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O Tribunal de Polícia da Cidade de Maputo está com dificuldades de funcionamento pleno, devido à superlotação das instalações emprestadas pelo Palácio da Justiça. No local, estão alocadas cinco secções, e outras duas funcionam num outro espaço.

Criado pelo Decreto n.º40/93 de 31 de Dezembro, o Tribunal de Polícia da Cidade de Maputo funciona em instalações emprestadas há mais de trinta anos. Durante esse período, a instituição já funcionou em vários endereços e, actualmente, a situação não é das melhores.   Devido a problemas de espaço, os órgãos chegam a não conseguir reunir-se na sua totalidade por falta de comodidade no edifício.

O crónico problema é do conhecimento das autoridades judiciais ao mais alto nível, e a única solução passa por conseguir um espaço para o funcionamento independente da instituição.

A falta de instalações próprias e funcionamento deficitário não é um caso isolado do Tribunal de Polícia. Há muitos tribunais de especialização que funcionam em outras instituições. Na lista cabem, também, os tribunais de trabalho, de pescas, de menor e marítimo.

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Trabalhadores querem que o patronato faça reajustes salariais tendo em conta o actual custo de vida. Na reunião que visava discutir a revisão salarial, hoje, incluindo o salário mínimo, a CTA garantiu que haverá reajuste, já o Governo diz que tudo depende do balanço do desempenho económico.

A Comissão Consultiva do Trabalho reuniu-se esta sexta-feira, para  mais um encontro de conversações entre os trabalhadores, patronato e o Governo sobre o reajuste salarial para este ano, depois de, em 2023, a massa laboral ter visto o seu salário mínimo quase a dobrar, com a Tabela Salarial Única.

Mas para este ano, o reajuste é ainda uma incógnita. 

A Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM Central-Sindical) aguarda ainda pelo balanço do  desempenho económico dos diferentes sectores de actividade, para levar propostas concretas à mesa das negociações.

“Nós ao discutirmos ao nível dos sectores a perspectivas é sempre de aumento salarial. O que temos como certeza é que os sectores de actividade foram a discussão das negociações dos salários mínimos e a partir da altura que se discutem salários num sector de actividade, a expectrativa é enorme tanto para os empregadores, assim como para os trabalhadores.”, disse Clara Munguambe, representante da CTA.  

Ainda assim, os trabalhadores insistem que o salário mínimo base, a ser aprovado, deve corresponder ao necessário para uma cesta básica, a olhar para o custo de vida actual. 

“O salário ideal seria o valor da cesta básica, que custa cerca de 30 mil meticais. Entretanto, nas negociações do salário mínimo, a questão da cesta básica é sempre colocada à parte. O melhor mesmo seria cesta básica porque isso daria a capacidade ao trabalhador de responder a demanda no mercado”, explicou Boaventura Simbide, representante da Confederação Nacional dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique (CONSILMO).

Por sua vez, a Confederação das Associações Económicas (CTA) não tem dúvidas de que os salários serão reajustados. 

“Há acordos em todos os sectores, mas sobre porcentagens ainda não podemos falar porque ainda iremos apreciar. Mas foram alcançados acordos, o que significa que haverá reajuste salarial”, explicou Paulino Cossa, representante do pelouro de Política Laboral da CTA. 

Entretanto, o Governo prefere não avançar se os salários serão ou não reajustados, até que esteja esclarecido sobre a situação económica.

“Precisamos ter alguma paciência para aguardar os resultados que irão sair da plenária da Comissão Consultiva e depois do Governo. O diálogo social no trabalho tem que continuar, para que as empresas em função da sua realidade aprovem o que for possível em diferentes sectores”, referiu Joaquim Siuta, representante do Governo. 

Os pronunciamentos foram feitos esta sexta-feira, à margem de uma reunião da Comissão Consultiva do Trabalho.

Apesar dos choques climáticos que afectaram o tecido produtivo, os primeiros três meses do ano de 2024 foram de estabilidade macroeconómica, a avaliar pelo nível geral de preços, que manteve a tendência de desaceleração, estabilidade cambial e arrecadação de receitas. A avaliação é do Governo, no balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) referente ao primeiro trimestre.

O Balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado referente ao primeiro trimestre de 2024, indica que, “apesar da ocorrência de eventos climáticos extremos, registou-se uma estabilidade macroeconómica interna traduzida pela desaceleração da inflação média para 5,48% de uma projecção do PESOE de 2024, de 7,0%”.

O documento, ainda não disponibilizado para o consumo público, cujo teor foi partilhado na última sessão do Conselho de Ministros, indica, também, o aumento das Reservas Internacionais Líquidas (RIL), para um nível de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais de 4,8 meses e uma estabilidade cambial do Metical em relação às principais moedas de transacção.

Em relação aos impostos, o nível de arrecadação de receitas do Estado no primeiro trimestre foi de cerca de 73,3 mil milhões de Meticais, mais de oito mil milhões face à arrecadação registada em períodos homólogos de 2023.

A despesa do Estado “fixou-se em 97 897,8 milhões de Meticais, o correspondente a uma realização de 17,2%”, de acordo com o documento.

O facto é que o balanço do Governo é contrário, em parte, à leitura feita por outros estudos económicos. Por exemplo, o relatório “Indicadores de Confiança e de Clima Económico” do INE sugere constrangimentos na actividade económica, devido à escassez de matéria prima, dificuldade de acesso ao crédito e dificuldade na colocação de produtos.

Para essa encruzilhada, o economista Octávio Manhique entende não se tratar de disparidade de dados e explica que o impacto dos choques climáticos na economia não se faz sentir de imediato, podendo reflectir nos indicadores do segundo trimestre.

O economista, que falava no programa O País Económico, da STV Notícias, considera ser demasiado cedo para mensurar os efeitos dos choques climáticos, até porque a estabilidade que muitas vezes tem caracterizado o início do ano é efeito da estabilidade do exercício anterior.

“A magnitude do impacto destas últimas enxurradas no sector produtivo ainda está por ser avaliada de forma globalizada. Como se sabe, há um distúrbio que afecta, sobretudo, a agricultura, e isso impacta nos preços dos produtos, e todas as análises projectam uma pressão inflacionária devido às eleições, tensão no médio oriente que pode afectar os preços dos combustíveis e outros choques”, explicou Manhique.

Segundo Manhique, o que se espera é que esses indicadores se deterioram ao longo do ano, e o Banco de Moçambique, através da política prudencial, deve conter a inflação.

Nesta senda, os eventos climáticos, “cuja magnitude não tinha sido projectada”, aliados a choques económicos externos, poderão influenciar a falha no alcance da meta de fechar o ano 2024 com a inflação situada em cerca de 5%, para um nível de até 7%, de acordo com o economista.

Como se pode contornar essa eventual subida da inflação e desequilíbrio económico?

Octávio Manhique sugere a tomada de medidas prudenciais “mais cautelosas” por parte do banco central. “O banco central controla a inflação através da taxa de juro de referência. Temos vindo a acompanhar uma redução gradual. Poderia liberalizar de uma só vez, mas foi gradual. Portanto, deve continuar a fazer esse exercício para minimizar esse efeito negativo”, explicou.

 

CONTA GERAL DO ESTADO

 

Outro instrumento mencionado, esta semana, pelo Governo é a Conta Geral do Estado, de 2023. O instrumento, ainda a enviar ao Tribunal Administrativo e à Assembleia da República, avança que a economia nacional registou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% em 2023, contra 4,2% registados, tendo contribuído para o desempenho positivo dos sectores da agricultura, indústria extractiva e serviços.

As Reservas Internacionais Líquidas aumentaram de três meses programadas no PESOE 2023, para 4,3 meses de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais.

“A arrecadação de receitas em 2023 situou-se em cerca de 326 mil milhões de Meticais, o correspondente a 30% do PIB, contra 28% do PIB registados em 2022. Este desempenho reflecte o impacto das reformas fiscais que visam alargar a base tributária, a diversificação das fontes de arrecadação de receitas e a melhoria da eficiência da Administração Tributária”, diz o Governo.

A despesa do Estado situou-se em 468 242,7% milhões de Meticais e 83,4% das despesas foram financiadas com recursos internos, segundo avançou o Governo.

O Conselho de Ministros avança, ainda, que a taxa de inflação média anual em 2023 situa-se em 7,1%, uma trajectória em desaceleração relativa à taxa média de 10%,3% registada em 2022.

A informação é divulgada pelo Notícias ao Minuto. As forças militares do Burkina Faso mataram 223 civis, incluindo bebés e crianças, em ataques a duas aldeias acusadas de cooperar com terroristas, denunciou a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) num relatório divulgado na quinta-feira.

Os assassínios em massa ocorreram a 25 de Fevereiro nas aldeias de Nondin e Soro, no norte do país, e cerca de 56 crianças estavam entre os mortos, segundo o relatório.

A organização de defesa dos direitos humanos apelou às Nações Unidas e à União Africana para que disponibilizem investigadores para apoiarem os esforços locais para levar os responsáveis à Justiça.

O porta-voz da ONU Stéphane Dujarric declarou que as Nações Unidas não têm qualquer confirmação do ataque, mas acrescentou: “Posso dizer-vos que estes relatos são extremamente, extremamente perturbadores e que iremos analisá-los”.

“Os massacres das aldeias de Nondin e Soro são apenas os mais recentes massacres de civis pelos militares do Burkina Faso nas suas operações de combate à insurreição”, afirmou a diretora executiva da HRW, Tirana Hassan, num comunicado.

“A assistência internacional é fundamental para apoiar uma investigação credível sobre possíveis crimes contra a humanidade”, sublinhou.

O outrora pacífico Burkina Faso tem sido devastado pela violência que opõe extremistas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico (EI) às forças apoiadas pelo Estado.

Ambas as partes têm atacado civis, obrigando à deslocação de mais de dois milhões de pessoas, mais de metade das quais são crianças.

A maioria dos ataques não é denunciada nem punida, num país governado por uma liderança repressiva que silencia os dissidentes.

Mais de 20.000 pessoas foram mortas no Burkina Faso desde que a violência ligada à Al-Qaida e ao EI pela primeira vez se abateu sobre o país da África Ocidental há nove anos, de acordo com o Projeto de Localização e Números de Conflitos Armados, uma organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos.

O lançamento oficial dos Prémios Mozal Artes e Cultura vai acontecer na próxima terça-feira, às 16h30, na galeria da Kulungwana, na Estação Central dos Caminhos de Ferro de Moçambique, baixa da cidade de Maputo.

A Gala de premiação dos PMAC terá lugar em Novembro próximo, e mantêm as habituais categorias, nomeadamente: Artes Visuais, Cinema e Audiovisuais, Fotografia, Teatro, Dança, Música, Design de Moda e Vestuário.

Para a presente edição, o concurso pretende alargar o nível de alcance da divulgação e, consequentemente, solidificar a participação de artistas de todo o país, reforçando a divulgação do regulamento e a interacção directa com os potenciais candidatos aos Prémios nas diferentes áreas.

Os prémios enquadram-se na responsabilidade social da Mozal e nos propósitos da Associação Kulungwana, ao premiar o melhor jovem artista em cada uma das sete (7) categorias, anualmente.

Assim como na última edição, os concorrentes poderão ter acesso ao regulamento geral e os regulamentos específicos (por categoria) através das redes sociais e plataformas virtuais da Kulungwana, que regem a submissão de propostas e lançam os critérios para a avaliação das candidaturas.

A Kulungwana – Associação para o Desenvolvimento Cultural – e a Mozal, através de candidaturas anuais, acreditam que os prémios poderão contribuir para o mapeamento de novos artistas nacionais ainda desconhecidos e para reunir, ao longo do tempo, uma amostragem dos melhores trabalhos e talentos jovens moçambicanos, podendo através desta recolha abrir espaço a novas oportunidades para os nomeados e vencedores.

Desde a sua criação em 2018, os Prémios Mozal Artes e Cultura conseguiram criar um ambiente de grande expectativa no mundo das artes, o que impulsionou um novo dinamismo e estímulo à competição dentro de cada categoria, ambos factores promotores de crescimento cultural e de desenvolvimento da qualidade, competências e profissionalização nas áreas artísticas.

 

 

O primeiro-ministro, Adriano Maleiane,  exige da Administração Nacional das Áreas de Conservação, ANAC, acções enérgicas na prevenção e redução de ataques de animais a seres humanos, bem como o combate à caça furtiva.

Maleiane lançou o repto durante a tomada de posse de Pejul Calenga e Severiano Khoy, para os cargos de director-geral e director-geral-adjunto da ANAC, respectivamente.

Aos empossados, Maleiane recomendou a boa gestão dos recursos públicos e a promoção de parcerias público-privadas, para garantir o uso sustentável e rentável da biodiversidade.

O director-geral da ANAC, Pejul Calenga, compromete-se a investir na capacidade técnica para a criação de benefícios económicos para as comunidades, enquanto o director-geral-adjunto do órgão, Severiano Khoy, prioriza a mitigação de ataques de animais.

O novo director-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Pejul Calenga, substitui do cargo Celmira da Silva, exonerada em Julho do ano passado.

A insegurança alimentar agravou-se mundialmente em 2023 e mais de 281 milhões de pessoas precisaram de ajuda devido a conflitos, especialmente em Gaza e no Sudão. A crise também atingiu Moçambique, e em Angola pode piorar.

O número de pessoas em situações críticas aumentou em 24 milhões no ano passado em comparação com 2022, de acordo com o Relatório Global sobre Crises Alimentares, elaborado em conjunto por 16 agências da ONU e organizações humanitárias.

“A guerra, o caos climático e a crise do custo de vida, combinados com uma ação inadequada, significam que quase 300 milhões de pessoas enfrentaram uma crise alimentar aguda em 2023”, diz o relatório divulgado ontem.

No ano passado, cerca de 700 mil pessoas estiveram à beira da fome, incluindo 600 mil na Faixa de Gaza, número que aumentou nos últimos meses devido à guerra entre o Hamas e Israel.

No ano passado, a magnitude da crise alimentar também se agravou em Moçambique, onde 3,3 milhões de pessoas em 72 de 156 distritos analisados “enfrentaram altos níveis de insegurança alimentar aguda”, revela o mesmo relatório.

Três milhões e trezenas mil pessoas (20% da população analisada) enfrentaram altos níveis de insegurança alimentar aguda. “Dois distritos recentemente analisados em Cabo Delgado foram classificados em emergência”, acrescenta o relatório, sublinhando que 200 mil pessoas atingiram esta fase de insegurança alimentar no país em 2023.

A escassez de oportunidades de emprego em áreas afetadas por choques climáticos e conflitos reduziu o poder de compra das famílias, diminuindo o consumo.

Apesar de uma redução do conflito em Cabo Delgado, ataques esporádicos perturbaram os sistemas alimentares locais na província em 2023, sobretudo a partir de dezembro, em que “a insegurança se deteriorou acentuadamente”, aponta o relatório.

A Faixa de Gaza sofre a maior catástrofe alimentar do planeta das últimas duas décadas, alerta o relatório anual da Rede Global contra Crises Alimentares (GNAFC).

Além de Gaza e do Sudão, que sofreu a maior deterioração “devido aos efeitos devastadores do conflito” que eclodiu em 15 de Abril de 2023, outros países que sofrem grandes crises alimentares são Afeganistão, Etiópia, Nigéria, Síria, República Democrática do Congo (RDC) e Iémen.

Em Angola, um milhão e trezentas mil pessoas em Angola (4% da população) enfrentaram níveis elevados de insegurança alimentar aguda em 2023. E segundo o relatório mundial sobre a crise alimentar, a situação deverá piorar em 2024.

“Prevê-se que até 1,5 milhões de pessoas ou 5% da população enfrentem níveis elevados de insegurança alimentar aguda” em 2024, sublinha o documento. O aumento dos níveis elevados de insegurança alimentar aguda em 2024 “reflecte a expectativa de fraca precipitação durante a época de colheita de 2023/24, as baixas reservas alimentares das famílias e a inflação persistente dos alimentos e dos combustíveis”, revela o relatório.

A partir de Maio, os preços dos alimentos aumentaram de forma constante, atingindo quase 22% em Dezembro. “Prevê-se que os novos cortes planeados nos subsídios aos combustíveis venham a inflacionar os preços dos combustíveis”, remata o relatório.

Angola acolhe, no período de 1 a 7 de Julho próximo, a 55.ª Assembleia Plenária do Fórum Parlamentar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), evento no qual o nosso país irá participar.

O encontro vai decorrer sob o lema “O papel dos parlamentos na promoção de políticas de energias renováveis na região da SADC e na criação de um Mercado Energético Regional único”.

Note-se que a região da SADC enfrenta uma crise de energia eléctrica nos últimos anos devido ao aumento demográfico e ao considerável aumento de infra-estruturas industriais na região.

Segundo uma nota de imprensa, os deputados dos 15 países-membros da SADC irão analisar estratégias e acções nos diversos domínios, conforme os seus mandatos constitucionais no domínio legislativo, da fiscalização e controlo, da alocação de recursos, da educação das populações; dos benefícios e vantagens das energias renováveis, tanto para o ambiente quanto para a economia.

No domínio da cooperação regional, os parlamentares querem promover e facilitar a cooperação e a integração regional com recurso às novas tecnologias, criando um ambiente favorável para atrair investimentos, tanto locais como internacionais.

A criação do Mercado Energético Único, segundo a visão dos países membros, poderá acelerar o bem-estar económico e a erradicação da pobreza na África Austral, através da cooperação e harmonização  de políticas e de estratégias regionais.

O FP-SADC é um órgão composto por deputados dos parlamentos nacionais dos Estados-membros.

Criado pela Cimeira da SADC em Setembro de 1997, o fórum é composto pelo presidente da sessão e um máximo de cinco representantes eleitos pelo Parlamento Nacional de cada Estado-membro.

O objectivo deste fórum é proporcionar uma plataforma para apoiar e melhorar a integração regional através da participação parlamentar e promover as melhores práticas a nível do papel dos parlamentos na integração e cooperação regional. 

A vacina contra a Malária poderá ser introduzida no mês de Junho deste ano, no país. A garantia é do ministro da Saúde, Armindo Tiago, que fala de mais de 300 mortes causadas pela doença só em 2023.

Pela primeira vez, a vacinação contra a malária poderá ser introduzida, este ano, no país.

A informação foi partilhada, esta quinta-feira, pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, que falava durante as celebrações do Dia Mundial de Luta Contra a Malária.

A vacina foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde, em Outubro do ano passado,  depois de ser desenvolvida no Reino Unido.

“Esperamos que, se tudo correr bem, em Junho deste ano nós possamos introduzir a vacina contra a malária no nosso país, que vai iniciar-se na província da Zambézia, com a pretensão de expansão para as restantes províncias em 2025. É uma nova ferramenta que se vai juntar com as que já estão em curso”.

O fraco acesso às medidas de prevenção e o deficiente saneamento do meio estão por trás do aumento dos casos da doença.

“Os dados disponíveis mostram que, em 2023, foram registados cerca de 13,2 milhões de casos de malária no nosso país, contra 12,4 milhões notificados em 2022, representando, por isso, um aumento de 7 por cento em termos de casos”, disse Armindo Tiago, que explicou igualmente que os números são preocupantes, apesar da tendência de redução de óbitos nos últimos dois anos, pois “em 2022, registámos 422 óbitos e, em 2023, 356 óbitos”.

O ministro da Saúde destacou, também, o mau uso de redes mosquiteiras como outro factor que contribui para a incidência da malária no país, sobretudo em zonas cujas populações são desfavorecidas.

“A população mais desfavorecida é desproporcionalmente afectada, pois as suas habitações oferecem menor protecção contra os mosquitos, além de terem acesso limitado aos serviços de saúde e informações de prevenção, diagnóstico e tratamento atempado.”

Dados do sector da Saúde apontam que Moçambique é o quarto país com mais casos da Malária no mundo.

Com a vacinação, pretende-se eliminar a doença até 2030.

Este ano, as celebrações do Dia Mundial de Luta Contra a Malária assinalam-se sob o lema “Promover o acesso aos serviços de saúde, equidade de género e direitos humanos para acabar com a malária”.

O Comité Olímpico de Moçambique (COM) considera que a desistência da dupla de vólei de praia, Ana Paula Sinaportar e Vanessa Muianga, da última janela de qualificação para os Jogos Olímpicos compromete as ambições de o país colocar mais atletas da modalidade no evento. O COM depositava muitas esperanças numa possível qualificação.

A notícia da desistência da dupla de vólei de praia, composta por Ana Paula Sinaportar e Vanessa Muianga, da última janela de qualificação para os Jogos Olímpicos continua a suscitar muitas reacções.

É que havia esperanças de a destacada dupla sete vezes campeã da Zona VI conseguir marcar presença neste evento desportivo planetário. O Comité Olímpico de Moçambique é obrigado a rever o seu plano de trabalho, tal como avança o vice-presidente e chefe da missão para os Jogos Olímpicos, Francisco Mabjaia.

“Lamentamos essa situação. O vólei feminino era quase uma certeza nos Jogos Olímpicos, pois sempre acreditámos que poderiam qualificar-se. Essa desistência, por razões que até entendemos, só podemos aprender a lidar com ela”, disse Francisco Mabjaia. Face à desistência da destacada dupla, o Comité Olímpico de Moçambique diz que as atenções estão viradas para a dupla masculina composta por José Mondlane e Osvaldo Mungoi.

“A aposta toda terá de ser com os masculinos, como está a acontecer agora. Ainda ontem (quarta-feira), a dupla viajou para o Brasil, onde vai observar um estágio de quatro semanas, no qual vai ser submetida a trabalhos intensivos antes de atacar a última janela de qualificação”, anota o dirigente.

O Comité Olímpico de Moçambique está empenhado em garantir que mais atletas consigam qualificar-se a esta importante competição.

“Neste preciso momento, temos o judo, que vai participar no campeonato africano. Provavelmente, vá ser a última fase a nível africano, para somarem pontos para verem como é que, depois, ficam no ranking. A nossa expectativa é que, desse campeonato africano, consigam pontos suficientes para nos assegurarem a qualificação”, explica Francisca Mabjaia, anotando ainda que há ainda muitos desafios no boxe.

“No próximo mês, vai começar a última janela de qualificação do boxe na Tailândia. Ainda no princípio do mês, teremos de mandar a selecção do boxe para o estágio que vai, seguramente, no mesmo país”. O Comité Olímpico vai levar quatro atletas de boxe para a última janela, com Rady Gramane à cabeça.

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