O País – A verdade como notícia

Taça CAF: Ferroviário da Beira forçado a fazer campanha no ENZ

Foto: O País

Ferroviário da Beira vai fazer toda a campanha da Taça CAF no Estádio Nacional do Zimpeto, pelo facto de o seu campo não reunir as condições exigidas pela Confederação Africana de Futebol para acolher jogos internacionais.

O relvado natural do “Caldeirão do Chiveve” está muito longe de apresentar os padrões exigidos para acolher jogos internacionais, pelo que o recinto foi “riscado” pela Confederação Africana de Futebol.

Mas mais do que o tapete verde não reunir condições, há outras componentes, como acessos, segurança, salas de imprensa, câmaras de segurança e localização dos balneários, que devem ser melhoradas para que volte a ser, tal como há cinco anos, o segundo campo do país com luz verde da CAF para albergar jogos sob a égide do órgão reitor do futebol africano.

Um cenário, claramente, diferente do de 2017, quando o Inspector da Confederação Africana de Futebol, Lan Macload, deu nota positiva para acolher o jogo do Ferroviário da Beira vs El Mereik do Sudão, inserido na 3ª jornada do grupo “A” da Liga dos Campeões Africanos, prova que os “locomotivas” disputaram na altura.

Os “locomotivas” do Chiveve foram forçados, antes, a jogar com o Al Hilal do Sudão, na 2ª jornada, no Estádio Nacional do Zimpeto.

E agora, mesmo antes de atingirem o sonho de chegar à fase de grupos, os “locomotivas” do Chiveve voltam a estar condicionados e a jogar sem o calor do efervescente público do Chiveve, que vive cada jogo com grande intensidade.

“No próximo mês, não vamos utilizar o campo do Ferroviário da Beira, pelo que devo dizer que vamos continuar a fazer do Estádio Nacional do Zimpeto o nosso palco para acolher jogos”, esclareceu Anísio Páscoa, chefe de Departamento de Futebol do Ferroviário da Beira.

O Estádio Nacional do Zimpeto, único campo do país com requisitos exigidos pela CAF, é a alternativa para estas eliminatórias de acesso à Taça Nelson Mandela. De resto, já acolheu o embate entre o Ferroviário da Beira e o AS Santé do Chade, no qual o conjunto orientado por Wedson Nyirenda venceu por um a zero.

Há, nesta altura, uma aproximação do clube ao patrocinador principal para se aferirem as reais capacidades para se proceder, no futuro, a uma nova intervenção no “Caldeirão” do Chiveve.

“Temos estado, como direcção e como empresa CFM, a fazer todos os esforços no sentido de, o mais rapidamente possível, podermos ter o nosso campo pronto para estas grandes competições”, assegurou o dirigente, que diz que os efeitos do ciclone IDAI e a pandemia da COVID-19 condicionaram bastante Ferroviário da Beira.

“Devem estar recordados de que a Beira tem uma particularidade: sofreu os efeitos do IDAI. Quando estávamos a recuperar, surgiu o problema da COVID-19, que beliscou a economia e o nosso patrocinador. Nós não temos receitas próprias, e isto condiciona, obviamente, tudo aquilo que queríamos fazer, porque estamos dependentes de um patrocínio que é dado pelos CFM”, precisou Anísio Páscoa.

Dependente, até porque está enquadrado numa empresa integradora, o Ferroviário da Beira “fica com limitações por não ter receitas próprias”.

Anísio Páscoa deixou, por outro lado, claro que “a infra-estrutura de todos os Ferroviários não pertencem ao clube, mas à empresa, pelo que estamos dependentes de decisões superiores, e não ao nível da direcção”.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos