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COVID-19: Vendedores na cidade de Maputo ainda não usam máscaras…

Mas não só as máscaras que os vendedores não usam. Alguns não obedecem ao distanciamento de um metro e meio recomendado pelaexecutivo para evitar a contaminação e propagação do novo coronavírus.

 

Logo nas primeiras horas de sexta-feira, as bancas do Mercado Central, na cidade de Maputo, foram ficando cada mais preechidas. Cumpre-se o terceiro dia de Estado de Emergência declarado pelo Presidente da República que, dentre as várias medidas, estabelecimento os horários para o funcionamento dos mercados bem como o uso das máscaras por parte dos vendedores.

“Não consigo usar máscara porque tenho problemas de respiração”, justificou Verónica Alexandre, uma das vendedeiras, no Mercado Central, cidade de Maputo.

E no Mercado Central ainda não se usa máscara, contudo se obedece à distância recomendado no período do Estado de Emergência. “Nós temos uma separação de um metro e meio entre os vendedores conforme a oragização das nossas bancas”, revelou Alifa Mussagy, também vendedeira no Mercado Central.

Mais para o interior da capital do país, há históricos mercados onde tudo se vende e tudo se compra. No Mercado Fajardo, as bancas são de construção precária e quem consegue um pouco de espaço partilha com o outro, ignorando a distância mínima de distanciamento recomendada e o uso da máscara ainda não é uma realidade.

“Não existe um local espaçoso para obedecermos ao distanciamento recomendado”, afirmou categoricamente, Hortência Lourenço, vendedeira no Mercado Fajardo e a alternativa é mesmo partilhar um espaço pequeno. “Aqui somos três e cada um vende os seus produtos. O espaço é pequeno. O mercado também é pequeno, mas conseguimos nos adaptar”, sublinhou Eliana, também vendedeira, no Fajardo.

O outro mercado que não consegue albergar todos os vendedores é o de Xipamanine e ao seu redor vai se criando um ambiente favorável para a contaminação pela Covid-19. A desculpa é quase a mesma. “Já há muito não temos bancas. Alguns têm bancas e nós não. Não usamos máscarss porque temos medo. Apenas lavamos as mãos. Eu não posso aguentar usar máscara. Se eu estivesse doente, talvez usaria, mas não estou para o fazer”, explicou-se Ana Vilanculos, vendedeira no Mercado Xipamanine.

Aos vendedores que não obedecem a distância mínima de um metro e meio, junta-se grande fluxo da população que vai fazer compras nos mercados periféricos da capital do país. 

O executivo impôs como sanção o encerramento dos mercados em caso incumprimento das medidas que ajudem a reduzir o risco de contaminação pela pandemia da Covid-19.

 

 

 

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