Para alguns alunos que foram à escola pela primeira vez, encarar o primeiro dia de aulas não foi tarefa fácil. Foi entre choros e desespero que os alunos da 1ª classe viveram este dia.
Tudo não passava de novidade, mochila nova, uniforme novo, lanchinho pronto, enfim, vestidos à rigor. Era orgulho para os encarregados de educação.
Enquanto pais e encarregados de educação encaravam aquele momento como o mais marcante das suas vidas, aqueles meninos viviam, diga-se, um pesadelo. Cara de quem está perdido no nado lágrimas incontroláveis retratavam as faces dos recém-ingressados.
O pior estava por vir, quando depois de se entoar o Hino Nacional os petizes deviam ir às salas de aula. Afinal, os encarregados deviam deixar os seus filhos a sós com o professor.
Não é tarefa fácil começar a frequentar a escola para muitas crianças, por isso é que foi um grande desafio estar pela primeira vez no recinto escolar. Para muitos pais foi muito difícil colocar as suas crianças num mundo onde desconhecem tudo e todos.
Lázaro tem seis anos de idade. Antes do início das aulas, a ansiedade não lhe cabia no peito, queria mesmo poder usar o seu novo uniforme, enfim, queria experimentar algo que só ouvia dos outros. Afinal tudo que o pequeno Lázaro idealizava era diferente da realidade.
Aquele pátio da Escola Primária do Alto-Maé revelou-se estranho para as mais de 110 crianças da primeira classe ingressadas este ano.
“Antes do início das aulas, ele pulava de muita ansiedade, perguntava sempre, quando iria à escola pela primeira vez. Mas quando chegamos à escola ele pediu para que fôssemos juntos à casa, ele não pára de chorar”, comentou a mãe do menino Lázaro.
Já o pequeno Vanderley mostrou-se mais ousado e entusiasmado com o primeiro dia de aulas. Ele revelou que estava feliz. Já o encarregado de educação revelou que o menor teve um preparo para que pudesse encarar tudo de forma normal.
É uma mistura de emoções que marca o princípio de uma longa caminhada estudantil para estes meninos.