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Primeira-Dama manifesta solidariedade para com as vítimas do ciclone Gombe

Foto: O País

A esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi apela à solidariedade entre os moçambicanos, no apoio às vítimas do ciclone Gombe, que na província de Nampula fez 17 óbitos, enquanto na Zambézia afectou 17 mil pessoas com três óbitos. Nyusi chamou atenção sobre o espírito de solidariedade entre os moçambicanos para que se diminuísse o sofrimento da rapariga.

Perto de 17 mil pessoas estão afectadas com os efeitos do ciclone tropical Gombe que, na Zambézia, fez três óbitos por queda de árvores e electrocução. O destaque dos afectados vai para crianças, meninos e meninas. Sobre as meninas, meninos e crianças, a Primeira-Dama mostrou sua profunda preocupação, por estarem, neste momento, junto dos seus pais desalojados das suas casas.  A região norte e zonas costeiras da província da Zambézia foram as mais afectadas. As infra-estruturas  públicas e privadas não escaparam com os efeitos das intempéries.

As duas pontes sobre o rio Raraga, no distrito da Maganja da Costa, nomeadamente metálica e de betão que liga aquele distrito de Mocubela, ponte sobre o rio Mangrasse que liga Mocuba e distrito de Lugela, interrompido o trânsito entre Namacurra e Maganja da costa dado a danificação da recém-construída ponte inauguramos, em Dezembro do ano passado, o sistema de abastecimento de água de Mocuba submerso devido à quantidade de chuva, entre muitas outras infra-estruturas, são exemplo dos estragos.

“Quero manifestar a minha solidariedade para com as famílias, o ciclone Gombe fez muitos estragos. Temos famílias ao relento e quero chamar atenção à solidariedade dos moçambicanos para com aqueles que, neste momento, sofrem devido aos efeitos das intempéries. Do fundo do coração vai a nossa solidariedade”, disse Isaura Nyusi, para quem as mulheres e raparigas ficam submetidas a cada vez pobreza e desigualdade social.

A Primeira-Dama da República, Isaura Nyusi, falava no distrito de Milange, província da Zambézia onde procedeu, esta quarta-feira, a entrega de perto de 22 mil pares de uniformes escolares destinadas às crianças da quinta, sexta e sétimas classes, no âmbito do programa “Eu sou capaz”.

O programa de distribuição de uniformes escolares visa a retenção da rapariga na escola.

São nomeadamente meninas da quinta, sexta e sétimas classes. Sucede que nas classes iniciais verifica-se paridade nas escolas, mas por causa das uniões forçadas, violência entres outros factores, a partir da sétima em diante as raparigas abandonam a escola, daí esta iniciativa.

No distrito de Milange os uniformes serão entregues a um total de 364 estabelecimentos de ensino. Mas porque é que os uniformes são apenas para as raparigas e não rapazes. Sobre este assunto, a esposa do Presidente da República respondeu nos seguintes termos.

“Não estamos a dizer que as raparigas são mais especiais que os rapazes, muito pelo contrário, são todos nossos filhos, isso por um lado, por outro é que nós recebemos uma mensagem da menina  de 12 anos, aluna da sétima classe Jessimine Alfredo do Chimoio, beneficiária do nosso programa “Eu sou capaz”.”

Isaura Nyusi disse ainda que “A mensagem foi em nome de 297 raparigas da Escola Primária Completa de Bandula. Nós ficamos profundamente sensibilizados quando, na sua mensagem, ela diz que as meninas de Bandula sentem-se seguras quando estão uniformizadas no percurso casa-escola e vice-versa, porque sentem que com o uniforme são respeitadas e aumentou a assiduidade das meninas nas escolas. Daí a nossa atenção particular às meninas”, disse a Primeira-Dama, Isaura Nyusi, para quem a responsabilidade de ver as raparigas nas escolas é de todos e sem distinção.

O programa em fase-piloto iniciou, no ano passado, na província de Manica, onde foram distribuídos 28 mil pares de uniformes.

A iniciativa, de cinco anos, conta com o apoio financeiro do Banco Mundial em pouco mais de 39 milhões de dólares.

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