O País – A verdade como notícia

Hélder Muteia acredita na fome zero em África até 2030

O Coordenador da FAO para África Central, Hélder Muteia, acredita que os países africanos ainda vão a tempo de atingir a meta global de fome zero até 2030. Hélder Muteia diz, entretanto, que tudo depende de políticas e agendas claras, onde cada interveniente conhece e cumpre o seu papel.

Em África, uma em cada quatro pessoas passa fome severa e é neste continente onde há mais desafios para o cumprimento da meta número dois da Agenda de Desenvolvimento Sustentável, a fome zero até 2030.

Faltando nove anos para o fim do prazo, Hélder Muteia mantém a confiança no cumprimento da meta em 2030, “não garante dignidade sabermos que há pessoas que passam fome. A base de tudo é a Política de Terras. Havendo política de terras, facilita-se o acesso ao crédito e gestão do património de recursos naturais que facilitam a agricultura”, disse.

Uma base que, em Moçambique, ainda está em discussão. O Coordenador da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura a nível da África Central, Hélder Muteia, espera que o processo seja breve e não anule outras prioridades.

“É preciso que haja uma agenda. Há tanta coisa a fazer que, se não definirmos prioridades, corremos o risco de nos perdermos. E em função disso é preciso mandatar os órgãos, as instituições que cuidam de tecnologia. Aqui em Moçambique temos IIAM, mas temos também Universidades que podem colaborar”, defendeu.

Com anos de experiência no sector agrário de vários países, Hélder Muteia fala de experiências internacionais que Moçambique pode copiar, a exemplo do Brasil.

Moçambique ainda não está no nível do Brasil, mas já dá os primeiros passos rumo a robustez agrícola com o Sustenta, que disponibiliza sementes, meios de produção e financiamento aos pequenos agricultores…entretanto, Muteia adverte, “o Governo tem de fazer o seu papel. Não deve ser ele a entrar na Machamba e dar financiamento. É preciso interessar a banca a fazer isso. Na África do Sul, por exemplo, foram criados bancos específicos”.

O representante da FAO para a África Central, Hélder Muteia, afirma que é tempo de os países africanos assumirem os seus destinos rumo a sua independência alimentar.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos