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Pelo menos um moçambicano está entre as vítimas hospitalizadas depois de ter sido resgatado dos escombros do prédio que desabou no município de George, na província sul-africana do Cabo Ocidental.

A informação foi avançada por responsáveis de Gestão de Desastres de George, num contacto mantido na noite de ontem com as autoridades consulares de Moçambique na cidade do Cabo.

Em curso estão diligências para a confirmação de uma segunda vítima, também hospitalizada, que se presume ser moçambicana. No entanto, informações avançadas por líderes comunitários, familiares e amigos das vítimas, também num contacto com a Cônsul de Moçambique na cidade do Cabo, indicam a existência de moçambicanos entre as vítimas mortais e entre os 39 trabalhadores que continuam entre os escombros.

Esta contradição dos dados das autoridades sul-africanas e dos familiares pode estar associada ao facto de muitos imigrantes ocultarem a sua real identidade, para conseguir emprego ou escapar de actos de xenofobia.

A polícia de George comprometeu-se a fornecer a lista de todas as vítimas. A Cônsul de Moçambique na cidade do Cabo, Ivete Uqueio, garante que a haver vítimas moçambicanas, vão receber apoio.

Dados actualizados apontam que, até as primeiras horas desta quinta-feira, o número de mortes deste incidente subiu para oito. Estes fazem parte do total de 37 trabalhadores que foram resgatados.

Dos que estão internados 14 estão em estado crítico.À entrada do quarto dia, as equipes de resgate continuam a vasculhar os escombros do prédio que colapsou, na tentativa de encontrar com vida os 38 trabalhadores ainda desaparecidos. O prédio de 5 andares desabou na última segunda-feira. As causas não são conhecidas.

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O Presidente da França fez um novo aviso à Rússia, em reacção à possibilidade de invasão a outros países, afirmando que a Europa não hesitará em usar os meios militares necessários para proteger a paz no continente.

Emmanuel Macron pronunciou-se a respeito, no sábado, sobre os últimos acontecimentos no teatro das operações na Ucrânia, em que a Rússia está em franca vantagem militar. “Temos que dizer em algum momento que, se a Rússia for longe demais, todos os europeus devem estar prontos para agir, para a dissuadir”, frisou, realçando que a “ofensiva está a se aproximar das nossas casas, então devemos estar prontos para isso”, segundo a imprensa brasileira.

O líder francês referiu que o armamento é necessário para proteger o futuro do seu país, afirmando que a França é “uma potência de paz”. Garantiu, nesse sentido, que mais ajuda será enviada à Ucrânia nas próximas semanas. “Não podemos ter certeza porque isso está a acontecer a 1.500 km da nossa casa. Neste momento, a Roménia, a Polónia, a Lituânia e outros países podem ser atacados”, disse, acrescentando “que, se quisermos a paz, ela tem de ser protegida”.

“É por isso que temos que nos armar, é por isso que temos que ser um impedimento confiável às vezes para os nossos adversários, dizendo-lhes, se vocês forem longe demais e ameaçarem os meus interesses e a minha segurança, não descartarei a possibilidade de intervenção”, afirmou Emmanuel Macron.

No final de Fevereiro, o Presidente da França declarou que discutiu com os líderes de alguns Estados-membros da OTAN, incluindo Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Polónia e Reino Unido a possibilidade de enviar forças militares para a Ucrânia, mas não houve consenso.

Moscovo expressou, repetidamente, a vontade de se defender de ameaças à sua segurança, e que responderá, apropriadamente, como no caso da Ucrânia.

O partido Frelimo acusa os gestores do Conselho Municipal da Beira de estarem a fazer aproveitamento político do processo de pagamento das indemnizações aos antigos trabalhadores da extinta empresa dos Transportes Públicos da Beira.

Cerca de uma semana depois de o Município da Beira ter dado início ao processo de pagamento de indemnizações a perto de 200 trabalhadores da extinta empresa dos Transportes Públicos da Beira, actual Transportes Municipais da Beira, tal como noticiou “O País”, a bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira (AMB) veio questionar o processo.

A Frelimo entende que os gestores municipais estão a fazer aproveitamento político deste “dossier”.

“A transferência dos trabalhadores da gestão da empresa ditava que o Conselho Municipal da Beira pudesse, na sua plenitude, arcar com todas as despesas, mas eles foram expulsos. E, hoje, o Conselho Municipal diz estar a pagar. Isso é uma falácia. É uma mentira grosseira para poder ludibriar a opinião pública e aparecer como um bom samaritano no meio do diabo”, acusou Manuel Severino, chefe da bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira.

Severino disse ainda que “é isso que nós pudemos perceber da parte do Conselho Municipal da Beira, neste caso na pessoa do presidente.”
Este processo das indemnizações durou cerca de seis anos para ser encerrado, porquanto a edilidade recusava em assumir a dívida, alegando que a mesma era da responsabilidade do Governo.

Entretanto, após a formalização de um acordo de trespasse assinado em meados de 2017, o processo começou a avançar.
O braço-de-ferro levou o assunto ao tribunal, tendo o órgão decidido que o Município da Beira devia pagar a indemnização no valor de 40 milhões de Meticais.

A informação da saída do clube turco foi partilhada pelo defesa dos Mambas, através do Instagram. Mexer não deixou pistas sobre o seu próximo clube. Os próximos dias, serão determinantes quanto ao futuro do atleta formado no Desportivo Maputo.

Durante a época 2023/24, Mexer representou o Bandirmaspor em 27 partidas, sendo titular em 21 delas. O defesa ajudou a equipa turca a terminar a época na nona posição com 50 pontos, fruto de 13 vitórias, 11 empates e 10 derrotas, em 34 encontros, falhando os “playoffs” de acesso à primeira liga.

Na última jornada da segunda liga turca, no domingo, num jogo que daria acesso aos “payoffs” de ascensão à primeira liga, a turma de Mexer acabou por perder o seu jogo à tangente, resultado que o afastou das eliminatórias, ao mesmo tempo que dava a manutenção ao Adanaspor.

Alguns meses após a sua chegada ao Bandirmaspor, o central moçambicano caiu nas graças do treinador, que acabou por entregar a braçadeira de capitão da equipa, em reconhecimento à liderança do jogador e a sua influência no balneário.

Mexer chegou ao emblema turco ido do Estoril da Praia, de Portugal, clube que representou por apenas uma época. Na sua carreira, após saída de Moçambique para o profissionalismo, Mexer representou, respectivamente, o Sporting, em 2010, sem ter feito um único jogo sequer, Olhanense (2010/11), Nacional (2012 a 2024), Rennes da França (2014 a 2019), Bordeaux da França (2019 a 2022) e Estoril de Praia.

Nesses clubes já disputou 247 jogos, tendo marcado oito golos e feito três assisteências. Viu 44 cartões amarelos e dois cartões vermelhos. Marcou um golo importante na carreira que deu o título da Taça da França ao Rennes, na época 2018/19.

O Ministério Público diz não estar satisfeito com a sua actuação na prevenção e combate ao crime organizado e transnacional. A procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, entende que é preciso reforçar a formação dos magistrados e aprimorar as leis, tendo em conta a sofisticação da actuação dos malfeitores.

Beatriz Buchili fala da necessidade de uma mudança de paradigma na actuação dos magistrados e, para o efeito, a procuradora diz que é preciso garantir a expansão dos órgãos de justiça, como também garantir que os profissionais tenham capacitação e especialização para melhor aplicar e interpretar a lei.

“Na jurisdição administrativa, por exemplo, devemos manter-nos acutilantes na promoção da responsabilização dos gestores públicos nos processos em curso por infracções financeiras, bem como no combate às infracções tributárias e, igualmente, torna-se necessário promover uma cultura de transparência na gestão da coisa pública”, disse.

Outrossim, a magistrada fez saber que, para melhor actuação, o Ministério Público deve optar por intervenções atempadas e proactivas. Buchili garantiu que o sector tem investido na especialização magistratura com vista ao reforço das diferentes áreas de intervenção.

“A especialização que o Ministério Público experimenta, por exemplo, no controlo da legalidade, se mais efectiva, evitaria situações de incumprimento e violação dos planos de urbanização, a venda de produtos contrabandeados ou contrafeitos, com validade expirada e nocivos à saúde pública, entre outros”.

A procuradora-geral da República falava esta segunda-feira, na abertura do 12º Conselho Coordenador do Ministério Público, em que os magistrados foram instados a seguir à risca os princípios éticos e deontológicos.

O Ferroviário de Maputo está a registar o pior arranque nas últimas cinco épocas no Moçambola. Na presente temporada, até à quarta jornada, os “locomotivas” somam um ponto na tabela classificativa e estão na penúltima posição.

A prestação do Ferroviário de Maputo, sob comando técnico do português Sérgio Boris, não tem sido das melhores, na medida em que ainda não encontrou o caminho certo para as vitórias.

O baptismo da nova equipa técnica no Moçambola foi diante do Ferroviário de Lichinga, partida em que os “locomotivas” da capital perderam por duas bolas a uma, no sempre difícil, Estádio 1 de Maio. A história voltaria a repetir-se na segunda jornada, com o Ferroviário a perder por 0-1 na recepção ao Costa do Sol.

Na terceira jornada confirmou-se o enguiço na equipa verde e branca que, mais uma vez, não teve pernas suficientes para suplantar o Baía de Pemba, perdendo a partida por uma bola sem resposta.

Só na quarta jornada é que os “locomotivas” somaram o seu primeiro ponto ao empatar sem abertura de contagem frente ao seu homónimo de Nampula. O Ferroviário está na penúltima posição na tabela classificativa com apenas um ponto.
RECUANDO A FITA

Recuando a fita para 2019, o Ferroviário de Maputo aparece com um registo razoável e longe do actual. Na época em análise, até à quarta jornada os “locomotivas” somavam seis pontos, na terceira posição.

À semelhança desta época, em 2019, o emblema verde e branco começou o Moçambola com uma derrota por 0-1 no terreno da Liga Desportiva de Maputo. O Ferroviário redimiu-se na segunda ronda ao receber e vencer o seu homónimo de Nacala por duas bolas sem resposta. Na terceira, perdeu por 1-2 na deslocação ao terreno do Incomáti de Xinavane mesmo resultado com que venceu o Ferroviário da Beira, desta feita na quarta jornada.

Já em 2021, os “locomotivas” da capital voltaram a ter um registo similar ao de 2019, tendo em conta que até à quarta jornada somavam seis pontos, porém, na quinta posição. Nesse ano, O Ferroviário teve um arranque aos “soluços” cedendo um empate sem abertura de contagem frente à União Desportiva do Songo.

O Desportivo Maputo viria a ser a “vítima” dos “locomotivas”, que venceram a partida por três bolas sem resposta. Na terceira ronda, o Ferroviário consentiu um empate caseiro sem golos perante o seu homónimo de Nacala, mesmo resultado registado na quarta ronda frente à Liga Desportiva de Maputo.

Se nas anteriores duas épocas o Ferroviário de Maputo até à quarta jornada tinha seis pontos, não se pode dizer o mesmo em relação a 2022, em que os “locomotivas” reduziram um ponto.

Nessa época, o começo não foi satisfatório, considerando que o Ferroviário perdeu diante do seu homónimo da Beira por 1-2, tendo-se redimido na segunda jornada ao arrancar uma vitória tangengial (1-0) no embate diante do Incomáti de Xinavane, para, na ronda seguinte, empatar na recepção ao Ferroviário de Lichinga sem golos. Mais um empate na quarta jornada, desta feita frente à estreiante Associação Black Bulls a duas bolas.

Já na epoca passada, o Ferroviário de Maputo voltou a cruzar o caminho dos “locomotivas” de Chiveve, que, à semelhança da época anterior, voltaram a ser superiores, vencendo a partida por 2-0.

Diante do seu público, os “locomotivas” da capital receberam e venceram o Ferroviário de Nampula por uma bola sem resposta, em jogo pontuável para a segunda jornada do certame, fazendo deste modo as pazes com os seus adeptos.

O Ferroviário de Maputo não consegiu manter a senda vitoriosa na terceira ronda, perdendo a partida diante da Associação Desportiva de Vilankulo, no Alto Macassa, por 0-1, mesmo resultado com que venceu a União Desportiva do Songo na quarta jornada. Até à quarta jornada, o Ferroviário somava seis pontos na sétima posição.

A equipa orientada por Sérgio Boris continua longe dos lugares do pódio na tabela classificativa, numa época em que investiu na contratação de novos jogadores depois da “vassourada” de quase metado do plantel de 2023. Perante esse quadro negro de resultados a impaciência da massa associativa “locomotiva” começa a subir de tom. O Ferroviário de Maputo não vence o Moçambola desde 2015.

O Nacional da Madeira do internacional moçambicano Witi confirmou, ontem, o regresso à primeira liga portuguesa faltando uma jornada para o término da segunda liga, após vencer o Tondela por 3-2.

Três épocas depois, o Nacional da Madeira voltará a fazer parte da elite do futebol português. Desde a época 2020/21 que a equipa madeirense vem perseguindo esse sonho. O Nacional da Madeira entrou para a penúltima jornada da segunda liga que dá acesso à prova-rainha com apenas um objectivo: vencer!

Os “alvi-negros” tinham pela frente o Tondela, equipa que, mesmo não estando nos lugares cimeiros, não tem facilitado a vida dos seus adversários. O Nacional não tremeu, tendo conseguido cumprir com o objectivo traçado para a presente temporada.

Os “alvi-negros” entraram a perder, tendo nos minutos iniciais sofrido uma grande penalidade, bem convertida pela formação do Tondela. Minutos depois a equipa madeirense empatou através de Jesús Ramírez. Carlos Daniel colocou o Nacional à frente do marcador.

Witi voltou a ser determinante, ao assinar uma assistência para o segundo golo da sua equipa. Tudo parecia correr bem à equipa “alvi-negra”, mas um erro de Danilovic que cometeu uma grande penalidade e permitiu que o Tondela empatasse.

Apesar de muita tensão e ansiedade à mistura, o Nacional não perdeu o foco, pois o objetivo era de festejar o regresso à Liga Portugal. No último lance do encontro, na sequência de um livre lateral, ajudado pela passividade defensiva dos caseiros, Carlos Daniel marcou e a festa foi maior. A uma jornada do fim da segunda liga, o Nacional soma 68 pontos.

O internacional moçambicano, que na presente época foi uma das peças-chave na sua equipa voltará, assim, a disputar a primeira liga portuguesa.

O extremo de 28 anos de idade chegou ao Nacional da Madeira em 2015 transferido da Liga Desportiva de Maputo. Witi faz parte da pré-convocatória de Chiquinho Conde para a dupla jornada dos Mambas diante da Somália, no dia 7 de Junho, no Estádio Nacional do Zimpeto, e Guiné Conacri, no dia 10.

Em contrapartida, o Desportivo de Chaves do internacional moçambicano, Ricardo Guimarães, Guima, foi despromovido à Segunda Liga depois de perder diante do Famalicão por uma bola sem resposta, em jogo da 33.ª jornada da maior prova futebolística de Portugal.
Com a derrota, os “flavienses” ficaram sem hipóteses de alcançar o lugar de “playoff” de manutenção, visto que continuam na penúltima posição com apenas 23 pontos em 33 jogos.

Depois de, durante o sabado, ter sido noticiado que 37 pessoas morreram devido ao desastre natural ocorrido na Ilha de Sumatra, no Oeste da Indonésia, actualizações mais recentes dão conta que subiu para 41 o número de mortos.

Os deslizamentos de terra e inundações são comuns durante a estação chuvosa na Indonésia. Desta vez, os distritos de Agam e Tanah Datar foram atingidos por inundações repentinas e fluxo de lava fria, desde a noite de Sabado, segundo informações avançadas pela Agência de Busca e Resgate de Basamas.

A Agência local de desastres também tornou público, nesta Segunda-Feira, que continuam desaparecidas dezessete pessoas, que 84 unidades habitacionais e 16 pontes foram afetadas pelos deslizamentos de terra vulcânicos, com inundações em quatro distritos, incluindo a Regência de Agam.

A utilização de armas pesadas matou 27 pessoas e provocou centenas de deslocados em apenas dois dias de confronto entre as forças do Governo sudanês e os movimentos armados aliados contra o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF). A revelação foi feita este domingo, em comunicado, pela ONU.

De acordo com o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, são dados decorrentes de um conflito que recomeçou no dia 10 de Maio em Al-Fasher, capital do estado sudanês de Darfur do Norte.

A maior parte dos deslocados fugiu do Leste e Noroeste de Al-Fasher para as zonas do Sul da cidade e, segundo a ONU, apesar de se estar longe, há temores de um iminente perigo.

Esta situação segue-se a uma vaga de mais de 40 mil deslocados no interior de Al-Fasher no início de Abril, quando o “conflito entre tribos” eclodiu no meio de confrontos entre as RSF e o exército em diferentes partes do Darfur do Norte.

Outra preocupação da ONU é que a violência, não só destes últimos dois dias, como também dos últimos anos de conflito, limitou “severamente” o acesso da ajuda humanitária a Al-Fasher.

Até agora, em 2024, apenas 39 camiões tiveram acesso através de pontos de passagem transfronteiriços como Tine, que liga o Darfur ao Chade, e onde os veículos com 1500 toneladas de bens não alimentares aguardam há semanas.

Al-Fasher é a única capital dos cinco estados de Darfur que não é controlada pelas RSF, mas a ofensiva paramilitar para tomar esta localização estratégica ameaça mais de 1,5 milhões de pessoas, incluindo cerca de 800 mil deslocados, de acordo com a ONU.

Mais de 170 transportadores e revendedores de materiais inertes que desenvolvem as suas actividades nas proximidades da Praça da Juventude, em Magoanine, estão num braço-de-ferro com o Município de Maputo, que quer a sua remoção daquele local para dar espaço às obras de construção da terminal rodoviário e oficinas de transporte.

Removidos dos seus antigos locais de trabalho para darem espaço à requalificação da Praça da Juventude, em 2021, os mais de 170 vendedores informais de areia e pedra estão, agora, de frente com uma outra batalha. O facto é que o Município de Maputo decidiu, na última quinta-feira, voltar a precipitá-los no sentido de se retirarem do local onde foram colocados, para dar lugar a um projecto municipal que já vai atrasado.

Após três anos desenvolvendo as suas atividades no interior do recinto localizado nas proximidades da Praça da Juventude, que em tempos teria sido desqualificado como cemitério municipal, os informais foram dados apenas 48 horas para se retirarem do local.

“Com a falta de emprego que há no país, viemos neste negócio na vertente do tal auto-emprego que falaram que deveríamos abraçar, mas é incrível que as mesmas pessoas que nos orientaram a entrarmos nesta esfera, são as mesmas que hoje chegam para nos escorraçar, é lamentável.” lamenta Pedro Algi, vendedor e transportador de inertes.

Os homens dizem fazer a vida a meio a perseguições promovidas pelo governo municipal da cidade de Maputo, uma entidade responsável pela sua tranquilidade e dos seus negócios. “Nós também somos pessoas, não negamos as decisões do governo, só queremos que eles nos cedem um espaço para o desenvolvimento das nossas actividades”, reclama Rogério Langa um dos encarregados dos vendedores informais.

Aliás, antes do decreto para a retirada em menos de três dias, o Município de Maputo havia dado um prazo de uma semana para o efeito, e uma vez não respeitada a indicação, o director dos transportes municipais da capital, escalou o local, portado do decreto final.

O Conselho Municipal de Maputo diz não reconhecer os transportadores e revendedores de inertes uma vez que as actividades não são contempladas na postura municipal, e avisa que o reassentamento é também um plano provisório. Segundo o director de Mobilidade e Transportes, Nelson Massango, os vendedores estão a desenvolver actividades de forma ilegal, sem pagar nenhum imposto ao govero local.

“A cidade não foi feita para estaleiros, estes empreendimentos são desenvolvidos fora da cidade de Maputo. Se eles estão ali, o município abriu a mão por um tempo, na expectativa de estarem ainda a se organizar,” reagiu o representante do município.

Os visados afirmam que em 2021, logo após a sua retirada da Praça da Juventude, submeteram pedidos ao município para formalizar as suas actividades e indicar um outro local para exercerem as suas actividades, mas a edilidade nega ter recebido e diz que esta actividade não está prevista na sua postura.

O referido espaço reservado pelo governo municipal para os mais de 170 transportadores e revendedores de inertes, está localizado junto do quartel de Malhazine, ao longo da avenidas Lurdes Mutola, na zona do Missão Roque, onde os visados não negam mudanças, mas sugerem que o reassentamento englobe a todos, incluindo os que praticam a mesma actividade ao longo da avenida, para evitar a concorrência desleal.

Sábado é o prazo dado para estes vendedores saírem do local, uma vez que as obras de construção do terminal de transporte que já vai atrasado. A guerra entre este grupo e o Município de Maputo chega num momento em que o actual edil da capita do país afirma não fazer parte da sua agenda expulsar vendedores informais.

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