Levantamentos preliminares dos efeitos das chuvas intensas que tem estado a cair na província de Sofala, indicam que 19 casas, construídas na base de material local, ficaram completamente destruídas no bairro Samora Machel e outras 26 casas ficaram parcialmente destruídas, no distrito de Dondo. Como resultado, cerca de 400 pessoas estão sem abrigo e algumas das vítimas foram acomodadas numa igreja local e outras refugiaram-se para residências de familiares e amigos.
Esta é a primeira vez que se regista este cenário de inundações no bairro e a situação está supostamente relacionada com as obras de reabilitação e ampliação da Estrada Nacional Número Seis, pois, de acordo com os moradores, o empreiteiro obstruiu uma das principais vias da passagem das águas fluviais.
Tendo em conta que o período ainda é chuvoso, a administradora do distrito de Dondo afirmou que a solução imediata para evitar outros danos e talvez maiores é garantir a permanência de um carro de sucção.
Neste momento, a situação é considerada de preocupante no distrito de Dondo tendo em conta que os níveis do rio Pungue, que passa por este distrito, registavam, na manha desta segunda-feira, cinco metros e meios, quando o nível de alerta é de seis metros; uma situação que deixa as autoridades preocupadas.
Já na cidade da Beira, o bairro mais afectado pelas chuvas, até este momento, é o da Manga, onde há casas e as estradas inundadas. As previsões indicam mais chuva entre hoje e amanhã, o que faz prever que este cenário será pior e outros bairros ficarão inundados.
Em relação às inundações no distrito de Dondo, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades garantiu todo o apoio necessário as vítimas.
Uma equipa multissectorial, liderada pelo director-geral da instituição, João Machatine, escalou o distrito, nesta segunda-feira, para se inteirar dos desastres causados pela chuvas. De seguida, na interação com as vítimas, João Machatine, indicou duas prioridades perante o cenário que se vive neste momento no bairro Samora Machel, onde foram destruídas totalmente 19 casas e outras 26 de forma parcial. A primeira, de acoro com o responsável, passa pelo levantamento de número de vítimas e o nível das destruições, por forma a calcular os custos necessários para a assistência.
A segunda prioridade para o INGC passa por articular com o empreiteiro desta esta estrada, no sentido de se encontrarem possibilidades de reactivar a conduta de água obstruída.