A Troika da SADC para assuntos da defesa e segurança manifestou ontem apoio e solidariedade com Moçambique, por causa dos ataques terroristas que há dois anos e meio vem sendo protagonizados por elementos associados ao Estado Islâmico, na província de Cabo Delgado.
O órgão instou os Estados-Membros da SADC a apoiar o Governo de Moçambique na luta contra os grupos terroristas e armados que actuam em alguns distritos daquela província. A mensagem foi manifestada ontem, em Harare, capital do Zimbabwe, onde teve lugar uma sessão extraordinária da Troika, que contou com a presença dos Chefes de Estado e de governos do Zimbabwe, Zâmbia, Tanzânia e Moçambique.
De acordo com o Presidente da República, Filipe Nyusi, a sessão passou em revista a situação no Lesotho, Malawi e outros pontos, que incluíram os ataques em Cabo Delgado, que acabaram estando no centro da atenção.
“Naturalmente, porque nós tínhamos sidos convidados para um ponto específico, priorizamos o assunto sobre Moçambique” disse Nyusi, no final do encontro. De acordo com o Chefe de Estado, a discussão foi, em parte, a continuidade do que esteve em cima da mesa, recentemente, no encontro que manteve com Emerson Mnangagwa, que preside a Troika, na cidade de Chimoio em Manica.
“Houve a ideia de que temos que comunicar mais com colegas porque é preciso compreender o modus operandi e porque se trata de uma questão que não é exclusiva a Moçambique e preciso, com alguma antecipação, podermos partilhar alguma experiência e as realidades e ver quais são os tipos de apoio que podemos ter e, aqui, de facto recebemos grande solidariedade e encorajamento e, juntos tentamos trocar informações sobre as realidades de cada país” explicou Nyusi.
Por seu turno, o presidente zimbabwiano justificou a abordagem do assunto de Cabo Delgado, realçando que “como região devemos olhar para este desafio e, juntos, estudarmos o desafio e traçarmos os caminhos para lidar com este desafio, porque um ataque contra qualquer Estado membro da SADC é um ataque ao resto dos membros” disse Mnangagwa.