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Afinal, teremos liguilha a três em Vilankulo

Fotos: O País

A pretensão das três equipas despromovidas do Moçambola-2021 de impugnar a realização da liguilha que vai apurar a equipa que completará o número de participantes do próximo Moçambola, foi por água abaixo. De 21 a 27 de Novembro, teremos liguilha, a ser disputada pelo Matchedje de Mocuba, Textafrica do Chimoio e Desportivo Maputo.

É um volte-face às pretensões do Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio, Desportivo Maputo e os clubes da província de Sofala, que não concordaram com a decisão da Federação Moçambicana de Futebol de organizar uma prova a três, entre as equipas despromovidas do Campeonato nacional, em jeito de liguilha.

As três equipas, mais as da província de Sofala, contestaram a decisão e apresentaram vários argumentos, dentre elas o facto de ter sido uma decisão tomada a meio do Moçambola, e por isso ilegal, bem como as condições financeiras dos clubes, que com esta medida iriam enfraquecer ainda os cofres dos já pobres clubes.

A Federação Moçambicana de Futebol não se fez de rogado e chamou os “insurgentes” para deles entender os reais motivos e apresentar as suas motivações para a liguilha. Depois de cerca de duas horas de conversa entre as partes, a decisão não foi revertida e a liguilha vai, mesmo, acontecer, entre os dias 21 a 27 de Novembro do mês em curso, em Vilankulo. Ainda assim, o sorteio foi adiado para quinta-feira, 11 de Novembro.

Esta “guerra” entre os três clubes e a Federação Moçambicana de Futebol começou a perder forças quando o Textáfrica do Chimoio e o Desportivo Maputo deram “marcha-trás” na sua posição, alegadamente porque, desportivamente, tal como defendiam os “fabris”, estariam preparados para enfrentar a liguilha.

O único aspecto que deixava as duas colecticvidades com pé atrás é a questão financeira, uma vez que tanto os “fabris” como os “alvi-negros”, não estariam preparados. Os mesmos falam de pelo menos um milhão e quinhentos mil meticais para custear as despesas desta deslocação a Vilankulo, nomeadamente a logística de viagem, alojamento e alimentação da delegação durante dez dias em Vilankulo.

Esta foi a posição apresentada pelo Textáfrica de Chimoio, que ainda assim prometeu redobrar esforços por forma a garantir o valor pretendido.

Já o Desportivo Maputo, para além da questão financeira e desportiva, aceitou a decisão por entender que seria a única solução para não prejudicar o futebol moçambicano, uma vez que a próxima edição do Moçambola não teria um número ímpar de equipas, mas tal como mandam as regras, um número par.

“Analisado aquilo que são só fundamentos da FMF e analisado aquilo que é o regulamento da competição que é claro que descem três clubes e deveriam subir outros três se tivesse decorrido a realização dos campeonatos provinciais o que não aconteceu devido a COVID-19. Depois de uma discussão acesa decidimos avançar com esta proposta que foi avançada pela FMF o que quer dizer que os três clubes entraram em consenso com a federação para a realização da liguilha, decisão tomada em prol do futebol”, disse Danilo Liasse, no final do encontro entre os três clubes, as associações provinciais de futebol e a Federação Moçambicana de Futebol.

Assim, e depois de muito debate, três colectividades aceitaram o local de realização da prova na vila de Vilankulo, um local considerado acessível para todos, em termos de deslocações, até porque terão algum apoio da Associação Provincial de Futebol de Inhambane por forma a minimizar os custos de hospedagem e alimentação durante o período em que durar a prova, que não deverá ultrapassar ao período máximo de uma semana.

No fim da reunião, as partes envolvidas concordaram com a realização do sorteio na tarde de quinta-feira, 11 de Novembro, na sede da FMF.

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