O diferendo entre o ex-treinador do Matchedje de Maputo, Manuel Casimiro, e o presidente da Associação Black Bulls, Junaid Lalgy, poderá fazer parte da história. As duas partes andaram desavindas no ano passado, por conta das alegadas injúrias e difamações proferidas pelo técnico ao patrono da Black Bulls. Por conta disso, Lalgy moveu um processo contra Casimiro.
O caso foi até ao Tribunal Judicial Distrital da Machava. Apesar de ter ganho a causa, Manuel Casimiro reconhece que agiu no calor da emoção ao proferir acusações ao presidente da Black Bulls.
“É verdade que já houve a sentença e fiquei satisfeito por ter sido absolvido. Porém, não estou satisfeito por ter ido à barra do tribunal por uma situação que poderia ter evitado e por causa de algumas pessoas que estão no futebol para prejudicar os outros”, explica Manuel Casimiro. Anota ainda “acredito que o senhor Lalgy ouviu coisas que eu nunca fiz. É por essa razão que ele não conversou comigo e preferiu meter o caso no tribunal”, acrescentou.
Manuel Casimiro assegura não ter algo contra o presidente da BLack Bulls, a quem, tal como diz, nutre um enorme respeito por ser uma figura que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento do desporto moçambicano, particularmente o futebol.
Para sustentar a sua posição, Casimiro esclarece também, que inclusive já veio a público reconhecer o investimento que a ABB tem estado a fazer na componente das infra-estruturas. O técnico entende que, para o bem do futebol, é preciso que haja harmonia entre os seus fazedores. É, aliás, pensando nisso que prefere enterrar o “machado da guerra”.
“Ambos construímos os nossos nomes no desporto moçambicano com muito sacrifício, por isso não vejo necessidade de nos digladiarmos. O futebol sai a ganhar quando os seus fazedores se preocupam, não com intrigas, mas com o seu desenvolvimento. Lalgy sempre terá o meu respeito. Espero, por isso, que nossa relação volte à normalidade”, conclui o técnico responsável pela subida do Matchedje ao Moçambola 2023.