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Trabalhadores da Tmcel dizem que empresa “está a melhorar”

Os trabalhadores da Tmcel dizem que só a gestão do Instituto de Gestão das participações do Estado (IGEPE) já está a dar bons frutos e que, por isso, podem avançar sem a intervenção da comissão liderada por Mateus Magala, anunciada na última semana, na Assembleia da República

Não é de hoje, desde a sua criação, na fusão da Mcel e TDM, por decisão do Governo, a Tmcel é descrita como uma empresa problemática. No mês passado, o ministro dos Transportes e Comunicações anunciou uma nova decisão em relação à gestão da firma, que passava por esta ser gerida, no dia-a-dia, pelo IGEPE.

Isso era enquanto se esperava uma segunda opinião de especialistas, já que a primeira não fora acolhida pelo Governo. Na última semana, em sessão de respostas aos deputados, Magala falou também da LAM, outra empresa problemática, mas descreveu-a como melhor que a Tmcel. Por isso, esta última passaria à gestão de uma comissão composta por si, pelo ministro da Economia e Finanças e pela presidente do IGEPE.

“A Tmcel está a perder a sua quota no mercado e a percepção dos clientes em relação à sua marca está em declínio”, assim como as suas receitas.

É aqui onde começa o problema. Os trabalhadores não têm a mesma percepção em relação ao estado da Tmcel. Até convocaram uma reunião geral entre ele e uma conferência de imprensa para falar do que eles sentem no dia-a-dia da operadora de telefonia. “Temos sentimento de esperança e de que a situação está a melhorar e sentimos as mudanças a todos os níveis, por isso acreditamos em nós e achamos que podemos avançar com esta intervenção do IGEPE.”

Ou seja, sem a comissão que Mateus Magala anunciou no Parlamento, composta por si, ministro dos Transportes e Comunicações, pelo ministro da Economia e Finanças e pela presidente do IGEPE. Ademais, há investimentos que correm e que sustentam a esperança.

Dizem mais, que “se não sentíssemos essas mudanças poderíamos estar em condições de dizer que a empresa está em vias de colapso”, disse Fausto Maurício, secretário-geral do Comité de Empresa, que é a representante dos interesses dos trabalhadores da empresa.

A outra questão que criou agitação nos trabalhadores é a possível redução da força de trabalho em 60%, que o governante falou como sendo uma das possíveis saídas. “É que nós não sabemos que critérios serão usados até que se atinja essa meta.”

Bom, o facto é que os 60% não são ainda o dado adquirido, aliás foi uma sugestão de um possível parceiro que queria comprar 80% das acções da Tmcel, passar a dívida de 300 milhões de dólares ao Estado e fazer a diminuição dos trabalhadores. Sobre o que vai acontecer com a empresa, o ministro disse, no Parlamento, que a comissão que ele dirige vai dar o veredicto até ao fim deste mês.

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