Faróis da Lucrécia II*
Por: Nito Ivo Próximo ao período da troca de turnos, aí pelas seis horas e meia da manhã de um verão severo, cuja noite havia sido abominavelmente escaldante, entediante e encharcada de mosquitos assaz nervosos e insaciáveis de sangue, todos os compartimentos da esquadra policial do bairro foram gradualmente sendo inundados por uma onda […]
Limites
Por: Belchior Eduardo – De quem é o correio electrónico? Perguntou-se Zezinho. Zezinho é um jovem de trinta e tal anos de idade, alto e com um esplendor ambicioso elevado em sua mente, escuro, coloca óculos para minimizar o embate dos raios solares na sua vista resultado de um problema que fora causando uma […]
O Homem
Por: Belchior Eduardo Numa terra longínqua, em um tempo em que ninguém sabe ao certo quando foi, ocorreu algo que chocou a todos, história de um certo homem, protagonista desse sucedido. Um certo homem, de vinte tal anos, altura média, cabelo despenteado, sapatilhas pretas, barbas no rosto, uma calça que arrastava o chão, camisa […]
Um gajo pode pegar céu?
Por: José Paulo Pinto Lobo (dedicado à Fernanda co-protagonista desta história, pelo seu amor às crianças e à Educação) No tempo e nas margens do colonial Chiveve, numa escola com nome de metropolitano governador, um aluno vacila no exame oral do 2º ano liceal. Na resposta correcta a uma pergunta final jogava-se o […]
Das vicissitudes da vida da Teresa Maheu, a Xicanicana …
A Teresa “Maheu” adivinhou que a demora do Mbate em regressar para casa era o augúrio doutra catástrofe na sua vida. Onde aquele passara a noite já sabia, e com quem. E o que sucedera durante a mesma. Assim avisada, preparou-se para o que desse e viesse. Ela aprendera que a felicidade é […]
Hanganazi Wiredu
Por: Belchior Eduardo Para onde vais, pobre homem? Perguntou um nativo carregado de sua enxada nos ombros. Vou à nossa capital Lourenço Marques. Dizem ser uma terra de realizações, uma terra onde o negócio floresce. Dizem também que é vizinha das terras de diamante de Kimberley e de minas, conseguirei realizar o meu […]
Tai, você tens que me dar o teu coração!
Pelo fim das manhãs quem se dirigisse ao mercado do Diamantino não poderia esquivar a vista duma figura que era singular. Tratava-se duma dama a quem o povo alcunhou de “Xicanicana”, o que traduzido à letra significa “a avó da latinha”, porque era em vazilhame de alumínio, de tamanho miúdo, que se servia o xidangwana, […]
A história do “Sebastião”, o professor…
Durante aquela sessão de consumo de xikadju na residência da Eva o Valgi andou um tempinho meio ensimesmado, de boca fechada, como se algo no ambiente o confundisse e preocupasse. Parecia enfadado. Não sorvia os goles da bebida com a celeridade dos outros convivas, mas sim, gole-a-gole, a degustar a leveza e a doçura da […]
Das histórias do “nghulho” no fontenário da Malhangalene e do achado macabro nas traseiras da cantina do Mário…
Naquela sessão de consumo de sumo de caju em casa da Eva o grupo em convívio era diversificado. Dele faziam parte personalidades da vizinhança e convidados doutros bairros, acompanhados pelas respectivas damas, todos ansiosos em passar momentos diferentes, senão inéditos. Cada qual trazia a sua contribuição de um garrafão de bebida. As senhoras esmeraram-se na […]
Entre Linhas do Bairro D
Por: Belchior Eduardo Não encontro uma forma adequada de começar a contar o que aconteceu naquelas ruas. Foi tudo estranho, uma ocorrência que jaz além da compreensão de todos moradores do bairro, até do secretário e chefe do quarteirão. De longe, é muitíssimo estranho. A minha participação começou quando recebi o telefonema de um […]