O indivíduo faz parte de um grupo que envolve alguns funcionários seniores das Alfândegas de Moçambique, despachantes aduaneiros e empresários, implicados no caso de isenções aduaneiras fraudulentas orçadas em mais de 1,2 biliões de Meticais.
O esquema de isenções aduaneiras fraudulentas envolvia alguns funcionários seniores das Alfândegas de Moçambique, despachantes aduaneiros e empresários, que importavam diversos bens e mercadorias sem pagar os devidos encargos aduaneiros.
O indivíduo estava detido na terra do rand havia mais de um ano. O empresário fugiu do país para a África do sul, no ano passado, mas acabou por ser detido pela Polícia sul-africana, em coordenação com a Polícia Internacional (INTERPOL) no aeroporto de Joanesburgo, quando tentava embarcar num voo com destino à Costa do Marfim.
“Consequentemente a esta detenção, as autoridades moçambicanas requereram à África do Sul a extradição deste indivíduo, que culminou com o deferimento do nosso pedido a 13 de Janeiro do ano em curso, através de um despacho exarado pelo ministro da Justiça sul-africano”, explicou Hilário Lole, porta-voz do SERNIC ao nível da Cidade de Maputo.
No caso, denunciado no ano passado pela Procuradoria-Geral da República de Moçambique, além do empresário, mais 28 pessoas são acusadas de mais de 10 crimes, incluindo branqueamento de capitais e associação criminosa.
“Neste momento, seguem-se os processos para a sua responsabilização criminal, assim como a neutralização dos demais indivíduos identificados com autores destes crimes”, acrescentou Lole.
A isenção de encargos aduaneiros esteve orçada em 18,6 milhões de dólares, correspondentes a 1,2 biliões de Meticais e, de acordo com o SERNIC, grande parte dos indiciados já foi detida.