Um incêndio de grandes proporções destrui um armazém de venda de produtos diversos, no mercado Malanga, na Cidade de Maputo. O Serviço Nacional de Salvação Pública diz que a situação, que causou um ferido, terá sido causada por um curto circuito.
Uma chama causadora de destruição. Um armazém de venda de produtos diversos foi consumido pelo fogo, no mercado Malanga. Tudo começou por volta das 18 horas, desta terça-feira. Do armazém, restou apenas uma ruína, que cai aos pedaços.
“Estava a receber produtos, no sábado, arrumei tudo na segunda-feira. Ontem, terça-feira, aquela hora das 19, ligaram-me para me dizer que ali está a arder. Eu pensei que fosse uma pequena coisa, mas quando cheguei aqui vi que tinha lume por toda a casa, nem recuperei nada”, disse o comerciante António Udoi.
Telma António, que tinha também os seus produtos no interior do armazém, perdeu todos os seus produtos. “Óleo, caldo, açúcar, essas coisas que a gente vende, omo, tudo foi embora. Estou embaixo, aqui onde estou. Produtos da minha nora também foram embora”, lamentou.
Depois de ter estado no local na hora do incêndio, nossa equipa de reportagem regressou nesta quarta-feira e acompanhou in loco que o fogo continuava a arder. O Serviço Nacional de Salvação Pública explica as possíveis causas do incêndio.
“O proprietário assume que houve algum tipo de eletrodoméstico, que estava a funcionar durante a noite e tratou-se mesmo de congeladores, que estavam em funcionamento, o que nos faz presumir, que pode ter havido algum sobreaquecimento ou curto circuito, que poderia ter estado na origem deste incêndio, aliado, como disse, às botijas de gás, num espaço fechado, sem ventilação e com aquecimento, uma vez que as botijas explodem deste modo”, explicou Leonildo Pelembe, porta-voz do SENSAP.
Devido à situação, uma pessoa contraiu ferimentos ligeiros. “Nós temos a indicação de um indivíduo que teve ferimentos ligeiros e foi prontamente encaminhado para a unidade sanitária mais próxima”, avançou.
As botijas de gás que se encontravam no interior do armazém associados ao material precário usado na sua construção terão contribuído para o alastramento das chamas.
“Toda vez que as botijas estiverem num espaço fechado, como por exemplo, nas residências, ao lado dos fogões, e haver um aquecimento neste espaço, originado pelo incêndio, o gás do petróleo liquefeito lá no interior há-de dilatar-se e chegar a um ponto de rompimento, causando explosões, como aconteceu aqui”, disse.
O SENSAP apela ao reforço de medidas de segurança contra incêndio nos mercados.