O líder da Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, aceitou dialogar para a pacificação da região centro do país e vai enviar os seus representantes de modo a dar início ao processo, segundo o Grupo de Contacto. Este aponta que “o diálogo é o único caminho a seguir” para a paz
Mirko Manzoni, enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para Moçambique e presidente do Grupo de Contacto, confirma que reuniu com Mariano Nhongo e este mostrou-se disponível para o diálogo.
“Apesar das dificuldades para uma reunião física, posso confirmar o contato com ele [Mariano Nhongo] e agradeço a sua disponibilidade para o diálogo e a sua proposta em enviar os seus representantes para iniciar o referido diálogo”, diz Mirko Manzoni, numa declaração a que o “O País”.
O enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para Moçambique e presidente do Grupo de Contacto explica ainda que foi ao encontro de Mariano Nhongo “com o objetivo de buscar a paz na região centro [Manica e Sofal]”.
“O Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional foi uma conquista marcante para o país e continuaremos no caminho para a sua implementação”, afirma Mirko Manzoni, para quem “as armas não são a solução e não podem ser a língua oficial de uma Nação que merece a paz”.
Manzoni entende igualmente que “o diálogo é o único caminho a seguir e encoraja todas as partes a evitar o uso de violência para expressar suas queixas”, por isso, a Junta Militar da Renamo “deve parar todos os ataques antes de qualquer diálogo e todos os actores devem agir no interesse exclusivo da paz”.
Semana passada, o Presidente da República, Filipe Nyusi, reiterou, na Assembleia da República, a disponibilidade do Governo para o diálogo.