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Luís Miquissone: “Voltaremos em grande”

Luís Miquissone, internacional moçambicano que joga no Simba da Tanzânia, diz que a sua rotina mudou drasticamente com a declaração do Estado de Emergência naquele país. Miquissone diz ser importante, em tempos de crise sanitária, não entrar em pânico e observar rigorosamente as medidas anunciadas pelas autoridades de saúde.

Chegou, viu e venceu. Pouco menos de um mês foi suficiente para Luís Miquissone se impor no Simba da Tanzânia, assinando exibições de gala que ajudaram o campeão tanzaniano a acelerar para revalidação do título.

Com uma actuação estrondosa, a 22 de Fevereiro, abriu o caminho para a vitória diante do Simba diante do Biashara United, por 3-1.

Influente, na 25ª jornada, foi o maestro da orquestra um “bis” no embate em que a sua equipa venceu por MMC FC, por 2-0.

Hoje, com a crise sanitária mundial a travar a bola nos relvados de todo mundo e desviar -se do seu fabuloso pé esquerdo, forçando igualmente o cancelamento do campeonato da Tanzânia, Miquissone viu a sua rotina alterar.

Para manter a forma em tempos de distanciamento social, o extremo tem realizado dos treinos individuais por dia com a monitoria da equipa técnica.

“Eu treino sozinho, duas vezes por dia, dentro da minha casa. Observo 45 minutos em cada treino”, explicou o craque.

Miquissone diz ainda que, das poucas vezes que se faz à rua, observa todas as medidas de prevenção contra a pandemia da Covid-19.

“Por exemplo, quando saio para comprar algo no supermercado tento me proteger com máscara. Saio muito poucas vezes para à rua como forma de combater a propagação da Covid-19. Procuro manter contacto com a minha família e distrair-me com play-station”, explicou.

Não entrar em pânico e observar rigorosamente as medidas anunciadas pelas autoridades de saúde são fundamentais para combater o coronavírus e a bola voltar a rolar nos relvados.

“Apelo a todos a seguirem com rigor todas as recomendações das autoridades de saúde. Se nós cumprirmos com as recomendações, observamos o distanciamento social e só sairmos caso se justifique, iremos ultrapassar esta situação”, observou.

Para o “número 11” do Simba, os jogadores estão a reinventar-se e voltarão com muita força quando a crise sanitária mundial provocada pela Covid-19 passar para a história.

“Nós, ainda que de forma condicionada, estamos a trabalhar para voltar em grande. A mensagem que deixo ficar a todos é simples: fé e força”.

Depois de ter sido o segundo melhor marcador do Moçambola 2019 com 19 golos, atrás de Eva Nga, Miquissone cumpre a segunda aventura no estrangeiro ate porque já representou o Mamelodi Sundonws, campeão sul-africano. E esta a dar-se muito bem. A propósito do seu enquadramento no Simba, diz: “É uma oportunidade que não podia deixar escapar até porque fiquei muito tempo a espera da carta chegar para que pudesse me transferir para Tanzânia. Atingi o mesmo nível que atingi nos outros clubes devido a confiança dos colegas e treinador”, frisou.

Hoje por hoje, o pequeno grande jogador arrasta uma legião de fãs no clube que tem dominado o futebol tanzaniano.

Miquissone está radiante com o carinho e calor que a massa associativa e aficionados do Simba tem transmitido.

“Ainda não sou uma referência”, diz, num tom de humildade. E acrescenta: “Espero e quero ser uma referência do clube com tempo.  Estou num bom caminho agora. Tenho muita gente que me segue e gosta de mim”.

Miquissone diz ainda estar ansioso para voltar a representar a selecção nacional de futebol que luta por uma vaga no Campeonato Africano das Nações, CAN-2021.
 

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