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Pelo quarto-dia consecutivo, não há registo de novos casos do novo coronavírus no país, mantendo-se os 10 registados até à ultima quarta-feira. Ora, um total de 63 pessoas estão a ser monitoradas em Cabo Delgado, por terem tido contacto com a pessoa contaminada pelo novo Coronavírus. 

O nono e o décimo caso confirmados da covid-19 no país foram registados na última quarta-feira. Desde lá até cá os testes realizados pelo Instituto Nacional de Saúde têm dado negativos, é o caso dos 22 realizados nas últimas 24 horas, de acordo com a Directora Nacional de Saúde Pública.

As autoridades de saúde conseguiram localizar 63 pessoas em Cabo Delgado que mantiveram contacto com um dos casos diagnosticados na última quarta-feira e estão a ser monitoradas.

No total, já são 193 pessoas que tiveram contacto com pessoas com a Covid-19 no país e que estão em acompanhamento.

 

 

O dia de homenagem as vítimas da COVID-19 na China coincide com o início do festival anual de limpeza de túmulos numa altura em que milhões de famílias chinesas prestam homenagem aos seus antepassados.

Às 10h locais o país observou três minutos de silêncio para lamentar aqueles que morreram vítimas do novo coronavírus, incluindo trabalhadores da linha de frente e médicos.

De acordo com dados Comissão Chinesa de Saúde, mais de 3.300 pessoas morreram na China continental devido a pandemia, que surgiu na província central de Hubei no final do ano passado.

Para assinalar histórico, governos locais optaram por sistemas online de limpeza de túmulos para permitir que as pessoas prestem homenagem a mártires revolucionários em casa, durante o Festival de Qingming e evitem se reunir em meio à pandemia do COVID-19.

Na cidade de Weinan, província de Shaanxi, noroeste da China, um pequeno grupo de veteranos, autoridades locais e residentes locais prestaram homenagem aos mártires, sexta-feira, em nome de todas as pessoas locais.

No município de Tianjin, no norte da China, as autoridades locais e o cemitério dos mártires começaram em conjunto um evento on-line de limpeza, para que os moradores locais possam depositar flores e solicitar que suas palavras sejam escritas em cartões e penduradas em uma árvore no cemitério.

Enquanto o pior fica para trás na China, o vírus já se espalhou para todos os cantos do mundo desde janeiro, adoecendo mais de um milhão de pessoas e provocando a morte de mais de 55.000.

 

Moçambique registou o primeiro caso recuperado de coronavírus, confirmou este sábado o Ministério da Saúde. Assim, os casos positivos reduziram de 10 para nove e nas últimas 24 horas não houve nenhum caso novo, dos 24 testados.

É uma boa nova para o país. A esperança de recuperação para doentes da Covid-19 é uma esperança confirmada este sábado por Rosa Marlene, Directora Nacional de Saúde Pública, durante a conferência de imprensa de actualização de dados.

Rosa Marlene, Directora Nacional de Saúde Pública esclareceu ainda que as autoridades de saúde vão recomendar o uso de máscara pela população, sem descurar das medidas de precaução já anunciadas.

Relativamente aos contactos do cidadão moçambicano infectado em Cabo Delgado, Eduardo Samo Gudo confirmou que já foram identificadas 30 pessoas que estão a ser monitoradas.
Samo Gudo confirmou ainda que as análises no Instituto Nacional da Saúde são totalmente grátis.

Sem registo de mortes da Covid-19, o país já testou 338 suspeitos, dos quais 24 nas últimas 24 horas, todos negativos. Mas ainda registo de 196 pessoas que estão sob vigilância do Ministério da Saúde.

Município de Maputo e parceiros lançaram este sábado a campanha "Stop COVID-19" visando divulgar mensagens de prevenção contra a contaminação pelo novo Coronavírus nos terminais rodoviários, paragens e nos mercados formais e informais.

O terminal Rodoviário da praça dos combatentes ou simplesmente "xikelene" um dos mais movimentados da Cidade de Maputo colheu este sábado a cerimónia de lançamento da campanha “Stop COVID-19”. Caia chuva ligeira na Cidade de Maputo, o terminal estava cheio de passageiros, não se observava o distanciamento social recomendado para prevenir-se do novo coronavírus. Alberto Machava estava na paragem, melhor no terminal, está consciente dos riscos de manter-se no aglomerado. Mas para ele não havendo transporte não tem como esquivar a contaminação.

Isabel estava na fila de espera pelo autocarro, enquanto não chega a sua vez para embarcar desinfetava as mãos numa acção levada a cabo pelo município de Maputo e parceiro. Ela saúda a iniciativa da edilidade, mas, ela manifesta-se preocupada com o impacto do novo Coronavírus na saúde pública, porque segundo suas palavras há muitas pessoas que não estão a levar a sério as medidas de recomendações contra a contaminação da COVID-19.

O Município de Maputo propõe-se a levar mensagens e acções de prevenção contra a COVID-19 para todos pontos de maior concentração populacional. Hélder Muando Director Municipal de Saúde e acção Social na autarquia de Maputo dirigia a cerimónia e na interacção com a imprensa deixou ficar as seguintes palavras.

"Vamos fazer a desinfecção a 20 terminais e igual número de paragens e todos terminais da Cidade de Maputo, vamos também trabalhar em 15 mercados, este projecto vai consistir a desinfectar dos autocarros e a lavagem das mãos,” disse a fonte que esteve presente na praça dos Combatentes.

E mesmo este sábado muitas pessoas beneficiaram-se da lavagem das mãos e foram recebendo informações de prevenção de como prevenir o coronavírus.
Uma medida que foi saudada por muitos presentes no "Xikhelene".

São cerca de 130 pessoas preparadas para estar a fazer a desinfecção incluindo a mobilização social, onde será caracterizada pela passagem de informação de prevenção contra o OVID-19.

Quanto a observância da lotação recomendada que é de um terço da lotação nos autocarros, o município de Maputo garante a intensificação de acções de fiscalização.

 

O sector da aviação civil no mundo inteiro é dos mais afectados pela COVID-19. E os 19 aeroportos existentes no país já não recebem voos internacionais com excepção do Aeroporto Internacional de Maputo que recebe ainda três voos da Etiópia Airlines por semana. E com o cancelamento de voos e o encerramento de fronteiras é hora de contabilizar os prejuízos.

O Administrador Saíde Júnior do pelouro de Administração, finanças e marketing em entrevista ao Jornal "O País" fez saber que com o encerramento das fronteiras de alguns países e restrição de viagens bem como o encerramento de lojas no recinto dos Aeroportos de Moçambique o impacto está a ser negativo para as contas da empresa.

"De Janeiro a Fevereiro não sofremos de forma brutal, mas em Março, principalmente na segunda semana acabamos sendo afectados. E só em Março tivemos um prejuízo de cerca de 2 milhões de dólares.

Saíde Júnior disse ainda que a administração da empresa já tem desenhado três cenários neste embate económico causado pelo novo Coronavírus.

“Prevemos que se esta situação prevalecer assim as consequências financeiras serão muito mais altas e nos nossos cenários desenhamos três cenários sendo o mais pessimista que durará três meses que a LAM e a Etiópia vão continuar a operar no mercado doméstico a uma demanda de 50% e aí o impacto financeiro da empresa por mês rondará a 3 milhões de dólares”.

Num cenário aceitável achamos que seis meses era um período aceitável, e durante esse período a Ethiopian e a LAM que são as principais companhias áreas vão continuar a fazer voos domésticos e as companhias internacionais principalmente a TAP, A SAA e a Ethiopian Kenya Airways vão retomar timidamente e o impacto financeiro da empresa será de uma perda de 1800 mil dólares mês.

E o cenário optimista será mais ou menos de três meses e aqui pouco a pouco as companheiras aéreas retomam e retomando então, achamos que em três meses teremos um impacto financeiro de 12000 dólares de perda por mês".

Este sábado, assistiu-se a um processo de desinfeção das terminais domésticas e internacionais, o terminal de carga incluindo a parte externa do aeroporto internacional de Maputo, como forma de prevenir a propagação da pandemia. A acção de desinfeção acontece numa parceria entre a empresa Aeroportos de Moçambique e a Lin Limpeza. O gestor desta ultima entidade, Lineu Candeeiro explica a incidência de desinfeção pelos aeroportos.

"Esta acção na medida em que temos alguém que vem infectado toca em algum ponto, nós passamos para desinfetar estes espaços todos. Então as pessoas que fazem a desinfecção de espaços como aeroportos devem estar devidamente equipados e usar o material apropriado.

A empresa aeroportos de Moçambique conta actualmente com 850 trabalhadores a nível nacional e o administrador da empresa garante que ninguém será despedido.

 

Alguns bancos comerciais em Moçambique já começam a reagir ao mercado num cenário que muitos dos seus clientes ressentem-se dos impactos do novo coronavírus ou Covid-19.

Entre as medidas adoptadas pelas instituições financeiras há a destacar as operações em ATM e via canais digitais totalmente grátis, isenção de comissão nas transferências para carteiras móveis, manutenção da taxa de juro “prime” e concessão de uma moratória de até seis meses no reembolso de capital e/ou no pagamento de juros ao clientes que apresentarem digitais.

As medidas diferem de banco para banco e acontecem depois de o Banco de Moçambique ter já lançado três sinais ao mercado na sequência do abalo económico mundial causado pela Covid-19, não sendo Moçambique uma ilha.

O Absa Bank Moçambique, por exemplo, decidiu antecipar, aos seus fornecedores regulares, o pagamento de facturas relativas a serviços a serem prestados ao longo dos próximos três meses. Com a medida, o banco entende que vai “contribuir para uma melhoria da liquidez dos seus fornecedores durante este momento económico desafiante”.

Por outro lado, o Absa Bank Moçambique, em comunicado imprensa, garante que as transacções e consultas em qualquer ATM do país serão totalmente grátis para os clientes do Absa, a partir de 10 de Abril, e por um período de três meses. No mesmo período, não vai cobrar comissão na transferência de fundos entre as contas Absa e as carteiras móveis a que está ligado. Ressalva, entretanto, que todas as transacções efectuadas através dos canais digitais do Absa serão isentas, pelo período previsto, de quaisquer comissões e encargos.

Por seu turno, o BCI decidiu conceder uma moratória de até seis meses no reembolso de capital e/ou no pagamento de juros, aos clientes com financiamento em curso, em situação regular, e que apresentem dificuldades no pagamento das prestações devido aos impactos da pandemia do novo Coronavírus.

“Esta facilidade está disponível para diferentes modalidades de financiamento de curto, médio e longo prazo no BCI e tem subjacente uma decisão simples e rápida. As empresas interessadas em beneficiar destas medidas poderão manifestar o interesse e negociar com o Banco, entrando em contacto com o seu gestor e formalizando a adesão por correio electrónico. Esta forma de comunicação, ainda pouco habitual, foi adoptada com o objectivo de minimizar as necessidades de deslocação ao Banco, conforme recomendado no actual contexto”, lê-se no comunicado BCI.

De acordo com o administrador financeiro do BCI, Manuel Soares, as facilidades ora comunicadas devem vigorar por 6 meses, mas este prazo poderá ser revisto mediante a evolução da pandemia.

O Moza Banco, por sua vez, decidiu manter em 18% a taxa que deve ser aplicada aos financiamentos indexados à taxa de juro "prime". O banco enquadra esta decisão num conjunto de iniciativas que tem para mitigar os impactos negativos da pandemia da Covid-19 nas famílias, empresas, colaboradores e restantes stakeholders.

Entretanto, o Moza recorda que a taxa fixada pelo Moza está abaixo da estabelecida pelo Banco de Moçambique, que está em 18.4%, sendo, para si, um sinal claro da compreensão da situação a que os seus clientes e demais actores estão sujeitos neste momento dominado pelo novo coronavírus.

“Com as pessoas em casa, grande parte delas sem produzir, haverá menos liquidez no mercado, em geral, e nas pessoas singulares, especialmente. Por isso, o banco decidiu minimizar os encargos com as taxas de juro, evitando acrescentar custos a pessoas já com dificuldades”, escreveu a instituição financeira num comunicado de imprensa enviado à nossa redacção.

João Figueiredo, Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, disse, ainda, que “o mais importante é que os clientes consigam perceber que o nosso foco é dar valor ao seu dinheiro e que nós estamos aqui justamente para ajudar nos momentos de abundância e também nos momentos de perda ou calamidade, como o é este actual”.

O Moza entende que, se agravasse a taxa, ganharia mais dinheiro, mas esse não é o foco do banco agora. “Não gostamos de oportunismos, somos um banco de Moçambique e quer contribuir para o desenvolvimento do país, não para o seu empobrecimento”, ajuntou o gestor.  

Tanto o BCI assim como o Moza sugerem aos seus clientes a privilegiar o uso de serviços digitais nas suas operações, podendo dirigir-se aos balcões apenas em casos de absoluta necessidade.

 

"Moza Banco teve em consideração a situação que o país e o mundo

"A Prime Rate resulta de um acordo assinado entre os bancos, através da Associação Moçambicana de Bancos, e Banco Central e que entra em linha com determinados números de factores, sendo da conjugação deste factores que resulta a evolução da Prime, no sentido de subir ou descer. No caso em concreto, houve uma subida de 40 pontos bases resultante da conjugação destes factores, e é, neste contexto, que a Prime Rate acabou por ser fixada em 18.40%. Agora, o que o Moza Banco fez é algo muito simples: teve em consideração a situação que o país vive e que o mundo vive, a pressão que existe a nível empresarial e a pressão que existe a nível da sociedade civil, e decidiu, de forma literária, para os seus clientes adoptar uma taxa relativamente mais baixa que esta que foi fixada. É apenas um sinal que queremos mostrar a sociedade que estamos imbuídos do mesmo espírito nesta luta global contra este vírus que está a tomar conta da atenção nos dias de hoje.        

Esperamos ter um mundo um pouco diferente daquele que temos hoje, depois do coravírus. Um mundo mais solidário, um mundo no qual se inverta a prioridade nos sectores da actividade económica. Esperamos um mundo que a agroindústria passa a ser sector privilegiado ou seja um mundo com novas regras de funcionamento. Neste contexto, o ser humano vai perceber que as regras de higiene são para ser cumpridas a todo momento.

Esta luta não é apenas do mundo empresarial, porque ela tem uma dimensão pessoal ou individual. Cada um de nós tem de tomar uma atitude e tem de ter um posicionamento muito responsável. Os serviços mínimos vão ser assegurados, mas é preciso que todos tenhamos um sentido enorme de responsabilidade no diz respeito a nossa performance individual. Enquanto empresa, nós teremos que enfrentar um desafio enorme e único nas nossas vidas, tendo em conta que é uma experiencia que nenhum de nós viveu antes".          

O Ministério da Saúde admite a possibilidade de uso da cloroquina para o tratamento de casos graves do novo Coronavírus no país. Até aqui, já foram registados pelas autoridades pacientes ligeiros, mas caso surja um doente grave, o Ministério da Saúde (MISAU) poderá usar a cloroquina ou outros medicamentos eficazes usados no tratamento da doença no exterior.

"As tendências mostram que a utilização da cloroquina até agora tem resultados muito bons. Nós também vamos usar em alguns casos. Tudo aquilo que demonstrou ser eficaz e que contribui para uma recuperação rápida e redução da mortalidade, obviamente, que vamos usar", revelou Rosa Marlene, Directora Nacional de Saúde Pública, em Maputo.

Por dia são testados, em média, 15 suspeitos no país, embora Moçambique tenha a capacidade para testar muito mais, ou seja, 600 pessoas. A Directora Nacional de Saúde Pública garante que há trabalhos em cursos para garantir a utilização da capacidade total.

"Os colegas que trabalhar no campo estão a fazer de tudo para que tenhamos um aumento de testagem. E não basta aumentar a testagem, tem de aumentar a nossa capacidade de testagem e neste âmbito, estamos a trabalhar no sentido de descentralizarmos a testagem. Nós queremos que cada centro populacional grande, como Sofala, Nampula e Zambézia, tenham capacidade de fazer a recolha e análise das amostras", referiu Rosa Marlene.

Enquanto isso, as testagens do novo Coronavírus continuam a ser feitas. De quinta para sexta-feira foram submetidas ao teste 15 pessoas suspeitas no país e todos obtiveram resultados negativos, mantendo-se até aquela altura, 10 caos positivos do COVID-19 em todo o país.

Por seu turno, o Instituto Nacional de Saúde reiterou, esta sexta-feira, durante a habitual conferência de imprensa diária de actualização dos dados do COVID-19, que o teste do novo Coronavírus no país é gratuito e os resultados são revelados num período de 24 a 48 horas.

 

Mas não só as máscaras que os vendedores não usam. Alguns não obedecem ao distanciamento de um metro e meio recomendado pelaexecutivo para evitar a contaminação e propagação do novo coronavírus.

 

Logo nas primeiras horas de sexta-feira, as bancas do Mercado Central, na cidade de Maputo, foram ficando cada mais preechidas. Cumpre-se o terceiro dia de Estado de Emergência declarado pelo Presidente da República que, dentre as várias medidas, estabelecimento os horários para o funcionamento dos mercados bem como o uso das máscaras por parte dos vendedores.

“Não consigo usar máscara porque tenho problemas de respiração”, justificou Verónica Alexandre, uma das vendedeiras, no Mercado Central, cidade de Maputo.

E no Mercado Central ainda não se usa máscara, contudo se obedece à distância recomendado no período do Estado de Emergência. “Nós temos uma separação de um metro e meio entre os vendedores conforme a oragização das nossas bancas”, revelou Alifa Mussagy, também vendedeira no Mercado Central.

Mais para o interior da capital do país, há históricos mercados onde tudo se vende e tudo se compra. No Mercado Fajardo, as bancas são de construção precária e quem consegue um pouco de espaço partilha com o outro, ignorando a distância mínima de distanciamento recomendada e o uso da máscara ainda não é uma realidade.

“Não existe um local espaçoso para obedecermos ao distanciamento recomendado”, afirmou categoricamente, Hortência Lourenço, vendedeira no Mercado Fajardo e a alternativa é mesmo partilhar um espaço pequeno. “Aqui somos três e cada um vende os seus produtos. O espaço é pequeno. O mercado também é pequeno, mas conseguimos nos adaptar”, sublinhou Eliana, também vendedeira, no Fajardo.

O outro mercado que não consegue albergar todos os vendedores é o de Xipamanine e ao seu redor vai se criando um ambiente favorável para a contaminação pela Covid-19. A desculpa é quase a mesma. “Já há muito não temos bancas. Alguns têm bancas e nós não. Não usamos máscarss porque temos medo. Apenas lavamos as mãos. Eu não posso aguentar usar máscara. Se eu estivesse doente, talvez usaria, mas não estou para o fazer”, explicou-se Ana Vilanculos, vendedeira no Mercado Xipamanine.

Aos vendedores que não obedecem a distância mínima de um metro e meio, junta-se grande fluxo da população que vai fazer compras nos mercados periféricos da capital do país. 

O executivo impôs como sanção o encerramento dos mercados em caso incumprimento das medidas que ajudem a reduzir o risco de contaminação pela pandemia da Covid-19.

 

 

 

Presidente do Tribunal Supremo aprova directiva com medidas internas a serem adoptadas pelos juízes, oficiais de justiça e funcionários judiciais na prevenção e combate a pandemia da COVID-19 nos tribunais. A directiva já está em vigor, pelo período de duração do Estado de Emergência.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, promulgou e mandou publicar nesta quarta-feira, a Lei que ratifica decreto sobre Estado e Emergência. Nesse sentido, o presidente do Tribunal Supremo Adelino Muchanga, introduziu várias medidas de prevenção para fazer face ao COVID-19 nos tribunais.

Através da directiva número 03/TS/GP/2020, de 01 de Abril, Adelino Muchanga determinou o seguinte:
-“ordenar a adopção da modalidade de rotação de funcionários, que não exercem cargos de direcção e chefia, devendo os presidentes dos tribunais a todos os níveis se encarregarem de assegurar a elaboração de escalas de trabalho dos funcionários dos tribunais respectivos, nos sectores em que tal medida se justifique e seja possível, devendo ser salvaguardada a continuidade do serviço e o controle da efectividade; a elaboração de escalas de trabalho na Inspecção Judicial será assegurada pelo Inspector-geral e ordenar a não realização de reuniões presenciais, a menos que sejam inadiáveis”, lê-se no documento que  “O País” teve acesso

A directiva que temos vindo a citar, recomenda aos juízes a apreciação urgente dos pedidos de liberdade condicional pendentes e prestar informação regular sobre o ponto de situação ao presidente do Tribunal Judicial de província respectivo.

Por outro lado, o documento fixa em um terço o limite máximo de passageiros, em simultâneo, nas viaturas de serviço em relação á sua capacidade.

Para enfrentar a COVID-19, enquanto durar o Estado de Emergência, aplica-se aos actos processuais o regime de férias judiciais, ou seja, os tribunais só julgam processos urgentes, entendidos como tais as providências cautelares nas acções civis, os processos-crime com arguido preso e os menores em risco em sede da jurisdição de menores.

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