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Polícia lança gás lacrimogéneo contra manifestantes da Renamo em Maputo

Foto: O País

Houve confrontos entre a Polícia e os manifestantes da Renamo, na Cidade de Maputo. A Polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os simpatizantes, que reivindicavam a vitória nas eleições de 11 de Outubro, na capital do país.

A marcha, que teve como ponto de partida a Praça dos Trabalhadores, na baixa da cidade, foi interrompida na Avenida 24 de Julho, local onde estavam posicionadas várias viaturas da Polícia, que impediam a passagem dos manifestantes, a maioria dos quais jovens.

A marcha tinha como destino o Conselho Constitucional, órgão responsável por validar os resultados das eleições autárquicas, com o objectivo de exigir transparência e imparcialidade. A Renamo diz esperar que as decisões sejam tomadas de acordo com a lei.

Estes acontecimentos ocorrem um dia depois de a Comissão Nacional de Eleições anunciar os resultados das eleições, que dão vitória ao partido Frelimo em 64 autarquias. Neste escrutínio, a Renamo perdeu em todas as autarquias.

Na marcha, Venâncio Mondlane, cabeça-de-lista da Renamo na Cidade de Maputo reagiu aos resultados, dizendo que o Estado moçambicano está partidarizado. “A decisão da CNE é um rascunho. Aquilo é pior que papel higiénico e não vale absolutamente nada”.

Mondlane avisou, também, que os seus simpatizantes vão “boicotar” as receitas fiscais do município. “Não vamos pagar nenhuma taxa, nenhum  imposto do município. Não vamos pagar absolutamente nada nos mercados”, assegurou.

Clementina Bomba, secretária-geral da Renamo, diz que, ao divulgar estes resultados, a CNE “agrediu de forma grave a democracia” e perdeu a oportunidade de ser uma instituição credível, perpetuando a ditadura no país.

A Renamo reitera que não vai aceitar a vitória da Frelimo e que as manifestações vão continuar em todo o país até à reposição da verdade eleitoral.

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