O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) cancelou o concurso público de avaliação curricular para preenchimento de vagas de formadores nacionais e provinciais das mesas de voto. O cancelamento seria uma resposta à denúncia feita pela Renamo de que, no âmbito de preenchimento de vagas em Quelimane, 154 dos apurados constavam de uma lista do partido Frelimo.
A Renamo apresentou, há duas semanas, uma lista de 154 candidatos, alegadamente, enviada pela Frelimo ao STAE, para o preenchimento das vagas de formadores provinciais e de membros das mesas de voto. O mandatário da Renamo, falando aos jornalistas, disse que esse processo era ilegal.
“No distrito de Quelimane, a selecção e apuramento de formadores provinciais do CMMV saem de uma lista fornecida pelo Comité Distrital do Partido Frelimo. Este procedimento contraria a lei e os conceitos de imparcialidade, independência e integridade dos órgãos eleitorais, princípios plasmados na Lei Eleitoral. No distrito de Lugela, o comité distrital do partido Frelimo mapeou 18 Assembleias de Voto e afectou os prováveis presidentes das mesas, que, de forma alegórica, foram considerados hipopótamos”, disse.
O director provincial do STAE na Zambézia, Cristóvão Baltazar, disse, aquando da denúncia da Renamo, que o STAE desconhece a lista que é apresentada por aquela formação política.
“Nós somos pela transparência, eu acredito que os partidos políticos devem estar seguros que nós fazemos tudo com base na lei, então, se existem pessoas que querem desacreditar o processo, nós nos distanciamos desses comportamentos desviantes, neste processo. A proveniência da lista, desconhecemos”.