O partido exige ainda o apetrechamento urgente das Forças de Defesa e Segurança, mas não fala do que pode fazer para ajudar no combate ao terrorismo.
A segunda maior força política do país diz que está preocupada com o agravamento do terrorismo e chamou a imprensa, esta quarta-feira, para partilhar o que para si pode conduzir à solução do conflito.
“Perante o cenário de desespero e insegurança que o país vive, exigimos do Governo medidas concretas conducentes à paz, o que requer robustez e apetrechamento logístico das Forças de Defesa e Segurança e, sobretudo, a exploração de canais do diálogo, sabido que, segundo pronunciamentos oficiais, são conhecidos alguns líderes dos terroristas”, disse a secretária-geral, Clementina Bomba, para quem “as acções terroristas que se notabilizam mais no Norte do país estão associadas às ondas de raptos que criam insegurança nas cidades e, sobretudo, no seio da classe empresarial, o que impacta negativamente na economia nacional e afugenta os investidores”.
O partido mobiliza, por isso, os moçambicanos para prestarem apoio às vítimas do terrorismo. Sobre o conflito, perguntámos à secretária-geral qual pode ser a contribuição da Renamo no combate ao terrorismo, tendo em conta a sua experiência na guerra de guerrilha. “Oportunamente, terão a resposta, porque esta é uma pergunta que eu vou levar para os órgãos apropriados”, referiu Bomba, depois de ser questionada sobre a disponibilidade dos antigos guerilheiros da Renamo para apoiar no combate ao terrorismo.
A conferência de imprensa da Renamo acontece quatro dias depois de o membro do partido de Venâncio Mondlane ter submetido duas providências cautelares ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo para forçar a Renamo a realizar o congresso e para anular as decisões do Presidente Ossufo Momade. Sobre isso, convidou “os jornalistas a aguardarem, porque o partido irá pronunciar-se oportunamente”. O partido manifestou igualmente preocupação em relação aos raptos.