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A última vez foi em 2018 com 58 pontos

Foto: O País

Se em 2018 a União Desportiva do Songo conquistou o título com 58 pontos (numa prova disputada por 16 equipas), este ano os “hidroeléctricos” sagraram-se campeões nacionais de futebol com menos oito pontos (com menos quatro formações, ou seja, 12).

Há quatro anos, a União Desportiva do Songo teve que superar um conjunto de adversidades para ser coroada campeã nacional. A começar, primeiro, por uma crise directiva que culminou com a demissão em bloco do elenco então liderado por José da Costa. Antes mesmo de José da Costa abandonar o barco, e numa decisão polémica, Chiquinho Conde foi afastado do cargo de treinador principal por alegados maus resultados. De resto, Conde foi afastado da Taça de Moçambique ainda na fase provincial pelo Chingale de Tete.

Para dirigir o clube interinamente, foi nomeado Lucas Gune, que tratou de contratar a “velha raposa” Nacir Armando, um dos treinadores mais experientes do país. A Nacir Armando, foi-lhe colocado o desafio de fazer uma boa campanha no Moçambola, assim como na Taça CAF.

Não era tarefa fácil. Isto porque, em Setembro, a União Desportiva do Songo tinha pela frente uma bateria de jogos tanto na Taça CAF quanto no Moçambola. A título de exemplo, em Agosto, a União Desportiva do Songo fez cinco jogos do Moçambola e dois relativos à Taça CAF.

Quando Nacir Armando assumiu o cargo de treinador da União Desportiva do Songo, esta formação estava na 6ª posição com menos oito pontos que o Ferroviário de Maputo, 5º classificado. Depois da vitória por 2-0 sobre o Ferroviário de Maputo, em desafio inserido na 22ª jornada do Moçambola 2022, com golos de Mário e Amadu, a União Desportiva do Songo iniciou a recuperação na tabela classificativa da prova.

Seguiram-se empates diante da Liga Desportiva de Maputo (1-1), Ferroviário de Nacala (0-0), vitórias diante do Ferroviário de Nampula (2-1) e Textáfrica de Chimoio (2-1). A União Desportiva do Songo perdeu diante do Ferroviário da Beira (1-0), no caldeirão do Chiveve, em jogo da 27ª jornada, e depois derrotou a ENH de Vilankulo (agora com a designação de Associação Desportiva de Vilankulo), por 1-0, empate com o despromovido 1º de Maio de Quelimane (1-1) e já a fechar, e com o estatuto de campeão, perdeu diante do Maxaquene em casa por (2-1).

A União Desportiva de Songo conquistou o segundo título consecutivo numa temporada atípica, na qual teve duas direcções e igual número de equipas técnicas.

Feitas as contas, a União Desportiva do Songo teve um saldo de 17 vitórias, sete empates e seis derrotas na prova. Há ainda registo de 38 golos marcados e 36 sofridos.

A 2ª volta foi de alta rotação para a União Desportiva do Songo, que conseguiu fazer mais pontos que qualquer outra formação do Moçambola: 28.

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