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Renamo nega resultados e diz que “são uma piada”

Foto: O País

A Renamo diz que não há condições para aceitar os resultados porque foram fraudulentos. Fernando Mazanga, vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições diz que não votou a favor dos resultados uma vez que o processo falhou desde o recenseamento e o considera como uma “piada”. Geraldo Carvalho, também membro da Renamo, acrescenta que “houve roubo, abstenções inexistentes e enchimento de urnas”.

Logo após o anúncio dos resultados, a Renamo que já vinha a contestar os resultados, manteve o seu posicionamento de que “as eleições foram fraudulentas, por isso inaceitáveis”.

O vice  da CNE, Fernando Mazanga, em suas próprias palavras disse: “os resultados são uma piada”.

“As brincadeiras que estavam a acontecer na Comissão Nacional de Eleições poderiam criar caos, oxalá Deus nos proteja! Mas eu, particularmente, votei contra estes resultados, porque não reflectem a verdade. Houve maior percentagem de abstenção, uma abstenção cosmética, uma abstenção que foi criada”, disse.

Mazanga contesta os resultados e a postura “inerte” da CNE em relação às denúncias sobre as fragilidades das urnas e sobre a recolha de cartões em alguns bairros durante o processo eleitoral.

“Ao longo do período foram sendo recolhidos cartões de eleitor e a CNE não fez nada, nem sequer uma mensagem de persuasão, por outro lado, houve disparidade da coerência discursiva da própria CNE, o que a CNE falava não fazia sentido. Tivemos vários problemas desde o recenseamento eleitoral até hoje”.

Geraldo Carvalho da Renamo disse que a liderança do partido vai se pronunciar oportunamente mas garante que “ninguém vai aceitar os resultados”, porque, para si, “nem o candidato Daniel Chapo, nem a Frelimo são os legítimos vencedores”.

“Quem é que pode aceitar isto? O cidadão que diz que venceu as eleições não venceu as eleições. O enchimento é que venceu, as abstenções, os votos nulos, os votos em branco é que venceram as eleições. O partido que diz que venceu não venceu, encheu os votos e quem é que pode aceitar isto?”, questionou Carvalho.

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