O País – A verdade como notícia

Juiz nega pedido de Donald Trump para anular julgamento por fraude

Foto: Observador

O juiz do processo por fraude civil contra Donald Trump negou, esta sexta-feira, o seu requerimento para anular o julgamento, rejeitando alegações de preconceito e enviesamento político feitas pelos seus advogados, escreve o Observador.

A defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump instou o juiz Arthur Engoron na quinta-feira a parar o caso com efeitos imediatos, argumentando que tinha prejudicado irremediavelmente o direito do republicano a um julgamento justo por “desvios surpreendentes dos padrões normais de imparcialidade”.

Citaram as suas decisões contra o seu cliente, o proeminente papel do oficial de justiça chefe, as doações políticas do funcionário judicial e a partilha de artigos sobre o caso pelo juiz, com antigos colegas da escola secundária.

“O meu oficial de justiça principal não faz sentenças nem emite ordens, eu sim”, escreveu Engoron, acrescentando que “as minhas sentenças são minhas e apenas minhas”.

Rejeitou ainda que a partilha de artigos através de uma newsletter da escola secundária interfira com a sua imparcialidade e profissionalismo no caso, o qual, recordou, acompanha há mais de três anos, e que pretende concluir.

A advogada de Trump Alina Habba divulgou um comunicado no qual se lia que, “conforme esperado, o tribunal recusou assumir responsabilidades pelo seu falhanço a presidir este caso de forma imparcial e sem enviesamento”, mas garantindo que se manteriam “firmes e a continuar a lutar pelo direito dos seus clientes a um julgamento justo”.

O processo desencadeado pela procuradora-geral Letitia James alega que Trump, a sua empresa e executivos de topo inflacionaram a sua fortuna em milhares de milhões de dólares nas suas declarações financeiras, entregues a bancos, seguradoras e outras entidades para garantir empréstimos e concretizar negócios. Trump e os outros arguidos declararam-se inocentes.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos