Os veteranos Gabito e Zabula foram pré-convocados para reforçar a selecção nacional de futebol de praia que, de 19 a 29 de Agosto, disputa o Campeonato do Mundo, na Rússia. O técnico Abinério Ussaca diz que os dois jogadores vão dar força à defesa de modo a evitar erros cometidos no CAN.
Em tempos, representaram grandes clubes do país, mas, com o passar dos anos, cederam, porque a energia não dava mais tréguas. São eles Gabito, com passagens pelo Maxaquene, Ferroviário de Maputo e outros clubes e Zabula, também com passagem pelo Maxaquene, Ferroviário de Maputo, Ferroviário de Nampula e agora no Matchedje.
Estes dois juntam-se aos vice-campeões africanos de futebol de praia que, agora, preparam participação no Mundial da Rússia, de 19 a 29 de Agosto.
Em suma, Gabito e Zabula são dois defesas valentes para Ussaca e com característica comum: raça, que encanta o seleccionador nacional de futebol de praia, Abinério Ussaca.
“Gabito tem uma boa presença física. Não temos um jogador da natureza dele no grupo. Mas também tem técnica, agressividade e experiência. Zabula é experiente, por isso os convocamos e acreditamos que podem ajudar-nos bastante”, justificou recorrendo ao desempenho no CAN.
“No jogo da final, acabamos por sofrer muitos golos. Achamos que foram erros nossos do que mérito do adversário”, analisou Abinério Ussaca, sem, no entanto, considerar a sua ida à Rússia como um dado adquirido.
“Isto não significa que já estarão na convocatória final. Isto é uma pré-convocatória, o que significa que cada um tem de fazer o seu melhor para que, no fim, seja chamado”.
Gabito sabe que a chamada não é automática, por isso promete trabalhar muito para que consiga ajudar o combinado nacional, caso seja um dos eleitos para ir à Rússia.
“Tendo, o treinador, notado que a equipa precisava de uma pessoa com a minha estatura física, estou a trabalhar para fazer o melhor. Mas, para que isso aconteça, tenho de recuperar o aspecto físico, uma vez que parei de jogar passam anos”, diz o veterano.
Chamadas para depois, agora interessa ao Ussaca trabalhar o lado psicológico dos atletas e o aspecto físico, depois da campanha inédita no CAN, na primeira aparição de Moçambique.
“Estamos a fazer a reactivação da parte física depois dos 15 dias de repouso, sem descurar o aspecto emocional. Notou-se bastante no jogo da final que caímos psicologicamente, por isso temos de erguer a cabeça”, acautelou o timoneiro da selecção de futebol de praia.
Neste momento, Abinério Ussaca trabalha com 20 atletas, sendo que, para o estágio, seguirão 18. Para Rússia, seguirão 12 ou mesmo 15, caso a FIFA tolere para acautelar desfalques por possíveis casos de contaminação pelo Coronavírus