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Produtos cada vez mais caros na Cidade de Maputo

Foto: O País

Preços de produtos de primeira necessidade tendem a disparar na Cidade de Maputo, quando falta cerca de uma semana para o Natal. Com a tendência actual, o poder de compra das famílias está a reduzir consideravelmente.

Com o Natal à espreita, a dona Paula Tembe escolheu o mercado Malanga, na Cidade de Maputo, para comprar alguns produtos, como forma de reforçar os que já possui. “Já tenho tudo bem organizadinho, a minha filha ajudou a comprar tudo.”

Tanto no mercado Malanga como no Fajardo, os preços já estão a subir. “Uma diferença de 10 e 15 Meticais daquilo que era antes”, disse Ercília Cassamo, que é também secundada por Gracinda de Sousa, vendedeira: “Há uma semana, o preço da farinha estava a 350 Meticais e, agora, está a 390 Meticais; uma dúzia de ovos custava 90 Meticais e, agora, está a 100 Meticais. O preço do óleo de cozinha também subiu; o importado está acima de 1000 Meticais uma garrafa de 5 litros”.

Já no Mercado Grossista de Zimpeto, o saco de 10 kg de cebola, que na semana passada custava entre 480 e 500 Meticais, actualmente é vendido, por alguns comerciantes, por 550 Meticais. O preço da caixa do tomate, dependendo da origem e qualidade, chega a custar 300 a 700 Meticais.

Os preços de outros produtos também disponíveis naquele mercado, como a batata reno, também estão a subir.

O porta-voz dos importadores, mais conhecidos por “mukheristas”, Abílio Marrima, explica que tudo se deve ao lugar do qual são importados os produtos.

“Na África do Sul, estão a aumentar os preços, por exemplo temos o saco de batata que está a 80 e a 90 rands. Mesmo assim, na qualidade de importadores, estamos a redobrar esforços para que os moçambicanos não tenham falta de produtos”, garante Abílio Marrima, porta-voz dos “mukheristas”.

Com a falta de meios de conservação, aliada a altas temperaturas que a Cidade de Maputo regista nos últimos dias, e o reduzido poder de compra, já se prevê a deterioração de alguns produtos. “O risco é maior, os produtos perdem qualidade quando estão expostos ao sol”, reconheceu Armando Chongola, da Comissão de Vendedores daquele mercado.

Além da alta de preços, há comerciantes com balanças viciadas, algumas até já apreendidas por equipas de fiscalização que trabalham no Mercado Grossista do Zimpeto, concretamente do Município de Maputo, da INAE e do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade.

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