Trabalhadores da Distribuidora Nacional de Material Escolar (Diname) decidiram, hoje, paralisar as actividades da instituição, por não receberem seus salários nos últimos sete meses.
Depois de tantas tentativas para resolver o problema de falta de salários, os trabalhadores da Diname decidiram levar a cabo, esta quinta-feira, uma manifestação, como forma de mostrar a sua indignação, mas a Polícia não os facilitou.
“Nós estamos a tentar manifestar o nosso direito e a Polícia levou os nossos dísticos, chamou Mahindra para vir intimidar-nos. São sete meses sem salários, não sei se qualquer outro indivíduo pode aguentar isso”, lamentou Eugénio Javal, trabalhador da Diname.
Diante da situação, os funcionários da instituição reuniram-se, esta quinta-feira, durante três horas, com a direcção do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), como forma de se encontrar uma saída.
“O MINEDH não está em condições de pagar os salários, nos perguntamos a quem devemos recorrer, porque o que nós sabemos é que somos do MINEDH e disseram-nos que o nosso processo estava no IJEP, mas, ao mesmo tempo, não podemos ir para o IJEP por estar em negociações com o MINEDH para a transformação da Diname. O que nos resta agora é encerrar a firma e tirarmos a direcção que está lá, que foi nomeada pelo ministro na altura, não há outra coisa que possamos fazer”, afirmou Andrade Matsinhe, trabalhador da Diname.
Após estas palavras, os manifestantes dirigiram-se à direcção da Diname, convidaram o director financeiro a abandonar o local e, de seguida, fecharam as portas.
“O que o director deve fazer é colaborar, tirar as chaves do carro, colocá-las no armazém e fechar as portas. No dia em que a direcção, o MINEDG ou o IJEP decidirem, voltaremos”, disse José Mate, trabalhador da Diname.
Segundo os trabalhadores, a empresa só voltará a operar depois do pagamento dos seus salários.