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Noruega defende que exploração sustentável de recursos marinhos faz-se com leis

Foto: O País

O embaixador da Noruega em Moçambique vai participar da Conferência Crescendo Azul, amanhã e na sexta-feira em Vilankulo, Inhambane, e carrega consigo uma tese: Moçambique deve garantir leis que assegurem a exploração sustentável de recursos marinhos.

A regulação do sector do Mar, de modo que se combata a pesca ilegal e a pirataria marítima é fundamental na preservação dos recursos marinhos, defende a embaixada da Noruega.

“Quando falamos de pesca e recursos marinhos, precisamos pensar numa exploração sustentável e o Governo deve garantir leis e regras que tornem isso possível. Notamos que em Moçambique há uma grande colaboração entre o Governo, academia e o sector privado na realização de pesquisas”, disse Jan Eriksen, conselheiro da Embaixada da Noruega, que falava à nossa reportagem em representação do embaixador do país, para depois acrescentar que “todos esses são agentes importantes para o desenvolvimento sustentável (da economia azul)”.

A Noruega tem larga experiência na aquacultura e entende que esta pode ser, também, uma forma de preservar os recursos do mar. Aliás, aponta outros ganhos como o combate à fome.

“Isto é importante também para a segurança alimentar, desenvolvimento do emprego e desenvolvimento socioeconómico”, diz Erikson, para quem a Noruega ganhou “experiência à medida que a produção foi crescendo, com treino, com organização e fiscalização e isso pode ser muito útil para o desenvolvimento do sector em Moçambique”.

A Embaixada da Noruega defende que a Conferência Crescendo Azul mostra o compromisso de Moçambique em garantir a exploração sustentável dos oceanos e mares.

“Esta conferência é importante por trazer discussões e consciencialização. É interessante ver que Moçambique realiza esta conferência pela segunda vez. Devemos olhar para isto como parte de um longo processo de luta conjunta para o alcance de ganhos económicos”.

A conferência Crescendo Azul vai decorrer sob o lema “Investir na saúde do oceano é investir no futuro do planeta” e tem na agenda de debates os temas “governação e sustentabilidade do oceano, oceano e inovação, rotas do oceano e energia do oceano”.

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