As Forças Armadas dos EUA planejam reduzir o número dos militares envolvidos nas operações antiterroristas emu África nos próximos anos, frente à estratégia de defesa nacional do Pentágono que prevê conter as ameaças provenientes da Rússia e China.
Neste ano, o Pentágono anunciou como sua prioridade a contenção da China e da Rússia após mais de uma década ter estado concentrado no combate aos islamistas.
Em outras regiões do mundo, incluindo na África Ocidental, os EUA mudarão o foco da assistência táctica para a assessoria, assistência, intermediação e cooperação na área da inteligência.
Um oficial estadunidense afirmou que a redução das tropas deverá decorrer nos próximos três anos e poderá incluir países como os Camarões, Quénia e Mali. Nesta semana, ex-funcionários da administração norte-americana divulgaram um relatório, encomendado pelo Congresso, segundo o qual os militares têm falta de recursos para financiar suas necessidades e atingir os objectivos declarados pelo secretário de Defesa, James Mattis, no início deste ano.
Tanto a Rússia como a China também têm interesses nos países africanos. Durante a Guerra Fria, a União Soviética prestava ajuda humanitária a diversos países africanos. Após o colapso da URSS, a Rússia tentou restabelecer alguns desses laços. Desde 2014, a Rússia assinou 19 acordos de cooperação militar com países da África Subsaariana, entre os quais a Etiópia, Nigéria e Zimbabwe.
Pequim, por sua parte, anunciou em 2015 assistência e empréstimos de 60 bilhões de dólares aos países africanos para ajudar no desenvolvimento do continente.