Diferentes personalidades presentes na investidura do Presidente da República, Filipe Nyusi, anseiam uma paz efectiva e consideram que este é o maior desafio de Filipe Nyusi nos próximos cinco anos.
O Bispo da Igreja Metodista Wesleyana em Moçambique, Dom Dinis Matsolo, começou por congratular o Chefe de Estado pela sua reeleição e disse esperar que tenha sucesso na sua governação, durante a qual deve primar pela aproximação de todos que dêm ideais úteis para o desenvolvimento do país.
A questão da paz é o grande repto para o segundo mandato de Filipe Nyusi, porque sem ela “nada se poder fazer”, afirmou Matsolo.
Quem também manifestou o desejo que ver o Presidente da República a dar continuidade ao dossiê da paz é o Bispo emérito da Igreja Anglicana e antigo presidente do Conselho Cristão de Moçambique. Dom Dinis Sengulane disse que Filipe Nyusi deverá continuar a dizer “olá paz” e elogiou o facto de, no primeiro mandato, o estadista trabalhado com as confissões religiosas.
O ex-Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, destacou a necessidade de reconciliação entre os moçambicanos como aspecto essencial para a paz efectiva.
Carlos Agostinho do Rosário foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Manica.
Carmelita Namashulua, ex-ministra da Administração Estatal e Função Pública, felicita o povo moçambicanos por nas eleições passadas ter se feito às urnas para eleger quem o deve dirigir. E tendo colocado Filipe Nyusi no poleiro, a ex-governante entende que o desafio é trabalhar na provisão e melhoria de escola, pontes, estradas e sistemas de abastecimento de água.
Eleita deputada pela província de Maputo, Carmelita Namashulua destacou a necessidade de garantia da paz efectiva e “valorização da componente humana”.
Para o edil da Matola, Calisto Cossa, Nyusi teve uma governação marcada por “um conjunto de factores” negativos, tais como o corte do financiamento externo ao Orçamento do Estado e a diferentes projectos de desenvolvimento nacional, assim como a devastação de algumas províncias do centro e norte do país pelos ciclones Idai e Kenneth, entre Março e Abril de 2019.
Segundo Cossa, “a paz não é só o calar da armas”, pelo que o mais importante é os moçambicanos se juntem à visão do Chefe de Estado em relação ao trabalho que pretende desenvolver, nos próximos cinco anos, para o alcance da paz efectiva, que “já começou a trabalhar” nela e é crucial para o progresso de Moçambique.
Jacinto Loureiro, edil de Boane, disse que o Presidente da República conhece os problemas do seu povo, daí que acredita que sabe o que é desafio neste momento.
O ex-ministro da Educação, Alcídio Nguenha, afirmou que Nyusi deve “dar prioridade à paz”, porque “é fundamental” e assegurar que o povo se reconcilie.
Ademais, o Presidente da República deve ainda dedicar as suas energias no “reforço das liberdades, dos direitos humanos, do patriotismo” e de outros aspectos cruciais para o desenvolvimento do país.
Edson Macuácua, presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da Assembleia da República (AR), na VIII Legislatura, apontou como desafios de Nyusi a consolidação da paz e do estado do direito democrático, o aprofundamento de reformas na área económica, através do aperfeiçoamento da legislação para que atraia mais investimento e receitas públicas e, em particular, mais emprego para os moçambicanos.
De acordo com Luísa Diogo, ex-governante, Nyusi fez tudo ao seu alcance no primeiro mandato para que Moçambique alcance a paz. No âmbito económico, por exemplo, o país estava “muito mal” mas porque ele sabia o que devia ser feito obteve resultados.
À pergunta se estaria disponível para assumir algum cargo no Governo, caso receba o convite do Chefe de Estado, Luísa Diogo esboçou um sorriso e respondeu que só Nyusi sabe com quem pretende trabalhar no segundo mandato.