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Chiquinho Conde será Doutor Honoris Causa pela Universidade Púnguè

A Universidade Púnguè vai, nos próximos dias, outorgar o título de Doutor Honoris Causa ao seleccionador nacional, Chiquinho Conde, pelo seu contributo para o desenvolvimento do desporto nacional enquanto jogador e treinador de futebol.

A informação foi partilhada nesta terça-feira, pela reitora daquela universidade pública nacional sediada em Chimoio, Emília Nhalevilo, durante a sua participação no programa matinal “Café da Manhã” da Rádio Moçambique.

Este é um título acedémico honorífico que é atribuído a personalidades que se notabilizam em vários domínios, como cultura, artes, humanidades e ciência.

Com uma trajectória invejável no desporto moçambicano, particularmente futebol, Chiquinho Conde faz parte de uma geração de jogadores que qualificaram Moçambique para a sua primeira participação no Campeonato Africano de Futebol (CAN), em 1986.

No seu percurso, assinala-se também o facto de ter sido o primeiro a disputar três fases finais do CAN, feito que viria, mais uma vez, a ser alcançado pelo lendário capitão dos Mambas, Tico-Tico, e que, igualmente, ainda poderá ser alcançado pelos também capitães da selecção nacional, Dominguez e Mexer, que neste momento participaram em duas edições.

Chiquinho Conde conserva também o feito de ser o moçambicano com o maior número de jogos na Liga Portuguesa, onde disputou 310 partidas, mais 48 que Zainadine Jr., que soma 262. A este facto, junta-se também a façanha de ser o melhor marcador moçambicano na competição, com 87 golos.

Em Portugal, Chiquinho Conde atingiu os píncaros da sua carreira vestindo as cores do Sporting, clube onde actualmente milita o internacional moçambicano Geny Catamo e onde também jogou o ex-internacional Paíto.

RECORDES DE CONDE NA SELECÇÃO

No comando técnico da selecção nacional desde 2021, Chiquinho Conde destaca-se como um treinador de recordes. O antigo capitão dos Mambas cometeu a proeza de qualificar o combinado nacional para três competições consecutivas da Confederação Africana de Futebol (CAF), dois CAN e um CHAN, prova reservada para os jogadores que actuam nas provas domésticas.

Sob comando de Chiquinho Conde, Moçambique qualificou-se pela primeira vez para os quartos-de-final do CHAN, tendo na última edição do CAN conseguido dois empates diante dos colossos do futebol africano, no caso Gana e Egipto, ambos a duas bolas. 

Actualmente, Moçambique luta para garantir a primeira presença no Campeonato do Mundo, ocupando a terceira posição do Grupo G, com 15 pontos, menos quatro que a líder Argélia, que soma 19. Para já, esta é a melhor classificação dos Mambas no histórico de apuramento para esta prova planetária. 

Chiquinho Conde está directamente ligado a cinco CAN nos Mambas, dos três como jogador em 1986, 1996 e 1998, e como treinador em 2023 e 2025. Ou seja, Conde só não esteve associado ao CAN 2010, em Angola.

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