O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, prometeu, ontem, no parlamento, a construção de quatro hospitais distritais. Segundo disse, a medida insere-se no quadro da iniciativa presidencial Um distrito, um hospital. Tiago destaca a importância da iniciativa dado que apenas 46 dos 154 distritos do país têm unidades sanitárias.
O segundo e último dia do Governo, no Parlamento, foi reservado às perguntas de insistência dos deputados. O Ministro da Saúde foi o único chamado a regressar ao pódio.
O debate iniciou esta quarta-feira, mas as bancadas parlamentares concluíram que ficaram questões por esclarecer. Perguntas relacionadas à localização geográfica e o número de hospitais construídos, em construção e por iniciar a construção foram colocadas pelos deputados.
Ao pedido dos deputados, esta quinta-feira, Armindo Tiago tomou o microfone e detalhou sobre a construção de hospitais no quadro da iniciativa presidencial Um Distrito, Um Hospital.
A iniciativa lançada pelo Presidente da República, em 2019, previa a construção de 90 infra-estruturas, mas, segundo o governante, dos 154 distritos do país, só 46 têm hospitais distritais.
“É por isso que, no âmbito da iniciativa presidencial Um distrito, um hospital, a visão é garantir que seja acelerado o processo da construção de unidades sanitárias do tipo distritais no país”, explicou Armindo Tiago, que acrescentou os ganhos do projecto.
“Foi concluída a construção dos hospitais distritais de Mulevala, Machaze, Jangamo e Bilene. Estão em construção os hospitais de Meconta, Mopeia, Massinga e está em requalificação o Hospital de Ulónguè. Temos a previsão, para este ano, o início da construção dos hospitais de Larde, Chitima, Marara e Inhassoro”, disse.
Sobre o Hospital Psiquiátrico de Infulene, em Maputo, o único desta especialidade no país, o ministro disse que está em reabilitação. Por outro lado, insistiu, sem avançar datas, que os hospitais provinciais terão máquinas de Tomografia Computadorizada, ou seja, máquinas que recolhem informação detalhada sobre inúmeras partes do corpo humano, incluindo pulmões, ossos, coração e vasos sanguíneos, auxiliando, assim, no disgnóstico de várias doenças.
“O Plano Quinquenal do Governo indica que o Governo deve colocar TAC apenas no Hospital Provincial de Tete, mas o que estamos a dizer é que o Governo vai colocar TAC em todos os Hospitais Distritais”, prometeu, sem dar prazos.
A fechar a presença do Executivo na Casa do Povo, o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, reconheceu que deputados mostraram interesse em buscar soluções para melhoria das condições de vida dos moçambicanos.
O Primeiro-Ministro apelou, por outro lado, a não politização do recenseamento eleitoral.
“No recenseamento, em princípio, não pode haver questões de politização. É um acto muito importante e temos que estimular a todos a se recensear e, depois, vamos para fase seguinte”, disse.
Adriano Maleiane terminou referindo que o sucesso no combate à criminalidade depende da colaboração dos cidadãos.