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Seis meliantes matam criança de dois anos em Mocuba 

Menor de quatro anos está entre a vida e a morte no Hospital Central de Quelimane, depois de ter sido baleado por malfeitores na região de Namagoa, distrito de Mocuba, província da Zambézia. Na mesma incursão, uma outra criança de dois anos perdeu a vida. O pai que também não escapou a tiros luta pela vida no Hospital Rural de Mocuba.

A criança deu entrada por volta das 10 horas desta terça-feira no Hospital Central de Quelimane, depois de os médicos não terem conseguido tratamento no distrito de Mocuba, dada a complexidade do local onde está alojada a bala no pescoço. A avó do menor explicou a jornalistas que seis meliantes se introduziram na noite de domingo na residência do filho, por sinal comerciante.

Na sequência, conta a avó, os meliantes balearam o seu filho com extrema gravidade e que está internado nos cuidados intensivos no Hospital Rural de Mocuba entre a vida e a morte. Duas crianças, por sinal irmãos, um de dois anos foi baleado mortalmente até sair os intestinos e outro de quatro anos em estado grave.

“Estou aqui, no hospital, a acompanhar o meu neto aqui internado no Hospital Central de Quelimane. A única pessoa que saiu ilesa na incursão dos malfeitores foi a esposa do meu filho, o comerciante”, disse Ana Maria Luís mãe, sogra e avó dos menores, visivelmente transtornada com a situação.

No decurso da sua abordagem, explicou ainda que “vieram, à noite, seis homens e a mulher do meu filho; a minha nora  que ouviu o barulho dos bandidos gritou para o marido se levantar. O marido assim o fez, mas logo foi recebido por dois tiros que atingiram o abdômen e a mão. Outros tiros atingiram a barriga de outro meu neto de dois anos que morreu no local. Outro tiro foi para o de quatro anos que recebe cuidados médicos no Hospital Central de Quelimane. O pai desta criança, por sinal meu filho, está na sala de reanimação a ser assistido por médicos em Mocuba”, disse Anamaria Luís, avó do menor.

A equipa médica do Hospital Central de Quelimane desdobra-se para salvar a criança. Os médicos dizem que o menor entrou com hipoglicemia, “por isso foi imediatamente hidratado para dar seguimento à posterior ao bloco de cirurgia, como forma de retirar a bala encravada no pescoço. O menino está em estado grave, mas tudo será feito para salvar a criança”, disse Sheila Manuel, responsável pelo sector no Hospital Central de Quelimane.

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