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“Board” da FIBA-África discute problemas de pavilhões em Moçambique

Foto: O País

O presidente da FIBA-África, Aníbal Aurélio Manave, diz que o país merece um pavilhão que dignifique o desporto moçambicano, sobretudo, nas modalidades de sala. Manave defende, igualmente, que o pavilhão do Maxaquene, palco dos maiores eventos de basquetebol do país e de África, necessita de uma intervenção séria, pois está descontinuado.

O país enfrenta o dilema da degradação dos recintos desportivos. Os pavilhões para a prática das modalidades de sala, com destaque para o basquetebol, que tem trazido muitas glórias ao país, não oferecem condições. A título de exemplo, o pavilhão do Maxaquene, recinto que em 2003 e 2011 acolheu os “Afrobaskets” e, em 1985, 2007, 2016 e 2018 foi palco da fase final da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em seniores femininos, já não oferece condições para sediar eventos de grande envergadura. De tal forma que a FIBA-África chumbou, recentemente, a “catedral” do basquetebol moçambicano para sediar a fase final do campeonato africano de clubes, prova a realizar-se em Dezembro próximo. Recentemente, a sala de visitas do basquetebol moçambicano “envergou” o país ao denunciar o crónico problema de infiltração de água que obrigou a organização a cancelar os jogos (1) de atribuição do terceiro lugar e da final da Liga Moçambicana de Basquetebol. Mas há também problemas relacionados com os balneários assim como acessos que não respondem aos padrões internacionais.

“A situação do pavilhão do Maxaquene é complicada. Já sofreu várias reabilitações e, um ano depois, acaba sempre por ter problemas. O problema é o de sempre, o da chuva”, reconheceu Manave.

Os pavilhões do Maxaquene e da Universidade Eduardo Mondlane beneficiaram de obras de melhoramento aquando dos Jogos Africanos, tendo sido gastos milhões de dólares, dinheiro dos contribuintes moçambicanos, para a sua melhoria. Mesmo assim, quando chove é o caos que se viu quer nas finais do Campeonato da Cidade quer na Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal.

É um facto que o país não tem, nesta altura, um pavilhão multiusos sério e com condições para acolher eventos internacionais. Há consciência disso, pelo menos, a avaliar pelo facto deste problema ir a debate em Dezembro próximo no “board” da FIBA-África, em Maputo.

“Nós temos estado, em muitos locais, a apresentar aquilo que são as nossas experiências, falo especificamente dos pavilhões, de forma a que sejam melhorados. Durante o Campeonato Africano de clubes, em Dezembro, nós teremos uma reunião do ‘board’ da FIBA-África e um dos assuntos que vamos abordar é precisamente esse dos pavilhões”, explicou Aníbal Manave.
Para que inverter este cenário, defende Aníbal Manave, é fundamental que haja uma correlação de forças. “Se nós unirmos forças, o Governo, a FIBA-África e todos stackolders acredito que podemos ter um pavilhão que prestigie o país”.

 

 

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