Uma família residente no bairro de Matacuane, na cidade da Beira, acusa a polícia de ter baleado mortalmente um dos seus parentes, no passado domingo. A PRM diz, no entanto, que a vítima era um perigoso cadastrado procurado pelas autoridades e que resistiu à detenção tentando arrancar a arma de um dos agentes, situação que culminou com o incidente.
Na madrugada do passado domingo, um indivíduo que em vida respondia pelo nome de Samir, foi baleado pela polícia no bairro de Matacuane, na cidade da Beira. Antes do baleamento, o mesmo, segundo a esposa, estava a consumir bebidas alcoólicas na sua companhia e de dois amigos numa casa de pasto.
Cerca das 3h00, acrescentou a esposa da vítima, três agentes da PRM chegaram ao local, fazendo-se transportar num “txopela, tendo os mesmos chamado o malogrado.
Foram os próprios agentes que socorreram o baleado para o Hospital Central da Beira, unidade sanitária onde perdeu a vida minutos depois de ter dado entrada. A polícia, que lamentou a morte do mesmo, acrescentou que a vítima era um perigoso cadastrado que era procurado pelas autoridades devido ao seu envolvimento num homicídio e assaltos à residências.
Os vizinhos do Samir indicaram que o comportamento do mesmo não era saudável.
Samir, de 27 anos de idade, deixa viúva e dois filhos. A mãe da vítima exige justiça por parte das autoridades.
Os restos mortais de Samir foram enterrados ontem, uma cerimónia que contou com a presença de familiares e amigos.