebeu, este domingo, uma delegação israelita para uma nova ronda de conversações numa tentativa de garantir uma trégua com os governantes do Hamas em Gaza.

As negociações, mediadas pelo Qatar, o Egito e os Estados Unidos da América, foram retomadas há uma semana, após um longo impasse, embora o Hamas tenha voltado a impor, como condições, um cessar-fogo “integral” na Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados e a retirada das tropas israelitas, algo que Israel voltou a qualificar, na terça-feira, como exigências “delirantes”.

França, Egipto e Jordânia acordaram trabalhar em conjunto para alcançar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, anunciou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjouré, numa conferência de imprensa no Cairo com os seus homólogos egípcio e jordano.

Desde o início da guerra, 32.782 palestinianos foram mortos e 75.298 feridos, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. Só nas últimas 24 horas, os ataques israelitas mataram 77 palestinianos em Gaza.

Duas pessoas morreram e cerca de duas mil ficaram desalojadas, devido a incêndios que ocorreram em bairros de lata, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Ainda são desconhecidas as causas do fenómeno.

“Um homem e uma mulher ficaram gravemente queimados e foram declarados mortos pelos médicos”, disse o porta-voz do Serviço de Bombeiros e Salvamento da Cidade do Cabo, Jermaine Carelse, em comunicado citado pelo Notícias ao Minuto.

Dois dos incêndios ocorreram na noite de sábado e outro na madrugada deste domingo. O maior, na cidade de Mfuleni, 30 quilómetros a sudeste da Cidade do Cabo, destruiu cerca de 150 casas improvisadas, deixando mil pessoas desalojadas.

O Papa Francisco falou de todas as todas as aspirações de paz destruídas pela crueldade do ódio e pela ferocidade da guerra, perante cerca de seis mil pessoas, na vigília pascal na Basílica de São Pedro, em Roma.

De acordo com a agência France Press (AFP), o Papa pronunciou-se também contra as “pedras da morte” e “os muros do egoísmo e da indiferença”, enquanto presidia à vigília pascal, um dia depois do cancelamento, em cima da hora, da sua participação na Via-Sacra, que reacendeu questões sobre a saúde debilitada de Francisco.

O Papa não mostrou sinais de cansaço durante as duas horas e meia de celebração solene, na qual fez uma homilia de cerca de 10 minutos, em italiano, segundo escreve o Notícias ao Minuto.

No final da cerimónia, Francisco percorreu o corredor da basílica, em cadeira de rodas, sorrindo, cumprimentando e abençoando algumas pessoas que ali se encontravam.

Na sexta-feira, em cima da hora da Via-Sacra, o Vaticano anunciou que o Papa afinal não iria presidir àquela celebração, “para preservar a sua saúde, tendo em vista a vigília de sábado e a missa de domingo de Páscoa”, seguindo-a a partir da Casa Santa Marta, onde reside.

No ano passado, o Papa Francisco não presidiu à Via-Sacra, devido ao frio intenso que estava em Roma, numa altura em que recuperava de uma bronquite que o obrigou a ser hospitalizado.

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