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Projecto África ao ataque…

Pavilhão Arena do Kilamba. Lá em Camama II, a 40 quilómetros da capital provincial de Luanda, renasce o sonho do Ferroviário de Maputo de conquistar África. 

Onde, precisamente, há dois anos o Ferroviário de Maputo conquistou a medalha de bronze na Taça dos Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos, começa dia 10 de Novembro a corrida à conquista da edição 2017 desta prova continental de clubes.

A campanha irrepreensível na fase preliminar da zona VI da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol, que se saldou em seis vitórias em igual número de jogos, abre boas perspectivas de finalmente o Ferroviário de Maputo se impor no continente. 

Finalmente, compreenda-se, porque já ocupou em duas ocasiões o segundo lugar: 2006, em Libreville, Gabão, e 2016, em Maputo. 

O excelente momento de forma que as campeãs nacionais atravessam, alicerçado em convincentes vitórias sobre o Interclube, campeão em título, e 1º de Agosto, seríssimo candidato ao título, dão-nos claras indicações de que a viagem que quarta-feira inicia é em direcção ao título. 

E porque os títulos que ostentam em África são disso claros, não falta bagagem e ambição às jogadoras. Com três títulos conquistados ao serviço do Desportivo (2007, em Maputo, e 2008, em Nairobi, Quénia) e extinta Liga Desportiva (2012, em Abidjan, Costa do Marfim), Anabela Cossa, Inguivild Mucauro e Odélia Mafanela procuram passar a sua experiência às colegas para a conquista da prova. 

Na “nau” há também outras atletas rotinadas e habituadas a ganhar em África. Elizabeth Pereira e Rute Muianga, campeãs africanas de clubes em 2012 (Liga Desportiva), irão emprestar o seu valor no ataque à Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos.

Rute Muianga, de resto, é uma das sobreviventes da equipa que em 2006 ficou em segundo lugar, em Libreville, Gabão, quando perdeu na final com o 1º de Agosto de Angola.

Mas há mais valores. Melhor triplista da fase final da prova em 2015, em Angola, a extremo Ana Suzana Jaime poderá ser uma mais-valia, sobretudo ao nível do jogo exterior. A atleta esteve bem na fase preliminar, em Gaborone, Botswana, onde se destacou como melhor cestinha, com 19 pontos, na vitória do Ferroviário de Maputo diante do Interclube, por 78-73.

Onélia Mutombe e Dulce Mabjaia bases-armadoras, bem como Cecília Henriques e Eleutéria “Formiga” Lhavanguane são outras opções para o técnico espanhol Inaki Garcia. 
Em termos de reforços, conta-se com Sara Chan, melhor marcadora da edição 2015, com 148 pontos, e Gisela Vega, argentina que já representou o Desportivo de Maputo.

Chan esteve integrada no cinco ideal da prova, em 2015, em Angola, juntamente com Maimouna Diarra (1º de Agosto), Ana Suzana Jaime (Ferroviário de Maputo), Leia Dongue (1º de Agosto) e  Italee Lucas (Interclube). Jogadora, por isso, com qualidade, mas que precisa de mostrar o seu valor.

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