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Guiné Equatorial liberta de 119 militantes da oposição

A Guiné Equatorial anunciou a libertaçao de 119 militantes do partido da oposição. Entretanto, mais de 50 activistas do partido Cidadãos para o Futuro permanecem detidos, incluindo o seu líder, Gabriel Nse Obiang.

As forças de segurança da Guiné Equatorial atacaram, na semana passada, a sede do partido da oposição Cidadãos para o Futuro (CI) em Malabo, dissolvido em 2018.

Esta operação, segundo escreve a DW, levou à detenção de 150 apoiantes do CI, incluindo o líder do partido.

Este recusou-se a responder a uma intimação judicial ligada à uma investigação sobre um ataque planeado que o Governo alegou ter frustrado.

“Recebemos instruções de sua Excelência o Presidente da República para libertar os militantes”, 53 dos quais vivem em Malabo e 66 em Bata, capital económica, disse Santiago Edu Assam, secretário-geral do Ministério da Segurança, citado pela DW.

“Se o Presidente perdoou essas pessoas, é por causa do seu humanismo e porque é um defensor da paz”, acrescentou Santiago Edu Assam.

O Ministério da Segurança disse em comunicado na terça-feira (04.10) que as forças de segurança usaram meios não letais durante o assalto à sede da CI, acrescentando que quatro militantes morreram após inalar gás lacrimogéneo durante a operação.

O ministério acrescentou que na sede do partido estavam sequestradas 200 pessoas, incluindo mulheres grávidas, crianças e idosos, acusando Nse Obiang de preparar uma insurreição em 3 de Novembro para o lançamento da campanha eleitoral.

A organização não-governamental (ONG) de direitos humanos Somos + Sociedad civil condenou a agressão, denunciando o que chamou de “terrorismo de Estado”.

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