O País – A verdade como notícia

“Cooperação indiana cobre prioridades do parceiro”

O Governo da Índia quer apoiar Moçambique a tornar o transporte público movido electronicamente. Ainda não há planos concretos, mas esse é o foco de Moçambique na cooperação com aquele país asiático na área dos transportes

O transporte ferroviário é a forma mais usada pelos indianos para movimentarem-se nos 28 estados e sete territórios federais.

De visita a Moçambique, o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyan Jaishankar, foi à Estação Central dos Caminhos de Ferro de Moçambique e fez uma viagem de comboio junto do ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala.

Antes de entrar na automotora, os dois dirigentes apertaram-se as mãos. É um aperto de mão de quem antes celebrou um acordo para que esta e mais outras quatro automotoras viessem a Moçambique.

Não foi só isso, com um custo de 95 milhões de dólares, foi financiada a compra também de cinco locomotivas e 90 carruagens; daí que foi importante fazer uma viagem da estação central de Maputo até Machava, na Matola.

“Queremos avaliar o nível de utilidade destes veículos. Os caminhos-de-ferro são verdes. Queremos mais pessoas a viajarem via ferroviária e menos pelas estradas. E esta automotora, em particular, é muito conveniente, porque tem motores nos dois lados e pode mover-se de um lado para o outro confortavelmente.”

Entretanto, as glórias do passado não limitam os sonhos de quem quer ver mais e melhor, por isso os dois dirigentes se mostraram disponíveis a ter mais colaborações. “Nós estamos cá para cooperar de uma forma útil para as duas partes e, por isso, quero sempre ouvir as prioridades … porque a forma de cooperação indiana é cobrir as prioridades do parceiro”, disse.

E o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, disse que, nesta cooperação com a Índia, o foco está devidamente identificado e é, exactamente, “a facilitação do movimento de bens e, principalmente, de pessoas, mas também fazer uma transição para aquilo que nós chamamos mobilidade electrónica, ou seja, verde; carros eléctricos, autocarros e comboios eléctricos”.

Com o foco e os planos bem identificados, agora é só arregaçar as mangas e mãos à obra, aliás, ideias à mesa. O trabalho diplomático entre os governos, de acordo com o ministro, só começou agora, mas “já havíamos começado a falar com algumas empresas indianas sobre isso e penso que, agora, podemos avançar ainda mais”, garantiu.

Feita a volta para Matola e, já de regresso à capital do país, os dois governantes foram visitar a carruagem, também importada da Índia e que contém diferentes classes para diferentes tipos e capacidades de passageiros.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos