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Renamo impugna a criação da coligação “Afonso Dhlakama Novo Moçambique”

O presidente do PIMO, Yaqub Sibindy, anunciou, há dias, que está a criar uma coligação entre partidos políticos e sociedade civil, denominada “Afonso Dhlakama Novo Moçambique”, com o objectivo de concorrer às eleições presidências de 2024, sendo que os membros devem identificar-se com os ideais do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

A Renamo, através do seu secretário-geral, André Magibire, reagiu ao anúncio de Yaqub Sibindy e garantiu que vai impugnar a iniciativa.

“A Renamo já está a trabalhar para impugnar esta brincadeira. Mas não entendemos como é que as autoridades da justiça passam certificados para uma barbaridade como esta.  As autoridades moçambicanas, antes de passarem certificados para iniciativas como estas, devem analisar, primeiro, as possíveis consequências de um acto como este.”

O secretário-geral da Renamo, que falava aos membros da sua formação política, na cidade da Beira, afirmou, ainda, que o presidente do PIMO, apesar de ser sobrinho do falecido líder da Renamo, nunca esteve perto dele, nem vivo nem depois de morrer.

“Quando o presidente Dhlakama foi atacado na sua residência, na Beira, ele sequer efectuou uma chamada para se solidarizar. Quando o nosso presidente morreu, nas matas da Gorongosa, o presidente do PIMO sequer se movimentou para a montanha. Todavia quer, agora, usar o nome do nosso presidente, ou seja, quer colocar o nome do presidente Dhlakama, um dos fundadores da Renamo, a concorrer contra o seu próprio partido, contestou Magibire.

Ainda a impugnar a criação da coligação proposta por Sibindy, o secretário-geral da Renamo fez uma pergunta retórica e depois sugeriu que o presidente do PIMO usasse o seu próprio nome e não o Afonso Dhlakama.

“Não acham que é castigo demais para uma alma que devia estar a descansar em paz? Se Yaqub Sibindy não gosta do nome dele, que use os mecanismos legais para trocá-lo. Se é que gosta, então que crie uma coligação denominada “Yaqub Sibindy Novo Moçambique”.

Magibire garantiu, de seguida, que o seu partido sabe quem são os mentores da coligação Afonso Dhlakama. “Ainda existe uma formação política, recentemente criada, cujo nome é muito semelhante ao da Renamo. Sabemos quem são as pessoas que estão por detrás destas iniciativas, com objectivo de desestabilizar o nosso partido. Em devido momento, anunciaremos os (seus) nomes”.

A reunião orientada por André Magibire, na Beira, tinha como objectivo planificar as actividades políticas para os próximos dois anos, com destaque para os pleitos eleitorais. “O nosso propósito é vencermos as eleições autárquicas aqui, na cidade da Beira, e noutros lugares. Para o efeito, é imperioso que trabalhemos de forma unida. A coesão deve ser a palavra de ordem entre os membros do partido”, concluiu Magibire.

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