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Cerca de 50 pessoas morreram durante o ataque aéreo israelita a um acampamento de deslocados no nordeste de Rafah. Estas informações foram avançadas pelo Ministério de Saúde de Gaza, segundo o qual,  a maioria dos mortos e dezenas de feridos eram mulheres e crianças.

Dois dias depois do Tribunal Internacional ter ordenado a suspensão de ataques militares em Rafah, o exército de Israel confirmou os ataques e disse que atingiu uma instalação do Hamas e matou dois membros do grupo palestiniano.

Um porta-voz do Crescente Vermelho Palestiniano disse que o número de mortos, provavelmente, vai aumentar à medida que os esforços de busca e resgate continuarem no bairro de Tal al-Sultan, em Rafah.

O ataque aéreo foi relatado horas depois de o Hamas ter lançado mísseis de longo alcance a partir de Gaza contra Israel.

Não há relatos de vítimas neste que foi o primeiro ataque com mísseis de longo alcance a partir de Gaza desde janeiro.

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Os moradores de Chamanculo e Mavalane reclamam de uma perturbação resultante de uma poluição sonora, causada pelo som alto de barracas e casas de pastos durante às madrugadas. Os mesmos denunciam que os proprietários não cumprem o horário de encerramento estabelecido por lei.

Com vista à resolução do problema, a Assembleia Municipal de Maputo fez a revisão da postura sobre poluição sonora de 2001, que resultou na Resolução nº 43/AMM/2015 que no artigo 3 denuncia: “Emissões sonoras que constituam poluição sonora, para os que trabalham ou residam nos espaços vizinhos ou circundantes (…) no período compreendido entre às 21:00 e às 6:00”.

Em resposta ao elevado número de queixas, em Março de 2022, a Polícia Municipal decidiu aplicar a lei, isentando apenas os donos de estabelecimentos com licença de “portas-abertas”, isto é, com uma autorização paga que lhes permite tocar alto até a meia noite. Ou seja, quem quiser fazer poluição sonora deve pagar.

“Este postulado vem para colocar limites na questão da emissão sonora”, disse o porta-voz da Polícia Municipal, Mateus Cuna.

Entretanto, parece que o objectivo não está a ser alcançado. Segundo os moradores do bairro de Chamanculo, os proprietários das casas excedem o horário imposto pela lei pertubando o descanso de todos. “Quando chega quinta, sexta, sábado e domingo nós não dormimos. Eles tocam música até segunda-feira às 9horas. Nós estamos cansados”, disse um jovem em anónimato.

Jaime Tovela acrescenta que “essa zona está assim porque tem muitas barracas, há que se ter limite para brincar”.

Os residentes queixam-se que a música e o ambiente de noite têm causado desconforto. “As pessoas fazem necessidades por ai e muitas outras coisas dentro dos carros. Nós estamos fartos disso”, disse um morador de Chamanculo.

O mesmo problema enfrentam os residentes de Mavalane, na capital do país, que também são forçados a conviver com o barrulho provocado pelas casas de pastos, que afecta a sua saúde, principalmente da terceira idade.

“Eu, Cacilda, tenho problema de tensão e quando ouço esse barrulho fico incomodada. E não só eu, tem uma vizinha ao lado que nem sair não saí por causa de doença por esse barrulho”, disse Cacilda Mahumane, residente do bairro de Mavalane.

Um cenário que compromete não só a saúde, mas também os estudos e o trabalho dos que residem nas proximidades. “As crianças atrasam na escola por causa desse barrulho. Porque dormem tarde e principalmente minha família. Mesmo eu atraso no serviço porque durmo 4h ou 5h, na hora que já tinha que acordar para ir trabalhar”, explicou Mariana Anselmo, moradora de Mavalane.

A lei sobre poluição sonora considera ruído todo o som superior a 70 decibéis, unidade usada para medir a intensidade do som. O ambientalista Fraydson Sebastião alerta para os riscos que podem ser causados à saúde das pessoas provocados pelo som acima do recomendado. “A poluição sonora pode causar vários problemas dentre as quais o estresse, depressão, insônia, perda de atenção, dor de cabeça, cansaço, perda parcial de audição e a mais grave: perda total de audição”, explicou o ambientalista Fraydson Sebastião.

Na tentativa de salvaguardar a saúde e tranquilidade pública, a Polícia Municipal, na semana passada, fiscalizou mais de 40 barracas, tendo, metade delas, sido fechadas por tocarem música acima da hora combinada, violando assim a lei.

“Na última semana, nós inspeccionamos cerca de 43 estabelecimentos e fechamos 20 estabelecimentos. 15 foram multados por incumprimento da lei”, explicou Ernesto Zualo, comandante da Polícia Municipal.

Segundo a Inspecção Nacional de Actividades Económicas, maior parte desses estabelecimentos dispõem da licença de “porta-aberta” e, por isso, permanecem até altas horas. Porém, a licença só autoriza a permanência em aberto até a meia noite, sem extensão de tempo.

“Eu tenho licença e nem sei porque estão a fechar”, explicou uma proprietária de um estabelecimento com licença “porta-aberta”.

E por essa razão, nas próximas semanas, a Inspecção Nacional de Actividades Económicas pretende encerrar mais de 20 estabelecimentos. “A INAE tem uma lista de cerca de 23 estabelecimentos com propostas de encerramento e retirada de licença de ‘portas-abertas’ por incumprimento da lei”, revelou Tomás Timba, Porta-voz do INAE.

A Vereação das Actividades Económicas e Turismo do Munícipio de Maputo, através da Direcção Municipal do Turismo, diz que o problema de violação do horário de fecho deve-se à falta de clareza dos donos de estabelecimentos em relação a licença de “portas-abertas”.

“A licença de portas-abertas é uma licença para a extensão do horário de fecho até as zero horas. A licença não é para ficar o dia todo e fazer um vento. Isso requer um outro tipo de licença. E há um problema de interpretação sobre as licenças entre os nossos operadores”, explicou Leonel Matos, da Direcção Municipal do Turismo.

Enquanto os operadores não se esclarecem, moradores de Chamanculo e Mavalane, bem como outros bairros, continuarão sofrendo com a poluição sonora à noite.

Com o objectivo de dinamizar a actividade pesqueira e acelerar o desenvolvimento na província de Nampula, o presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi anunciou que Angoche passará a contar com um novo porto a partir de Julho. O anúncio foi feito este sábado durante a inauguraão do Mercado de Peixe, na zona turística de Chocas Mar, em Mossuril.

De acordo com o presidente será um porto muliti-uso, que numa primeira fase vai compreender a parte de pesca, mas vai evoluir para acomodar a exportação de outros productos incluíndo minerais.

“Nós vamos construir em Julho. Vai ser um porto de pescas construido de forma evolutiva. A primeira fase que vamos lançar terá grande impacto a partir da Baía de Sofala, Pebane até Moma. É uma zona que tem muito peixe e com o novo porto vai facilitar o embarque e desembarque do peixe para os grandes portos.”

Ao futuro porto junta-se a estrada Angoche-Nametil que já está em construção, num troço de cerca de 100 km que vai completar a ligação terrestre entre Angoche e a cidade de Nampula.

Segundo Manuel Rodrigues, governador de Nampula, as duas infraestruturas configuram uma das maiores oportunidades para o desenvolvimeto de Angoche e não só. “Para nós está realização do porto de pesca e as obras de asfaltagem são um marco que irá catapultar o desenvolvimento e completar a cadeia de produção pesqueira na região”, acrecentou.

Nampula tem 10 distritos ao longo dos cerca de 2770 quilómetros de costa do país.

Um homem matou a esposa grávida, no Dondo, provincia de Sofala, depois de um colega o ter informado que estava a ser traído. O indiciado assassinou igualmente seu filho menor, de cinco anos de idade, por razões que não soube explicar.

Movido por ciúmes e informações infundadas, o homem terá assassinado, na madrugada de sexta-feira, a sua esposa grávida de oito meses e um filho de cinco anos.

Tudo começou quando um colega do serviço supostamente informou ao indiciado, sem detalhes, que a esposa estava a trai-lo. Este acrescentou que o colega disse ainda que a gravidez da sua esposa não lhe pertencia.

Este homem começou por violentar o colega e quando este fugiu, começou a agredir a esposa e a asfixiou até a morte. Depois de tudo matou o filho de cinco anos, violentando o menor contra uma parede.

O indiciado confessa o crime e alega que está arrependido.

O colega que supostamente criou esta confusão que culminou com a morte das vítimas nega que tenha sido ele o autor da informação.
O pai da vítima e avó do menor não entende a atitude do genro.

A polícia lamenta o ocorrido e apela a sociedade a sempre recorrer aos familiares ou autoridades de justiça para resolução do problema.

Não há nada que impeça Venâncio Mondlane de fazer uso dos símbolos, roupas, espaços da Renamo, enquanto ele ainda estiver vinculado ao partido. Esta opinião foi partilhada pelos analistas Ricardo Raboco e Luís Nhachote que defendem que a proibição feita a Venâncio Mondlane é apenas uma fuga do debate sobre renovação geracional dentro dos partidos.

Segundo Ricardo Raboco, o grande problema não é o uso da marca Renamo por Venâncio Mondlane, mas existe “um medo mútuo” entre a Renamo e Venâncio Mondlane.
Por um lado, Venâncio Mondlane tem medo, segundo Raboco, de renunciar a qualidade de membro, por isso ainda não o fez. “Se de facto Venâncio Mondlane quisesse desvincular-se da Renamo, já teria feito a partir do momento em que foram vedadas todas as suas possibilidades de participação no congresso”.

Por outro lado, a Renamo não respondeu as expectativas de seus apoiantes e simpatizantes. “Em vez de eliminar o jogo de acções tendentes a uma reconciliação ao nível interno e modernizar a sua estrutura, parece-me, que fez o contrário. Pegou uma pequena elite do partido que foi muito ferroz em termos de discurso e de ataques públicos a figuras que, aparentimente, eram detratoras da Renamo, e todos esses foram carregados para estrutura da própria Renamo, o que provocou a ira dos membros, dos simpatizantes e de boa parte da população eleitoral que via na Renamo uma alternativa, então, expulsar Venâncio Mondlane seria o mesmo que cavar a sua própria seputura”.

Ricardo Raboco acredita que a curto prazo, “veremos esses discursos de ameaças sobre levar Venâncio Mondlane a barra dos tribunais, o que não resultaria em nada, uma vez que, ele é membro do partido”.

Luís Nhachote acrescenta que o foco do debate político é a renovação geracional, mas parece que “a Renamo está preocupada com abonatórios ao seu líder”.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que Vladimir Putin, presidente russo, tem medo do que a cimeira internacional sobre paz pode alcançar. Zelenskyy acredita que o mundo é capaz de forçar a Rússia à paz e ao cumprimento das normas de segurança internacionais.

Afirmou ainda que a cimeira “não permitirá que Putin continue a mentir”, dizendo que ninguém no mundo quer a guerra, exceto o agressor. “O mundo é capaz de forçar a Rússia à paz; a Rússia não tem como se opor à maioria mundial”.

Zelensky também criticou os líderes dos Estados da Ásia Central por não terem concordado em participar da reunião. Questionando qual é o seu medo ou se “têm medo de perder alguma coisa”.

“Têm medo de perder até a sua relação com o Kremlin atual. Isso não ajuda a acabar com a guerra”, criticou Volodymyr.

Até ao momento, 50 Estados já confirmaram a sua participação no evento. os presidentes do Conselho da Europa, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia também farão parte da cimeira .

 

O pugilista moçambicano, Armando Sigaúque, qualificou-se, ontem, para os quartos-de-final da janela de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris 2024, em Bangkok, Tailândia, ao derrotar Allan Oaike, da Papua Nova Guiné, por 5-0.

A vitória do Armando Sigaúque, que compete na categoria dos -57kg, coloca-o mais próximo de garantir a qualificação para as olimpíadas. O pugilista moçambicano volta a combater na terça-feira.

Já Tiago Muxanga (-70kg) estreia-se amanhã diante de Kendu Steven, da Papua Nova Guiné, e Bernardo Marrime (-63.5kg) lutará contra o brasileiro Clesisson dos Santos. Caso vençam, os dois pugilistas voltarão a competir também na na terça-feira.

Rady Gramane (-75kg) será a última atleta a competir, e enfrentará a sul-coreana Suyeon Seyong, na segunda-feira. Recorde-se que Alcinda Panguana é únida atleta do boxe que já garantiu a qualificação para os Jogos Olímpicos.

 

A Polícia da Republica de Moçambique (PRM), na Vila de Songo, distrito de Cahora Bassa, em Tete, funciona sem meios operativos como rádios de comunicação, material informático entre outros instrumentos, facto que tem reduzido a sua capacidade operativa, segundo avança a Comandante Províncial da PRM, em Tete, Ania Mussa.

A polícia da região funciona com um rácio de um polícia para 724 habitantes, o que, para a comandante, reduz a capacidade de combate ao crime dos Agentes.

Face a estas inquietações da polícia, e no âmbito da sua responsabilidade social, a empresa Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) procedeu a entrega de três viaturas, motorizadas e equipamentos informáticos, como forma de contribuir para a melhoria da capacidade operativa dos agentes da polícia e do Serviço de Investigação Criminal (SERNIC).

A PRM e o SERNIC, em Tete, garantem que os meios circulantes e material informático, entregues pela empresa HCB, irão melhorar a sua capacidade operativa no combate à criminalidade na vila de Songo e em outros pontos.

 

Um tribunal das Nações Unidas ordenou que Israel suspendesse os ataques militares à cidade de Rafah, no sul de Gaza. Ao ler a decisão, o presidente do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), Nawaf Salam, disse que as medidas provisórias ordenadas pelo tribunal, em Março, não abordavam totalmente a situação actual em Gaza e que estavam reunidas as condições para uma nova ordem de emergência.

Foi também ordenado, pelo mesmo tribunal, que Israel abrisse a passagem fronteiriça de Rafah, entre o Egipto e a Faixa de Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária necessária para a Palestina.

O caso foi levado ao TIJ pela África do Sul, através de uma medida de emergência, que acusa Israel de orquestrar o genocídio, liderado pelo Estado, contra o povo palestiniano.

Cerca de 800 mil, das mais de um milhão de pessoas refugiadas em Rafah, fugiram da cidade desde que a operação israelita começou, há duas semanas.

O Tribunal Mundial não se pronunciou sobre o mérito dessa acusação, que poderia levar anos, mas rejeitou a exigência feita por Israel de arquivar o caso.

Esta é a primeira vez que o tribunal da ONU disse a Israel para suspender as suas operações militares, visto que, anteriormente, ordenou apenas que fossem evitados actos de genocidio e que fosse permitida a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.

 

O líder da oposição no Congo, Christian Malanga, morto há dias ao tentar chegar ao poder através de golpe de Estado na República Democrática de Congo, esteve no distrito de Guro em Manica para explorar ouro através de um consórcio. Segundo um comunicado da empresa JSM e Filhos o negócio acabou por terminar na justiça.

O povoado de Samora, localidade de Bunga, distrito de Guro foi onde Christian Malanga chegou em 2022 para explorar ouro numa mina pertencente a construtora JSM e filhos, limitada.

Malanga, ao abrigo do acordo com a referida firma, prometeu abrir furos de água para a população, uma acção de responsabilidade social que até anunciou nas redes sociais, mas que não passou de uma simples promessa. Devido ao incumprimento da promessa por parte de Malanga a JSM tiveram de abandonar o local.

O jornal “O País” apurou que há uma área de 15 mil hectares pertencente à empresa JSM e Filhos Limitada e está sob forte protecção policial para impedir que a população extraia recursos de forma ilegal.

Entretanto, a Construtora JSM emitiu este comunicado que confirma ter havido interesses empresariais com Christian Malanga e esclarece que:

“A Construtora JSM & Filhos Limitada, empresa que se dedica à construção civil, prospecção, exploração e venda de recursos minerais, tomou conhecimento de que está a ser acusada de ter ligações com o senhor Christian Malanga, líder da oposição na República Democrática de Congo, morto durante uma tentativa de golpe de Estado naquele país, acto condenável à luz de preceitos democráticos constitucionalmente consagrados.”

Na sequência, a firma explica também em comunicado que houve consenso entre as partes. “Em Novembro de 2022, o Senhor Christian Malanga contactou a Construtora JSM & Filhos limitada, para, no âmbito das actividades normais desta, firmar uma parceria, tendo-lhe sido impostas cláusulas.”, lê-se no comunicado da empresa.

Não tendo cumprido até Janeiro de 2023, altura em que o acordo entraria em vigor, a Construtora JSM & Filhos limitada interrompeu o acordo unilateralmente. Não se conformando, o senhor Christian Malanga tentou trabalhar à revelia, o que levou à intervenção policial e do Ministério Público.

O comunicado termina condenando veementemente a acção de Christian Malanga que resultou na sua morte e reitera que já não tinha qualquer relação consigo desde fevereiro de 2023.

Ao nível da província de Manica, as autoridades a vários níveis desconhecem interesses empresariais de Christian Malanga.

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