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As cerimónias fúnebres de Arão Litsure decorrem no Paços do Município de Maputo desde às 8 horas desta sexta-feira. Intervindo na cerimónia, o Conselho Cristão de Moçambique lembrou o artista como líder espiritual e presidente dedicado daquela entidade.

Segundo o Conselho Cristão de Moçambique, Arão Litsure soube sempre ser um homem dedicado e que expressou paixão sem limitar a sua missão às reuniões. Trabalhou para as comunidades e para o país inteiro. Por isso, os religiosos acreditam que o artista deixou marcas indeléveis nas pessoas, tendo-se preocupado com as causas humanitárias e de justiça social.

No velório desta manhã, Arão Litsure também foi lembrado como uma voz na luta contra a desigualdade, que sempre se posicionou firmemente ao lado dos desfavorecidos, provando que a fé pode ser poderosa.

Arão Litsure é lembrado como um reverendo que se entregou à música gospel, que considerava expressão da alma. Por isso mesmo, a sua presença como membro júri em concursos de música golpel sempre foi inspiradora para glorificar a Deus. “Unimo-nos em oração com a família, amigos e a todos os que foram tocados pelos seus ministérios… Que a sua alma encontre alegria na celestial harmonia e amor”, disse o representante do Conselho Cristão de Moçambique.

A seguir ao Conselho Cristão de Moçambique, interveio o representante do Grupo Arão Litsure 10 anos depois, que se referiu ao legado do artista que transcende as fronteiras do tempo e do espaço. “Deixou rasto de inspiração, paz e luz”.

Para o Grupo Arão Litsure 10 anos depois, o músico foi um guia cujas palavras marcaram aqueles que buscavam consolo. Era um farol que iluminava aqueles que buscavam a luz da verdade e que elevava a alma das pessoas. Com o artista, a música foi mais do que simples combinação harmónica, foi expressão de fé, amor que toca os seres. Com o artista a música era prece, alegria, gratidão e esperança. “Não cantava apenas com lábios, mas com plenitude do ser. Como compositor, deixa rico legado de cancões que tem muita poesia. Como homem de Deus, partilhou saber com os seus semelhantes. Que a sua música continue a ecoar nos nossos corações. Que a obra seja lembrete da missão que prestou à comunidade e ao país. Devemos continuar a estudar e a preservar os seus feitos”, finalizou o representante Grupo Arão Litsure 10 anos depois.

A União Europeia procede, às 15h30 de hoje, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, na Cidade de Maputo, ao lançamento do projecto Cultiv’arte – projecto de fortalecimento do sector cultural em Moçambique. O projecto é implementado pela Expertise France em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo.

A iniciativa que terá duração de quatro anos conta com o fundo de 5.000.000 euros, e tem como objectivo aumentar a contribuição do sector cultural para o desenvolvimento social e económico, especialmente para os jovens e as mulheres como motores de mudança.

CULTIV’ARTE pretende reforçar a governação e profissionalização do sector, incluindo a utilização de tecnologias digitais, através do reforço das competências dos recursos humanos; apoiar a cooperação e a criação de redes de operadores culturais a nível nacional e internacional (especialmente na região da África Austral e na Europa); e reforçar as capacidades do Ministério da Cultura e do Turismo e de outros organismos públicos descentralizados, a fim de assegurar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do sector cultural.

Os beneficiários directos da acção são intervenientes do sector das indústrias culturais e criativas, incluindo as autoridades públicas, empresários criativos, artistas e profissionais da cultura, bem como organizações da sociedade civil.

O CULTIV’ARTE comporta três pilares, nomeadamente, Programas de Incubação e de Estágios sob medida para jovens, empreendedores e projectos nas ICCs; Programas de Conferências e Fóruns, de Subvenções para projectos de pequeno, médio e grande porte, e de Mobilidade internacional para profissionais da cultura; e Apoio ao funcionamento de Casas da Cultura em quatro capitais de províncias abrangidas pela Acção (disponibilização de equipamentos).

 

O bailarino e coreógrafo Ídio Chichava está entre os cinco finalistas da edição inaugural do maior prémio europeu de dança Salavisa European Dance Award (SEDA), anunciou a Fundação Calouste Gulbenkian de Portugal, segundo uma nota de imprensa.

Juntamente ao moçambicano está a portuguesa Catarina Miranda, a marroquina Bouchra Orizguen, a franco-argelina Dalila Beleza e a anglo-ruandesa Dorothée Munyaneza.

Ao vencedor é garantido uma tourné pelos teatros e festivais membros do prémio e um valor monetário de 150 mil euros, que será entregue após a decisão de um júri que é constituído por três especialistas na dança contemporânea, nomeadamente Nayse Lopes, Mette Ingvartsen e Tang Fu Kuen.

O prémio Salavisa European Dance Award (SEDA) foi lançado no ano passado pela a Fundação Calouste Gulbenkian para distinguir o talento de artistas da dança em todo mundo e como forma de homenagear o coreógrafo Jorge Salavisa (1939-2020).

Para além da Fundação Calouste Gulbenkian, seis importantes instituições juntaram-se para constituir este prémio na apresentação pública do trabalho, designadamente, Maison de la Danse/ Bienal de Lyon (França), Sadler’s Wells (Reino Unido), ImPulsTanz (Áustria) K.V.S (Bélgica), Dansehallerne (Dinamarca).

O coreógrafo Ídio Chichava é tido como artista que mostra Moçambique actual, de gente resiliente e sonhadora, apesar dos infortúnios que o país passa, desde as guerras que assolam Cabo Delgado, no Norte, até às calamidades cíclicas. A sua pesquisa sobre a ocupação de espaços, trabalhando com comunidade da periferia, desempenha uma função estimulante na criação de escrituras de novos vocabulários cénicos.

Com experiência no ramo de improvisação iniciado por renomados coreógrafos e professores como Panaibra Gabriel, Horácio Macuácua, Boyzie Cekwana, Thomas Hauert, David Zambrano e Lia Rodrigues, a jornada artística de Chichava inclui experiências humanas e criativas muito ricas com as companhias CulturArte e Kubilai Khan Investigations, onde explorou a criação In Situ e performance em espaços não convencionais, desde pátios escolares até parques e ruas urbanas.

O último trabalho de Chichava, intitulado “Vagabundus”, apresentado nas celebrações da décima edição do KINANI, que, igualmente acolheu a bienal africana “Danse En Afrique”, foi um dos que ganhou muita notoriedade no seio dos programadores e do público em geral.

O Comissariado Geral de Moçambique para a EXPO 2025 (COGEMO) realiza, desde 7 de Março de 2024, uma campanha de divulgação da EXPO Japão em todas as províncias do País.

Conforme avança a nota de imprensa do Ministério da Cultura e Turismo, a campanha visa partilhar informação inerente à participação de Moçambique naquela exposição universal, e, sobretudo, engajar a todos os segmentos da sociedade para o seu envolvimento no mega evento que irá decorrer em Osaka, Japão, de 13 de Abril a 13 de Outubro de 2025.

A campanha que se materializa através de conferências tem sido orientada por equipas multisectoriais encabeçadas pelo Comissário Geral do COGEMO, Riduan Adamo, e pelo Comissário Geral-Adjunto do COGEMO, Cândido Zaqueu.

Os encontros têm sido realizados com o Governo local (secretários de Estado na província, governadores das províncias, conselhos de representação de Estado na província, conselhos executivos provinciais), instituições de ensino, sector privado, artistas e outras entidades.

Até agora, a campanha já abrangeu as províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Inhambane e Gaza, tendo todas se comprometido a envolver-se na preparação e a participar na EXPO 2025 Osaka.

O Comissário Geral para a EXPO 2025, Riduan Adamo, refere que o trabalho em curso tem em vista o envolvimento de todos actores da sociedade e a identificação dos principais conteúdos do país para exibir no Japão, obedecendo o tema escolhido. Por outro lado, Riduan Adamo expressou a necessidade dos governos locais e o sector privado trabalharem em estreita colaboração para permitir que o país esteja melhor preparado para participar nesta exposição.

O Comissário Geral faz um balanço preliminar positivo do trabalho desenvolvido nas províncias, a avaliar pelo engajamento dos diferentes intervenientes nos encontros já realizados.

A exposição que entrou para a contagem decrescente, no dia 13 de Abril deste ano, terá duas componentes: presencial e virtual. Nesta ordem, o Comissariado estimula a participação de todas as províncias, e nesta fase cada província poderá fazer o levantamento de todas potencialidades que possui e desenhar os conteúdos para apresentar durante a EXPO.

O Pavilhão de Moçambique proporcionará espaço para que cada província exponha as suas potencialidades em todas as vertentes durante o período da exposição.

A EXPO 2025 disponibilizará igualmente oportunidades para o sector privado comercializar os seus produtos e serviços.

A participação de Moçambique constituirá uma oportunidade para junto com outros países e demais participantes de todo o mundo partilharem experiências inovadoras e desenvolverem esforços conjuntos que permitam ultrapassar a crise global provocada pela pandemia da COVID-19 e reflectir sobre a protecção da vida humana, contribuindo para uma sociedade mais justa nas diversas áreas.

Para 2025, foi escolhido o tema global “Projectando a sociedade do futuro para as nossas vidas”, sendo que Moçambique vai participar com o tema: “Educação e trabalho utilizando inteligência artificial e robótica”.

Neste mesmo ano, o mundo estará a apenas cinco anos de 2030, ano em que as Nações Unidas estabeleceram como meta para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tornando-se crucial a intensificação de esforços para os atingir.

Moçambique já participou em sete exposições desta natureza, promovendo as potencialidades e oportunidades de investimentos existentes no país, os progressos registados nos domínios económico, social, ambiental e cultural, estabelecendo parcerias e contribuindo para resolução dos problemas globais que a humanidade enfrenta.

 

A edição 2024 do Prémio Literário Fernando Leite Couto é instituído pela Fundação Fernando Leite Couto, com o apoio do Moza Banco – em  Moçambique – , da Câmara do Comércio Portugual Moçambique e do Município de Óbidos em Portugal. Com o objectivo de estimular a produção de obras literárias da autoria de novos autores moçambicanos, em língua portuguesa, os domínios que têm sido abrangidos são os da poesia e prosa de ficção (romance, novela, crónica, texto dramático e conto). Assim, a organização e gestão do Prémio dedica à edição 2024 do Prémio ao género literário “prosa”.

As obras submetidas a concurso devem ser inéditas e apresentadas em uma cópia digital, em formato word, na extensão máxima de 150 e mínima de 80 páginas, no formato A4, tipo de letra Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1.5 e margens de 2 cm. A submissão dos materiais para concurso deverá ser feita com base no formulário disponível no site da Fundação Fernando Leite Couto, tal com o regulamento do concurso.

As candidaturas devem ser submetidas nos prazos de 16 de Abril corrente até 16 de Maio próximo. As candidaturas fora do prazo estabelecido não serão admitidas.

O(s) vencedor(es) deverão ser anunciados no dia 12 de Julho. Já o lançamento do(s) livro(s) vencedor(es) do concurso deverá ocorrer até ao mês de Setembro.

Ao vencedor cabe como prémio o valor pecuniário de 150.000,00 MT e a edição da sua obra pela Fundação Fernando Leite Couto, com o apoio do Moza Banco em Moçambique. No caso de atribuição ex aequo, os vencedores repartem o valor pecuniário e a Fundação Fernando Leite Couto responsabiliza-se pela edição das obras, com o apoio do Moza Banco em Moçambique.

O(s) vencedor(es) do Prémio receberão, também, da C. Municipal de Óbidos, uma viagem a Óbidos (Portugal), que inclui alojamento, alimentação, transporte terrestre durante a sua estada e uma bolsa, no valor de 500 (quinhentos) euros, para uma residência literária, num período de até 30 (trinta) dias. Esta viagem será programada de forma a que coincida com o Festival Literário Fólio-Óbidos e o(s) vencedor(es) terão a oportunidade de participar e de apresentar a(s) obra(s) ganhadora(s) durante as sessões desse evento literário.

O(s) origina(is)l distinguido(s) serão editado(s) em formato de livro pela Fundação Fernando Leite Couto.

A X-Hub exibi, esta quarta-feira, o filme “Doença da mãe”, do cineasta Gabriel Mondlane. A produção cinematográfica será exibida na sala de projeções da X-Hub, pelas 18h.

O filme narra a história por detrás do cancro da mama que é uma doença que afecta negativamente a saúde da mulher. O filme é um instrumento que contribui para educação e sensibilização das comunidades sobre este tipo de enfermidade.

Após a exibição de a “Doença da mãe”, será realizado uma sessão de debate sobre a temática que o filme apresenta com organizações que lidam com o assunto.

Ainda na X-Hub, no caso esta quinta-feira, o Malhangalene Jazz Quartet, liderado por Orlando da Conceição, apresenta-se a partir das 18 horas.

Espera-se que o momento seja único e que sirva de ponto de partilha de experiências musicais entre músicos estabelecidos e emergentes atrás do jam promovido durante as sessões do X-Jazz Jam Sessions.

 

Na segunda-feira, no Museu Nacional de Arte (MUSART), na Cidade de Maputo, foi inaugurada a exposição “Sim, a música é linda: o caminho do restauro de ‘Trabalho’ (1967) de Malangatana”.

Inaugurada pela Ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, num evento bastante concorrido, estiveram também presentes a família e a Fundação Malangatana, membros do conselho de administração do Absa bank, e respectiva Presidente do Conselho Executivo, Luísa Diogo, membros do conselho consultivo do Ministério da Cultura e Turismo, artistas e promotores culturais e demais convidados.

Eldevina Materula relembrou o carácter didáctico-pedagógico da exposição pelo facto de consciencializar a sociedade em geral, os detentores de obras de arte de referência em particular, sobre a importância e o impacto da realização de acções de restauro, bem como promover e divulgar a competência técnica nesse domínio.

Por outro lado, Luísa Diogo, referiu que o trabalho de Malangatana sempre orgulhou a nação moçambicana e que esta exposição “é uma verdadeira exaltação da herança criativa do artista”, facto secundado por Mutxini Ngwenya, representante da Família e da Fundação Malangatana, quando se refere à qualidade e beleza das obras expostas.

Para o sucesso deste evento, segundo o Ministério da Cultura e Turismo, o MUSART contou com a colaboração de parceiros, como o Absa Bank Moçambique, proprietária do painel que corporiza a mostra expositiva, a Fundação Malangatana, a Moldarte, Amigos do Museu e especialistas nacionais e estrangeiros a nível de restauro.

A exposição estará aberta até ao dia 9 de Junho de 2024.

Esta quarta-feira, pelas 17h30, no Instituto Guimarães Rosa, na Cidade de Maputo, a Kulungwana – Associação para o Desenvolvimento Cultural vai promover uma palestra gratuita para artistas, produtores, gestores e pessoas interessadas em como elaborar e administrar projetos culturais.

Ititulada “Gestão de projetos na cultura – a importância da gestão financeira de projetos culturais” será com a pedagoga, empreendedora criativa e gestora de projetos, Márcia Cardim. Com mais de 20 anos de experiência, 200 projectos culturais realizados e três mil horas de formação para artistas e profissionais que actuam na Economia Criativa em Salvador – Bahia, Brasil – Márcia Cardim vai compartilhar a experiência da sua Residência Académica na Associação Kulungwana, como empreendedora criativa e especialista em projectos culturais que conseguem patrocínios e apoios financeiros através de Leis de Fomento, Editais Públicos e Privados, nacionais e internacionais.

Com entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço, e entrega de certificado aos participantes, Márcia Cardim garante que a palestra será um momento muito gratificante: “Compartilhar a experiência da minha Residência do Mestrado Multidisciplinar e Profissional em Desenvolvimento e Gestão Social (UFBA) com a equipa da Kulungwana superou todas as expectativas. Cheguei a Maputo com o desejo de fazer uma pesquisa académica e fui acolhida por pessoas que acreditam verdadeiramente que a cultura transforma vidas. E, poder colaborar com artistas e produtores de Maputo, para um melhor entendimento sobre a importância da gestão financeira e prestação de contas de projectos culturais será uma alegria”. E  ainda acrescenta: “Durante a minha residência pude conhecer sobre a dinâmica dos apoios financeiros, a forma como o recurso é gerenciado e entrevistar cada sector da Kulungwana. Percebo como é possível e proveitoso ampliarmos os nossos olhares para formas diversas sobre como administrar projetos culturais”.

A Kulungwana é a favor da realização de uma residência social e artística. Para a directora da associação, proporcionar um espaço prático para a troca de experiências, no qual foi possível articular diferentes saberes em uma vivência imersiva, acabou por confrontar a própria experiência da Kulungwana. E complementa: “Vimos o quanto foi importante fazer uma análise crítica e melhor qualificada para conseguirmos investimento financeiro, e o quanto é necessário que demonstremos como os nossos projectos contribuem com resultados sociais. Transformar vidas, seja pelo viés artístico/humanístico ou seja pela geração de emprego e renda que o empreendedorismo imprime, nunca foi tão necessário”.

Durante as duas horas de palestra, serão apresentados os principais problemas que os profissionais da cultura enfrentam para elaborarem, gerirem e prestarem contas de projectos culturais, além de enfatizar quais competências são desejadas para quem faz a gestão financeira e, por último, um passo a passo de como acontece a gestão integrada: desde a concepção do projecto, até à fidelização de patrocinadores.

As cerimónias fúnebres do músico, escritor e reverendo Arão Litsure terão início às 8 horas de sexta-feira, no Paços do Município de Maputo.

De acordo com um comunicado da Associação Moçambicana de Autores (SOMAS), as cerimónias fúnebres vão obedecer três momentos distintos. Primeiro, às 8 horas, será realizado o velório no Paços do Município de Maputo. Já às 10 horas, as cerimónias prosseguem na Igreja Congragacional Unida em Moçambique, localizada no Bairro da Malhangalene. Finalmente, às 13 horas, o enterro será realizado no Cemitério de Lhanguene, sempre na Cidade de Maputo.

O músico Arão Litsure perdeu a vida na madrugada de domingo, vítima de doença, na África do Sul, onde esteve hospitalizado por uma semana. O artista nasceu no Distrito de Panda, em Inhambane. Formou-se em Teologia no Zimbabwe, foi pastor, lançou discos e livros e também presidiu a CNE.

O artista deixou esposa e três filhos.

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