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Governo pede reforço para assistência humanitária às vítimas do terrorismo

Os ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, do Interior e a Presidente do Instituto Nacional de Redução do Risco de Desastres estiveram reunidos, hoje, com os diplomatas em Maputo, para pedir o reforço da assistência humanitária aos deslocados do terrorismo em Cabo Delgado e apoio à candidatura de Moçambique a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No encontro com os diplomatas acreditados em Moçambique, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, começou por descrever o ambiente político do país que, segundo a governante, é calmo e estável, não obstante os ataques terroristas em Cabo Delgado que já causaram mais de 800 mil deslocados internos.

“A região norte de Moçambique, mais concretamente em alguns distritos do norte de Cabo Delgado, tem sido alvo de atrocidades e ataques protagonizados por grupos terroristas que já ceifaram muitas vidas humanas, provocando deslocados, assim como a destruição de infra-estruturas económicas e sociais que resultaram em avultados danos à nossa economia”, referiu Verónica Macamo.

Para a chefe da diplomacia moçambicana, esta situação cria problemas de reassentamento populacional, assistência alimentar, necessidades de cuidados médicos e sanitários, sobretudo de mulheres, crianças e idosos, até porque “as populações deslocadas abandonaram os seus pertences, campos agrícolas, colheitas e rebanhos para procurar lugares seguros, o que provoca uma situação de emergência humanitária de proporções cada vez mais complexas”.

Diante do que chamou de “situação de emergência humanitária complexa”, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação lançou um grito de reforço do pedido de ajuda aos diplomatas na assistência para os deslocados dos ataques terroristas.

“Reforçar o apelo do Governo da República de Moçambique a todas as missões diplomáticas e organizações internacionais, assim como regionais aqui representadas, para nos ajudarem na mobilização de mais apoios para fazermos face à emergência humanitária que assola Cabo Delgado, em virtude de o número de deslocados continuar a subir, elevando-se, consequentemente, as necessidades para as populações, em particular as alimentares”, pediu a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

Ainda aos diplomatas, Moçambique pediu apoio para sua candidatura a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Temos vindo a receber promessas de apoio de vários países de todos os continentes, no entanto estamos cientes de que o trabalho a realizar para o alcance do objectivo de sermos eleitos com uma maioria confortável nas Nações Unidas ainda é imenso”, reconheceu Verónica Macamo.

Sendo imenso, “partilhamos os progressos alcançados no âmbito da afirmação da nossa candidatura e reiteramos, não somente, o apoio aos vossos países, mas também que, como amigos de Moçambique, nos ajudem a mobilizar outros países e organizações que representam. Pedimos que sirvam de embaixadores da nossa candidatura junto de outros países-amigos nas vossas respectivas regiões e não só”.

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