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Produtores de hortícolas em Chókwè clamam por fábrica de processamento

Os produtores de hortícolas e outros produtos frescos, no Regadio de Chókwè, em Gaza, clamam por uma indústria de conservação e processamento, para rentabilizar a cadeia de valor daquela produção na região.

Os produtores afirmam que, por falta de indústria de processamento agrícola, anualmente somam prejuízos enormes, com a deterioração de grandes quantidades da produção, escreve o sítio da Rádio Moçambique.

Dizem que a construção, há cerca de dez anos, do complexo agro-industrial de Chókwè (CAIC) era visto como tábua de salvação, mas a unidade industrial nunca chegou a funcionar devidamente, até à sua paralisação completa, o que continuou a colocar o repolho, couve, pepino, tomate, alface, feijão e batata reno sem mercado para a sua absorção.

Obede Mundlovo, produtor há vinte anos, numa área de 60 hectares, além de diversas hortícolas, espera produzir, na segunda época da presente campanha agrícola, mais de cem toneladas de batata reno, mas diz que o mercado é incerto e receia ter muita perda.

“Vou produzir tomate, pimento, repolho e feijão. A venda é que é um problema, porque vendemos aqui em Chókwè, levamos a Xai-Xai e Maputo, mas esta forma não nos ajuda. Os produtos deterioram-se e, para evitar isso, acabamos por oferecer a custo zero às comunidades”, disse.

Orlando Sitoe, que trabalha numa área de dez hectares, também aponta os mesmos constrangimentos.
Entretanto, o Administrador distrital de Chókwè, Eceu Muianga, tranquiliza os produtores com a promessa de retoma, ainda este ano, das actividades do Complexo Agro Industrial de Chókwè, que garante absorver, pelo menos, o tomate.

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